As pitangueiras, de tão versáteis, podem ser utilizadas até mesmo como cercas vivas (como vemos nessas fotos). Elas toleram bem a incidência direta de sol, variações climáticas, possuem poucas exigências de materiais orgânicos; e por isso podem ser plantadas em vasos, em quintais, varandas, chácaras, sítios, e onde quer que elas possam encontrar espaço e sol em abundância.
Auxiliadas por diversas espécies de pássaros dispersores, a pitanga espalha-se por toda a Mata Atlântica, especialmente pelas florestas semidecíduas, regiões de planaltos, áreas de restinga, florestas arbustivas, entre outras vegetações como estas, que vão desde o norte da Paraíba até o estado do Rio Grande do Sul – nesse último caso, nas florestas de clima subtropical.
Diversos estudos já comprovaram a eficácia do chá de pitanga no tratamento de gota, problemas renais, transtornos das articulações, diarreia, febres, entre outros distúrbios que possam ser combatidos pelas suas poderosas substâncias anti-inflamatórias, antimicrobianas, analgésicas, entre outras.
A Eugenia uniflora (o nome científico da pitanga) também vem sendo apreciada nos últimos anos como uma excelente opção de cerca viva.
Por meio de “podas de formação”, é possível fazer com que a espécie se ramifique entorno de uma cerca (infelizmente comprometendo a sua capacidade de frutificação), principalmente pela sua característica de ser uma árvore arbustiva com folhagem perene.
Ela não perde as suas flores em determinados períodos, como acontece com outras espécies. Ao contrário, quanto mais podada, mais ela desenvolve-se, vigorosamente, com a sua copa volumosa, folhas de um verde-escuro belíssimo, uma altura que dificilmente ultrapassa os 4 metros, entre outras características.
Cerca Viva de Pitangueiras: Fotos e Características
A novidade sobre as pitangueiras, como dissemos, é que elas também podem ser utilizadas como cerca vivas (como nessas fotos), formando uma linha arbustiva de um verde-escuro brilhante, que em algumas técnicas de paisagismo combinam os seus curiosos tufos pintalgados de vermelho com o contraste das fachadas.
A pitanga, como já sabemos, é um planta de clima tropical. Um solo bem drenado e que evite com que as suas raízes encharquem, será a garantia de que ela se desenvolva com as suas principais características.
E ainda evita-se, com isso, a proliferação de fungos e bactérias, principalmente quando elas ainda estão na fase de mudas – quando são mais suscetíveis a esses ataques.Uma ou duas regas por semana serão suficientes para que elas desenvolvam-se fortes e saudáveis.
Uma boa adubação, a cada 3 meses, à base de um bom substrato orgânico – que poderá ser composto por esterco de carneiro, bovino, torta de mamona, farinha de osso, entre outras composições indicadas por um especialista – fará verdadeiros “milagres” na composição da sua cerca.
Apesar de ser uma espécie bastante tolerante ao frio, a Eugenia uniflora também sofre com as geadas (com temperaturas abaixo de 0°). Portanto, o ideal é evitar o plantio nessas regiões. E na impossibilidade, realizar podas que retirem galhos, ramos, flores e folhas prejudicadas por essas condições climáticas.
As Vantagens de uma Cerca Viva de Pitangueiras: Fotos
Sem dúvida, a principal vantagem de uma cerca viva com pitangueiras, como podemos ver nessas fotos, é a de obter privacidade sem o bloqueio de ar. Além de obter essa privacidade sem o aspecto rígido e agressivo de um muro ou gradeado — por meio de uma cerca arbustiva, será possível obter tudo isso, e ainda embelezar a fachada da sua casa.
Uma cerca viva é funcional, é mais fácil de manter (e mais barata), irá renovar-se naturalmente (em vez de ter que repor materiais), cresce com bastante rapidez e ainda contribui com o meio ambiente – já que terá uma área verde que o meio ambiente agradecerá.
Com uma cerca viva, você poderá delimitar o espaço que quer preservar; contribuir de forma fácil e barata com o seu projeto de paisagismo; ocultar determinadas partes do imóvel, como geradores, tubulações, equipamentos de piscina, entre outros; terá mais privacidade em locais onde não poderá erguer um muro ou implantar um gradeamento, entre outras vantagens.
Mas para que o processo ocorra a contento, é importante ter a certeza de que a pitangueira é a espécie ideal para a sua residência.
É importante saber que ela é uma espécie com folhagem perene, com uma copa robusta, afeita a praticamente todos os tipos de terrenos – até mesmo os mais arenosos, como aqueles encontrados próximo à praias e balneários.
Outra coisa interessante sobre as pitangueiras, é que em agroflorestas (sistemas que combinam árvores frutíferas com espécies florestais, para a recuperação de áreas degradadas), as pitangueiras se prestam bem a esse papel de renovação da natureza, principalmente pelas suas características de rusticidade, poucas exigência de irrigação, fácil cultivo, boa frutificação, entre outras qualidades.
Passo a Passo para Criar uma Cerca Viva de Pitangueiras
1.Escolha o Lugar Certo
O primeiro passo a ser dado por quem pretende manter uma cerca viva de pitangueiras, como vemos nessas fotos, é escolher o lugar ideal para plantar as mudas já desenvolvidas.
Após realizar o transplante corretamente, certifique de que o lugar que deseja cercar recebe sol por pelo menos 8 horas diárias, é bem arejado, amplo, não recebe ventos fortes (o que a planta não tolera) e geadas. E certifique-se também de que o solo possui bastante umidade e características entre o arenoso e o arenoso/argiloso.
2.Prepare o Terreno
Nesse caso, trata-se de escavar toda uma linha que delimita o local da cerca. Ela geralmente delimita um jardim, e deve apresentar um solo fértil, consistente em todo o trajeto, sem obstáculos, ensolarado e adubado com um substrato rico em matéria orgânica – geralmente esterco de bovino, caprino ou de aves, além de farinha de osso, torta de mamona e terra vegetal.
3.Utilize Mudas Saudáveis de Pitangueiras
Saiba que uma pitangueira, na época da sua floração, possui flores brancas, pequenas, e que dentro de 60 dias já darão os seus delicados frutos vermelhos, pequenos e carnudos.
Logo, certifique-se de que é esse o visual que deseja para a sua cerca viva, ou então consulte um paisagista que possa indicar a espécie que melhor combina com o aspecto da sua construção.
4.Realize o Plantio
Para o correto plantio de uma pitangueira, dê preferência aos períodos de chuvas, pois estes facilitam uma germinação saudável. Mas será necessário, também, que a cova escavada seja pelo menos duas vezes maior do que o torrão com as raízes.
Na cova, acrescente o substrato indicado acima (pelo menos 1kg por buraco cavado), misture-o bem na cova, regue, coloque a muda (com uma distância de pelo menos 1,5 m por muda) e envolva-a com um bom composto orgânico.
5.Manutenção
Enfim, terreno escolhido, planta selecionada, plantio realizado, agora você só terá que proceder a uma ou duas regas por semana (e no máximo uma no inverno – ou nem isso ), podas regulares (a partir do 1º ano, quando já começarão a formar a cerca) e aguardar para que em no máximo 3 anos surjam as primeiras flores, que resultarão em belos frutos e em uma paisagem tipicamente rústica e ornamental
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