A bromélia do matou ou cravo do mato, como podemos ver nessas fotos, é uma variedade com características de uma planta exótica, rústica, extravagante; e por isso mesmo é considerada praticamente um sinônimo de plantas ornamentais.
Ela é aTillandsia stricta – uma exuberância formada por folhas longas, afiladas e por brácteas vermelhas que envolvem um conjunto de flores com um belíssimo tom de roxo.
A partir da sua base, a densa folhagem espalha-se para fora, na forma de rosetas, que combinam com uma robusta inflorescência, que por sua vez parte de uma haste consideravelmente comprida – como se pendesse para fora em busca do contato com a natureza que a cerca.
Elas são espécies típicas do bioma da Mata Atlântica, mas também podem ser encontradas em diversos biomas, como o do Cerrado, Floresta Amazônica, na Floresta de Araucária, entre outros ecossistemas típicos do continente americano.
Estima-se que haja entre 2.200 e 2.500 espécies de bromélias, que abrigam as subfamílias Bromelioidae, Pitcarnioidea e a Tilladsiodeae – essa última, a comunidade de que tratamos nesse artigo, e que é composta por cerca de 40 gêneros, entre os quais, o Tillandsia, facilmente encontrado no que ainda resta de Mata Atlântica dentro do território brasileiro.
Em algumas regiões do país, a bromélia do mato ou cravo do mato possui características bastante similares às que vemos nessas fotos. No entanto, poderá acontecer de o visitante a encontrar com o sugestivo nome de barba-de-velho, talvez pelas suas características de brotarem em tufos nas superfícies de imensas árvores, rochas e pedaços de troncos, como uma típica espécie epífita.
Principais Características da Bromélia ou Cravo do Mato em Detalhes e Fotos.
Como vimos, as bromélias ou cravos do mato são espécies endêmicas do continente americano, onde desenvolvem-se no topo ou no comprimento de árvores, pedaços de troncos caídos, rochas, etc.
Ela é uma espécie epífita, que aproveita-se da seiva e dos nutrientes oferecidos pelas árvores, na forma de restos e detritos de vegetais e de animais mortos.
Além disso, as bromélias também aproveitam-se da constituição das suas brácteas que, na forma de um cone, recolhem todos os restos vegetais e animais ali depositados, com os quais conseguem produzir uma espécie de caldo nutritivo capaz de mantê-las saudáveis mesmo em períodos de escassez de água.
De acordo com a crença popular, essa espécie ainda possuiria maravilhosos poderes terapêuticos – especialmente anti-inflamatórios e antibacterianos –, no combate a diversos transtornos do trato urinário e intestinal.
No entanto, tais propriedades ainda não são comprovadas cientificamente; sendo, portanto, aconselhável a prudência no uso desta ou de qualquer outra espécie vegetal oriunda do ambiente selvagem.
Como podemos ver nessas fotos, as características rústicas das bromélias (ou cravos) do mato lhes conferem o status de “planta ornamental por excelência”; ideal para compor jardineiras, vasos, canteiros, jardins, praças, parques; ou onde quer que se deseje conferir um aspecto exótico e ao mesmo tempo leve e delicado.
Fotos e Análises de Como as Características das Bromélias do Mato Influenciam o seu Cultivo.
A Tillandsia stricta é uma espécie vigorosa, resistente e com a capacidade de desenvolver-se nos lugares mais improváveis.
Por isso mesmo, pedaços de madeira, troncos caídos, materiais feitos com fibras de coco ou sisal, superfícies de árvores ou de outras plantas – entre outras variedades de objetos onde elas possam encontrar nutrientes em abundância – , podem servir como uma base ideal para o seu cultivo.
Desde que não recebam uma incidência direta de sol – mas quantidades suficientes de luz – , elas se desenvolverão, vigorosas e abundantes; inclusive dando-se ao luxo de dispensarem os vasos, canteiros e jardineiras – uma característica que acrescenta-se a inúmeras outras para torná-la cada vez mais popular no Brasil como espécie ornamental.
Simples fotos jamais serão capazes de comprovar, de fato, como essas características do cravo do mato lhe conferem um aspecto tão original, mas ao menos servem para dar-nos um gostinho da sua exuberância e beleza.
Outra coisa importante a saber sobre essa espécie, é que o seu ciclo de vida termina com a floração. A partir daí, ela só renascerá por meio da utilização de mudas, que é quem perpetuará a espécie, com as suas belas tonalidades de vermelho, roxo, verde, rosa, amarelo, branco, entre outras colorações.
A sua floração costuma ocorrer entre junho e julho (até o início de setembro). No entanto, elas podem ser cultivadas durante todo o ano, desde que observadas as condições citadas acima.
Para plantar bromélias do mato, você deverá certificar-se de que o ambiente é suficientemente quente e úmido, sem o qual, elas dificilmente se desenvolverão com as características que conhecemos.
A técnica de plantio mais utilizada – e a mais simples – é a de simplesmente amarrar o cravo do mato no suporte escolhido, seja ele um tronco, pedaço de madeira, árvore, placa de fibra de coco ou de sisal, e proceder à adubação recomendada – mas sempre de forma a mantê-la o mais fixa possível, a fim de não sofrer com a ação dos ventos fortes.
A adubação poderá ser feita com o NPK 2-1-4, que possui níveis adequados de magnésio. E ela deverá ser feita 1 vez por semana, especialmente no período primavera/verão.
Mas se esse plantio houver sido feito em uma árvore, você terá pouca ou quase nenhuma preocupação com relação à sua manutenção, pois a própria natureza se incumbirá de fornecer-lhe os nutrientes e água necessários – só sendo necessário, apenas, atentar para os períodos de escassez de chuva, que é quando as regas deverão ser mais frequentes.
A Manutenção das Características das Bromélias do Mato em Vasos, de Acordo Com as Fotos Acima
O ciclo de vida de uma bromélia do mato encerra-se com o surgimento das suas flores. Após essa fase, só será possível obter outras variedades por meio da separação de mudas, que poderão ser replantadas em vasos, canteiros, jardineiras, entre outros locais.
Mas atente para o fato de que a muda só estará verdadeiramente pronta quando atingir pelo menos 50% do tamanho da planta-mãe.
Ao transplantá-la para um vaso, utilize terra vegetal com uma razoável acidez, além de materiais (cascalhos ou britas) suficientes para que a água seja corretamente drenada.
- Logo após, prepare o solo com partes iguais de areia, cascalho, húmus e folhas picadas;
- Crie uma camada no fundo do vaso com cascalho ou brita;
- Logo acima, crie uma outra camada com uma manta asfáltica de poliéster, a fim de garantir a filtragem da água e impedir que a terra e o cascalho do fundo do vaso se misturem;
- Coloque sobre essa manta a terra vegetal;
- E complete com cascas de árvores como forma de dificultar a penetração de ervas daninhas, além de conferir um visual característico ao vaso.
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