A Bromélia tillandsia ou “cravo do mato” (seu nome popular) é uma espécie ornamental belíssima (como vemos nessas fotos), com suas flores roxas, envoltas por brácteas vermelhas, com folhas semelhantes a rosetas, entre outras características que a tornaram bastante popular no Brasil.
A partir do centro, as suas folhas despontam, com um brilho característico, em um rústico e exótico tom de verde-escuro, de onde também partem as suas inflorescências, que projetam-se para fora, como se quisessem beber o doce orvalho da madrugada ou obter os nutrientes que lhes trazem os ventos.
As bromélias são espécies endêmicas do Brasil – na verdade pode ser encontrada em praticamente todo o país –, especialmente em regiões onde ainda haja trechos de Mata Atlântica, que abrigam cerca de 2.500 espécies, distribuídas em dezenas de gêneros, entre os quais, o Tillandsia, da sub-família Tilladsiodeae.
As Bromélias tillandsia, como dissemos, também podem ser encontradas por esses rincões brasileiros como cravo-do-mato, barba-de-velho, entre outras denominações, que geralmente elas recebem em função das suas características físicas.
Elas pendem, vigorosamente, em imensos carvalhos, plátanos, ipês, rochas, paredões, escarpas; e até mesmo pedaços de troncos atirados ao chão podem ser o suficiente para que elas se desenvolvam, com as características de uma planta ornamental e ao mesmo tempo exótica.
O seu formato em forma de cone (ou cálice) é o que garante o seu sustento, pois este abriga todos os nutrientes que lhe chegam através do ar; além das águas da chuva e do doce orvalho da madrugada, que é o que as mantêm firmes, saudáveis e capazes de resistir bem a períodos de poucas chuvas e de sol a pino.
Bromélia Tillandsia: Fotos, Nome Popular e as Características das Suas Flores
O cravo-do-mato é uma espécie tipicamente brasileira. É nos trechos de Mata Atlântica que ele encontra as condições ideais de sobrevivência. Mas tal é a sua capacidade de adaptação, que até mesmo nas áridas e desoladas regiões da Caatinga ele pode desenvolver-se a contento.
E mais ainda: em meio ao belo e amplo cenário do Cerrado Brasileiro, em comunhão com outras milhares de espécies da nossa quase mítica Floresta Amazônica, entre outras regiões brasileiras, onde é possível encontrar exemplares dessa espécie. Sempre belas e exuberantes; fortes e vigorosas; atualmente como uma das espécies ornamentais mais apreciadas do país!
A Bromélia tillandisia, como vemos nessas fotos, possui as características de uma planta rústica, com flores protegidas por brácteas (tão ou mais belas quanto as suas flores), com vários nomes populares (a depender da região do país onde elas se distribuam); e que, se tudo isso não bastasse, ainda são pouco exigentes com relação ao seu cultivo.
Em suas flores em forma de cálices, a Diptera tephritidae encontra a morada ideal para desenvolver as suas larvas, assim como a mosca-branca, a Drosophila melanogaster; assim também como o orvalho é recolhido para servir-lhes de sustento e sobrevivência em épocas mais quentes.
Da superfície das árvores, as Bromélias tillandsias são capazes de extrair todo o sustento de que precisam – como típicas espécies epífitas. Mas, para o cultivo doméstico, elas exigem um pouco mais do que admiração, carinho e paixão pela natureza.
Outras Particularidades da Bromélia Tillandsia
Como pudemos ver até aqui, as Bromélias tillandsias, além das suas características já citadas, singularidades das suas flores e da curiosa peculiaridade dos seus diversos nomes populares (bastante evidentes nessas fotos), são também espécies tipicamente rústicas.
Algumas das variedades mais comuns e apreciadas do gênero Tillandsia no Brasil, como a Tillandsia aeranthus, a Tillandsia stricta, a balbisiana, entre outras, possuem a peculiar característica de adaptarem-se bem a uma maior incidência de sol.
E é por isso que elas podem ser plantadas em um canteiro, vaso ou jardineira – em um ambiente um pouco mais seco e ensolarado.
Elas também podem ajudar a compor o desenho paisagístico de uma fachada; decorar, em vasos, alguns ambientes internos de casas e apartamentos; elas podem juntar-se a diversas outras espécies para tornar um jardim mais rústico, exótico e original. Assim como também podem, em uma chácara ou sítio, completar o cabedal de espécies vegetais ali cultivadas.
Mas algo que costuma chamar a atenção dos menos familiarizados com essa espécie, são as características das suas folhagens.
Elas geralmente apresentam espécies de tricomas (escamas) que, ao envelhecerem, adquirem uma coloração mais para o acinzentado – mas que logo retomam o seu vigor e exuberância, naturais, assim que voltam a ser banhadas pelos fluidos revigorantes dos raios do sol.
Outra característica da Bromélia tillandsia (que certamente essas fotos não conseguem mostrar da forma mais adequada), é que a planta, além da originalidade do seu nome popular e das suas flores, é também original no que diz respeito às suas exigências de cultivo.
Por ser uma espécie epífita, ela não possui raízes profundas e robustas (já que não possuem a função primordial de obter nutrientes do solo).
Logo, o recomendado – no caso de cultivo doméstico – é a moderação nas regas e adubação, cujos excessos geralmente resultam em raízes encharcadas e apodrecidas, que, ao final, acabam comprometendo toda a estrutura aérea da planta.
Bromélias: o Que Essas Fotos, os Seus Nomes Populares e as Características das Suas Flores não Conseguem Contar Sobre Elas
A Bromélia tillandsia é muito mais do que uma simples espécie ornamental. Ela faz parte da essência da flora brasileira, que caracteriza-se por abrigar espécies afeitas a um clima úmido, com chuvas abundantes, bastante resistentes e com uma beleza que poderíamos chamar de extravagante.
Tanto é assim, que estados do norte do país como o Acre, Pará e Rondônia têm saído na frente no quesito melhoramento genético de espécies de bromélias para fins de exportação.
órgãos como a Cooperativa dos Produtores e Exportadores de Plantas, Flores e Folhagens Tropicais de Alagoas (Comflora), por exemplo, são verdadeiras referências nesse trabalho de melhoramento genético para fins de exportação de espécies de plantas ornamentais brasileiras.
Um mato muitas vezes imprestável aqui no Brasil, adquire o status de “planta exótica” em países como Japão, França, Inglaterra, Alemanha, Estados Unidos, entre outras nações ao redor do mundo.
E é justamente com a ajuda de iniciativas, como o Programa Setorial Integrado de Exportações de Flores e Plantas Ornamentais do Brasil – Flora Brasilis – , que o país, apesar de receber não mais do que 3% de contribuição desse segmento para o seu PIB, pretende fazer com que o setor ocupe o lugar que sempre mereceu ocupar, devido à variedade e exuberância da nossa flora.
E com um futuro garantido, principalmente quando se leva em consideração as dimensões do Brasil (e da sua Biosfera), que não podem ser comparadas (nem de longe) a qualquer outra no planeta.
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