Azaleias com folhas marrons ou caindo pode ser um sinal de pragas; e não há como recuperá-las sem que, antes de mais nada, você saiba exatamente sobre o ataque de quais pragas elas estão sendo submetidas.
O Sphaerotheca fuligínea (ou simplesmente “Oídio”), por exemplo, é uma dessas pragas que costumam ser bastante comuns em azaleias, e que geralmente manifesta-se por meio de manchas mais esbranquiçadas, com consequente queda das folhas e comprometimento do seu crescimento futuro.
A Podridão-de-raiz é outra das afecção bastante comuns em azaleias, e que pode ser o resultado do ataque de diversas espécies de micro-organismos patológicos dos gêneros Phytophthora e Pythium, que costumam manifestar-se por meio do amarelecimento das folhas, com a sua consequente queda.
Também as famosas Podridão-de-estaca, mosca-minadora, pulgões, ácaros, entre outras pragas que atormentam a vida dos produtores desse segmento do cultivo de flores, podem, sim, estar por trás dessa tonalidade amarronzada das folhas, que geralmente acabam caindo e tornando difícil a sua recuperação.
Em todos esses casos, as dicas gerais vão no sentido de oferecer à azaleia as condições que elas mais apreciam. A saber: sol e luminosidade com moderação, além de um solo rico em nutrientes.
Portanto, evite a sua exposição exagerada ao sol, dando preferência por uma boa jornada durante a manhã e um ambiente sombreado à tarde.
Evite também os eventos de geadas, ventos exagerados, solos encharcados, umidade, e tente manter um pH que não ultrapasse os 4 ou 5 (levemente ácidos), além de dar preferência a um solo arenoso/argiloso, rico em matéria orgânica e bem drenado.
Como Recuperar Folhas De Azaleia Que Estão Ficando Marrons E Caindo?
1.Glaosporiose
Esse transtorno também pode ser conhecido como “Mancha-parda”, e é o resultado do ataque do fungo Gloeosporium fructigenum, que manifesta-se pelo escurecimento das folhas, que tornam-se meio amarronzadas, necróticas, com manchas irregulares (com cerca de 4mm de diâmetro), e que geralmente resulta na sua queda por completo.
Para combatê-la, recomenda-se a retirada de toda e qualquer parte aérea da planta que apresente o transtorno; essas partes retiradas deverão ser queimadas e a planta deverá ser mantida longe de umidade, com espaço suficiente entre ela e outras possíveis culturas com as quais divida espaço, além de tratá-la com um bom fungicida especialmente fabricado para esse tipo de cultivar.
2.(Phytophthora infestans) ou Requeima
Mas uma azaleia também poderá apresentar-se com suas folhas meio amarronzadas e caindo quando atacada pela doença popularmente conhecida como “Requeima” ou “Mela”. E para recuperá-la desse ataque, mais uma vez a dica é evitar o excesso de umidade, que geralmente é o que está por trás do transtorno.
A doença também manifesta-se por meio de lesões em todas as partes da azaleia, que inicia-se por manchas discretas, irregulares e de cor parda, que evoluem para manchas marrom-escuras, que culminam com o necrosamento e queda das folhas e demais partes aéreas.
Aqui, mais uma vez, aconselha-se evitar o contato da planta com umidades altas, além de eliminar e queimar as partes retiradas, pulverizar a planta com um fungicida protetor, evitar uma adubação carregada de nitrogênio, iniciar um tratamento à base de “Phytoverm” e cuidar para que o solo seja corretamente aerado.
3.Filocistose
Uma azaleia também pode ter as suas folhas marrons ou caindo devido ao ataque de um fungo conhecido como “Filocistose”; e caso não seja recuperada a tempo, poderá morrer por completo em não mais do que algumas semanas.
A filocistose manifesta-se pelo escurecimento das folhas, com bordas amarronzadas, e que evoluem para uma necrose com consequente queda da folhagem.
Um tratamento à base de Topsim-M (solução a 0,15%) e Fundazol (0,2%) tem se mostrado bastante eficaz, especialmente quando em concomitância com alguns cuidados básicos, como a eliminação do excesso de umidade, administração de uma boa adubagem (a fim de tornar a planta mais resistente a ataques), além de retirar e queimar todas as partes da planta danificadas, para que os esporos não voltem a atacá-la.
4.O Mal Das Folhas (Septoria lactucae)
Um mal que geralmente ocorre em regiões com temperaturas equilibradas e com bastantes chuvas ao longo do ano: Essa é a “Septoriose”.
O transtorno que pode ser facilmente identificado pelas lesões necróticas que surgem nas folhas da azaleia, e que resultam no seu completo ressecamento (e queda) quando as manchas aparecem em grande número.
Inicialmente o fungo desidrata as folhas, que logo após adquirem um tom entre o marrom-escuro e o pardacento, na forma de manchas com bordas irregulares e pontinhos mais escuros por toda a extensão do limbo foliar.
Uma forma de recuperar a planta e evitar que essas machas marrons façam com que as folhas da azaleia caiam, é levar a cabo as melhores práticas de irrigação com o intuito de evitar o seu encharcamento.
Recomenda-se, também, evitar o excesso de exemplares por vaso ou canteiro, pois esse é um outro fator desencadeador do transtorno.
Mas também não é escusado o uso de fungicidas de proteção, especialmente durante o processo de germinação da planta, pois é o momento em que ela está mais vulnerável a esse tipo de ataque.
5.Necrose Foliar
E por fim, a “Necrose foliar”, que pode ser definida como a morte do tecido das folhas – nesse caso, em função das baixíssimas temperaturas (abaixo de 15°C) a que elas são expostas, ou mesmo como o resultado da exposição da azaleia a geadas.
O limbo foliar da planta logo torna-se amarronzado ou acastanhado. O seu eixo central, por sua vez, se desagrega; não sendo capaz, portanto, de suportar essa estrutura, até que as folhas comecem a cair e a planta morra.
Como se sabe, o período de floração das azaleias é justamente no inverno, e o problema é que quando esse período é por demais rigoroso as consequências podem surgir na forma do escurecimento, ressecamento e queda das folhas.
Esse é o sinal de que a sua azaleia talvez esteja clamando por um período de “dormência”, no qual reduz-se a carga de fertilizantes, transfere-se a planta para um local sombreado, sem luminosidade e com temperatura amena.
Se tudo ocorrer bem, você logo poderá perceber o surgimento da folhagem da planta com todo o vigor. Caso contrário, procure a ajuda de um especialista, já que diversos agentes patológicos podem estar por trás de manifestações como essas.
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Minha azaleia está num vaso, para o qual transplantei. As folhas começaram a ficar amarronzadas e as flores murcharam e acabaram caindo. Entretanto, começou a nascer folhas novas e sãs no mesmo caule! O q devo fazer? Devo poda-lá mesmo assim?