O nome científico da alface lisa é Lactuca sativa. Ela pertence ao gênero Lactuca, que por sua vez abriga as espécies representantes da imensa família Asteraceae.
São cerca de 122 espécies, que desdobram-se em cerca de 19.000 variedades; e a Lactuva sativa é justamente uma dessas, a “alface comum” da variedade lisa, que possui características que as tornam exemplares únicos nessa imensa comunidade do Reino Plantae.
Ela é uma herbácea com caráter universal, facilmente encontrada em praticamente todos os continentes (com exceção da Antártida), especialmente na região da Eurásia, que envolve países como a Rússia, Turquia, Albânia, República Tcheca, além dos países do chamado Leste Europeu.
A alface lisa é apenas uma das variedades do gênero Lactuca, já que essa pode abrigar inúmeras espécies – muitas delas consideradas não-comestíveis, selvagens ou simplesmente ervas daninhas.
Já outras, como a alface lisa, foram eleitas para compor a mesa de diversas sociedades ao redor do mundo – quase como um dos personagens principais dos mais variados tipos de saladas –, como no caso do Brasil, onde ela é o vegetal folhoso mais apreciado.A lactuca sativa, o nome científico da alface lisa, é um vegetal tipicamente xerófilo, ou seja, daqueles facilmente adaptáveis a ambientes hostis, secos e semidesérticos; apesar de algumas variedades adaptarem-se bem a um clima úmido.
Elas são espécies herbáceas, arbustivas e que produzem durante todo o ano. As suas inflorescências apresentam-se na forma de “flores falsas”, enquanto os seus invólucros em sequências de brácteas com formatos de cones.
A alface possui um sabor inconfundivelmente amargo, muito por conta do período e época da colheita. Quanto mais expostas ao calor, mais amargas. Por outro lado, quando são colhidas antes do contato com as altas temperaturas (ainda durante o inverno), esse amargor é sensivelmente diminuído.
Origens do Nome Científico, Lactuva Sativa, da Alface Lisa
Como não poderia ser diferente, as origens do nome científico Lactuca sativa (da alface lisa) estão ligadas ao botânico sueco Linnaeus.
Ele também foi o responsável pela sua descrição, nos idos do final do séc. XVIII, ao reunir os termos Lactuca (do latim, lacte = leite) + Sativa (cultivado), em uma referência à seiva leitosa que pode ser extraída da alface.
Ainda existem algumas polêmicas com relação à quantidade exata de espécies desse gênero. A ciência costuma trabalhar com um número aproximado entre 40 e 150, no entanto, acredita-se que possa existir em torno de 250 espécies espalhadas pelo planeta.
Uma outra polêmica é com relação às origens do cultivo da alface. O comum é que elas sejam localizadas na Índia, por volta de 2.000 anos atrás, mas há correntes científicas que marcam o início do seu plantio regular nos países do Leste Europeu, enquanto outros acreditam que nativos da América do Norte já aproveitavam-se das excelentes propriedades do vegetal.
Em todo caso, o que é possível afirmar é que a história do cultivo da alface já comemora alguns milhares de anos!
Sem dúvida, persas, gregos, etruscos, hindus, egípcios, entre outras civilizações, que já compartilhavam com o mundo o seus conhecimentos há pelo menos 2.500 anos, tinham na alface um excelente digestivo e principalmente uma das formas saudáveis encontradas por eles para estimular o sono.
Principais Características da Alface Lisa
Agora que sabemos que o termo Lactuca sativa é o nome científico da alface lisa – que por sua vez é apenas uma das centenas de variedades da alface-comum -, resta-nos apenas aprofundarmo-nos sobre as suas inúmeras e singulares propriedades.
Devemos saber, por exemplo, que ela é praticamente um sinônimo de desintoxicante natural; um potente digestivo; graças às suas imensas quantidades de clorofila, que no universo dos adeptos da alimentação natural, é considerada quase como um componente obrigatório.
A alface lisa ainda contém betacaroteno (antioxidante para o combate aos efeitos do envelhecimento), lactucina (um calmante natural), vitaminas A, B, C, E, fibras, cálcio, potássio, magnésio, ferro, entre outras propriedades.
Tais propriedades, utilizadas diariamente (e desde a infância), são capazes de inibir a formação de células defeituosas (cancerígenas), úlceras, gastrites, problemas cardiovasculares, hipertensão, estresse, ansiedade, entre outros transtornos típicos dos nossos dias.
E se não bastasse tamanho potencial, a alface ainda pode ser consumida das mais diversas formas – e todas elas com o mesmo efeito. Ela pode ser utilizada na forma de infusões (com excelente efeito relaxante), sucos (como ingrediente dos concorridos sucos detox) e crua (em saladas).
O Vegetal Folhoso mais Apreciado Pelos Brasileiros
A alface lisa, juntamente com as outras variedades da Lactuca sativa – que comungam desse mesmo nome científico -, é considerada a espécie folhosa mais produzida e consumida no Brasil.
Como não poderia ser diferente, o seu nome é uma alusão ao aspecto das suas folhas: liso, macio e uniforme, em contraste com o de outras variedades, que caracterizam-se pelo aspecto frisado, rugoso e repolhoso das suas estruturas.
A região sudeste do Brasil é o principal produtor de alface, com destaque para o estado de São Paulo, de onde saem todos os anos mais de 120 mil toneladas para todo o Brasil, nas suas principais variedades: lisa, romana, frisada, americana, entre outras.
A alface lisa nos apresenta algumas curiosidades dignas de serem ressaltadas. Uma delas é a curiosa substância meio resinosa que pode ser extraída das folhas quando moídas ou esmagadas.
Essa resina tem uma consistência que lembra bastante a da manteiga. E é por isso que em algumas regiões do país ela é apelidada de “alface-manteiga” – com a sua inconfundível característica de desmanchar-se na boca.
Sem dúvida, a alface pode ser considerada um dos vegetais mais cercados por lendas e histórias na natureza.
Desde o seu curioso nome científico, Lactuca sativa, que exprime bem a característica da alface lisa de produzir uma substância leitosa com uma interessante propriedade calmante.
Passando pelas suas origens – com pelo menos 2.500 anos – , que remontam a um passado lendário, onde era servida na mesa de nobres e de plebeus da Antiguidade.
Até ao seu período recente, quando transformou-se numa das espécies folhosas mais consumidas no mundo e verdadeiro sinônimo de uma boa salada em qualquer canto do planeta.
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