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Vulcão Tungurahua Idade

Dois anos atrás, uma comoção mundial voltou sua atenção para o vulcão Tungurahua. Apresentou atividades a ponto de explodir mais trinta vezes em um único dia! Graças a Deus, nada de grave ou significativo aconteceu, mas mereceu manchetes nos jornais e despertou a curiosidade sobre este vulcão.

O Gigante Negro Tungurahua

O famoso gigante negro é um dos estratos vulcões mais ativos e mais antigos da região equatoriana. Esse cônico de encostas elevadas e edifício andesítico dacítico tem mais de 5000 metros de altura em seu flanco norte a partir de sua base. Lá pelo auge do pleistoceno, outros edifícios vieram à tona e, do submundo de rochas em metamorfose do vulcão inicial, o Tungurahua II ergueu-se há cerca de 14.000 anos atrás quando o edifício original colapsou-se.

Há cerca de 3000 anos atrás, foi a vez do Tungurahua II colapsar-se e dar lugar ao Tungurahua III ao formar uma cratera semelhante a ferradura em sua forma no flanco oeste. Essa cratera com quase 200 metros de largura foi o palco das principais e históricas erupções modernas do Tungurahua, expelindo explosivas erupções com fluxos piroclásticos e lava atingindo comunidades locais, vizinhos de suas encostas.

Tungurahua produz lavas basálticas basicamente. A história registra cerca de 20 significativas erupções mais os dados não são definitivos. A maior de que se tem registro ocorreu na década de 20, entre 1916 e 1918 e a última expressiva registrada ocorreu em 1995. Tungurahua é vizinho do maior vulcão do Equador, o Chimborazo, que fica cerca de 40 km oeste. E é vizinho também do famoso Cotopaxi, que fica cerca de 80 Km norte. A cidade mais próxima do vulcão Tungurahua chama-se Banos e em 1995 precisou ser evacuada em função da atividade vulcânica do gigante negro Tungurahua.

A cidade de Baños é conhecida por suas águas termais e fica ha pouco mais de cinco quilômetros de distância do vulcão. O Tungurahua está dentro de um parque nacional da região andina equatoriana, o parque Sangay, cerca de 140 quilômetros da capital do Equador, Quito.

As Atividades Explosivas do Tungurahua

As atividades desse edifício andesítico dacítico tem se revelado estrombolianas. Interessante que o Tungurahua quase seguiu um cronograma de erupção praticamente a cada centenário do último milênio, originando de sua cratera erupções assombrosas com fluxos piroclásticos e fluxos de lava invariavelmente. As principais erupções registradas em sua história datam 1773, 1886 e a maior em 1916 que durou dois anos. Apesar do cronograma centenário de erupção, suas atividades recentes deixaram de repetir essa frequência.

Tungurahua já foi desses vulcões com neve no topo mas após sua atividade vulcânica da última década, tem sido difícil manter a formação de geleira acima da linha de neve padrão dessa região andina no cume desse vulcão.

Essa atividade mencionada, que derreteu todo o gelo e neve do Tungurahua ocorreu mais precisamente em 1999, obrigando a evacuar a cidade vizinha Baños e retirando mais de 20000 pessoas de seu lar. Cinzas vulcânicas foram expelidas a mais de 10 km no céu e houve deslizamento de terra que chegaram a danificar estradas na época.

Sete anos depois, em 2006, nova atividade vulcânica do Tungurahua enterrou e queimou cinco aldeias de seu entorno, matando mais de cinco pessoas e ferindo cerca de 15 outras. Nesse ano a evacuação retirou mais de 30000 pessoas das regiões do entorno do vulcão, incluindo as pessoas de Baños. O desastre em províncias próximas a Tungurahua e até a Chimborazo manteve toda a região em estado de alerta por vários dias.

Dois anos depois, em 2008, uma chuva de cinzas e pedras aterrorizou mais de 1500 pessoas na circunvizinhança. Mais uma vez danificou várias comunidades de aldeões nas proximidades, matou outras cinco pessoas pelo menos e destruiu muitas propriedades agrícolas em função do fluxo de lavas, deslizamento de pedras e as nuvens de cinzas que foram expelidas a mais de dez quilômetros no céu.

Atividades semelhantes do Tungurahua foram registradas nos anos de 2010, 2012, 2013, 2015 e 2016 mas nessas últimas sem oferecer tanta gravidade apesar de obviamente assustar os aldeões e ativar os alertas de emergência.

Como Determinar a Idade do Vulcão

Erupcão do Tungurahua 2006-08-16
Erupcão do Tungurahua 2006-08-16

Para reconstruir a cronologia eruptiva do vulcão Tungurahua, foram examinadas narrativas históricas relevantes recentemente encontradas em Sevilha, Espanha e Roma, na Itália, e combinaram restrições de campo estratigráfico com 22 novas determinações de idade de radiocarbono. A idade média de radiocarbono revela um período de notável atividade eruptiva e as erupções andesíticas associadas produziram cinzas e escórias de extensão regional e deixaram depósitos de fluxo de escória nos flancos ocidentais do edifício. O fato de que Tungurahua era conhecido pelos índios Puruás como um vulcão na época da conquista espanhola em 1533, talvez se refira a essas erupções.

Os resultados de calibração rendem datas de erupção bem antigas como já se previa. As narrativas históricas mencionam uma erupção colonial precoce entre a conquista espanhola e o final do século XVI, seguida por um distinto período eruptivo na década de 1640. As descrições são vagas, mas apontam para erupções destrutivas provavelmente acompanhadas por fluxos piroclásticos.

Vulcão Tungurahua Idade

Com base em restrições arqueológicas e radiométricas, estudos anteriores dividiram os tempos pré-colombianos do Equador em uma sucessão de períodos culturais. Os períodos paleoindiano e precemático abrangem desde a primeira ocupação ameríndia até cerca de 4000 AC. O período de formação se estende de período desde 4.000 AC a 300 AC, enquanto os períodos de desenvolvimento regional e de integração são anteriores ao período colombiano, que começa em 1533 DC, no Equador. O período cultural formativo é pouco conhecido em estudos anteriores.

Apresentou-se uma documentação da ocupação da Idade Formativa ao redor do Vulcão Tungurahua, a 120 km ao sudoeste de Quito, e mostrou-se que os assentamentos locais foram devastados por uma violenta erupção em torno de 1100 AC. Trabalhos vulcanológicos recentes combinando litoestratigráfico, petrológico, e análises geocronológicas revelaram que o edifício Tungurahua de inclinação acentuada sofreu uma grande falha no flanco do Holoceno Tardio.

Esquema Representativo de Um Vulcão
Esquema Representativo de Um Vulcão

Mostramos que o evento de falha resultou de uma grande erupção explosiva desencadeada pela intrusão maciça de magma dentro do vulcão. A descompressão do magma devido a um colapso de flanco resultou em uma violenta explosão de explosão dirigida de alta velocidade, que depositou camadas de cinzas ricas em carvão e fragmentos sobre e perto do vulcão. Uma análise de calibração indica que o evento ocorreu no período formativo. Reuniu-se 38 fragmentos de cerâmica de 3 localidades. Os fragmentos mostram uma diversidade de tamanho, forma, cor e ornamentação. Exame de pastas, acabamento superficial, e etc indica que o material compartilha muitos recursos comuns de local para local.

O material de Tungurahua compartilha afinidades com a tradição Cotocollao, que se desenvolveu na região de Quito entre 1500 e 500 AC, e com a tradição Machalilla (região costeira do Equador), com a ocorrência de tigelas carinadas com decorações pontuadas entre 1500 e 1000 AC. Nosso estudo revela que a erução do vulcão Tungurahua está entre os mais antigos desastres vulcânicos conhecidos nos Andes.

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