O vulcão Rabaul Papua Nova Guiné, como o próprio nome diz, está localizado em Papua Nova Guiné – um país cercado por lendas e mistérios, incrustado na não menos misteriosa e enigmática Oceania – mais especificamente ainda na Ilha de Nova Guiné.
O país faz fronteira com a Papua Ocidental, a Micronésia, as Ilhas Salomão, Palau, Austrália, entre outras regiões.
A leste ela encontra a Indonésia. Já a Austrália fica mais ao norte. O Mar de Bismarck é responsável por banhar as suas terras nessa sua ligação com a Austrália. E, ao sul, é a vez do Mar de Coral banhá-la com as suas águas.
A capital da Papua Nova Guiné é Port Moresby (que também é a sua cidade mais populosa), com cerca de 254.00 habitantes, às margens do belo golfo de Papua.
Uma curiosidade sobre Port Moresby – a antiga terra dos Motu-Koitabu -, é que ela, até hoje, é considerada (muito por conta de uma publicação da The Economist) uma das cidades com as menores condições de vida em todo o mundo, graças aos seus indicadores que não são exatamente dos melhores.
Imensas planícies conhecidas como de “aluviais” formam uma das principais paisagens do país, que ainda caracteriza-se por trechos consideráveis de pântanos, ladeados pelos rios Purari e Fly.
Mais ao norte, surgem, vigorosos, os rios Ramu, Sepik e Markham. Estes, por sua vez, dividem a atenção com uma imponente cadeia de montanhas, que abriga regiões como a Owen Stanley Range, a New Guinea Highlands, ou mesmo a Bismark Range.
Todas elas com os seus belos exemplares de montanhas, entre as quais, algumas maravilhas da natureza, com alturas entre 3.000m e 4.000m – como o pico mais alto do país, o Monte Wilhelm, com os seus respeitáveis 4.509 m, a compor a belíssima paisagem da Bismark Range.
Rabaul: A Cidade de um dos Vulcões da Papua Nova Guiné
Rabaul é uma das 14 cidades de Papua Nova Guiné. Ela está localizada na Ilha da Nova Bretanha, na província da Nova Bretanha.
Curiosamente, a cidade está assentada bem na caldeira de um vulcão, o que, por si só, já dá uma ideia do que temos ali.
De uma antiga capital da Nova Bretanha, Rabaul passou a ser, de uma dia para a noite, uma espécie de “celebridade”, graças à terrivel erupção do ano de 1994, responsável, entre outras coisas, por tirar-lhe o posto de capital daquela província.
Muito tempo se passou, uma nova geração surgiu, e hoje o que temos ali é um esboço do que já foi a cidade – agora apenas e tão somente uma comunidade formada no entorno da cratera, com pouca ou nenhuma das suas antigas construções, e nem tampouco a sombra da antiga relevância que já teve no passado.
Mas apesar disso, a região de Rabaul continua a ter os seus encantos – principalmente turísticos.
Um exemplo disso é o seu famoso porto natural, considerado uma das maiores atrações do país, e um paraíso para mergulhadores, snorkelistas, praticantes de apneia, e por quem quer que deseje ter a experiência de mergulhar em um paraíso rico em história e exuberância marinha.
Para muitos, Rabaul é tão somente a cidade do vulcão de Papua Nova Guiné, mas, para outros, é um encanto!, principalmente para os que desejam fugir da civilização e experimentar alguns dias em meio a uma vila cercada por mato, sem telefone, wi-fi, asfalto, bares, restaurantes, entre outras necessidades da vida urbana.
Uma Cidade que Ainda Guarda os Seus Encantos
Uma outra curiosidade sobre Rabaul, é que ela teve um certo papel de destaque durante a 2ª Guerra Mundial (se é que podemos atribuir a isso algum valor).
O seu território serviu como uma base estratégica para o Japão, de onde o país travou algumas importantes batalhas, cujos vestígios ainda podem ser encontrados, na forma de restos de aviões e de equipamentos, antigos túneis e esconderijos, entre outros vestígios do famosos evento.
Tirando o fato de que a cidade, até não mais do que 1 século atrás, era habitada, essencialmente, por canibais, de resto é possível dizer que a impressão é das melhores – ao contrário do que se poderia imaginar, quando pensamos que Rabaul é a cidade do vulcão de Papua Nova Guiné.
Completam os seus singelos atrativos, o famoso Museu da Guerra, onde estão alguns dos vestígios do terrível confronto, e as suas vilas de pescadores – um deleite para os que apreciam um clima paradisíaco.
Mas também o mercado local, onde é possível encontrar, não apenas a arte, mas também as variedades de frutas e legumes originais da ilha – e que só mesmo em uma viagem ao país será possível encontrar.
A Sombra do Vulcão Rabaul de Papua Nova Guine
A cerca de um mês, os moradores da comunidade de Rabaul foram mais uma vez convidados a lembrar do poder e vigor da natureza.
O incidente, de certa forma, trouxe à memória a dramática tragédia que simplesmente dizimou a cidade em 1994; e que deixou as suas marcas, até hoje, na região.
Mais uma vez, o Monte Tavurvur, no leste de Papua Nova Guiné, entrou em erupção na forma de efusões de lava e lançamentos de cinzas vulcânicas por um grande trecho do Pacífico, exigindo a retirada imediata da população local.
O caráter de imprevisibilidade é o que torna esse tipo de manifestação tão perigosa. Mas, apesar disso, segundo as autoridades, não houve riscos de danos mais graves, e nem de uma erupção semelhante a que ocorreu no passado.
Tavurvur tem as características de um estratovulcão, ou seja, um vulcão ativo, formado após inúmeros episódios de erupções, quando a lava expelida modela toda a sua estrutura, e ainda lhe confere o seu famoso formato de um “cone”.
Ele é parte da caldeira do vulcão de Rabaul, na Papua Nova Guiné, e já tem um histórico bastante respeitável de erupções. Como a lendária tragédia de 1937, a qual ceifou a vida de mais de 500 pessoas. Além, obviamente, dos eventos de 1994 e 2006, consideradas uma das piores manifestações naturais daquela região do Pacífico.
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