Toda a região no entorno dessa vulcão é cheia de paisagens extremas, com uma fauna particularmente bonita. São tantas belezas naturais impressionantes e uma riqueza de mistérios que vale a pena conhecer mais sobre isso. Mas vamos nos ater apenas ao vulcão e suas curiosidades.
Vulcão Parinacota
Considerado como um estratovulcão, delineado por uma altura grandiosa e uma forma de cone muito particular, o vulcão Parinacota é composto de um grande número de camadas que se formaram através do endurecimento da lava, entre outras características. Está localizado na parte fronteiriça dos países da Bolívia e do Chile. Sendo uma das regiões do Chile que tem a seus pés as antigas comunidades de Arica e Parinacota, hoje integradas e formando a região de Tarapacá. O vulcão Parinacota posa sua grandeza na Cordilheira dos Andes.
O Parinacota é um vulcão composto de idade quaternária tardia com um edifício quase perfeito em forma de cone formado principalmente por fluxos de lava andesítica construídos em cima de um complexo andesítico-riolito-cúpula, que foi construído no topo do Pleistoceno. Tem uma calota de gelo permanente acima de 5.500 metros de altitude, que cobre uma área de cerca de 4 km². O vulcão e seus produtos, incluindo o depósito de avalanche de detritos de Parinacota, têm um volume mínimo estimado de 45 km³. Nos últimos tempos esta área recebe uma precipitação anual de aproximadamente 440 mm de neve com 90% de ocorrência de novembro a março, e tem uma temperatura média anual de 1°C com flutuações diurnas de até 30°C.
O nome de Parinacota vem da língua aymara e seu significado é “Lugar de Painas” (lago flamingo). Sendo o mesmo nome que recebe os belos e elegantes pássaros chamados flamingos da localidade da puna. Sendo que também faz parte dos picos nevados que formam a cadeia de Payachatas. E que estão localizados na parte interna do denominado Parque Nacional Lauca, que detém a custódia da conservação da biosfera da região. É um vulcão considerado de fácil acesso e, por isso, é um dos mais visitados na área.
Outra peculiaridade do Parinacota são suas fumarolas, que são visíveis de longe, dando ao vulcão uma atração maior. Deve ser lembrado, no entanto, que a beleza das fumarolas não está isenta de perigo, uma vez que elas contêm uma alta porcentagem de enxofre, um elemento prejudicial se alguém é exposto por um certo período de tempo.
Características do Vulcão
Considerado como um estratovulcão, de formação cônica, o Parinacota é definido muito bem como uma cratera que tem um diâmetro de aproximadamente 500 metros, e que sua profundidade é calculada em 100 metros aproximados.
De sua atividade em relação às erupções é aquela que é conhecida como a mais recente, estima-se que tenha ocorrido no ano de 1800, o que concorda com algumas lendas que foram originadas pelos povos aimara que vivem na cidade. Também que algumas chaminés chamadas vulcões ajata, localizadas no lado sudoeste e também a oeste, protagonizaram ferozmente algumas emissões de lava. Destes ultimos o que se sabe é que as últimas erupções expressivas ocorreram no ano 630.
Algumas Curiosidades Lendárias
Diz-se que nestas cimeiras, que surgem no Parinacota e também no Pomerape, existem tesouros de origem inca. Aqueles que estão sendo conhecido como as estátuas de minério de ouro que pertencia aos reis, e serviu como ornamento a ser colocado no Templo do Sol, na cidade de Cuzco, adornando seus nichos. Ademais também aqueles que eram de prata designados àqueles que eram rainhas, do Santuário denominado que lhe professava à Lua, e uma grande quantidade de outras riquezas.
Diz-se que um tesouro muito famoso que pertenceu aos Incas e que serviu como resgate para libertar Atahualpa, está escondido no cume de Parinacota. É por isso que dizem existir a escada que foi feita por aqueles que eram os servos do chefe inca e que ali construíram para enterrar todas as riquezas que este senhor possuía, na parte central do cone que foi desbastado. A escada pode ser visto quando a neve diminui um pouco no pico do vulcão.
O Curioso Efeito Eruptivo
Sua atividade vulcânica é muito interessante por causa do impacto que teve na paisagem. Pelo menos cinco ciclos eruptivos foram identificados em sua evolução, mas foi a 13.500 anos atrás, quando o maior impacto ocorreu. Avalanches de lava cobriram uma área estimada em 110 km², enchendo o vale do alto rio Lauca e represando as águas que deram origem ao Lago Chungara e a Lagunas de Cotacotani, que tornaram-se um refúgio e lar de várias espécies. Hoje eles formam uma biodiversidade rica e exclusiva.
O lago Chungará, que em aymara tem como significado “musgo na pedra”, é considerado como um dos mais altos lagos do mundo, a 4.500 metros acima do nível do mar. Está nos arredores do chamado boné de neve payachatas, que são os vulcões parinacota, pomerape, sajama nevado e nevado guallatiri.
Mesmo que as condições climáticas e edáficas da região sejam extremamente desfavoráveis, é possível encontrar neste ecossistema, de condições desérticas, alguma diversidade de espécies vegetais com aproximadamente 200 espécies. Pode se considerar de particular raridade, além de interessante do ponto de vista taxonômico e ecológico que apesar das condições muito desfavoráveis em que estão, este tipo de vegetação foi capaz de se adaptar ao ecossistema e evoluir favoravelmente.
Entre os fatores ecológicos que determinam a vegetação na região estão a falta de água, solos salinos, irradiação solar abundante, herbívoros, vento e temperaturas noturnas frias. Essas espécies de plantas que liberam pólen no ar podem ser identificadas em amostras retiradas da calota de gelo de Parinacota, onde os ventos depositam os grãos de pólen.
Essa flora demonstra ter alta tolerância a muitos contratempos e tensões que são típicas do ambiente, com sua atmosfera seca, uma quantidade elevada de sal, além da possível toxicidade por agentes minerais como o boro e outros. Apesar de toda esse ambiente considerado desfavorável, esse ambiente no entorno do vulcão é de particular importância pela biodiversidade da região. Destaque para o Parque Nacional Lauca, a Reserva Nacional Las Vicuñas e o Monumento Natural Salar de Surire.