Dor nas costas é algo bem comum para quem já está com uma idade mais avançada. Afinal, os ossos e tudo mais já não estão em seu 100% de conservação. Entretanto, essa dor que deveria somente acarretar pessoas mais velhas e com graves problemas, está se tornando cada vez mais comum em jovens adultos também.
Seja por sentar de forma errada, andar curvo, realizar movimentos abruptos e um descuido geral com a nossa coluna, esse percentual de pessoas sofrendo com dores nas costas está bem alto. Para conseguirmos entender o porque de tal fato estar acontecendo, precisamos olhar o complexo sistema que é nossa coluna vertebral.
E parte desse sistema, está o famoso disco invertebral. Muita gente já utilizou essa definição e até mesmo sabe que estão nas nossas costas, entretanto, a maioria não sabe o real motivo de ele estar ali e suas funções. Por isso, no post de hoje, iremos falar um pouco mais sobre as hérnias de disco tipo I e II de Hansen.
Disco Invertebral
Para entendermos um pouco mais sobre a doença de hérnia de disco, é preciso primeiro compreendermos o que é o disco invertebral e qual a sua função no nosso corpo. Dissecando a palavra, o nome disco é devido ao seu formato, parecido com realmente um disco. Enquanto que invertebral
Esse disco também é chamado de fibrocartilagem intervertebral, e fica localizado na coluna vertebral. É ele que atua possibilitando todos movimentos das vértebras. Além de também deixar as vértebras unidas, fazendo seu ligamento. De forma anatômica, a composição do disco é: o anel fibroso e o núcleo pulposo.
O anel fibroso é composto por tecido conjuntivo denso, enquanto que o núcleo, que fica no interior do anel, é formado por fibras soltas em um liquido rico em ácido hialurônico. Esse conjunto ajuda na hora de absorver impactos, servindo como um tipo de amortecedor. O tamanho e espessura dele vai variar muito, em jovens, o núcleo pulposo tende a ser maior. Ao passar dos anos, esse núcleo é substituído por fibrocartilagem, pelo processo de degeneração. Isso diminui a capacidade de amortecer os choques do dia a dia.
A Doença de Hérnia de Disco
Também chamada de hérnia discal, essa é uma doença que ocorre em cães e gatos, e não em humanos. O sistema de toda a vértebra de um humano para esses outros dois animais é similar em muitos aspectos, principalmente estruturalmente. Por essa falta de informação, tomamos cuidado com nossa própria coluna, mas não a dos cachorros.
De forma simples: a hérnia de disco é a saída do núcleo pulposo do anel fibroso, sem acontecer ruptura. Você pode chamar de forma mais rápida de: extrusão de disco. Essa doença, entretanto, se divide em duas vertentes: a hérnia de disco tipo I de Hansen e a tipo II de Hansen.
Hérnia de Disco Tipo I de Hansen
A hérnia tipo I é aquele que somente ocorre em cachorros e gatos de raças condrodistróficas. Essa raça é caracterizada por ter pernas curtas e uma coluna vertebral comprida. Algumas raças conhecidas por serem assim são: cocker, teckel, caniche e pequinês. Essa doença ocorre até o primeiro ano de vida dos cachorros na maior parte das vezes.
O que acontece nesse caso é que após a degeneração do núcleo pulposo, ele fica disperso por um pedaço longo do segmento da medula espinhal. Por ter vazado, ele fica em formas irregulares, sendo circular ou cônico. Se ocorrer a calcificação dessa região que o núcleo vazou, ele vai se tornar um material cartilaginoso, podendo ocorrer o rasgo das fibras dorsais. Isso geraria mais um vazamento desse material, porém para o canal intervertebral. Esse processo é chamado de metaplasia condroide.
Essa hérnia vai deixar sequelas abruptas, no momento em que ocorrem. Mas também raramente deixaram seu animal completamente sem movimentos. Subir em camas, pular, se jogar de lugares são os causadores principais da doença, e também os que ficam com problemas após a mesma ocorrer.
Hérnia de Disco tipo II de Hansen
A hérnia de disco II de Hansen ocorre em animais de raças maiores, como labradores, rottweiler, pastor alemão e outros. O processo é bem parecido com a do tipo I, porém, nesse caso, é uma doença que é mais gradativa e aos poucos, muito raramente ocorrendo nos primeiros anos de vida do cachorro.
Primeiro, o anel fibroso vai sofrer uma protusão gradual, isso vai fazer com que a degeneração do anel seja mais devagar e vá ocorrendo com o passar do tempo, e não de forma abrupta. Ela também ocorre bem menos frequentemente que a tipo I.
Os cachorros que são afetados por essa doença, normalmente já são bem mais velhos, com em média de nove anos de idade. Ela é cheia de sintomas da doença, mesmo que de forma mais sutil que a tipo I, que por ocorrer rapidamente, se mostra mais.
De forma geral, em ambas as situações, o dono deve ficar muito atento quanto a mudanças do seu animal. Esses sintomas são dividos em graus. No primeiro grau, o animal tende a sentir apenas dores na região, ele pode acabar ficando curvado com as costas e andar de cabeça abaixada. No grau dois e três, a dor é maior, e o animal tem uma dificuldade e descoordenação para se mover, além de uma diminuição de sua força.
Os últimos dois níveis, quatro e cinco, são quando o pet perde a sensibilidade na área e nas patas, ou seja, ocorre a paralisia. Também pode ocorrer a incontinência urinária nos casos graves. Se o seu animal estiver com algum desses sintomas, a primeira coisa que você deve fazer, e o quanto antes, é leva-los ao médico veterinário.
Esse irá começar o tratamento que pode ser feito de diversas formas, seja pelo uso de analgésicos e da acupuntura, quando o grau ainda é baixo, ou em cirurgias. A cirurgia quando é feita, resolve o problema, mas ainda é preciso continuar o tratamento através da fisioterapia.
Esperamos que o post tenha de te ajudado a entender um pouco melhor sobre essa doença. Não esqueça de deixar seu comentário nos contando o que achou e deixar suas dúvidas, ficaremos felizes em responde-las. Leia mais sobre doenças que afetam animais e outros assuntos de biologia aqui no site!