Com relação ao ar que respiramos, tudo o que se sabe sobre ele é que, na verdade, um conjunto de substâncias ou propriedades como o nitrogênio, oxigênio e argônio, representa a sua composição básica – a sua locomotiva –, sem a qual a vida torna-se impossível na terra.
Em companhia dessas substâncias, estão outras, como o ozônio, metano, vapor de água, dióxido de carbono, monóxido de carbono, óxido nitroso, gases nobres, entre outras substâncias encontradas em menor quantidade.
Por fim, substâncias estranhas (e muitas vezes impróprias ao ar atmosférico) também ajudam a compor o ar que respiramos. São materiais como: esporos, poeiras, cinzas, dióxido de enxofre, compostos de flúor, etc.
Substâncias que são um verdadeiro transtorno na vida das populações de praticamente todo o planeta, já que são alguns dos principais poluentes do ar de grandes e pequenas cidades ao redor do mundo; e responsáveis, de acordo com dados da OMS, por mais de 7 milhões de mortes ao longo do ano.
Alguns componentes do ar que respiramos
1.Nitrogênio
O nitrogênio é a “celebridade” do ar que respiramos. Ele é o que existe em maior quantidade – cerca de 77% do total de gases.
O curioso é que, apesar de tão abundante, ele não é assim tão útil para a existência de vida na terra – é somente aproveitado por bactérias e demais micro-organismos (terrestres e aquáticos) que o absorvem e o transformam em nitrato, para ser utilizado pelos vegetais na produção de determinados nutrientes.
A partir daí, a história nós já conhecemos: Consumidores Primários alimentam-se dos vegetais, Secundários alimentam-se dos animais Primários, e assim sucessivamente, até que os Decompositores os decomponham, e devolvam o nitrogênio ao solo, para que então o ciclo continue.
2.Oxigênio
De tudo aquilo que paira sobre o ar, talvez o oxigênio seja o mais importante para os seres vivos. Cerca de 20% do ar que respiramos é puro oxigênio – uma substância responsável, entre outras coisas, pelas condições de vida na biosfera terrestre, já que é o ar por excelência para a existência de vida na terra, no mar e no ar.
O oxigênio é um presente e tanto concedido pelas diversas espécies de algas, plantas e cianobactérias, que são responsáveis por praticamente todo o oxigênio consumido pelo homem (e pelos demais seres) – o que logo nos faz perceber a importância inequívoca da preservação da natureza representada pelas plantas e outros vegetais.
3.Gás Carbônico
O Gás Carbônico é outra substância que junta-se a tudo o mais que paira sobre o ar da terra. É o famoso CO2! Uma substância que possui como uma de suas principais funções, a de ser absorvida pelas plantas e vegetais para a realização da fotossíntese.
Se por um lado o CO2 é absorvido e permite, com isso, a produção de glicose nas plantas, por outro, é a partir dele que essas mesmas plantas produzem todo o oxigênio existente na biosfera.
4.Gases Nobres
Alguns gases nobres completam a composição básica do ar. Entre eles estão o Argônio (Ar), Xenônio (Xe), Criptônio (Kr), Hélio (He), entre outras substâncias. Estas caracterizam-se pela sua leveza, incapacidade de combinarem-se com outros gases e por serem utilizadas das mais diversas formas.
Poluição do Ar Mata 7 Milhões Por Ano: diz OMS
“O desenvolvimento sustentável jamais chegará a contento se não tomarmos medidas imediatas sobre a poluição atmosférica”. Foi a conclusão do atual diretor-geral da OMS (Tedros Adhanom Ghebreyesus ) durante o Primeiro Congresso Global Sobre a Poluição do Ar, patrocinado pelo órgão, entre outubro e novembro, na cidade de Genebra, Suíça.
O congresso produziu o mais recente relatório sobre sobre tudo o que diz respeito às condições do ar das principais metrópoles do mundo; e a conclusão foi a de que cerca de 7 milhões de pessoas morrem, anualmente, em consequência dos malefícios causados pela poluição atmosférica.
Tais ocorrências são, em boa medida, consequências da negligência de alguns países, onde 9 entre 10 indivíduos respiram ar poluído e cerca de 3 bilhões de pessoas sofrem graves danos às suas saúdes, devido à exposição diária a poluentes resultantes da queima de lenha e de outras substâncias em fogões improvisados.
O resultado surge na forma de uma obstrução dos sistemas de saúde pública desses países, que precisam recolher, diariamente, milhares de vítimas de derrames, infecções respiratórias, doenças pulmonares, entre outras afecções contraídas a partir da inalação diária de partículas suspensas no ar que elas respiram.
O relatório também concluiu que cerca de 3,8 milhões de pessoas morreram (só em 2016) devido à utilização de fogões improvisados, enquanto 4,2 milhões foram vítimas do ar poluído das ruas. Especialmente em cidades como Mumbai, Nova Delhi, Cairo, Beijing, Dhakar, entre outras regiões da China e da Índia (os mais poluidores).
Enquanto Canadá, Estados Unidos, Oriente Médio e boa parte da Ásia têm contribuído pouco para esse estado de coisas.
De acordo com representantes do órgão, a saída para essa situação é a “igualdade” – igualdade de alcance das principais tecnologias e combustíveis considerados “limpos” e ecologicamente corretos.
Mas enquanto isso não ocorre de fato, só o que resta mesmo é continuar o monitoramento do ar das principais cidades do mundo, e a manutenção constante dos alertas sobre as condições do ar que é respirado nos quatro cantos do planeta.
Tudo o Que Sabe Sobre as Condições do Ar no Brasil
E no Brasil a coisa não é diferente! Apesar de não ser dramática, a situação do país, no que diz respeito às condições do ar atmosférico, também não são das melhores.
Em 2015, cerca de 101.000 pessoas morreram em consequência de transtornos provocados pela inalação de poluentes.
O ar poluído das grandes cidades, fumo passivo, uso de fogões improvisados, poluição no ambiente de trabalho (indústrias, basicamente), estão entre os principais vilões da saúde do aparelho respiratório e da manutenção da saúde geral do organismo dos brasileiros.
O mais recente relatório da OMS – que trata de tudo o que diz respeito ao ar que é respirado aqui no Brasil –, é categórico ao relacionar tal realidade com a exposição diária dos brasileiros a níveis elevadissimos de material particulado (MP), na forma de poeira fina, gases de escapamentos, queima da biomassa, produção das indústrias, entre outras formas de contaminação do ar.
Essa poluição– para os brasileiros – tem resultado no aumento de transtornos como: isquemia cardiovascular, AVCs (Acidente Vascular Cerebral), doenças respiratórias, transtornos pulmonares, pneumonia, entre outros inúmeros distúrbios, agravados pela já conhecida deficiência do sistema de saúde pública do país.
Mais uma vez, os representantes do órgão alertam para o fato de que os custos com a recuperação de pacientes vítimas da poluição do ar superam, e muito, os custos que se teria com o investimento em fontes de energias renováveis e com “tecnologias limpas”.
E que, enquanto os países insistem em negligenciar tal realidade, só o que resta ao órgão é continuar com o monitorando do ar atmosférico no Brasil; e continuar, também, com os alertas sobre tudo o que diz respeito às alterações mais significativas do ar das principais metrópoles do Brasil e do mundo.
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