Antes de falar da girafa-do-sul, é necessário que você conheça mais sobre a classificação das girafas!
A ciência acreditava, até alguns anos atrás, que havia apenas uma espécie de girafa no mundo, e que dessa espécie, provinham algumas subespécies, que por consequência, apresentavam ínfimas diferenças físicas, quase impossíveis de serem identificadas a olho nu.
Mas, na verdade, foi concluído, no ano de 2016, através de um estudo realizado pelo Museu de História Natural Senckenberg, da Alemanha, que, na verdade, existe 4 espécies de girafas existentes no mundo.
Portanto, essas 4 espécies sempre existiram, mas nunca foram catalogadas oficialmente, e isso ocorreu pelo fato de que nunca houve um estudo próprio que envolvesse as análises genéticas minuciosas desses animais, que vivem em regiões de difícil acesso na África, devido a guerras imperialistas e domínios por milícias que chefiam tropas em inúmeras guerras civis presentes no País.
Outrora, acreditava-se que apenas a espécie Giraffa camelopardalis existia na África, e até agora, os resultados sobre as girafas sempre redirecionam as pessoas à essa espécie, pois o estudo foi concluído apenas a 3 anos atrás, com apoio da Fundação de Conservação das Girafas, entidade presente na África.
O resultado que levou a conclusão de que existem 4 espécies de girafa no mundo, não ocorreu com esse intuito (de mostrar as novas espécies), pois ninguém ainda havia concluído que existiam outras espécies, mas sim pelo fato de que a GCF (Giraffe Conservation Foundation) estava realizando uma pesquisa para classificar o número restante de girafas presentes no mundo, já que as mesmas apresentam um índice de possível extinção.
Girafa-do-Sul
A girafa-do-sul é uma espécie de girafa que sempre existiu no mundo, mas, assim como as outras espécies, sempre foi denominada como Giraffa camelopardalis. Atualmente, a conhecida Girafa-do-Sul, pertence a espécie Giraffa giraffa, ou Giraffa giraffa angolensis, também chamada de Girafa Angolana ou Girafa da Namíbia, para ser mais específico.
Algumas pessoas ainda consideram que a Giraffa giraffa ainda seja uma subespécie da Giraffa camelopardalis, como acreditou-se até então antes do estudo promovido por cientista alemãs do museu de Senckenberg.
Atualmente, a girafa-do-sul encontra-se em um estado de vulnerabilidade de extinção, o que indica que se elas não se reproduzirem normalmente, dentro de poucos anos podem entrar em extinção.
Estima-se que haja menos de 10 mil exemplares da girafa do sul, vivendo em regiões pouco produtivas em desertos da África, tal como o deserto da Namíbia, assim como em regiões áridas do Zimbábue, regiões essas presentes no sul da África, designando, dessa forma, o nome oficial pelo qual a espécie Giraffa giraffa venha a ser chamada de girafa-do-sul.
Espécie Giraffa giraffa e Subspécies G. g. Angolensis e G. g. Giraffa
Das 4 espécies de girafas existente, apenas a girafa-do-sul e a girafa-do-norte de dividem em duas subespécies, e a girafa-do-sul (Giraffa giraffa) e divide na subespécie G. g. angolensis (Girafa da Angola ou Girafa da Namíbia) e G. g. giraffa (Girafa-do-sul).
A subespécie G. g angolensis, ou a girafa da Angola, atualmente, habita parte da Angola, Namíbia, Botsuana e Zimbábue, e como existe cerca de 10 mil exemplares vivendo de forma selvagem, existe esforços de instituições para controlar o alcance das mesmas, fazendo com que permanecem sempre dentro desses territórios.
A girafa-do-sul, ou G. g. giraffa, é a girafa mais comum existente na África, estando presente nos mesmos locais que a girafa da Angola (Angola, Namíbia, Botsuana e Zimbábue), mas esforços vem sendo feitos e elas já se encontram distribuídas pela Zâmbia e Moçambique, além de algumas espécies estarem se reproduzindo em Senegal.
Atualmente, estima-se que haja mais de 35 mil exemplares da África-do-Sul habitando territórios africanos, mas nem todas as áreas puderam, ainda, ser mapeadas, portanto, há a possibilidade de que um número maior venha a ser disposto dentro de mais alguns anos vindouros.
Curiosidades Sobre A Girafa-do-Sul (Giraffa giraffa)
As girafas estão presentes no planeta terra há mais de 2 milhões de anos, e somente alguns anos atrás foi possível concluir que elas estão dividas em espécies diferentes, já que as mesmas são idênticas visualmente.
As primeiras coletas do DNA de cada girafa levaram cerca de 10 anos para darem resultados significativos e conclusivos, pois o trabalho é intenso e as diferenças são tênues.
A IUCN (União Internacional Para Conservação da Natureza), considera, atualmente, que exista apenas uma espécie de girafa e 9 subespécies, por isso que muitas pesquisas indicam que a girafa é um animal que não está ameaçado de extinção, devido ao território que habitam e o número de exemplares distribuídos por tal território, mas estudos vem cada vez mais provando que as novas espécies estão prestes a entrar em extinção, assim como algumas já deixaram de existir, como a girafa de Rothschild.
As girafas sempre estão presente nas savanas, e se reproduzem em ciclos lentos, onde a fêmea leva de 13 a 15 meses de gestação, sempre parindo 1 ou 2 filhotes, que nascem com 2 metros de altura e cerca de 60 kg.
A girafa macho atinge maturidade sexual aos 5 anos de idade, enquanto a fêmea atinge aos 4 anos, e a partir dessa idade, a fêmea marca territórios, onde os machos provam sua urina para saberem se elas estão aptas a se reproduzirem.
Existe um pequeno ritual de acasalamento entre as girafas, onde elas cruzam seus longos pescoços e se acariciam, mas no final é a fêmea que tem a primeira iniciativa, cutucando o macho para demonstrar que está pronta para a cópula.
Distribuição, Alimentação e Predadores da Girafa-do-Sul
Atualmente, os locais em que a girafa-do-sul está presente em forma selvagem são: Senegal, Angola, Zâmbia, Namíbia, Botsuana, Zimbábue e Moçambique, e em cativeiro, a girafa-do-sul se encontra na África do Sul, Swaziland e Lesotho.
A girafa-do-sul come apenas folhas de árvores, cujas arranca com seus dentes, usando sua língua para auxiliar na captação das mesmas. Uma girafa pode comer até 30 kg de folhas por dia, enquanto as girafas em cativeiro são alimentadas com uma dieta bastante balanceada em nutrientes obrigatórios para seu pleno desenvolvimento.
Estudos comprovam que uma girafa pode sobreviver comendo apenas 15 kg de folhas por dia, concluindo que elas necessitam preencher apenas 40% de seu peso original por dia.
Os predadores das girafas são animais carnívoros, tais como leões, guepardos, hienas e crocodilos. Dificilmente uma girafa é predada quando adulta, mas existem casos (pouco recorrentes), pois os predadores sempre optam pelos filhotes, já que são altamente indefesos sem a presença dos pais.