Paisagens belíssimas e que normalmente ganham em fotografias incríveis, tendem a ter um pouco da natureza ali no meio. A Itália é um desses países que está cheio disso, além da parte maravilhosa que constitui suas grandes cidades como Roma e todos seus monumentos.
Quando falamos dessa beleza, normalmente nos lembramos de praias, montanhas, cânions e os vários vulcões que ali habitam. E se vulcão já causa medo nas pessoas, imagina só quando se fala sobre um supervulcão? É assim que muitos reagem quando escutam falar sobre os Campos Flégreos.
Ainda que a quantidade de supervulcões seja bem inferior que a de vulcões normais, eles chamam a atenção pela sua capacidade de destruição e ao mesmo tempo beleza sobrenatural que atraem pessoas do mundo todo. O Campos Flégreos está nessa lista de grande capacidade destrutiva pela sua extensa área de atividade.
Conheça um pouco mais sobre esse supervulcão e entenda melhor o porque ele voltou para a mídia em 2016 e continua sendo um dos mais pesquisados atualmente.
Os Campos Flégreos
O supervulcão Campos Flégreos, também chamado de Campos Ardentes ficou muito reconhecido no final de 2016 e 2017. Mas afinal das contas, o que é um supervulcão e qual a diferença entre ele e um vulcão normal?
Bem, a primeira coisa que deve-se entender é que um vulcão normal tende a ser apenas uma montanha, seja ela no formato que for. O supervulcão deixa de ser apenas uma montanha isolada. No caso do Campos Flégreos, são no total mais de 20 caldeiras de vulcão e águas termais. Totalizando 13 quilômetros de região cheia de magma.
Já existem alguns planos de contenção e evacuação, pois pode ser catastrófico devido ao tamanho e sua magnitude. Entretanto, ainda é preciso bolar planos mais elaborados e eficazes. A dificuldade é mover tanta gente caso ele entre em erupção de forma súbita. Abriria um rombo gigante na economia, pois estaria mexendo não só com italianos, mas cidadãos do mundo inteiro.
A Localização dos Campos Flégreos
Como já falamos, Itália está cheia de vulcões espalhados pelo país. Muitas vezes, deixamos de perceber ou saber mais sobre eles porque não há muito marketing para isso. Afinal, a grande maioria que vai para a Itália vai em busca de história, arquitetura, arte e gastronomia. Quase ninguém viaja todo o caminho até a Itália para ver vulcões.
Entretanto, o Campos Flégreos tem aumentado pouco a pouco a quantidade de visitantes nessa região devido a suas características. Cientistas já se instalaram na região para conhecer, pesquisar e explorar melhor todo esse campo gigante. No time existe estudiosos de várias áreas, geógrafos, vulcanologistas e vários outros. Afinal, entender todo um processo de atividade vulcânica não é tão simples assim.
O supervulcão fica bem na província de Nápoles, muito conhecida e visitada. Estima-se que são mais de quatro milhões de moradores e é a terceira cidade mais populosa da Itália e a segunda maior região metropolitana do país. Ele fica mais especificamente na comuna de Pozzuoli, na região da Campânia. Existe uma estimativa de que se o supervulcão entrasse em erupção a qualquer momento, pelo menos quinhentas mil pessoas iriam ser diretamente afastadas. Seria um verdadeiro caos.
É interessante sabermos que toda a região de Nápoles tem uma tendência a grandes desastres naturais. O maior aconteceu na era Cristã, quando o vulcão Vesúvio destruiu completamente a cidade de Pompeia. E é bem pertinho que fica o Campos Flégreos, junto com vários outros vulcões subterrâneos.
Erupções do Supervulcão Campos Flégreos e suas Consequências
Por mais de 500 anos o supervulcão estava adormecido, ou seja, completamente inativo. Não havia preocupações de nenhum tipo, afinal era só mais um vulcão ali que servia para fotos. Entretanto, tudo mudou com uma pesquisa publicada no ano de 2016 no Jornal Nature Communications.
O estuo dizia que o supervulcão estava prestes a despertar. Isso causou um alvoroço, tanto para a população da região de Nápoles, quanto para os cientistas. Em 2017 foi realizado mais estudos para averiguar a situação em que estava o até então dorminhoco vulcão. A pesquisa foi conduzida por grandes vulcanologistas de todo o mundo.
Desde 2012 já era possível notar um aumento da atividade vulcânica, e que ele estava voltando a soltar gases e deformar o solo. Só que agora, essas atividades só estão aumentando, o que mostra que uma erupção possa estar mais perto do que se imaginava. Para esses vulcanologistas, o vulcão está em uma fase que o magma começa a esquentar toda a estrutura, tudo isso devido a pressão abaixo do solo que está mudando.
Todos os dados e indícios apontam para uma mesma confirmação: o supervulcão está acordando. Um dos cientistas do estudo afirmou que a situação está ficando ruim para a Europa, pois a reativação dos vulcões está bastante adiantado. Por isso, depois da conclusão desses estudos primários, toda a região de Nápoles ficou sobreaviso, e saiu da categoria verde para a amarela.
É necessário lembrarmos a capacidade do Campos Flégreos. Há 40 mil anos, o vulcão entrou em uma erupção bem intensa, levando cinzas a mais de 300 quilômetros de distância. Essa área sendo maior que muitas cidades brasileiras. A última erupção foi uma das mais leves de sua história, entretanto foi capaz de formar uma montanha de mais de 130 metros de altura.
Mesmo com todo esse alerta, é um ótimo passeio para quem quer conhecer de perto um supervulcão, além de aproveitar as grandiosidades da Itália e Nápoles. Um passeio que vale muito a pena, e deve ser feito com guias autorizados para evitar qualquer problema. Escolher um guia é a melhor forma de saber melhor sobre o vulcão e ainda se prevenir de algo ruim ou algum tipo de acidente.