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Quantos Vulcoes Tem no Havai?

Quantos Vulcões Existem no Havaí?

Não é tarefa assim tão fácil determinar quantos vulcões existem no Havaí. Isso porque o país faz parte de um imenso arquipélago, as “Ilhas Havaianas”, cujos territórios são todos formados por ilhas vulcânicas que brotaram do fundo mar, a partir do que se chama, tecnicamente, de “hotspot” ou “ponto quente”.

É o que ocorre até hoje especialmente na região sudeste da ilha, onde as placas tectônicas das profundezas do Oceano Pacífico movem-se constantemente.

Mas o problema é que esse ponto quente não movimenta-se juntamente com as placas — ele permanece impassível, cada vez mais vigoroso, mantendo os vulcões sempre em constante atividade.

Vulcões como o Mauna Loa, o Mauna Kea, o Kohala, o Lo’ihi, e, como não poderia deixar de ser, o monumental Kilauea, um dos vulcões com mais tempo em atividade e o que desperta a maior curiosidade dentre todos.

Estudiosos garantem que, além destes, existiram inúmeros outros, que foram desaparecendo com o tempo, muito por conta da ação da natureza, que devastou as suas superfícies e os transformou em ilhas menores ou simplesmente cadeias rochosas e recifes.

O Parque Nacional dos Vulcões nos dá uma boa ideia de quantos vulcões, aproximadamente, existem no Havaí.

Isso porque ele é hoje um Patrimônio Mundial da Unesco, incrustado na região sudeste da ilha, e que nos revela um mundo fantástico, repleto dos mais imponentes exemplares de vulcões do mundo, e que, como se tivessem vida própria, ajudam a formar a paisagem áspera e bastante original do lugar.

É uma verdadeira experiência, para os mais de 2,5 milhões de visitantes anuais do Havaí, poder contemplar a natureza viva se manifestando, e ainda aprender um pouco mais sobre como os vulcões são capazes de formar ilhas, criar comunidades e desafiar a vida de homens e mulheres que precisam que conviver, diariamente, com uma ameaça constante.

O Parque Nacional dos Vulcões do Hawai foi criado bem no centro de algumas das suas principais estrelas, como o Kilauea (em atividade contante desde o início dos anos 80), a Mauna Loa (desde essa época sem qualquer atividade), o Kohala, entre outros que ajudam a compor os seus mais de 134.797 hectares.

O que Determina Essa Quantidade de Vulcões no Havaí?

As Ilhas Hawaianas formam um exuberante arquipélago norte-americano incrustado no Oceano Pacífico. Elas são o resultado de milhões de anos de intensa atividade vulcânica, que resultou na formação de inúmeras ilhas, e, mais que isso, praticamente determinou a constituição geográfica de toda uma região.

Na verdade são cerca de 70 milhões de anos de intensa atividade nas profundezas do Pacífico, onde os hotspot (sob as placas tectônicas) funcionam como uma verdadeira geradora de ilhas e, como consequência, de uma natureza que se desenvolveu em seu entorno, com características específicas, onde abrigam-se inúmeros exemplares da fauna e da flora das Ilhas Hawaianas.

A quantidade de vulcões que existem no Havaí está intrinsecamente ligada ao movimento das placas tectônicas, sempre do sul para o norte, e, principalmente, ao “despertar” (sempre no mesmo lugar) esse “ponto quente” que, semelhantemente a um “gigante adormecido”, manifesta-se de forma atroadora, em um show de incandescência incomparável na natureza.

A reação desse ponto quente é o resultado de uma temperatura e pressão, irresistíveis, que fazem com que as placas não resistam a esse assédio e simplesmente rompam-se, dando vazão a quantidades incomensuráveis de lava.

Essas lavas futuramente transformar-se-ão em novas ilhas, muitas delas condenadas a desaparecer no futuro, devido à erosão causada pela ação dos ventos e das chuvas, em um processo magnífico (na forma de um ciclo) que, enquanto produz seus magníficos efeitos, tenta, de todas as maneiras, não comprometer a existência da vida humana em seu entorno.

E nesse movimento, surgem maravilhas naturais, como a própria Big island, conhecida simplesmente como Hawaii, o território onde encontram-se duas majestades vulcânicas conhecidas em todo o mundo: a Mauna Kea (4.206m de altura) e a Mauna Loa (4.169m de altura), a maior e a segunda maior montanha do planeta, respectivamente.

A Big Island

Imensas florestas como um organismo vivo, planícies ressequidas e desertas, áreas enormes compostas apenas por magma endurecido na forma de rochas, uma fauna e flora característica desse tipo de relevo, entre outras manifestações naturais, revelam as peculiaridades de uma região formada pela força da natureza.

Essa é a Big Island, ou simplesmente Hawaii, a mais extensa dentre as ilhas que compõem o arquipélago havaiano, com cerca de 10.433km2, e que ajuda a compor uma lista com centenas de vulcões em atividade que se espalham pelo planeta.

Mas é um verdadeiro desafio calcular, com exatidão, quantos vulcões em existem no Havaí, dada as dificuldades de monitoração desses eventos, mesmo com a ajuda de instrumentos utilizados no ramo da geologia, ou de profissionais in loco, que acabariam expondo-se a riscos de soterramento, intoxicação, queimaduras graves e até mesmo a morte.

O que os especialistas afirmam é que, mesmo com os avanços tecnológicos — capazes de criar, por exemplo, inúmeros satélites de monitoramento do planeta em tempo real —, ainda é difícil saber, ao certo, quais montanhas ainda podem ser considerados vulcões — na mais correta expressão da palavra.

Dessa forma, até mesmo a prevenção torna-se um grandioso desafio, pela dificuldade que se tem de alertar, com a máxima precisão possível, a população sobre possíveis erupções de vulcões ao seu redor.

E o resultado disso são eventos, como os proporcionados pelo gigante Kilauea, um dos mais ativos do planeta e responsável por algumas das catástrofes mais famosas da história da humanidade.

O Kilauea

Em erupção desde maio, o gigante Kilauea vem desafiando a inteligência de especialistas em todo o mundo, pois desde o início dos anos 80 está em constante atividade.

De acordo com pesquisadores das atividades vulcânicas, não é tão incomum assim que vulcões mantenham-se em atividade por tanto tempo. Na verdade, existem outros que estão acordados há bem mais tempo do que o Kilauea.

Porém, no caso deste, o complicador vem do fato de ele encontrar-se sob o chamado “ponto quente”, que permanece impassível, independentemente da movimentação das placas tectônicas. Já em outros casos, os vulcões encontram-se em regiões de sobreposição de placas, ou seja, eles só entram em erupção quando há pressão suficiente para rompê-las e trazer à tona o magma.

E o que torna o Kilauea ainda mais singular é o fato de ele encontrar-se em uma região habitada — o que, obviamente, causa uma comoção bem maior do que as outras dezenas de vulcões que estão em erupção, neste momento, em várias partes do mundo.

Os vulcões são quase como organismos vivos. Eles têm os seus hábitos, os seus costumes. E a sua intensidade depende muito dos níveis de lava em seu interior.

Por isso, dificilmente os cientistas conseguem prever um novo evento, para que possam alertar o mais rapidamente possível a população que vive em seu entorno. E é exatamente isso que torna os vulcões uma das forças mais imprevisíveis, devastadoras e ameaçadoras que existem na natureza.

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