O Brasil é o quinto maior país do mundo em termos de população bem como área terrestre. O Brasil tem uma formação geológica muito antiga, datando de milhões de anos. A maior parte das cordilheiras mede uma altura impressionante de 2 000 metros. Quanto dessas formações rochosas existentes no Brasil são vulcões?
O que Forma um Vulcão
Terremotos e vulcões são provocados pelo deslocamento das placas tectônicas, os blocos que formam a crosta terrestre e os continentes. Quando uma placa se movimenta ela libera energia, que é resultado do acúmulo de tensões na crosta terrestre. Nos locais onde duas placas se encontram, formam-se as falhas que por serem as zonas frágeis, serão as válvulas de escape dessas tensões.
Onde tiver essas falhas, terão terremotos e vulcões. E quanto maior o tempo sem ocorrência dessas liberações de energia, maior será o tremor. Por isso as vezes é melhor que ocorram os pequenos terremotos. No Brasil, não existem grandes terremotos e nem vulcões ativos porque não há falhas geológicas. O Brasil se localiza no centro de uma grande placa. Apesar disso, nós não estamos totalmente livres de tremores.
Cada placa tectônica é composta por diversos blocos menores, de tamanhos variados. Tais formações de blocos, independente do tempo que se formaram, ainda causam atritos naturais entre si para liberar energia em qualquer período. Aqui no Brasil, portanto, podem sim ocorrer tremores também, mas no geral nada significativo. Já há registros de pequenos tremores em várias regiões do Brasil. Recentemente, um tremor na cidade de Montes Claros, em Minas Gerais, atingiu 2,1 na escala Richer e assustou muito a população local. Em 2008, um tremor ainda maior atingiu São Paulo, de 5,2 na escala, forte o suficiente pra sentir seu reflexo em outros quatro estados brasileiros. O maior terremoto já sentido no Brasil ocorreu em 1955, no Matogrosso, com 6,6 na escala.
O mesmo motivo que isenta o Brasil de terremotos, é também que o exclui de riscos com vulcões. Os vulcões geralmente ocorrem onde existem falhas geológicas. E por isso os vulcões brasileiros permanecem inativos. Mas nem sempre foi assim.
Vulcões Brasileiros
Há milhões de anos atrás, parte do estado do Rio Grande do Sul foi coberto por uma massa vulcânica. O Brasil possuía vulcões que englobava territórios desde a Amazônia até Santa Catarina. Impressionante é que geólogos brasileiros encontraram indícios de que existe um vulcão inativo no Rio de Janeiro, na cidade de Nova Iguaçu.
Também temos um vulcão inativo na Amazônia, e não se trata de qualquer vulcão. Esse é considerado o mais antigo do planeta. Os geólogos estimam que esse vulcão tenha cerca de 1.900.000000 de anos. A bacia amazônica em si é provavelmente o cume de uma enorme cratera que corresponde a esse cônico abstrato de erupção vulcânica pré histórica. As rochas da região do rio Xingu são resultado do vulcanismo nessa região.
Existem evidências que corroboram atividade vulcânica através de exemplos que alguns ainda consideram dois vulcões extintos no Brasil. Um no Rio de Janeiro e outro no Rio Grande do Norte. Infelizmente para os mais aficionados, não há indícios relevantes que confirmem esse dois pontos como de fato vulcões brasileiros extintos.
Na América do Sul, os países mais atingidos por vulcões e terremotos são Chile, Peru e Equador. Também a Colômbia pode ter seus efeitos. O grande problema é que não há meios infalíveis de prever terremotos ou erupções vulcânicas. O que existem são sistemas que podem avisar a população imediatamente, prevenindo o mais antecipadamente possível.
As placas tectônicas são formadas por quinze grandes blocos e estão em constante movimento pelo planeta. Mas é tudo tão fundo e nosso país está tão distante de uma falha que temos sorte por não corrermos nenhum grave risco de desastres naturais como esses.
Formação Geológica por Vulcanismo
Como já foi dito, o Brasil está localizado no meio da placa sul-americana, isto é, longe das bordas das placas tectônicas. Por isso, embora haja evidências de que houve atividade vulcânica no passado, tudo o que o Brasil tem hoje é a consequente formação rochosa desses eventos antigos. Por isso é natural que haja muitas paisagens no território brasileiro com sedimentos vulcânicos, mas não há mesmo nenhuma formação no Brasil com a morfologia de um vulcão em sua complexidade.
Mesmo os principais pontos brasileiros comumente considerados cones vulcânicos são contestados pelas diversas comunidades científicas da vulcanologia. Tanto o mais falado vulcão em Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio de Janeiro, como o pico do Cabugi no estado do Rio Grande do Norte, são considerados mais afloramentos, resultados de uma grande reviravolta geológica composto por rochas subvulcânicas intrusivas.
Isso quer dizer que ambos são resultados de erupções vulcânicas que de fato ocorreram na região. Após as erupções, um intenso desnudamento regional edificante e conseqüente ocorreu. Os cones, crateras, lavas, depósitos de fluxos piroclásticos e bombas vulcânicas foram arrastados pela forte erosão tropical desta região, expondo a estrutura geológica subjacente.
Já os arquipélagos formados no alto da costa de Cabo Frio (na região oceânica do Rio de Janeiro), o arquipélago Trindade e Martinz Vaz (na costa oceânica do Espírito Santo) e a cordilheira de Abrolhos (na região oceânica da Bahia), também são resultados de formações vulcânicas de erupções antigas, mas submarinas. Isso inclui também Fernando de Noronha, na região oceânica do nordeste brasileiro.
O Brasil também tem outros exemplos de vulcanismo. No sul, o litoral de Torres, o Parque Nacional dos Aparados da Serra e até as Cataratas do Iguaçu foram condicionados pela erosão da rocha vulcânica. Estima-se que, na Era Mesozóica, mais de 600.000 milhas quadradas da bacia do rio Paraná foram cobertas por cerca de 400.000 milhas cúbicas de lava basáltica.
Armadilhas do Paraná e Etendeka
As armadilhas Paraná-Etendeka ou Planalto do Paraná e Etendeka compreendem uma grande província ígnea que inclui as duas principais armadilhas do Paraná (na Bacia do Paraná, uma bacia geológica da América do Sul), bem como as menores porções inundações nas armadilhas Etendeka (noroeste da Namíbia e sudoeste de Angola). Os fluxos originais de basalto ocorreram de 128 a 138 milhões de anos atrás. A província tinha uma área de superfície pós-fluxo de 1,5 x 10,6 km² e um volume original projetado para ser superior a 2,3 x 10 6km³.
As amostras de basalto no Paraná e Etendeka têm uma idade que corresponde ao estágio Valanginian do Cretáceo Inferior. Indiretamente, o rifteamento e a extensão são provavelmente a origem das armadilhas do Paraná e do Etendeka e pode ser também a origem das Ilhas Gough e Tristão da Cunha, já que elas estão conectadas pelo chamado Walvis Ridge. Os montes submarinos do Rio Grande que vão para o leste do lado do Paraná fazem parte deste sistema de armadilhas.
Interpretações de geoquímica, incluindo isótopos, levaram os geólogos a concluir que os magmas que formam as armadilhas e as rochas ígneas associadas se originaram pelo derretimento do manto asthenosphic devido à chegada de uma nuvem de manto à base da litosfera da Terra. Então, muito do magma foi contaminado com materiais crustais antes de sua erupção. Algumas rochas plutônicas relacionadas às armadilhas escaparam da contaminação crustal refletindo mais diretamente a fonte dos magmas no manto.
Um tipo de rocha chamado ignimbrito é encontrado em algumas partes das armadilhas indicando atividade vulcânica explosiva. As Armadilhas do Paraná possivelmente contém o local da maior erupção vulcânica explosiva conhecida na história da Terra.
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