A pitaya, ou pitaia, é um fruta comestível, também chamada de Fruta-do-Dragão ao redor do mundo, e em território nacional existem alguns nomes regionais que irão variar de acordo com a cor da fruta, tal como pitaia-branca, pitaia-amarela e pitaia-vermelha.
A pitaya é uma planta resistente, pois é uma espécie de cacto, que são plantas altamente resistentes à intempéries, sendo elas do gêneros Stenocereus ou do gênero Hylocereus.
Entretanto, apesar da resistência à fatores abióticos, a pitaya ainda sofre bastante com pragas e doenças que assolam algumas plantações ao redor do mundo, mas por outro lado, a prevenção dessas doenças e pragas é fácil de ser feita, além da pitaya ser uma planta que cresce a partir de seus próprios talos, mesmo sendo de uma planta que fora atacada por pragas e doenças.
Cuidados e medidas precisam ser tomados com frequência, se a intenção é evitar que a pitaya venha a sofrer com pragas e doenças, e quanto maior for o plantio, mais observação necessita ser feita, já que as pragas e doenças podem se alastrar facilmente.
A forma mais prática de evitar que pragas e doenças ataquem a pitaya, é fazer com que o solo para plantação seja previamente planejado, com espaçamento, sombreamento e elevação ideal para garantir o melhor desempenho da planta.
Cupim, uma Grande Praga para os Pés de Pitaya
Uma das causas mais comuns de praga que assolam plantações de pitaya, é o chamado cupim, que no verão, principalmente, se instala no caule da planta da pitaya e a mata dentro de poucos dias, onde há a necessidade de remover o talo saudável para replantação.
É possível, ainda, usar o mesmo local em que a pitaya fora atacada, mas para isso, há a necessidade de eliminar qualquer foco possível de cupim, através de inseticidas, e depois que houver uma adubação correta do solo, a pitaya pode ser replantada.
Os cupins preferem climas úmidos e quentes, e no verão se tornam pragas, principalmente se a pitaya estiver apoiada num palanque de madeira, pois o tempo fará com que tal palanque seja um ninho gigante de cupins. O ideal é instalar palanques de concreto para a pitaya crescer e se apoiar.
Além da sustentação, o local em que as pitayas devem crescer precisa ser arejado, mas não úmido, pois a água é fatal para a pitaya, trazendo muitas pragas, doenças e ácaros que comem os brotos, botões e folhas da pitaya.
A pitaya precisa ser plantada numa elevação superior no chão, para evitar com que a água fique depositada no sopé, pois assim a mesma não irá morrer pela falta de oxigênio proporcionado por acúmulo de água.
Conheça Algumas das Principais Doenças que Assolam O Pé de Pitaya
Algumas bactérias e fungos possuem grande interesse nas pitayas, atacando-as independente de estação, pois as mesmas se procriam através de alguns fatores proporcionados pela falta de cuidado com a planta.
Todos os agricultores reconhecem que é impossível cuidar de plantações de hectares de pitayas, e por esse fato, precisam realizar o controle para que algumas pragas e doenças não se espalhem pela plantação.
Uma espécie de bactéria muito comum presente nas pitayas doentes, é a Xanthomonas campestris, e algumas de suas variações:
- Xanthomonas campestris pv. armoraciae
- Xanthomonas campestris pv. begoniae A
- Xanthomonas campestris pv. begoniae B
- Xanthomonas campestris pv. campestris
- Xanthomonas campestris pv. cannabis
- Xanthomonas campestris pv. carota
- Xanthomonas campestris pv. corylina
- Xanthomonas campestris pv. dieffenbachiae
- Xanthomonas campestris pv. glycines
- Xanthomonas campestris pv. graminis
- Xanthomonas campestris pv. hederae
- Xanthomonas campestris pv. hyacinthi
- Xanthomonas campestris pv. juglandis
- Xanthomonas campestris pv. malvacearum ou Xanthomonas citri subsp. malvacearum
- Xanthomonas campestris pv. musacearum
- Xanthomonas campestris pv. mangenifereae indicae
- Xanthomonas campestris pv. mori
- Xanthomonas campestris pv. nigromaculans
- Xanthomonas campestris pv. pelargonii
- Xanthomonas campestris pv. phaseoli
- Xanthomonas campestris pv. poinsettiicola
- Xanthomonas campestris pv. prunii
- Xanthomonas campestris pv. raphani
- Xanthomonas campestris pv. sesami
- Xanthomonas campestris pv. tardicrescens
- Xanthomonas campestris pv. translucens
- Xanthomonas campestris pv; vesicatori
- Xanthomonas campestris pv. vitícola
Essas variações causam doenças visíveis ao pé de pitaya, podendo ser facilmente identificada e removida. Quando a doença ataca a parte de baixo da pitaya, é possível preservar apenas o “osso” da pitaya, que é a parte de dentro, que dificilmente sofre com agentes bactericidas.
Se, acaso, a doença parecer na folhagem superior, será necessário fazer a remoção da folha infecionada, para que a doença não se espalhe para as outras folhas.
Bactérias como a Pectobacterium carotovorum e Erwini caratovora também atuam na pitaya, apodrecendo seus caules através de moléculas que separam as células da planta.
Além dessas, existe a Fusarium oxysporum, que é um fungo que atua impedindo que a água se entremeie pelas veias da planta, levando-as à falta de oxigênio e desidratação. Não obstante, é possível que a pitaya seja contaminada pela Pantoea genus, e suas variedades:
- Pantoea agglomerans
- Pantoea allii
- Pantoea ananatis
- Pantoea anthophila
- Pantoea deleyi
- Pantoea dispersa
- Pantoea eucalyptii
- Pantoea stewartii
Esse tipo de bactéria causa hipersensibilidade à pitaya, o que pode deixa-la altamente vulnerável à queimada através de geadas e insolações.
Formas de Prevenir e Tratar a Pitaya Doente
Uma das dicas que os agricultores passam, é fazer uso da calda bordalesa na plantação, assim como no solo preparado com adubação orgânica.
É indicado, também, que o solo seja envenenado levemente para dissipação de pragas, e que depois venha a ser tratado para se tornar apto ao crescimento das plantas.
Se a pitaya apresentar um bom aspecto verde, mas lá na parte de baixo, no contato com a terra, a mesma estiver amarelando, significa que o cupim está comendo a mesma, e nesse momento é necessário remover a parte podre e replantar, e aquela parte do solo deve ser tratada com inseticidas e depois o solo deve ser readubado, para voltar a ser fértil.
Lembre-se que apesar da pitaya ser um tipo de cacto, a mesma não exige tanta água, e por isso é essencial que não haja muita umidade, e que o solo seja mais elevado, pois assim sempre se encontrará seco e menos baterias terão a chance de se proliferar.
Minha estaca de pitaya está com brotos quase adultos e agora começaram a amarelar todos, e estão como que enferrujando… Não achei nada no Google a respeito disso. Não tive problemas com apodrecimento. O que faço pra recuperar?
Faço cultivo de pitaya orgânica a 4 anos. Neste ano surgiu uns cascudos pretos, tipo bicudo durante o início da florada. fiz o processo de polinização manual, mas logo após começou aparecer um fungo, bactéria, tipo um bolor cinza, inviabilizando a fruta. Como faço pra ocorrer na próxima florada???