Os canions podem ser chamados por vários outros nomes: desfiladeiros, canhões, ravinas, ribanceiras, entre outras denominações.
Estas formações geralmente são o resultado de milhões de anos de um paciente trabalho de lapidação (geralmente de um rio) de trechos, na maioria das vezes, compostos por camadas de rochas com características bastante singulares — como a rigidez em umas camadas e maciez em outras.
É necessário, também, que esse curso d’água possua uma composição apropriada, como por exemplo, rios compostos por grande quantidades de areia, lodo, fragmentos sólidos, cascalhos, entre outros materiais, capazes de funcionar como uma espécie de lixa ou lima, com poder de desgastar, aos poucos, todo o trecho com o qual mantém contato.
O resultado é a formação de profundos vales, ladeados por falésias, paredões e escarpas, que, muitas vezes, constituem-se como verdadeiras obras-primas da natureza.
Obras-primas como os imponentes Yarlung Tsangpo Grand Canyon, no Tibete, com 6.000m de profundidade; o Capertee Valley, em Nova Gales do Sul, Austrália; o Kali Gandaki Gorge, no Nepal; além do lendário Grand Canion, um dos maiores patrimônios naturais dos Estados Unidos da América.
Apesar de, na maioria das vezes, ser o resultado da erosão de um rio, existem inúmeros casos em que outras forças da natureza foram as responsáveis pela formação de um canion. Como, por exemplo, uma combinação de forças dos ventos, do assédio constante do mar, ou simplesmente chuvas e demais intempéries.
Mas existem outros nomes pelos quais os canions são conhecidos. E entre os principais, estão:
1.Desfiladeiro
Desfiladeiro é um dos nomes pelos quais os canions são conhecidos. Da mesma forma que estes, eles são o resultado da ação lenta e gradual de rios, chuvas e ventos contra paredes formadas por rochas mais sensíveis à ação da água.
Os mais famosos são considerados verdadeiras obras-primas da natureza, tais são as suas dimensões, constituições físicas, fauna e flora características, além de um panorama que, não raro, converte-se em cartões-postais dos seus respectivos países.
O comum é que eles sejam formados em regiões agrestes, áridas e desoladas; com temperaturas altas, bastante incidência de ventos, e por onde correm rios com características singulares — especialmente quanto à sua composição —, geralmente compostos por fragmentos sólidos.
O Grand Canion, por exemplo, é um desfiladeiro. As suas encostas e paredões exibem um conjunto com cerca de 13 camadas de rochas, das mais variadas possíveis, entre as quais estão aquelas que são insensíveis à ação das intempéries. E que, por isso mesmo, despontam dos paredões em contraste com as outras camadas.
2.Canhão
Canhão também é um dos nomes pelos quais os cânions são conhecidos. Eles são espécies de vales, que podem ter alguns milhares de quilômetros de profundidade, ladeados por paredões extremamente íngremes (ou em “V”), e também formados pela erosão de rios e ventos.
Os canhões, em alguns casos, podem diferir dos canions apenas pelo seu tamanho (um pouco menores) e pela menor resistência oferecida às águas e aos ventos.
No entanto, para a sua formação, repete-se o mesmo fenômeno: a ação erosiva de rios e demais intempéries, por milhões de anos; para, ao final, surgir um imenso abismo, com paredões íngremes e desafiadores, capazes de transformar a paisagem ao seu redor em um ambiente quase cinematográfico.
3.Ravina
As ravinas diferem de alguns canions tradicionais, basicamente, pelas suas dimensões. Elas são formações bem menores, geralmente constituídas a partir do assédio de enxurradas, que produzem vales com uma profundidade entre 100 e 150m.
Além disso, não necessariamente são constituídas em regiões áridas, como em tão comum ocorrer entre os canions.
Elas também não exigem muito tempo para a sua formação. Não são raras as ravinas formadas em menos de 1 século, graças à ação constante de chuvas, córregos, enchentes, tempestades, entre outros eventos naturais, que resultam em graves prejuízos, especialmente para o setor da agricultura.
As ravinas também apresentam paredões menos íngremes do que os dos canions mais conhecidos, e, muitas vezes, lembram mais um vale profundo do que propriamente um abismo.
4.Vales
Um vale, de certa forma, também pode ser um dos nomes pelos quais os canions são conhecidos, pelo simples fato de também ser o resultado do longo e constante lapidar de um determinado terreno.
Talvez a diferença fundamental entre estes e os canions mais famosos, seja o fato de serem, na maioria das vezes, desenhados entre montanhas ou colinas, constituindo, em suas bases, espécies de depressões por onde geralmente correm rios e demais cursos d’água.
Fisicamente, os vales apresentam-se bem mais largos do que alguns canions mais famosos. Eles também possuem escarpas e paredões bem mais inclinados do que as íngremes escarpas daquelas formações.
E, por fim, a sua constituição não depende, exclusivamente, da ação da água. Geleiras, abalos sísmicos e movimentação de placas tectônicas (em eras bastante remotas) também podem produzir esse tipo de relevo.
5.Garganta
Finalmente, uma “garganta”, também considerado um dos nomes pelos quais os canions costumam ser chamados, especialmente por aqueles menos familiarizados com nomenclaturas técnicas.
Do ponto de vista da sua constituição, eles podem ser comparados a canhões, com a diferença de que são facilmente identificados como uma espécie de corte profundo entre imensas montanhas, o que resulta em paredes bem mais íngremes e agressivas do que o padrão comum dos canions.
As gargantas também costumam ser menos extensas e, dessa forma, apresentam um ecossistema bem mais restrito do que estas formações.
Também é muito comum que se identifique as gargantas como espécies de vales, pois, semelhantemente a estes, costumam servir de leito para a passagem de rios em pleno vigor, diferentemente de alguns canions, que apenas possuem vestígios de atividades aquáticas.
No entanto, como é comum nos canions, as gargantas também são o resultado da erosão paciente (e por milhões de anos) proporcionada por imensos e imponentes rios, geralmente compostos por diversos tipos de fragmentos sólidos, capazes de desbastar, lentamente, as estruturas de montanhas que, geralmente, são sensíveis ao assédio desse tipo de evento da natureza.
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