Além da natureza fornecer tudo aquilo que necessitamos para nos alimentar, ela também fornece plantas que irão nos auxiliar em muitas ocorrências, principalmente quando se trata de alguma enfermidade.
Pessoas com conhecimentos notórios sobre as propriedades que várias plantas possuem, conseguem formular receitas que ajudarão muito mais do que remédios produzidos por corporações, que acima de tudo, não fazem bem ao organismo.
Para que seja possível utilizar as plantas medicinais, é necessário obter conhecimento sobre suas propriedades, e geralmente quem sabe disso são as pessoas mais velhas ou os nativos de determinada região.
Porém, atualmente, é muito viável aprender sobre plantas e suas características medicinais na internet, e esse é um dos propósitos desse artigo, falar sobre plantas medicinais que estão extintas no Brasil e no mundo, e quais suas principais características.
Conheça Algumas Plantas Medicinais que Estão em Extinção
1. Andiroba (Carapa guianensis)
É uma planta medicinal que tem reconhecimento oficial pelo Ministério da Saúde do Brasil, possuindo características fitoterápicas, isto é, da extração de seus recursos, seja em forma de pasta, suco ou óleo, suas propriedades serão usadas no intuito de tratar de enfermidades.
A principal característica medicinal da andiroba é sua função anti-inflamatória, que pode ser aplicada como pasta-base em ferimentos e picadas de insetos peçonhentos, atuando diretamente no local, desinchando áreas lesionadas.
Seu principal índice de extinção está baseado no consumo da planta como forma medicinal, onde muito de sua extração é feita irregularmente.
2. Jaborandi (Pilocarpus microphyllus)
Uma planta medicinal com propriedades voltadas para a ajuda contra problemas de visão, como glaucoma, pois é a única planta que consegue produzir a complexa molécula de pilocarpina, utilizada na produção de medicamentos para doenças como a Síndrome de Sjörgen, por exemplo.
É consumida, na maior parte das vezes, em chás, que além de apresentarem um gosto agradável, possui um aroma único.
O chá de jaborandi atua liberando o fluxo de oxigenação no pulmão, facilitando na hora de respirar, o que é importante para quem está com tosse ou casos mais sérios, como bronquite ou pneumonia.
A principal causa de sua eminente extinção dentro de poucos anos será o fato da extração descontrolada e do consumo de seu habitat natural.
3. Hoodias (Hoodia gordonii)
Planta de origem africana, tem sido cada vez mais consumida por comunidades de pessoas que passam necessidades na África, já que apresentam caules suculentos que podem ser cozidos e comidos.
Sua principal característica medicinal atua como inibidora de apetite, o que é uma opção altamente viável para pessoas que querem controlar o ganho de peso extra. Por isso a planta tem propriedades que são utilizadas por indústrias farmacêutica na produção de pílulas inibidoras de apetite.
4. Amburana (Amburana cearenses)
Planta com incidência no norte e nordeste do Brasil, também conhecida como cumaru-do-Ceará, cumaru-das-Caatingas, imburana-de-cheiro e cerejeira.
Suas folhas e caule possuem valor medicinal elevado, e a madeira de sua árvore possui valor comercial, o que é um dos principais motivos que enquadra a amburana no quadro de possível extinção.
Atualmente ela se encontra Em Perigo, segundo a IUCN, e esforços do IBAMA tem tentando reverter esse quadro.
Os efeitos da amburana atuam exclusivamente no estômago, facilitando processos digestivos, mas também atua como anti-inflamatório e anestésico natural.
5. Pau-Rosa (Aniba rosaeodora)
Sua principal forma de consumo se dá através de seu óleo essencial que tem um aroma agradável, servindo assim na composição de perfumes e aromatizadores, não obstante ser usado em cosméticos.
Seu óleo também pode ser usado como anestésico natural, diminuindo inchaços e alergias.
Seu estado atual é classificado como Em Perigo, o que significa que, se mudanças não ocorrerem, é possível que a planta medicinal seja extinta dentro de alguns anos. O IBAMA tem trabalhado para que isso não ocorra, mas lutar contra a extração ilegal e a falta de consciência em reflorestamento no Brasil parece não ser muito eficaz.
6. Gonçalo-Alves (Astronium fraxinifolium Schott)
É uma árvore que possui casca com propriedades medicinais absolutas, onde o chá do caule da árvore Gonçalo-Alves atua diretamente no sistema intestinal, aliviando gases e desconfortos estomacais. Suas folhas são utilizadas em chás para tratar úlceras e hemorroidas.
Essa planta também conhecida como Aroeira-vermelha e Setecascas.
O principal motivo de estar em extinção se dá pelo fato da extração descontrolada de sua madeira, de qualidade extremamente boa, usada em decoração de móveis de luxo e instrumentos musicais, como violões e pianos.
7. Arnica (Lychnophora ericoides Mart)
Quem nunca ouviu falar no óleo-de-arnica? Utilizada para aliviar dores musculares, ferimentos, hematomas, reumatismos e mais.
É tão maleável, que pode ser consumida em forma de óleo, líquido e até mesmo em pó (talco).
Apesar de ser tão utilizada, a mesma sofre com a consumação elevada sem consenso pelas pessoas que não pensam em retornar o plantio dessa planta.
Práticas de conservação tem sido instauradas nos principais Estados em que a arnica existe, como em Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo.
O único motivo pelo qual todas as plantas citadas acima estão em risco de extinção é pelo fato dos humanos interferirem diretamente na natureza.
Não é de hoje que processos de conscientização vem sido tentando a entrar em vigor, para que as pessoas saibam o que pode e o que não pode ser feito na natureza.
Consumir aquilo que a natureza fornece exige com que nós retornemos o mesmo para ela, devolvendo sementes e replantando o máximo possível, para que assim nenhuma espécie de planta ou de animal venha a sofrer com o pesadelo da extinção.
A lista de plantas medicinais ameaçadas de extinção não se limita apenas às 8 plantas listadas nesse artigo, pois é possível afirmar que 80% das plantas medicinais existentes no mundo estão sofrendo com a extinção, onde 50% de todos os medicamentos produzidos necessitam de sua matéria-prima.
Com esse paralelo em mente, é possível perceber a importância que as plantas medicinais tem e a falta que elas farão a partir do momento em que não existirem mais.