O Que é Um Vulcão?
A melhor maneira de saber o que é um vulcão, em meio a tantas manifestações naturais existentes nesse nosso planeta, é somente por meio de uma visita cara a cara a um dos milhares de exemplares que praticamente constituem o relevo das regiões onde eles se encontram.
Cientificamente, os vulcões são o resultado da movimentação das placas tectônicas no interior da terra, que, a depender desse movimento, podem chocar-se, tocar-se levemente ou mergulharem umas sob as outras.
E como resultado desse processo, boa parte do magma contido no interior da terra (com temperatura superiores a 1.000° C) pode ser expelido em forma de lavas acompanhadas por cinzas vulcânicas e fluxos piroclásticos .
Estes, expelidos constantemente por uma abertura na terra, além de causarem terríveis danos ao meio ambiente, ainda acumulam-se em torno do centro da explosão, formando essas enormes montanhas que passam a ser conhecidas popularmente como vulcões.
Agora temos uma enorme montanha (geralmente em forma de cone) produzida pela modificação da crosta terrestre durante a agressiva saída do magma, e constituída, basicamente, por lava endurecida e demais sedimentos que se acumulam através dos tempos.
Estima-se que existam, atualmente, entre 1300 e 1600 vulcões ativos e cerca de 30 em erupção nesse exato instante no mundo. Mas se formos levar em consideração uma infinidade de outras montanhas que um dia já foram vulcões, podemos ter pelo menos 6 vezes essa quantidade.
Os vulcões podem surgir de várias maneiras. Eles poder surgir, por exemplo, do choque entre duas placas tectônicas oceânicas, quando uma mergulha sob a outra, e acabam sendo fundidas, para dar origem às chamadas ilhas vulcânicas.
Mas também pode acontecer de as placas serem oceânicas e continentais. E quando as primeiras mergulham sob as segundas, esse movimento cria os chamados “hotspots” ou “pontos quentes” – espécies de reservatórios de magma que fazem com que o vulcão permaneça sempre ativo.
Agora, se as placas que se chocaram são ambas continentais, o que teremos são aquelas famosas cadeias de montanhas vulcânicas, como a Cordilheira do Himalaia, por exemplo; caracterizada por apresentar pouca atividade vulcânica, mas com abalos sísmicos bastante relevantes.
E, por fim, o vulcanismo submarino. Este é um vulcanismo que manisfesta-se no fundo dos oceanos – aquele em que duas placas tectônicas oceânicas afastam-se no fundo do mar, resultando nessa que é a mais comum das manifestações vulcânicas existentes, e responsável por cerca de 70% do total de vulcões no mundo.
Como Ocorrem as Erupções Vulcânicas?
A maioria absoluta dos indivíduos não têm como saber o que é um vulcão em erupção. Somente os habitantes do seu entorno são capazes de descrever os eventos que antecedem essa força da natureza.
O mais comum é que uma série de pequenos abalos sísmicos antecedam as erupções, até que eles configurem-se como verdadeiros terremotos, seguidos pela abertura de pequenas fissuras na cratera e nas laterais das montanhas, por onde deverá sair o magma subterrâneo.
A partir daí, o evento é simplesmente incontrolável! Logo uma impressionante erupção (que pode ser explosiva ou por simples efusões de lava) é acompanhada pelo lançamento de gases e água a enormes temperaturas.
Fragmentos de pedras-pomes são lançados também a grandes alturas, juntamente com blocos de rochas.
O gás carbônico, dióxido de enxofre e ácido clorídrico encarregam-se de envenenar a água e sufocar seres humanos e animais.
Enquanto isso, a lava desce, insensível, destruindo toda a vegetação, matando animais, queimando e soterrando pessoas vivas – como se fora um verdadeiro prenúncio do Apocalipse.
Isso tudo pode ser ainda mais dramático, caso a erupção ocorra próxima de geleiras, por exemplo. O resultado será um verdadeiro mar de lama a soterrar casas, esmagar pessoas, destruir lavouras, entre outras consequências que, muitas vezes, são sucedidas pela ocorrência dos famigerados tsunamis.
Vulcões Extintos, em Atividade e Adormecidos
A ciência não tem qualquer dificuldade para definir o que é um vulcão ativo. Para ela, estes são todos aqueles que apresentam algum potencial para entrarem em erupção, como: ocorrências de abalos sísmicos, instabilidade constante ou mesmo pequenas emissões de gases a partir do seu interior.
Mas também é possível considerar como um vulcão ativo aqueles que já se manifestaram dessa forma em algum momento das suas existências, ou que assentam-se sobre uma região problemática.
Já os vulcões adormecidos, como o próprio nome leva a crer, caracterizam-se por até milhares de anos sem qualquer tipo de manifestação vulcânica.
Apesar disso, são constantemente monitorados por bases sismológicas, já que também estão sobre uma região problemática e passível de uma movimentação perigosa das placas tectônicas.
Mas difícil mesmo é definir com exatidão o que é um vulcão extinto, já que não há base científica alguma para garantir que um vulcão jamais entrará em erupção.
No entanto, para alguns especialistas, o fato de uma montanha não apresentar qualquer tipo de manifestação sísmica, alterações geotérmicas e assentar-se sobre uma região com uma movimentação normal das placas tectônicas, é o que pode levar a crer que trata-se de um exemplar extinto; e que não será, no futuro, uma ameaça à vida ao seu redor.
As Partes de um Vulcão
Um vulcão é composto por quatro partes essenciais:
1.Cone
As diversas erupções vulcânicas ocorridas ao longo de milhares ou milhões de anos – com sucessivas emissões de lavas, cinzas, fragmentos e blocos de rochas -, resultam num acúmulo de materiais entorno desse ponto de efusão.
Tal acúmulo vai formando, aos poucos, uma imensa estrutura na forma de um cone, que é o que chamamos de um vulcão propriamente dito.
2.Cratera
Já as crateras são o resultado das emissões agressivas de lavas e demais fluxos piroclásticos, que formam uma espécie de boca no final do cone da montanha.
As crateras, a depender do seu tamanho, indicam o nível de agressividade das erupções; e ainda podem, durante a sua inatividade, dar lugar a imensos lagos, que são verdadeiros pontos turísticos em muitas regiões.
3.Conduto
O Conduto ou Chaminé, como o seu nome logo leva a crer, é uma espécie de tubo ou via no interior do vulcão, que liga o reservatório de magma à saída do cone.
No caminho, ele pode desdobrar-se em tubos secundários, mas sempre com o objetivo de dar vazão ao magma subterrâneo.
4.Câmara Magmática
E, por fim, a Câmara Magmática – que também pode ser conhecida como “Caldeira”. É nela que uma verdadeira revolução ocorre lentamente, e pacientemente, enquanto enormes quantidades de rochas vão sendo fundidas e transformando-se em magma, para ser expelido pelo vulcão.
É uma região de altíssima pressão, onde uma mistura de gases (e às vezes sílica) torna as erupções eventos quase avassaladores.
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