Existem muitas organizações independentes em todo o mundo que tentam mostrar, há muitos anos, como o meio ambiente está se deteriorando em alta velocidade. Dessa maneira, é bastante natural que muitas pessoas tenham consciência de como esse problema é realmente grande, embora muitas outras simplesmente o ignorem.
Assim, há sempre a dicotomia entre aqueles que tentam equilibrar o ambiente em que vivem e aqueles que nada fazem para ajudar – esse é um belo exemplo em que, se você não faz parte da solução, automaticamente passa a fazer parte do problema. Assim, um assunto muito comum quando se trata do assunto são os produtos biodegradáveis. Afinal, o que é algo biodegradável? Qual o sentido desse nome? Há muitas vantagens em ter mais produtos assim circulando pelo mundo?
Na realidade, esse é um assunto bastante central quando se trata de melhora da saúde do planeta, já que grande parte de todo o lado negativo absorvido pelo meio ambiente decorre dos produtos e itens criados pelas pessoas que não são descartados da maneira mais correta. Com o tempo, o acúmulo de produtos com tais características gera consequências cada vez piores para todo o entorno. Portanto, se você deseja aprender mais sobre a biodegradação, entendendo o que é e o que não é biodegradável, além de mais informações sobre o tema, veja tudo logo abaixo.
O Que é Biodegradável?
A palavra biodegradável fala quase por si só, já que muito do seu sentido está contido no jogo de letras que dá sentido a ela. No caso, um produto biodegradável é aquele que se decompõe de forma mais fácil na natureza, sem necessitar de tanto tempo para realizar esse processo natural. Logo, os elementos que se fazem presentes no produto retornam à cadeia natural mais rapidamente, podendo ser utilizados novamente pelos seres vivos que fazem parte do planeta.
Como consequência final disso, os impactos ambientais são muito menores e a presença das pessoas no mundo se torna um problema também muito menor. Em geral, algo importante para que um produto seja biodegradável é a sua matéria-prima. Dessa maneira, se o item em questão possui partes vegetais, resíduos biológicos ou outros materiais tidos como naturais, é mais provável que a sua decomposição se dê mais rapidamente no meio natural.
O Que Não é Biodegradável?
Em contraponto, no caso de materiais como alguns tipos de plásticos e alguns outros formados na indústria pesada, o tempo de decomposição automaticamente cresce de maneira exponencial, já que o processo se torna muito mais lento e, se realizado na natureza, pode gerar inúmeros problemas em muitas questões para o equilíbrio da mesma. Sobre o produto gerado após a fase de decomposição do item biodegradável, o mais normal é que se tenha água, CO2 e biomassa como os principais resultados da transformação.
Esse processo todo acontece em algumas semanas ou em alguns meses, já que, quando o tempo é muito superior a isso, não se considera o produto como biodegradável. Dessa forma, até é possível que um material seja composto pelas matérias-primas essenciais, mas, se o seu tempo de decomposição for muito grande, esse produto não pode ser classificado como biodegradável. Portanto, a definição em questão envolve não apenas a matéria-prima usada para a produção de um item, mas também a forma como esse item se relaciona com os elementos que estão ao seu redor.
Para se dar um exemplo, há alguns produtos que são consumidos por microrganismos na natureza, mas levam de 10 a 20 anos para realizar todo o processo de decomposição. Nesse caso, apesar de o material de produção ser o mais recomendado, se tem um grande problema quanto ao tempo para que o item volte a ser útil para o ambiente natural. Portanto, exemplos de produtos desse tipo, que até são consumidos, mas demoram mais, incluem:
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PVC;
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Polipropileno;
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Polietileno.
Mas, se é assim, como saber se um produto é biodegradável ou não? Seria preciso esperar todo o tempo de decomposição dele? Na verdade, existem algumas métricas que são muito úteis para determinar se certo produto é biodegradável ou não. Dessa maneira, seguindo alguns conceitos já estabelecidos por normas internacionais, é possível dizer se certo item se encaixa nos padrões necessários de biodegradação. No Brasil, a ABNT Nbr 15448 é um exemplo de norma que estuda como certo item pode ser ou não biodegradável.
Assim, não há o risco de que alguma empresa faça o teste como bem entender, dando o selo de biodegradável a um item que pode levar anos ou séculos para se dissolver na natureza. Algumas métricas das normas brasileiras de biodegradação incluem a taxa de desintegração, por exemplo: se total, 90% ou menos.
Ademais, é preciso levar em conta alguns detalhes como a ecotoxicidade e a biodegradação, sendo essa última a quantidade de CO2 emitido pela amostra em comparação ao CO2 emitido por uma amostra padrão.
Biodegradação Primária: O Que é?
A biodegradação pode acontecer de formas diferentes, o que leva ao ponto de que ela pode ter tipos distintos e, dessa maneira, é importante entender como cada um desses tipos interfere na vida dos seres vivos. No caso da biodegradação primária, o que acontece é que uma bactéria realiza o processo de oxidação do produto.
Oxidação, de forma muito simplista, quer dizer que o produto está perdendo seus componentes principais e apodrecendo – na química, oxidação é a doação de elétrons de um meio para o outro. Dessa maneira, após esse contato inicial com a bactéria, é preciso ainda que o produto perca as suas características principais ao longo da transformação, o que fará com que o item não possa mais ser analisado corretamente.
Portanto, é apenas assim que a biodegradação primária acontece, já que, em outros casos, o tipo de degradação do material pela natureza se dá de forma diferenciada. Esse é o tipo de processo de biodegradação que costuma acontecer mais rapidamente, até mesmo pela maneira como as bactérias agem rápido junto às matérias-primas de um item. No passado, os cientistas consideravam a biodegradação primária como total, já que, à primeira vista, o material era todo oxidado e, assim, não deixava rastros para trás.
Contudo, conforme foi sendo possível analisar ainda melhor a reação, foi também possível entender que a biodegradação primária deixa, sim, alguns rastros pelo caminho. No caso, o principal problema é que esse tipo de biodegradação deixa resíduos orgânicos estranhos ao ambiente natural após toda a ação das bactérias. Logo, com o tempo foi possível mudar a visão dos principais estudiosos sobre o assunto, levando a outro tipo de biodegradação que pode acontecer junto aos materiais. Essa outra forma se trata da biodegradação total.
Biodegradação Total
Se a biodegradação primária deixa alguns rastros estranhos ao ambiente natural, é normal pensar que a biodegradação total não os deixará. Assim, ao final do processo de biodegradação total, o que se tem são apenas os elementos essenciais do processo, sem que nenhum outro material adicional possa se manter pelo caminho.
Logo, a biodegradação total, também chamada de mineralização, possui como resultados o H2O, o CO2 e sais orgânicos. Todavia, o mais natural é que o processo de biodegradação primária seja visto com mais frequência no meio ambiente, até mesmo pela maneira como as bactérias estão presentes em todas as partes do mundo. Dessa forma, a conversão dos produtos costuma ser parcial e não total.
Em qualquer caso, não é interessante analisar a biodegradação primária como ruim ou a biodegradação total como a única positiva, já que ambas são essenciais para a natureza e, sem elas, muitos dos elementos que chegam às bactérias e retornam aos outros seres vivos jamais fariam esse caminho por completo. Além disso, é muito melhor ter a biodegradação parcial do que não haver qualquer tipo de biodegradação, o que acontece com aqueles produtos que levam anos e mais anos para realizar a decomposição na natureza.
A Biodegradação Salvará o Mundo?
É muito importante que as pessoas entendam o processo de biodegradação, já que ele será cada vez mais usado com o passar do tempo. Logo, compreender essa área de natureza será essencial para entender o funcionamento do mundo. Isso porque o número de produtos do dia a dia fabricados com materiais biodegradáveis é cada vez maior. Dessa maneira, alguns exemplos de produtos que poderão ser dominados pelos materiais biodegradáveis nos próximos anos incluem:
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Canetas;
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Fraldas;
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Copos;
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Roupas;
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Utensílios e pequenas ferramentas em geral.
Dessa forma, é muito importante que as pessoas entendam a importância do que é biodegradável para que sejam capazes, também, de exigir o processo por parte dos produtores. Todavia, embora o material biodegradável possa ser chave para o funcionamento do mundo, há algumas pessoas que não entendem completamente assim. No caso, uma corrente de profissionais do setor entende que apenas alguns produtos devem ser biodegradáveis, já que nem todos os itens do dia a dia se encaixam nos padrões necessários.
Além disso, com os produtos que já se tem atualmente, seria possível melhorar muito o meio ambiente apenas com uma maior capacidade de reciclagem por parte dos estados e municípios do Brasil. Portanto, o produto biodegradável não será a solução para todos os problemas do mundo, já que existem formas mais rápidas e baratas de resolver muitos dos pontos apresentados. A melhor opção, para alguns cientistas, seria incrementar o processo de coleta seletiva e melhorar toda essa questão, já que assim todos ganhariam sem a necessidade de investimento pesado em tecnologias de biodegradação.
No futuro, caso fosse necessário, os investimentos no setor poderiam crescer para acompanhar a demanda do planeta. Além disso, caso o plástico se degradasse, é provável que o planeta sofresse até mais. No caso, a degradação do plástico faria com que substâncias como metano fossem para a atmosfera, o que seria negativo para as pessoas e prejudicaria bastante todo o modo de vida dos seres humanos.
Ademais, haveria o risco de que essas substâncias infestassem mananciais, aquíferos e outras fontes de água potável, causando mais problemas do que resolvendo-os. Por fim, a biodegradação do plástico ainda poderia fazer com que o nível da temperatura média mundial aumentasse, incrementando os problemas ligados ao aquecimento global. Dessa forma, esse tipo de corrente defende que a melhor opção para o plástico e também para alguns outros materiais é a sua reutilização consciente, com a coleta adequada e todo o esforço para melhorar o serviço de reciclagem.
Portanto, ainda que a biodegradação seja uma opção muito válida e até mesmo fundamental para o uso de alguns produtos, é preciso realizar um estudo caso a caso para saber se aquela é a melhor opção para determinado tipo de item. Questões como destinação, impacto sobre a saúde do planeta e mais algumas informações válidas devem ser levadas em conta no momento da tomada de decisão, seja por pesquisadores do tema ou pelos órgãos do Estado.
Embalagem de Cogumelo
A embalagem de cogumelo é uma opção para quem deseja carregar os seus produtos de forma mais sustentável e de acordo com o bem-estar da natureza. Dessa maneira, é comum que algumas empresas mais ligados ao tema da biodegradação façam uso desse tipo de embalagem, que se faz a partir de raízes de cogumelos crescidas em algumas folhas mortas, além de húmus e outras substâncias.
A embalagem, à primeira vista, pode lembrar um pouco uma embalagem de isopor mais desgastada e suja, embora seja muito mais eficiente em termos de biodegradação – na verdade, nem há como realizar uma competição justa nesse aspecto.
Além de ser biodegradável, portanto, a embalagem de cogumelo ainda pode ser comida pelas pessoas. Todavia, como o produto pode conter um sabor não muito agradável e ainda pode gerar sensações não muito positivas em algumas pessoas, o mais indicado é não ingerir a embalagem. Porém, como nem tudo é positivo no mundo, há fatores negativos em relação a esse tipo de embalagem.
No caso, um dos problemas é que o custo de produção da embalagem de cogumelo é muito elevado, o que cria problemas para as empresas que desejam fazer uso dessa medida mais ecológica. Logo, como o custo acaba por ser maior, muitas vezes o preço final do produto também aumenta, podendo levar os clientes a consumir na concorrência. Além disso, embora o custo de produção da embalagem de cogumelo possa ser comparativamente pequeno quando o item em seu interior tiver alto preço de mercado, o mesmo não vale para aqueles produtos mais baratos – em alguns casos, esse tipo de embalagem pode custar até 35% a mais do que aquelas tradicionais.
Além disso, alguns dos recursos usados para a produção da embalagem de cogumelo poderiam ser direcionados para a produção de alimentos. Assim, é natural algumas empresas afirmarem que não desejam fazer uso da embalagem de cogumelo pelo simples fato de que querem utilizar os recursos para produzir alimentos. Nem sempre a justificativa faz sentido, mas realmente há uma competição entre ambos os projetos.
Em todo caso, a embalagem de cogumelo é uma alternativa interessante para quem deseja um novo tipo de material para embalar seus produtos, sendo muito mais ecoeficiente do que fazer uso dos meios tradicionais de embalagens. Dessa maneira, se a sua empresa está disposta a elevar um pouco custo de produção para tornar o mundo um lugar melhor, pense em adotar a embalagem de cogumelo. Ao mesmo tempo, os clientes devem ter atenção aos materiais usados pelas companhias e às diretrizes ecológicas que regem tal empresa para optar por aquelas que mais têm relação com a sua respectiva visão sobre o mundo.
Embalagem de Milho e Bactérias
A biodegradação acontece de forma muito mais natural em produtos realmente formulados para tal, que podem se decompor de forma mais fácil e rápida. Assim, os alimentos são ótimas formas de produzir produtos biodegradáveis, embora nem todos os alimentos tenham o mesmo processo de decomposição – uma banana, por exemplo, pode levar até 3 anos para se decompor na natureza.
De toda forma, quando se trata de embalagens biodegradáveis, a velocidade de decomposição dos alimentos passa a ser ainda mais útil. Entre os exemplos está a embalagem de milho e bactérias, que faz uso ainda de outros vegetais. No caso, esse tipo de embalagem é até bastante comum no mundo, utilizando um plástico produzido a partir da biossíntese de carboidratos do milho, cana-de-açúcar, óleo de soja e algumas outras substâncias. Todavia, a principal matéria-prima é realmente o milho, que dá nome ao tipo de embalagem.
Já sobre a bactéria, que também possui posição central na produção da embalagem em questão, isso acontece pelo fato de as bactérias serem essenciais quando se trata de realizar a decomposição de muitos dos materiais, incluindo o milho. Assim, é possível entender como a embalagem de milho e bactérias é importante para o mundo apenas pelo uso da lógica. Isso porque a alternativa principal a essa embalagem é o saco plástico comum, usado pelas pessoas no dia a dia. Porém, você sabe como é produzido esse saco plástico?
O que o compõe são polímeros derivados do petróleo, mostrando bem como pode ser nocivo ao meio ambiente fazer uso das sacolas comuns. Em contraponto, a embalagem de milho acaba por 100% biodegradável, mantendo as características principais responsáveis pela efetividade da sacola comum. Quer saber como se dá o processo de produção dessa sacola? Se sim, saiba que a glicose e sacarose presentes na cana-de-açúcar, no milho e no óleo de soja são parte fundamental de todo o processo.
Isso porque são a parte central para a produção do PHB (polihidroxibutirato), que se acumula em forma de grânulos e dá a consistência à sacola plástica de milho e bactérias. Como possui fungos, leveduras e bactérias em sua composição, a embalagem de milho leva cerca de 6 a 12 meses para ser totalmente consumida pelo meio ambiente. Dessa forma, há algumas questões interessantes a analisar.
A primeira e principal delas é que esse tipo de embalagem serve muito bem para fazer com que o meio ambiente não sofra com o excesso de materiais pouco consumíveis, podendo enfrentar uma série de problemas. Ademais, o fato de a embalagem não ter materiais que produzem substâncias nocivas à atmosfera é outro ponto positivo, que indica muito bem como a sacola de milho pode ser útil para todas as partes envolvidas.
Todavia, o ponto negativo das sacolas de milho é que elas não podem ser usadas para embalar alimentos. Assim, isso acontece pelo fato de que a sacola de milho pode sofrer ataque de bactérias, contaminando o alimento que embala. Para que seja possível embalar algo com as sacolas de milho, portanto, é interessante que essa coisa não possa ser consumida.
No caso de remédios, os que possuem essa embalagem são revestidos por uma substância isolante, que impede a ação. Além disso, o fator financeiro pesa bastante para as empresas, que podem ter um custo até 40% maior quando usam as embalagens de milho e bactérias, já que a produção é muito mais cara. Logo, o valor final do produto também aumenta para o cliente do varejo e a procura acaba por ser menor.
Embalagem de Leite
A embalagem de leite, assim como a de milho e diferente da embalagem de cogumelo, é um tipo de plástico. De acordo com alguns estudos realizados pelo Departamento de Agricultura estadunidense, esse material é capaz até de ter resultados mais eficientes quando comparado ao plástico comum.
Logo, isso pode incentivar muito a procura pelo material nos próximos anos, já que forma como ele lida com o gás oxigênio é muito mais benéfica para os alimentos do que as sacolas de plástico comuns. Assim, esse tipo de embalagem já tem sido testada, na prática, para a proteção de pizza e de queijos, aumentando o tempo de vida útil do alimento em comparação a outras sacolas.
Veja alguns dos alimentos que podem ser envolvidos pela sacola de leite:
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Pizzas;
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Sopas solúveis;
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Macarrão instantâneo;
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Queijos.
Isso acontece, na prática, pelo fato de a sacola de leite ser capaz de produzir oxigênio em uma escala bastante razoável, permitindo as trocas gasosas que acontecem entre o alimento e o mundo exterior. Como resultado, tem-se uma comida que demora mais para estragar e pode ser mantida por mais tempo fora da geladeira. Ademais, como é feita de leite, a sacola pode ser dissolvida junto com o alimento, seja em água quente ou até mesmo em um micro-ondas.
A grande verdade é que, no fim das contas, a sacola de leite é muito mais eficaz do que as sacolas comuns e chega até mesmo a ser melhor do que as de milho – vale lembrar que as sacolas e milho não podem envolver alimentos. Segundo algumas pesquisas, uma outra opção de uso para a sacola de leite pode ser para o envolvimento em cereais. Como os cereais podem murchar muito rapidamente quando envolvidos com açúcar, que é o que acontece atualmente, o leite surge como uma alternativa mais do que interessante.
Nesse caso, porém, a mesma tecnologia seria usada para envolver cada um dos cereais. Além disso, é possível que a embalagem biodegradável de leite tenha ainda a adição de sabores, algo importante para torná-la ainda mais atraente para as pessoas. No fim das contas, portanto, a embalagem de leite é uma ótima opção para quem imagina um mundo menos agressivo e ecologicamente ineficiente no futuro próximo. Sobre os contras em relação a essa forma de produção, os problemas são os mesmos já vistos em outros tipos de embalagens. No caso, o custo de produção é um entrave muito grande.
Alto quando comparado a sacolas comuns, feitas a partir do petróleo, o custo para fabricar uma sacola de leite acaba por não ser atrativo para as empresas. Porém, esse não é o único problema, já que as empresas também alegam que o material destinado para a produção de embalagens poderia ser destinado para a produção de alimentos. Dessa forma, muitas grandes companhias de todo o mundo não fazem uso das embalagens de leite por conta de ambos os motivos. Ademais, há ainda algumas questões negativas a mais quando se trata da sacola em questão.
No caso, as pessoas alérgicas à lactose poderiam sofrer bastante ao tocar embalagens feitas a partir do leite, o que seria um problema grave. Outro ponto é que os veganos, por conta da preocupação com os animais, não veem com bons olhos a produção de leite para a fabricação de sacolas. Logo, tudo isso minimiza os possíveis ganhos com esse tipo de embalagem, deixando tudo mais complicado para quem pensa ser possível produzir as sacolas de leite em larga escala, para todo o mundo.
Casca de Tomate Para Revestimento de Latas
A casca de tomate pode ser importante para servir de revestimento. Sim, você leu certo, o tomate pode ter a sua casca utilizada para revestir latas e, assim, diminuir o impacto sobre o meio ambiente. Pois, como se pode imaginar, o tomate possui grande possibilidade de biodegradação, causando menos problemas ao meio ambiente do que fazer uso de outros tipos de materiais.
Pode ser usada para revestir latas de:
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Ervilhas;
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Tomates;
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Azeitonas;
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Uvas.
Porém, a lata seguiria não sendo biodegradável, um problema que ainda não pôde ser plenamente solucionado pela sociedade. Em todo caso, como as latas podem ser recicladas de maneira mais simples, o simples passo de alterar o revestimento para casca de tomate já facilita muito todo o processo produtivo. Pois, como os revestimentos atuais são feitos a partir de bisfenóis, eles são agressivos não apenas para o meio ambiente, mas também para a saúde das pessoas.
Entre tais problemas, é possível dizer que os bisfenóis podem causar câncer nas pessoas, além de prejudicar o funcionamento adequado de outras partes do corpo: tireoide, testículos e útero podem ser afetados negativamente pelo contato frequente com os bisfenóis. Além disso, o descarte inadequado possui potencial de contaminar de forma muito ampla os lençóis freáticos e aquíferos de todo o mundo, o que gera outros problemas.
Quanto ao revestimento de casca de tomate, a prática tem sido cada vez mais comum na Itália, onde o material já é aplicado de maneira contínua na produção de fazendas familiares. Logo, é possível que alimentos como ervilhas, azeitonas e também tomates possam ter suas latas envolvidas pela casca de tomate.
É possível que a tecnologia demore mais algum tempo para se espalhar pelo mundo e se tornar popular, embora seja muito mais barata do que outras maneiras também sustentáveis de revestir latas ou alimentos. Em comparação com as sacolas de milho ou leite, por exemplo, o revestimento de casca de tomate possui valor muito mais acessível.
Já Conhece a Embalagem de Camarão?
O camarão é muito desejado por muitas pessoas ao redor de todo o mundo, mas também é bastante indesejado por outras. Dessa maneira, é muito comum encontrar pessoas que amam ou simplesmente odeiam o fruto do mar em questão. Porém, você já pensou como seria uma embalagem de camarão? Biodegradável, o material tem recebido pesquisas por parte de muitos centros técnicos do mundo, já que a tecnologia pode ajudar a diminuir o impacto do modo de vida das pessoas sobre a saúde do planeta.
O mais comum, ao menos até o momento, é que a embalagem de camarão seja usada para substituir as caixas de ovos ou de verduras, sendo que, nesses dois casos, não houve qualquer interferência do fruto do mar sobre o sabor ou outras características dos alimentos.
Além disso, como já explicado, o fato de ser biodegradável faz com que a embalagem de camarão seja muito mais interessante para o modo de vida das pessoas que desejam viver em equilíbrio com o meio ambiente. Um problema considerável é o fato de o material ser bastante caro para servir de embalagem, o que encarece toda a produção de alimentos.
Ademais, como fator adicional, a embalagem de camarão ainda pode prejudicar as pessoas alérgicas ao material, além de o alimento ser destinado a outras coisas enquanto poderia estar ajudando a acabar com a fome no planeta. Por fim, há organizações dos direitos dos animais que são contra o uso de camarões para a produção de embalagens, ainda que o material seja ecoeficiente e biodegradável, auxiliando no processo de melhora do bem-estar na Terra.
Que Tal Uma Embalagem Oxiobiodegradável?
Uma embalagem comum, aquela sua sacola de mercado, pode ser ser ecoeficiente. Não acredita? Isso acontece quando se tem uma embalagem oxiobiodegradável, que nada mais é do que uma sacola comum com a adição de pró-degradantes. No caso, o material faz com que haja a aceleração de todo o processo de degradação, o que torna a embalagem mais eficiente em relação ao meio ambiente.
Assim, luz, oxigênio e umidade são alguns dos fatores que podem ajudar quando se trata de ter uma sacola se degradando mais rápido. Esses efeitos são transferidos para os pró-degradantes. Na prática, o que acontece é que o plástico se esfarela ao ponto de desaparecer a olho nu. Todavia, segundo alguns pesquisadores, isso não acaba com o problema por completo, já que as mini-partículas de plástico seguirão presentes no mundo.
Ademais, quando essas partes minúsculas forem atacadas pelas bactérias, adicionarão substâncias como metano e outros materiais pesados à atmosfera. Dessa maneira, por mais que apreça muito melhor, a embalagem oxiobiodegradável não é tão superior à sacola comum. Além disso, como outros exemplos, o valor final da sacola pode ser mais alto do que aquele das sacolas comuns.
Pratos e Talheres Biodegradáveis
Além das embalagens, há ainda outros utensílios que podem seguir as normas biodegradáveis. Entre eles estão os pratos e talheres biodegradáveis, que ajudam as pessoas a não comprar mais os pratinhos descartáveis para aquele churrasco em família. Pois, enquanto os descartáveis levam alguns anos para realizar todo o processo de decomposição, os biodegradáveis podem ser colocados junto às plantas no jardim, se decompondo e virando nutriente para elas em poucas semanas.
Dessa maneira, ainda que tenham um valor de mercado acima dos pratos e talheres descartáveis mais tradicionais, é importante levar em conta o quanto se pode colaborar para o desenvolvimento mais sustentável do planeta Terra. Ademais, ao fim de tudo ainda será possível ofertar alguns nutrientes adicionais ao seu jardim, seja ele de flores ou de frutas.
Esse tipo de material pode ser encontrado em muitos sites da internet, embora ainda não seja tão comum nas lojas físicas, sobretudo nas cidades do interior. O design é muito semelhante àquele visto nos utensílios de cozinha comuns e tradicionais, como se pode ver também em utensílios descartáveis. Logo, não há qualquer perda nesse sentido ao fazer uso dos pratos e talheres biodegradáveis.
Cápsula de Café Biodegradável
Muitas pessoas gostam de café em todo o mundo e, na verdade, algumas delas são até mesmo viciadas em cafeína. Em todo caso, o certo é que o consumo de café é enorme em todo o planeta. Paralelamente a isso, tem aumentado também o consumo do café feito a partir das cápsulas, algo comum em diversas empresas do Brasil. Porém, embora a cápsula seja uma opção fácil e rápida, há também o descarte excessivo de plástico na natureza, algo que prejudica o bem-estar de todos no fim das contas.
Portanto, para evitar isso, já existe a cápsula de café biodegradável. Isso mesmo, uma cápsula que pode ser descartada na natureza depois de usada, sem causar qualquer prejuízo ao ambiente em que se vive. O material já começa a se tornar mais comum nas empresas mais ligadas ao desenvolvimento sustentável, já possuindo o rótulo da ABNT no Brasil.
Dessa forma, a cápsula de café biodegradável é oficial e legal no país, já estando dentro das normas nacionais. O tempo médio para a biodegradação do material leva de 3 a 4 meses, podendo variar de acordo com a temperatura do ambiente e com a variação de umidade. Esse descarte pode ser feito até mesmo no jardim.
Detergente Biodegradável
O detergente biodegradável é uma das tantas invenções das pessoas que visam diminuir o impacto da ação humana sobre a natureza. No caso desse tipo de material, o principal objetivo é evitar que o detergente comum possa chegar ao contato com lagoas, praias e rios. Isso porque, quando acontece, o detergente tradicional ataca o bem-estar natural do local, gerando impactos visíveis – como é o caso da espuma que fica sobre a água – e tantos outros invisíveis aos olhos humanos, que acontecem abaixo da superfície.
Entre os problemas menos vistos e causados pelo uso do detergente tradicional, é possível citar a falta de fluxo de gás oxigênio entre a atmosfera e o fundo do rio, lago ou praia. Isso, no fim das contas, acaba por matar os peixes no médio prazo, tornando o ambiente pouco moldado para a vida animal.
Por outro lado, o detergente biodegradável não produz essa espuma e, assim, não gera muitos dos problemas citados. Como não possui uma longa cadeia de hidrocarbonetos, o que o tipo tradicional tem em larga escala, o detergente biodegradável consegue diminuir o seu impacto sobre os animais e seu modo de vida abaixo da superfície.
Tecidos Biodegradáveis
O tecido tradicional de uma roupa pode durar algumas dezenas de anos, embora nem sempre as pessoas pensem nisso. Dessa maneira, alguns países começaram a produção de tecidos biodegradáveis, a exemplo do Brasil. O tecido biodegradável pode levar até 3 anos para ser completamente consumido na natureza, algo que o tecido comum não consegue sequer sonhar em fazer – o tempo médio de degradação costuma ser muito maior.
Portanto, cerca de 50% do tecido biodegradável se deteriora no primeiro ano, enquanto o restante apenas se degrada ao longo dos dois anos posteriores. As análises tem sido muito positivas no mercado, tanto por parte de quem produz como também por parte de quem faz uso dessas roupas.
Algumas têm o TNT como produto principal, embora a sua forma de utilização seja diferente daquela vista em itens de artesanato, por exemplo. Ainda assim, há pessoas que não gostam muito da ideia de tecidos biodegradáveis, gostando de utilizar a peça de roupa por muitos anos – ou, como é a maioria dos casos no mundo, precisando usá-la por tanto tempo.
Dessa maneira, se esse for o caso, ainda assim há uma forma de ajudar o planeta: doe as suas roupas quando não for mais capaz de utilizá-las. Caso estejam rasgadas ou muito deterioradas, ainda assim há algumas maneiras de uso, como para a produção artesanal. Se ainda assim você quiser fazer o descarte, trate de procurar um local mais adequado para tal.
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