A “Máquina Humana” é o mecanismo mais perfeito com o qual o homem já teve alguma experiência. E essa máquina é construída através de níveis de organização dos seres vivos, que permitem que tal estrutura desenvolva-se de forma equilibrada e harmônica.
Podemos dizer que os seres vivos são o resultado de um conjunto de reações químicas, que permitem processos metabólicos, e que, por sua vez, produzem novas reações químicas, e assim sucessivamente, fazendo com que essa energia condensada (ou simplesmente “matéria”) sirva como uma morada adequada para um ser.
Pode até parecer por demais filosófica tão conceituação, mas o que se sabe é que esse mecanismo, que faz com que átomos juntem-se e formem moléculas, que por sua vez juntam-se e formam células…ainda é considerado um desafio para a ciência, que muitas vezes confessa surpresa diante de algumas reações, digamos, inexplicáveis do corpo humano.
E se ainda levarmos em consideração que toda essa organização é obtida com a utilização de apenas quatro átomos básicos: Hidrogênio, Oxigênio, Nitrogênio e Carbono – que ligam-se e confundem-se entre si -, aí é que fica quase impossível crer que a existência de seres vivos, dos mais simples aos mais complexos, seja realmente possível.
Mas o objetivo desse artigo é fazer uma lista com os principais níveis de organização dos seres vivos. Processos, esses, que permitem a construção dessa “Máquina Humana”, e, de quebra, ainda explicam, de forma bastante categórica, o funcionamento de todo o universo atualmente conhecido pelo homem.
1.Átomos
Tudo bem que a Física Quântica já está, paulatinamente, destronando o átomo da sua posição de estrutura básica da vida. Mas ele ainda continua (ao menos para a ciência convencional) exercendo, dignamente, o papel de alicerce sobre o qual se assenta a vida.
Os átomos são conceituados como a estrutura básica da matéria. Uma unidade microscópica formada por um núcleo que contém elétrons, prótons e nêutrons.
Mas deixando de lado a análise da estrutura nuclear dos átomos, o que interessa mesmo é saber que quando um conjunto de átomos unem-se por meio de ligações químicas (como no caso do Dióxido de Carbono ou CO2, que é formado por dois átomos de oxigênio e um de carbono), o resultado é a formação de moléculas que, por sua vez, dão origem a outras estruturas da mesma forma complexas.
2.Moléculas
No próximo nível de organização dos seres vivos estão as moléculas. Pela explicação anterior, fica fácil defini-las como uma reunião de átomos que permanecem ligados. Esses átomos formam características únicas de composições e propriedades químicas.
Como vimos no exemplo citado acima, uma molécula de Dióxido de Carbono (CO2) é o resultado da união, por meio de ligações químicas, de dois átomos de oxigênio e um de carbono. O resultado é uma estrutura eletricamente neutra, e que só poderá ser separada por meio de técnicas extremamente complexas e específicas.
Um outro exemplo clássico de moléculas, é o da famosa estrutura H2O. Nesse caso, dois átomos de hidrogênio somam-se a um átomo de oxigênio para dar origem à água – que todos nós conhecemos intimamente como a “Fonte da Vida”.
3.Organelas e Células
Agora que já temos um conjunto de átomos unidos para a formação de moléculas, estas, por sua vez, já podem, em condições específicas, reunir-se para formar “organelas”, que são estruturas cercadas por membranas como: lisossomos, Complexo de Golgi, mitocôndrias, cloroplastos, entre outras partículas, que formam o núcleo das células.
Elas executam funções específicas, como a respiração celular, troca e armazenamento de substâncias, defesa e recuperação das células, produção de energia, entre outras funções que garantem o funcionamento posterior dos órgãos que serão formados a partir da reunião dessas células em tecidos.
Quando já temos um conjunto de organelas consideradas principais, a esse conjunto podemos dar no nome de células, que são as fontes básicas de energia do corpo humano – onde todas as funções vitais do organismo ocorrem -, e que, por isso mesmo, podem ser erguidas ao patamar de motor que põe em movimento a Máquina Humana.
4.Tecidos
A partir da formação das células, têm-se uma estrutura capaz de produzir energia suficiente para a construção de tecidos – um outro nível de organização dos seres vivos.
Por meio de células especializadas, os tecidos dos órgãos, ossos, músculos, nervos, cartilagens, entre outras estruturas do corpo humano, vão se formando, e dando os contornos das plantas e animais, entre outros organismos multicelulares com organização mais complexa.
Essas estruturas darão origem, por exemplo, a mucosas, que, entre as suas funções, está a de proteger determinados órgãos contra a entrada de micro-organismos patológicos.
Mas as células também darão origem a tecidos como o miocárdio (tecido específico do coração), aos alvéolos (que formam o tecido dos pulmões) e à cápsula renal (a matéria-prima dos rins). Assim como à medula óssea, o sistema nervoso, a pele – enfim, elas determinarão o limite que, de certa forma, separa e protege estruturas mais sensíveis ou vitais do organismo.
5.Órgãos
Enfim, os átomos deram origem a moléculas, que, por sua vez, deram origem a células, e que deram origem a tecidos. Pois bem, agora já temos as condições necessárias para a constituição dos órgãos vitais (e não vitais) do corpo humano – que também serão considerados como um dos níveis de organização dos seres vivos.
Um conjunto de tecidos será a matéria-prima para a formação do coração, pulmão, fígado, rins, cérebro, bexiga, entre outros órgãos que formarão aparelhos (digestivo, respiratório, endócrino, excretor, etc) responsáveis por todas as funções necessárias para a manutenção da vida.
Eles serão responsáveis desde a produção dos mais diversos tipos de hormônios e substâncias, passando pelo correto armazenamento e distribuição de oxigênio; sem esquecer dos sistemas que cuidam de eliminar corretamente os resíduos inaproveitáveis pelo organismo e processar os alimentos.
Mas também é importante lembrar que os órgãos dos seres vivos são formados por tecidos “esporádicos” ou “principais”.
Os tecidos esporádicos são aqueles que podem dar origem a diversos tipos de órgãos. Um mesmo tipo de tecido, por exemplo, pode dar origem a nervos, cartilagens, mucosas, entre outras estruturas. Enquanto os tecidos principais só darão origem a um tipo de órgão específico, como o miocárdio, que só poderá dar origem ao coração.
Assim também como o lóbulo hepático, que é formado por células específicas para a formação do fígado (as células hepáticas), e que, com isso, permitirão que ele execute determinadas funções que dependem de uma organização celular específica.
Os seres vivos são organizados em níveis, desde a solitária estrutura de um átomo, até a pujança e o vigor de órgãos como o coração e o cérebro. Mas gostaríamos que você deixasse as suas considerações sobre isso por meio de um comentário, logo abaixo. Mas também que não deixasse de compartilhar e divulgar os nossos conteúdos.