O habitat consiste, basicamente, no local da natureza em que determinada espécie vive. O termo “habitat” se refere ao local que, naturalmente, fornece as condições necessárias para a sobrevivência das espécies que nele habita, tais como alimento, clima, abrigo de possíveis predadores, etc.
O habitat é composto por fatores físicos, como o clima, o solo, a umidade e fatores bióticos, como a disponibilidade de alimento e a ausência de predadores. É um local que atende às necessidades das espécies (sejam elas de plantas, animais ou outros organismos) que o habitam.
Neste artigo exploraremos no que consiste um habitat, exemplos destes habitats e seus moradores, além da importância da sua preservação.
Exemplos de Habitats e Seus Habitantes
Nos estudos de ecologia, os habitats são divididos em terrestres e aquáticos e, entre os aquáticos, há os de água doce e o marinho. São tipos de habitat o tropical, o subtropical, o temperado e o polar. O tipo de habitat terrestre pode ser floresta, campo, semiárido, deserto ou estepe. Os habitats de água doce podem ser rios, lagos, lagoas, córregos, estuários e marismas, já os habitats marinhos incluem costas, recifes, baías, mar aberto, leito do mar, pântanos salgados, zonas entremarés, águas profundas e também respiradouros submarinos.
Entretanto, um habitat não precisa, necessariamente, ser uma área geográfica, pode ser também o interior de um corpo hospedeiro, para um organismo parasitário, ou até mesmo uma rocha ou o interior de um tronco de árvore.
Alguns Animais e seus Habitats
Não é à toa que o urso-polar possui “polar” em seu nome: este mamífero carnívoro é encontrado apenas no círculo polar ártico e em áreas continentais adjacentes. Seu habitat favorito consiste em bancos de gelo e em áreas entre arquipélagos árticos; sendo assim, é muitas vezes considerado um mamífero marinho, por habitar, majoritariamente, o ambiente marinho. Já o urso panda (panda-gigante), está confinado à determinadas regiões montanhosas da China: atualmente a espécie habita seis áreas chinesas montanhosas e isoladas.
As savanas africanas são um exemplo de habitat que tem como representantes as girafas, os gnus, os impalas, as zebras, entre outros. Outro exemplo de habitat é a Mata Atlântica, que abriga o macaco-prego, o sabiá-laranjeira, os micos-leões (divididos em quatro espécies biologicamente distintas: os micos-leões dourado e preto, e os micos-leões de cara dourada e preta), entre muitos outros. Os desertos também são habitats, que sustentam apenas animais e plantas que suportam viver sem a disponibilidade de muita água.
Algumas Plantas e seus Habitats
“Habitat” não é um termo restrito aos animais, como já citado no início do texto, outros organismos e plantas também possuem seu local onde, naturalmente, possuem condições de vida. As plantas aquáticas tem como seu habitat a água e, as pteridófitas, por exemplo, habitam ambientes terrestres úmidos, enquanto algumas espécies conseguem viver em ambientes secos, e algumas poucas em água doce.
Já as briófitas adotam como habitat locais úmidos e sombreados. Outros habitantes terrestres são as angiospermas, que tem como uma de suas representantes a gramínea, habitantes de florestas, caatingas, savanas, entre outros habitats, e as gimnospermas, que tem como um de seus representante o pinheiro, árvore que adotou como habitat diversos continente: há espécimes nas Américas do Norte e do Sul, na Europa e na Ásia.
Os Habitats Artificiais
Os habitats não são somente naturais, há também aqueles artificiais criados com interferência humana, como os aquários e os zoológicos.
Os habitats artificiais consistem em tentativas de recriar um ambiente semelhante àquele em que a espécie, naturalmente, costumava viver; como por exemplo tanques de criação de peixes e cativeiros que visam a preservação de animais ameaçados de extinção.
Diferença Entre Habitat e Nicho Ecológico
Habitat e nicho ecológico são termos que possuem significados distintos, mas são constantemente confundidos. O primeiro termo, já explicado neste artigo, consiste no local em que a espécie vive, e o segundo termo consiste no papel desta espécie em seu habitat, ou seja, como ela interage com o ecossistema: quais são suas relações ecológicas, seu modo de reprodução, do que se alimenta, quem são seus predadores naturais, entre outras características.
Para ilustrar temos o mico-leão-dourado, que tem como habitat a Mata Atlântica e como nicho ecológico o seu modo de vida e sua relação com o habitat: ele costuma se alimentar de frutos, alguns invertebrados e pequenos vertebrados, e é importante para o seu bioma porque dispersa por ele uma grande quantidade de sementes.
Por que é Importante a Preservação do Habitat?
Os habitats estão em constante mudanças, estas podem ter causas naturais, como a erupção de vulcões, terremotos, tsunamis, queimadas, mudança nas correntes oceânicas ou alterações em geleiras e mantos de gelo. Entretanto, a degradação de habitats naturais se deve principalmente a ações humanas, e causa a perda da biodiversidade. São ações como o desmatamento, que ocorre geralmente decorrente da expansão da agropecuária, a poluição, a introdução de espécies não-nativas, entre outras.
Quando ocorre a destruição de um habitat, as espécies que nele habitam precisam migrar. Porém, nem sempre é possível que estas encontrem um ambiente igualmente propício para suas condições de vida. Um sinal concreto desta degradação é quando vemos animais selvagens sendo encontrados em residências, como cobras; este fato consiste na migração de um animal que teve seu habitat ameaçado.
Um exemplo do impacto negativo da destruição de habitats naturais é o fato que a arara-azul, devido a este fator, encontra-se em perigo de extinção; outros animais na mesma situação são espécies marinhas de tartaruga, que devido à poluição do mar encontram-se em situação vulnerável por conta dos resíduos que ameaçam suas vidas. Além disso, há também espécies que por conta da degradação do seu habitat já foram declaradas extintas.
São motivos como estes que fazem importante as intervenções governamentais em prol da preservação do meio ambiente, pois a biodiversidade é importante não somente para o planeta em si, mas para todos que o habitam. Entretanto, não só grandes intervenções governamentais, mas também a consciência dos seres humanos para que não contribuam com a interferência negativa dos ambientes em que, naturalmente, as espécies devem habitar.