As arraias são uma espécie de peixe que tem parentesco com os tubarões, fazendo parte da superordem Batoidea, por isso também são chamadas de peixes-batóides.
Ao redor do mundo, existe cerca de 600 espécies de arraias, distribuídas por todas as águas que circundam o planeta Terra.
Algumas arraias vivem somente no Brasil, sendo consideradas endêmicas, enquanto que a maioria das raias são seres cosmopolitas, isto é, elas conseguem viver em qualquer ambiente que forneça as condições adequadas à sua sobrevivência.
Esse fato faz com que muitas arraias que não são do Brasil, apareçam em território nacional, por exemplo, pois alguma vagam pelos litorais, chegando a outras costas marítimas.
A presença de arraias é muito mais evidente nas costas litorâneas, devido a presença de corais e uma profundidade média, sendo que a maioria delas tem o hábito de se instalar no fundo do mar na intenção de caçar.
Algumas espécies de arraias são pelágicas, ou seja, navegam em altas profundidades do oceano, pegando carona em correntes marítimas que podem leva-las de um continente a outro.
Conheça um pouco mais sobre as arraias, acessando:
– CURIOSIDADES SOBRE A RAIA ELÉTRICA
– FORMA DE REPRODUÇÃO DA RAIA JAMANTA
Lista De Espécies De Arraias Que Vivem Nas Águas Do Brasil
Obs.: algumas arraias são chamadas pelo próprio nome científico. A ausência de denominações em português foi substituída por denominações em inglês.
1. NOME COMUM: Raia Pintada
NOME CIENTÍFICO: Aetobatus narinari
STATUS DE PRESERVAÇÃO: NT (QUASE AMEÇADA)
LOCALIDADE: Sudeste e Sul
2. NOME COMUM: Atlantoraja platana
NOME CIENTÍFICO: Atlantoraja platana
STATUS DE PRESERVAÇÃO: VU (VULNERÁVEL)
LOCALIDADE: Santa Catarina
3. NOME COMUM: Escurçana Americana
NOME CIENTÍFICO: Dasyatis americana
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Sudeste
4. NOME COMUM: Dasyatis geijskei
NOME CIENTÍFICO: Dasyatis geijskei
STATUS DE PRESERVAÇÃO: NT (QUASE AMEÇADA)
LOCALIDADE: Nordeste
5. NOME COMUM: Longnose Stingray
NOME CIENTÍFICO: Dasyatis guttata
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Nordeste
6. NOME COMUM: Brazilian large-eyed stingray
NOME CIENTÍFICO: Dasyatis marianae
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Endêmica – Nordeste
7. NOME COMUM: Atlantic stingray
NOME CIENTÍFICO: Dasyatis sabina
STATUS DE PRESERVAÇÃO: LC (POUCO PREOCUPANTE)
LOCALIDADE: América do Sul e América do Norte
8. NOME COMUM: bluntnose stingray
NOME CIENTÍFICO: Dasyatis say
STATUS DE PRESERVAÇÃO: LC (POUCO PREOCUPANTE)
LOCALIDADE: Sul e Sudeste
9. NOME COMUM: smooth butterfly ray
NOME CIENTÍFICO: Gymnura micrura
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Sudeste e Nordeste
10. NOME COMUM: Caribbean Whiptail Stingray
NOME CIENTÍFICO: Himantura schmardae
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Litoral Sul e Sudeste
11. NOME COMUM: Raia Elétrica (Brazilian electric ray)
NOME CIENTÍFICO: Narcine brasiliensis
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Litoral Norte
12. NOME COMUM: Raia Disco
NOME CIENTÍFICO: Paratrygon aiereba
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Amazônia
13. NOME COMUM: Raia Pelágio ou Raia Pelágica
NOME CIENTÍFICO: Pteroplatytrygon violacea
STATUS DE PRESERVAÇÃO: LC (POUCO PREOCUPANTE)
LOCALIDADE: Animal pelágico presente em muitas partes do globo.
14. NOME COMUM: Raia Antena
NOME CIENTÍFICO: Plesiotrygon iwamae
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Amazônia e Belém
15. NOME COMUM: Short-Tailed River Stingray
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon brachyura
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Rio Cuiabá, MT
16. NOME COMUM: Otorongo Ray
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon castexi
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Amazônia
17. NOME COMUM: Reticulated Freshwater Stingray
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon falkneri
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Amazônia
18. NOME COMUM: Porcupine River Stingray
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon hystrix
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Rio Negro, AM
19. NOME COMUM: Arraia Xingu ou Arraia Negra
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon Leopoldi
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Rio Xingu, MT
20. NOME COMUM: Uje-de-Rio-Ocelada ou Raia-Olho-de-Pavão
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon motoro
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Paraná e Amazonas
21. NOME COMUM: Ocellate River Stingray or Black River Stingray
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon ocellata
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Amazônia
22. NOME COMUM: Smooth Back River Stingray
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon orbihnyi
STATUS DE PRESERVAÇÃO: LC (POUCO PREOCUPANTE)
LOCALIDADE: Amazônia
23. NOME COMUM: Flower Ray
NOME CIENTÍFICO: Potamotrygon schroederi
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Rio Negro, AM
24. NOME COMUM: Cownose Ray
NOME CIENTÍFICO: Rhinoptera bonasus
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Sul e Sudeste
25. NOME COMUM: Smallnose Fanskate
NOME CIENTÍFICO: Sympterygia bonapartii
STATUS DE PRESERVAÇÃO: DD (DADOS DEFICIENTES)
LOCALIDADE: Litoral Sul e Norte
Informações Adicionais
Como foi dito anteriormente, é possível que várias outras espécies de arraias transitem pelo litoral do Brasil, especialmente as arraias que vivem mais para o sul, em águas argentinas, ou arraias mais nortenhas, que vivem no Golfo do México.
A raia jamanta também pode ser encontrada no Brasil em determinados dias do ano, pois as mesmas vivem navegando pelos mares, apesar de não ser uma espécie da América do Sul.
Em épocas de reprodução, muitas raias fêmeas tendem a mudar a trajetória de seus nados devido à grande presença de raias machos, o que pode ocasionar sua presença em outras águas também.
Locais Com Maior Incidência de Arraias No Brasil
Observando a listagem acima, é possível ver que os rios e afluentes da Amazônia concentram a maior parte das arraias presentes no Brasil.
Entretanto, é muito comum observar as arraias em litorais, principalmente em praias durante o período noturno.
Algumas espécies de arraias passam o dia todo consumindo milhares de quilos de plantas microscópicas e de seres microscópicos que se alimentar dessas plantas.
Os plânctons sempre são atraídos pela luz, pois as regiões fóticas são concentrações de alimentos para os mesmos.
Ao perceber a luz, os plânctons tendem a se aglomerar em seus reflexos nas águas, e as arraias, no intuito de comer tais plânctons, começam a aparecer com mais facilidade em zonas superficiais.
É comum, em regiões mais profundas, observar as raias jamantas, que podem chegar a medir mais de 7 metros de comprimento, se alimentando de plânctons atraídos pelas luzes de embarcações.
É importante lembrar que a maioria das arraias possuem sistemas de defesa e podem ser venenosas, então é bom evitar o contato direto com as mesmas.