Um mapa mental de ecologia segue mais ou menos o mesmo princípio de uma mapa mental comum. Ele é uma espécie de ferramenta capaz de ajudar um indivíduo a reter, representar e gerenciar informações.
Essa iniciativa lhe ajuda a aprender de forma mais consistente e elaborar melhor os processos. Mas ela também ajuda a planejar uma estratégia e, com isso, tornar mais racional uma tomada de decisão.
Por meio de mapas mentais, as nossas ideias e conexões tornam-se mais harmônicas, ordenadas e bem representadas, graças ao uso que eles fazem dos mecanismos cognitivos dos hemisférios esquerdo e direito do nosso cérebro.
Foi o escritor e consultor educacional britânico Tony Buza quem criou esse mecanismo, interessado em tornar mais robustas as trocas sinápticas dos cérebros dos indivíduos que, entre os neurônios, em pleno córtex cerebral, são responsáveis pelas funções racionais e intelectuais.
Agora, também no campo da Ecologia, os mapas mentais surgem como uma grata novidade para quem quer que deseje entender, memorizar e melhor representar as relações de mutualismo e protocooperação, predatismo e parasitismo; ou as relações que são consideradas harmônicas e desarmônicas entre os seres vivos.
Todas essas relações, por meio dos mapas mentais, são abarcadas como um “todo”, através de uma espécie de encadeamento eletro-químico, que auxilia o cérebro a abarcar esse “todo” sem dispersão e com um mesmo objetivo.
Outra coisa importante – ainda sobre o uso de mapas mentais com o fim de abarcar todo esse encadeamento ecológico – , é que essas relações entre os seres de um mesmo bioma são tão complexos e repleto de nuances, que é preciso que tais informações possam ser juntadas a outras informações preexistentes no cérebro.
Isso porque, a cada período, novas nuances sobre essas relações entre os seres são descobertas, e da mesma forma precisam ser incorporadas pelos chamados “circuitos de enlace”, que permitem que essas novas informações possam ser absorvidas e elaboradas pelo cérebro humano.
Os Mapas Mentais na Ecologia
De forma bastante simplória podemos definir ecologia como sendo o ramo da biologia que trata das relações entre os seres vivos. E essa relação pode ser entre os próprios seres ou entre estes e o meio ambiente onde eles vivem.
Mas, para podermos analisar tais relações, é preciso que se leve em consideração as estruturas biológicas de cada indivíduo, que serão determinantes para que essas relações sejam harmônicas, desarmônicas, dependentes, independentes, parasitárias, protocooperativas, mutualistas, entre outras.
É aí que surge a importância dos mapas mentais de ecologia, que serão capazes de fazer com que tais relações sejam adequadamente representadas e percebidas pelo cérebro – juntamente com as novas nuances dessas relações que, porventura, surjam no caminho, descobertas (ou pelo menos “ressignificadas”) nos mais diversos ecossistemas.
Dessa forma, será possível entender, por exemplo, como ocorrem relações de protocooperação, como as do pássaro anu e dos bovinos, por exemplo, em que aquele alimenta-se do carrapato que representa um risco à saúde dos bovinos, enquanto tem, ele mesmo, a alimentação diária que garante a sua sobrevivência.
Em suma, as relações “alelobióticas” (entre os seres vivos) e “ecobióticas” (entre os seres e o meio onde vivem), por serem complexas, dinâmicas e repletas de sutilezas, precisam ser incorporadas às estruturas cerebrais de forma que as trocas sinápticas possam fazer circular essas informações e incorporá-las ao manancial de conhecimento já adquirido;
A Importância dos Mapas Mentais Para a Ecologia
Como vimos, a ecologia pode ser observada através das suas duas formas de interação: a “ecobiótica” e a “alelobiótica” – em que aquela trata do relacionamento entre indivíduos e o meio, enquanto esta trata do relacionamento entre os próprios indivíduos.
Mas não é só isso! Essas relações também se dão de forma mais específica. Elas podem ocorrer sem que haja qualquer prejuízo entre os seres (como a do mutualismo, por exemplo) ou com prejuízo de um dos indivíduos na relação (como a do parasitismo).
Mas tais relações também podem ocorrer entre indivíduos da mesma espécie ou de espécies diferentes.
Nos mapas mentais de ecologia, essas e outras relações ecológicas são representadas pelos sinais +, – e O. Nessa simbologia, o sinal de + significa dizer que determinada relação é vantajosa para um dos indivíduos, enquanto o sinal de – indica que um dos indivíduos leva desvantagem; enquanto, por sua vez, o sinal de O mostra um equilíbrio nessa relação.
Tais sinalizações representam harmonia e desarmonia em relações que, de alguma forma, se conectam a outras relações, e a outras relações, e assim sucessivamente.
E para que elas sejam devidamente apreendidas, os mapas mentais ecológicos incumbem-se de fazer uma espécie de “pré-conexão” entre elas, e, dessa forma, facilitar o trabalho posterior dos hemisférios cerebrais.
Mapa Mental e a Pirâmide Ecológica
Uma das funções dos mapas mentais de ecologia é representar os fluxos de energia e de matéria dentro de um ecossistema.
Esse fluxo de matéria e energia pode ser muito bem representado, por exemplo, em uma Cadeia Alimentar, onde um ser vivo serve de alimento para outros ser e, com isso, dá-se uma espécie de troca de matéria entre ambos.
Numa Pirâmide Ecológica, essa troca de matéria e energia é representada por uma seta, que indica que estas são transferidas de um ser vivo para aquele que o consome.
E essa relação é estabelecida em níveis (ou pirâmides) onde são registrados os produtores, os consumidores e decompositores – que ajudarão a estabelecer níveis tróficos (de nutrição) entre cada tipo de relação.
Para que tenhamos uma melhor ideia de como esses níveis tróficos são desenhados num mapa mental de uma pirâmide ecológica, basta saber que, por exemplo, as frutas e leguminosas representam o primeiro nível trófico, enquanto a lebre e os insetos, que alimentam-se desses vegetais, ocupam o segundo nível.
Já alguns tipos de serpentes e mamíferos de maior porte, que alimentam-se dessa lebre e desse gafanhoto, passam a ocupar o terceiro nível trófico, e assim sucessivamente – em uma relação que deverá ser devidamente descrita no mapa por meio de setas que demonstrem essa troca de energia e matéria por meio da alimentação.
Ao final, o último indivíduo no topo dessa cadeia alimentar terá que, necessariamente, servir de alimento para os chamados “decompositores” (fungos e bactérias, basicamente), para que seja transformado em matéria orgânica, que servirá de energia para a produção daquelas frutas e leguminosas das quais tratamos mais acima.
E para que sirvam de alimento para as lebres, que servirão de alimentos para serpentes e mamíferos, e assim sucessivamente. Fechando, com isso, o ciclo de troca de matéria e energia por meio da alimentação entre os seres vivos de um ecossistema.
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