Corujas são animais que possuem uma audição absurdamente eficaz, sendo capazes de identificar sons de roedores a metros de distância e, na maioria das vezes, é um dos únicos sentidos usados para capturar suas presas.
São uma variedade de aves que se diferem bastante das outras espécies pelo fato de ter uma dieta inteiramente carnívora, enquanto a maioria das aves é herbívora.
São aves consideradas de rapina, assim como as águias e gaviões, apesar de não possuírem semelhanças conspícuas.
A taxonomia (ciência que estuda e que classifica as espécies existentes), muitas vezes, denomina padrões existentes em bases controversas. A relação mais intrínseca entre corujas e águias é a visão e prática carnívora.
As Corujas Buraqueiras são uma variedade de corujas que possuem aspectos comportamentais diferentes das demais corujas. Enquanto todas as outras caçam, preferencialmente, à noite, usando a audição, visão noturna e voos rasantes, as buraqueiras forrageiam o solo em busca de insetos, assim como os carcarás, além de correr atrás de suas presas ao invés de voar atrás das mesmas.
Confira abaixo todas as maiores curiosidades existentes sobre essa espécie de coruja. Não esqueça de deixar qualquer possível dúvida na caixa de comentários, pois estaremos prontos em responder!
Habitat, Distribuição Geográfica e Fatos sobre a Coruja Buraqueira
É uma coruja pequena, que possui pernas compridas e pode ser encontrada na América do Sul e América do Norte.
Elas podem ser encontradas em vários tipos de ambientes, tendo preferência pelos campos e pradarias. No entanto, é possível encontrar essa variedade de coruja em matas densas também. Ademais, as corujas buraqueiras vivem em locais quentes ou frios e secos ou úmidos. Ambientes como pastos, planícies e até mesmo desertos, são lares para a espécie.
O nome da coruja se dá ao fato de que essas fazem seus ninhos em buracos no chão, ao invés de fazer nas árvores, como a maioria das corujas. Porém, a espécie também é conhecida por vários outros nomes, tais como Caburé do Campo, Coruja do Campo, Coruja Mineira, Corujinha Buraqueira, Corujinha do Buraco, Guedé, Urucuera e Urucuriá.
A coruja buraqueira também tem a tendência de passar a maior parte do tempo descansando no solo. Ela, ainda, durante a maior parte do dia, usa suas patas alongadas mais do que suas próprias asas. Essas patas ajudam a coruja a obter uma maior velocidade, já que as mesmas caçam criaturas terrestres.
Diferentemente de outras variedades de corujas, as buraqueiras costumam caçar de dia, ficando na maior parte do tempo próximo a seus ninhos, e atacam qualquer intruso que chegar perto do mesmo.
Apesar de possuírem uma visão noturna de excelente desempenho, é mais comum que essas cacem durante o dia e descansem à noite. Ainda, é possível ver as corujas caçando no período da noite, porém, com menos frequência.
As cidades em que é possível encontrar variedades de corujas buraqueira são:
No Brasil: Maranhão, Roraima, São Paulo, Rio de Janeiro, Santos, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Em outros Países: Bolívia, Paraguai, Venezuela, El Salvador, México, Caribe, Guiana, Colômbia, Peru e Argentina, Equador.
Aspectos Visuais das Variedades de Corujas Buraqueiras
Existe cerca de 20 subespécies de corujas buraqueiras ocupando as Américas, e a maioria delas possui uma aparência semelhante, variando em poucos detalhes.
Essas corujas tem um tamanho um pouco menor do que as corujas típicas, indo de 20 a 25 centímetros de altura e pesando até 214 gramas.
Sua cor é acinzentada com várias pigmentações claras, fato que variará de acordo com a subespécie. Sua cauda é curta e suas patas são mais alongadas do que as demais corujas. A maioria das espécies possui o olho amarelado e seus bicos são pequenos e curvados para baixo, marca característica de aves de caça. Assim como demais corujas, a coruja buraqueira consegue girar seu pescoço em 270 graus.
Subespécies
1. Athene Cunicularia Grallaria (Temminck, 1822)
2. Athene cunicularia cunicularia (Molina, 1782)
3. Athene Cunicularia Hypugaea (Bonaparte, 1825)
4. Athene Cunicularia Rostrata (C. H. Townsend, 1890)
5. Athene Cunicularia Floridana (Ridgway, 1874)
6. Athene Cunicularia Guantanamensis (Garrido, 2001)
7. Athene Cunicularia Troglodytes (Wetmore & Swales, 1931)
8. Athene Cunicularia Amaura (Lawrence, 1878)
9. Athene Cunicularia Guadeloupensis (Ridgway, 1874)
10. Athene Cunicularia Brachyptera ((Richmond, 1896)
11. Athene Cunicularia Arubensis (Cory, 1915)
12. Athene Cunicularia Apurensis (Gilliard, 1940)
13. Athene Cunicularia Minor (Cory, 1918)
14. Athene Cunicularia Carrikeri (Stone, 1922)
15. Athene Cunicularia Tolimae (Stone, 1899)
16. Athene Cunicularia Pichinchae (Boetticher, 1929)
17. Athene Cunicularia Nanodes (Berlepsch & Stolzmann, 1892)
18. Athene Cunicularia Punensis (Chapman, 1914)
19. Athene Cunicularia Intermedia (Cory, 1915)
20. Athene Cunicularia Juninensis (Berlepsch & Stolzmann, 1902)
21. Athene Cunicularia Boliviana (L. Kelso, 1939)
22. Athene Cunicularia Partridgei (Olrog, 1976)
10 Curiosidades sobre a Coruja Buraqueira
1. A Coruja Buraqueira vive cerca de 8 anos, durando mais em cativeiro.
2. A fêmea põe cerca de 5 a 10 ovos por gestação, levando de 3 a 4 semanas para chocar.
3. As corujas comem seres rastejantes como minhocas e centopeias, além de grilos, pequenos lagartos, besouros e roedores como ratos e esquilos. Não obstante, a coruja buraqueira pode comer sapos e rãs.
4. Os predadores da Coruja Buraqueira são os texugos, os coiotes, os chacais e as serpentes.
5. Quando ameaçadas, as Corujas Buraqueiras produzem sons semelhantes ao de uma Cascavel.
6. São aves monogâmicas, isto é, possuem apenas um parceiro durante a vida.
7. Apesar de caçarem de dia, a coruja buraqueira sempre fica na toca quando o sol está muito forte.
8. A visão de uma coruja buraqueira é 100 vezes melhor do que a de um humano, e seu sentido auditivo é outra característica forte da espécie.
9. O ninho de uma coruja buraqueira chega a ter de 1 metro a 1 metro e meio de profundidade, com uma largura de 40 centímetros na entrada.
10. As corujas buraqueiras podem ser domesticadas. Fato ocorre com frequência devido ao desmatamento, obrigando as corujas a migrarem para lugares com presença de humanos.