Os vulcões são formações naturais impressionantes, ainda mais quando, literalmente, explodem após uma erupção, e soltam magma pra tudo o quanto é lado. Mas, você sabe como essa substância extremamente quente e destrutiva que sai dos vulcões se forma? Vamos descobrir agora.
Trata-se de uma espécie de “pasta” que fica no interior do nosso planeta, e cuja temperatura varia entre inacreditáveis 600 º C e 1200 º C. Na maior parte do tempo, ela fica no interior de camadas que se se encontram a uns 150 km de profundidade.
Basicamente o magma é constituído de silicatos de ferro e de magnésio, além de compostos voláteis que são bastante ricos em enxofre, cristais em suspensão e bolhas de gás.
Geograficamente, o magma faz parte do chamado manto, que é a camada intermediária entre a crosta terrestre e o núcleo profundo do plante.
Enquanto a crosta não chega a 100 km de profundidade (pouco, se comparado ao tamanho da Terra), o manto já desce bem mais profundo do que isso, mergulhando cerca de 3000 km, e contendo aproximadamente 80% do volume total do planeta.
Já o núcleo terrestre é feito de ferro e níquel, sendo que a parte externa é mais líquida, enquanto que a interna é mais sólida. Em termos de temperatura, a crosta pode chegar a 1000 º C, o manto a 2000 º C, e o núcleo a inacreditáveis 4000 º C. O chamado manto superior, que é ponde está o magma, é mais fluido, movimentando-se em cima do manto inferior.
É através dessa movimentação, inclusive, que se formam as placas tectônicas na crosta, e a própria superfície do planeta veio do magma, e é por ele que ela se movimenta.
Formação do Magma
De um modo geral, essa pasta chamada de magma é formada nos lugares de baixa pressão e altas temperaturas de nosso planeta, em 4 zonas distintas. A primeira delas é denominada de subdução, e é o local de deslizamento de uma determinada placa tectônica sob sua “vizinha”.
Outra zona de formação do magma é a rifte, uma fratura criada através do afastamento de duas placas tectônicas. A terceira zona de formação é nas dorsais oceânicas, que são as cordilheiras submersas. Por fim, a quarta zona de formação do magma é nos chamados pontos quentes, onde há convecção térmica por meio de materiais aquecidos.
Exemplos mais conhecidos dessas zonas são as Cordilheiras dos Andes e do Himalaia, o Vale do Rifte na África, as dorsais do Pacífico e do Índico, além da Islândia, junto com o Havaí. Acredita-se que cerca de 80% do magmatismo terrestre é causado pela aproximação demasiada das placas tectônicas, conhecida como convergência. Já a chamada divergência (ou afastamento) representa só 15% do magmatismo total.
Tanto a rocha, quanto o magma responsável pela geração dela, não tem um limite de temperatura que que os faça mudar dos estados sólido para o líquido, havendo apenas um intervalo entre temperaturas. O magma, em si, será simplesmente uma espécie de pasta com sólidos e líquidos misturados, com temperaturas que variam entre os -180 º C da evaporação do oxigênio a 3600 º C da ebulição do magnésio.
E, os Vulcões, Como são Formados? Por que Entram em Erupção?
Já os vulcões tendem a ser formados nas margens das placas tectônicas, que é onde se torna mais fácil fazer a liberação de gases. Contudo, em alguns casos, como na região do Galápagos, essas formações geológicas podem surgir bem no interior das placas tectônicas, ou até mesmo, como acontece no Havaí, formarem-se nos pontos quentes.
Quando eles expelem lavas, estas podem ser de magmas máficos ou então félsicos. As máficas, geralmente, são pesadas e fluidas, e também quentes e rápidas. Contudo, não são explosivas. Já as félsicas são leves e bem viscosas, cujos escoamentos são mais lentos e menos quentes, porém, são bem mais explosivas.
No que se refere às erupções propriamente ditas, elas podem ser dos mais diferentes tipos, dependendo do que o magma tem dissolvido em sua composição. Grande parte do magma é formado por sílica (ou seja, silício e oxigênio). Contudo, dá pra encontrar nela também íons metálicos, cristais, além de vários compostos voláteis. E, o magma passa, então, a se chamar lava a partir do momento das erupções.
A sílica é um composto que prende melhor os gases em expansão. Fora que uma maior maior quantidade dele quer dizer que a lava, começará a ficar mais viscosa. Quando uma erupção acontece, os gases contidos ali se expandem cada vez mais a partir do momento em que se aproximam da superfície, já que a pressão, automaticamente, diminui.
Uma erupção explosiva acontece justamente quando há um grande acúmulo de gases, com a sua liberação acontecendo de maneira mais brusca. Contido, se os gases saírem de forma lenta e gradual, o que ocorrerá é o que chamamos de uma erupção efusiva.
Alguns dos Vulcões mais Ativos Atualmente
É certo dizer que erupções em vulcões acontecem com mais frequência do que se imagina, especialmente, nos vulcões oceânicos. Porém, muitas vezes, nem se percebe, já que muitas dessas atividades geológicas não são tão violentas assim. Contudo, alguns vulcões pelo mundo estão bastante ativos, a ponto de explodirem a qualquer momento.
Um deles é o Kilauea, localizado no Havaí. É a massa vulcânica mais ativa do mundo nos dias atuais. Sua cúpula tem cerca de 1.290 meros, além de uma depressão rasa e plana de uns 5 km de comprimento. Em 1970, uma explosão de vapor paroxística matou parte de um exército que andava próximo à sua caldeira. E, agora a pouco, em 2018, houve uma série de erupções de tal magnitude que chegaram a abrir fissuras na fenda leste, atravessando bairros residenciais.
Outro vulcão bastante ativo é o Mayon, que fica nas Filipinas. Sua atividade é tão intensa que foram registrados quase 50 erupções nos últimos 500 anos. A explosão mais violenta dele que se tem notícia aconteceu no ano de 1814, quando o vulcão expeliu muitas cinzas escuras, bombardeando a cidade de Cagsawa, enterrando-a com pedras vulcânicas dos mais diversos tamanhos. E, nessas últimas décadas, ele tem se mantido ativo quase sempre.