É tarefa fácil definir como ocorre o ciclo hidrológico no planeta. Em resumo, ele é uma espécie de movimento ininterrupto da água contida nos oceanos, lagos, mares, rios, subsolos, assim como na forma de vapor na atmosfera.
Tal percurso sofre a influência do sol (por meio da evaporação, que resulta na formação de nuvens, com consequente produção de chuvas) e da gravidade (que mobiliza os rios, córregos, mananciais, entre outras fontes hídricas do planeta).
A água encontrada na parte continental deverá penetrar e transcorrer suavemente nos subterrâneos e nas formações rochosas, produzindo reservas de água doce; ou então brotar como espécies de mananciais, córregos, nascentes, brejos, pântanos, fontes, lagos, charcos, entre outras formas de manifestação.
Essa água também poderá escorrer discretamente através dos terrenos, montes e rochedos. Poderá permanecer sobre a terra na forma de poças d’água e de pântanos.
Ela também poderá ser evaporada pela ação dos raios solares, enquanto uma parte é absorvida pelas plantas, que por sua vez a devolverá na forma de transpiração – um fenômeno que na biologia é conhecido como “evapotranspiração.”Mas as águas presentes na área continental – ainda para fazer um resumo sobre como ocorre esse ciclo hidrológico do planeta – pode simplesmente congelar e formar, por exemplo, os tão famosos alpes suíços e andinos, que são montanhas cobertas de neve, como o resultado do congelamento imediato das partículas de água.
Esse é um fenômeno quase mágico! Nele, a água percorre vários estágios, inclusive poderá assumir a forma de imensos icebergs, que poderão dar origem a lagos, rios e lagoas; de onde será evaporada para dar origem às nuvens, que por sua vez se “dissolverão” na forma de neve, chuva, granizo, e assim sucessivamente; e com toda a perfeição digna da natureza.
Resumo de Como Ocorre o Ciclo Hidrológico
Saber ao menos um resumo de como ocorre o ciclo da água é importante pelo simples fato de que qualquer interrupção ou mau funcionamento de uma dessas etapas pode significar alterações significativas em praticamente todos os metabolismos que envolvem a vida na terra – sejam eles no que diz respeito ao desenvolvimento das plantas, dos animais ou mesmo da constituição do solo.
Os ciclos hidrológicos são os fenômenos que garantem, por exemplo, a passagem da água para os seus estados sólido, líquido e gasoso.
Durante o chamado “pequeno ciclo”, a nossa hidrosfera e a atmosfera acumulam as suas quantidades normais de água.
A atmosfera faz esse acúmulo por meio da evaporação dos lagos, mares, oceanos, etc. – e sempre que alcança regiões mais frias, ela condensa-se em forma de nuvens que, a depender de determinados fenômenos, dissolve-se agora como chuvas, que recairão nos oceanos, lagos, mares, mananciais, fontes, entre outros recursos naturais.
Mas existem também os chamados “grandes ciclos”, que nesse caso podem ser resumidos como uma parte do ciclo em que a participação dos organismos vivos é fundamental.
Agora a biosfera também será convidada a fazer a sua parte na manutenção desse ciclo, na medida em que as plantas absorvem grandes quantidades da água que descem em forma de chuva (por meio da suas raízes) e dão origem a dois fenômenos: Elas extraem átomos de hidrogênio da água para a produção de glicose (a sua fonte de nutrição) e átomos de oxigênio (que nesse caso serão devolvidos à natureza na forma de O2).
E enquanto as plantas fazem a sua parte, os animais também contribuirão para a manutenção desse “grande ciclo”. Nesse caso, o processo se dará pela ingestão de água (seja ela pura ou contida nos vegetais e alimentos), que será devolvida à terra por meio da urina, fezes e durante a decomposição dos animais mortos.
O Problema da Escassez de Água no Mundo
Dentro dessa proposta de se fazer um resumo sobre como ocorre o ciclo hidrológico, cabe também fazer aqui um parêntese para tratar, especificamente, do problema da escassez de água no mundo.O último relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta para o fato de que apenas 30% da população utiliza água potável diariamente. Isso representa uma fatia de não mais do que 5% de toda a água potável do planeta, disponibilizada para um contingente de cerca de 2,2 bilhões de indivíduos.
E o pior, quase 74% de toda essa água é direcionada apenas para o setor da agropecuária, na forma de irrigação – o que faz com que, em projetos não-sustentáveis, essa água seja irremediavelmente perdida.
São cerca de 360mil crianças mortas, anualmente, devido à utilização de água contaminada e a péssimas condições de saneamento – números que fazem do controle adequado do ciclo hidrológico uma espécie de “Ordem do Dia” nos países desenvolvidos.
Os lenções freáticos já estão completamente comprometidos em regiões como as “Grandes Planícies” norte-americanas.
No norte da China, apesar dos esforços de algumas entidades ligadas ao meio ambiente, as reservas de água doce são alvos passivos dos avanços econômicos no país.
A Índia também é um dos países que enfrentam graves problemas com relação ao abastecimento de água – já que a questão do saneamento básico lá é histórica.
As calotas polares derretem a uma taxa de 13% ao ano, segundo publicação da revista Geophysic Research Letter. E no caso da Antártida, o problema é ainda mais grave, pois cerca de 127km3 são simplesmente devastados anualmente, sem que nada seja feito para barra esse fenômeno.
Ao final de tudo isso, de acordo com dados da ONU, serão ceca de 5,1 bilhões de indivíduos sem água até 2050. Uma realidade que torna ainda mais sombria as perspectivas de futuro, principalmente pelo fato de que a cada dia há mais resistência por parte dos governantes a uma diminuição das nossas demandas diárias por conforto e alimentação, em prol da preservação dos recursos naturais para as gerações futuras.
Hoje, mais do que nunca, está nas mãos do homem a decisão de contribuir para que se mantenha o fluxo normal desse ciclo, por meio da preservação das calotas polares, preservação das águas subterrâneas, manutenção das espécies vegetais e animais (que utilizam-se das chuvas para os seus processos metabólicos).
Além da preservação dos mares, rios, lagos, oceanos; enfim, caberá ao homem, nesse momento tão decisivo, fazer a sua parte, como um ser ativo para a garantia do funcionamento natural do ciclo hidrológico do planeta.
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