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Como Funciona a Cadeia Alimentar?

O funcionamento de uma Cadeia Alimentar irá depender, essencialmente, de um conjunto de fatores abióticos e bióticos.

No primeiro caso, o que temos é o conjunto de todos os organismos vivos que compõem um ecossistema, enquanto, no segundo, temos o conjunto de fatores não-vivos, como água, sol, oxigênio, terra, entre outros fatores, que são também insubstituíveis para essa inter-relação entre os seres vivos vivos.

Agora sabemos que, para a construção de uma Cadeia Alimentar, será preciso que existam, dentro de um ecossistema, fatores “não-vivos” ou abióticos (água, ar, solo, etc) e “vivos” ou bióticos (seres vivos). Mas devemos saber também que, enquanto os fatores não-vivos são estáveis, os fatores vivos subdividem-se entre os que produzem o próprio alimento e os que não conseguem produzi-lo.

Ao primeiro grupo dá-se o nome de seres “autótrofos” (plantas, vegetais, algas, entre outras espécies do Reino Plantae), e ao segundo, “heterótrofos” (animais carnívoros, herbívoros e onívoros, basicamente), também chamados de “Consumidores” e “Decompositores.”

Aos poucos vão se desenrolando, portanto, os fios que compõem essa chamada Teia Alimentar! Agora já temos os organismos vivos, que produzem os seus próprios alimentos, e os não-vivos, que não os produzem.

Mas é preciso atentar para o fato de que esses seres incapazes de produzir os seus próprios alimentos também precisam ser separados por níveis (dos seres mais simples aos mais complexos). Logo, eles deverão ser subdivididos em Primários, Secundários, Terciários, etc.

Ou seja, os organismos vivos (bióticos) incapazes de produzir os seus próprios meios de subsistência (heterótrofos) poderão ser Primários (quando alimentam-se diretamente dos Produtores), Secundários (quando alimentam-se de quem alimenta-se dos Produtores), Terciários, Quaternários, etc.

Como Funciona uma Cadeia Alimentar?

Uma Cadeia Alimentar funciona como um organismo vivo! Ele pode ser definido como um “todo”, onde a menor perturbação (como a extinção de uma espécie, por exemplo) poderá resultar em consequências incalculáveis.

Nesse sistema, o simples desmatamento de um determinado ecossistema poderá provocar um desequilíbrio muitas vezes incontornável, já que incontáveis comunidades de insetos dependem de trechos de alguns simples km2 de mata para sobreviverem.

A extinção de uma delicada e aparentemente inofensiva Phasmatodea (o bicho-pau) ou de uma frágil e discreta Romallea guttata (o gafanhoto) pode significar, como consequência, a extinção de diversas comunidades de anuros.

Uma perda irreparável, pois, como se sabe, estas espécies, além de serem excelentes ferramentas naturais de controles de pragas ainda possuem fabulosas propriedades farmacológicas que podem ser extraídas do seu organismo.

Jiboia Enrolada na Árvore
Jiboia Enrolada na Árvore

Mas o pior é que espécies como a Boa constrictor amaralis (a popular jiboia) também se verá em apuros, pois é justamente da existência de determinadas espécies de aves e de anuros que depende a sua sobrevivência e a garantia da sua existência para as gerações futuras.

Temos agora o início de um grave abalo no fluxo de matéria e de energia, pois essa transferência ocorre por meio da alimentação de um ser pelo outro.

E, para piorar, a energia, diferentemente do que ocorre com a matéria, não pode ser reciclada – o que faz com que cada elo que se rompa signifique uma perda irreparável de energia que poderia estar fluindo adequadamente pelo planeta.

Os Níveis Tróficos

Numa Cadeia Alimentar os seres que a compõem são representados em níveis – os Níveis Tróficos (do grego trophus ou nutrição) –, cujo objetivo é melhor posicioná-los quanto às suas participações para o equilíbrio de um ecossistema.

Aqui façamos um parêntese e atentemos para o fato de que uma Cadeia Alimentar pode ser baseada em “pastejo” ou em “detritos”.

No primeiro caso, a base ou “Produtores” serão as plantas, vegetais, leguminosas, ervas, gramíneas, entre outras espécies do Reino Plantae, que servirão de alimentos para os Consumidores Primários.

Já no segundo caso, a Cadeia Alimentar será baseada em restos de alimentos ou de matéria orgânica decompostos (pelos Decompositores: fungos, protozoários, bactérias, vermes, etc., que farão as vezes de Consumidores Primários) que, por seu turno, serão ingeridos por Consumidores Primários, que serão consumidos por Consumidores Secundários, e assim sucessivamente.

Pois bem, uma Cadeia Alimentar funciona, portanto, como um sistema. E dentro desse sistema temos esquemas como os Níveis Tróficos, formados por seres “Produtores” (plantas, algas, vegetais, ervas, etc), “Consumidores” (animais carnívoros, herbívoros e onívoros) e “Decompositores” (que são os que incumbem-se de transformar os Produtores e Consumidores em matéria orgânica).

Essa última ação (a dos Decompositores) será responsável por devolver os elementos químicos básicos para a natureza. Com isso, mantém-se o ciclo de vida e de morte, surgimento e desaparecimento… – o que é a garantia da manutenção e preservação de um ecossistema para as gerações futuras.

Tipos de Consumidores

Como vimos, uma Cadeia Alimentar funciona em três níveis: Produtores, Consumidores e Decompositores.

No entanto, convencionou-se que o nível dos Consumidores recebesse uma atenção especial da Biologia. E esta achou por bem dividi-los em Consumidores Primários, Secundários, Terciários, e assim sucessivamente.

1.Consumidores Primário

Os Consumidores Primários são as espécies que alimentam-se de plantas, algas, ervas, gramíneas, vegetais, entre outras variedades do Reino Plantae.

Estes, de um modo geral, são animais herbívoros, sem as características básicas dos predadores, e que por isso achou-se por bem colocá-los apenas um nível acima dos Produtores. Ex: Lebres, coelhos, gafanhotos, louva-a-deus, alguns tipos de peixes, etc.

2.Consumidores Secundários

Os Consumidores Secundários contribuem para o funcionamento de uma Cadeia Alimentar, entre outras coisas, ao alimentarem-se dos Consumidores Primários.

Essas espécies são divididas entre Predadores, Parasitas e Consumidores de cadáver – a depender das suas preferências alimentares.

Consumidores Secundários
Consumidores Secundários

Ao ingerirem esses animais, automaticamente absorvem entre 50 e 80% da matéria ali contida, e o resto será eliminado na forma de fezes.

São exemplos de Consumidores Secundários, algumas espécies de sapos, cobras, aves, roedores, entre outras espécies, geralmente de médio porte.

3.Consumidores Terciários

Aqui já estamos falando de algumas espécies classificadas como “grandes caçadores” ou predadores, pois eles alimentam-se de espécies com estruturas bem mais complexas, o que lhes exigem habilidades especiais com relação à visão, olfato, audição, agilidade, entre outras características.

Focas
Focas

Costumam fazer parte dessa categoria, algumas espécies de serpentes peçonhentas, javalis, porcos-do-mato, baleias, tubarões, focas, elefantes-marinhos, etc.

4.Consumidores Quaternários

Apesar da dificuldade de se estabelecer, com a máxima precisão, a participação de cada espécie para o funcionamento de uma Cadeia Alimentar, convencionou-se posicionar aqui os “grandes predadores”, aqueles animais que figuram no topo da Cadeia Alimentar.

Algumas espécies de águias, falcões, gaviões, tigres, leopardos, leões, ursos, tubarões e – para algumas correntes – até mesmo o homem pode aqui ser posicionado.

Consumidores Quaternários
Consumidores Quaternários

Atualmente a biologia trabalha com a ideia de uma Teia Alimentar ( e não exatamente de uma Cadeia) – tal é a rede de relações que se emaranham nesse intrincado esquema de luta pela sobrevivência. Mas gostaríamos de saber a sua opinião sobre isso por meio de um comentário, logo abaixo. E continue compartilhando as nossas publicações.

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