Você sabia que o coral é um animal? Sim, por mais que pareçam fazer parte da flora oceânica, na verdade, o coral faz parte da fauna dos oceanos, a única diferença é que os corais são animais que permanecem em um único local durante toda as suas vidas.
Estudos comprovaram que os corais são seres que criam estratégias para atraírem mais seres bentônicos e até mesmo peixes e outros tipos de seres que podem ajuda-los a se alimentar de forma mais fácil.
Estudos também demonstram que os corais lutam diariamente entre si por posições mais conspícuas nos chamados recifes, que são locais onde existe uma grande aglomeração de corais, e onde é possível observar tais disputas.
Algumas espécies de corais mais invasivas podem querer se sobressair em relação a outros corais, que por outro lado podem soltar toxinas corrosivas e outros tipos de toxinas para assegurarem seus locais na natureza.
Os corais possuem características únicas, onde muitos parecem mais plantas do que animais, mas na verdade todos os corais possuem uma boca que geralmente fica no centro , na qual elas trazem pequenos animais para se alimentarem com seus tentáculos, que na maioria das vezes possuem ferrões que amortecem e até mesmo paralisam algumas pequenas criaturas.
Os Corais Possuem Esqueleto?
Não, os corais são animais marinhos invertebrados, e por mais que não possuam esqueleto, os mesmos são capazes de criar um exoesqueleto, secretando carbonato de cálcio, que se tornam rígidos como verdadeiros ossos e passam a fazer parte dos recifes, que são aglomerados de corais.
Muitas vezes esse exoesqueleto passa a ser habitado por outro coral quando o coral original morre, e muitas vezes dá impressão que o coral, de fato, possui esqueleto.
Um exoesqueleto pode começar a ser habitado por inúmeros pólipos até formar verdadeiras colônias, que com o tempo passam a secretar cálcio para formar outras estruturas. Muitas vezes essas secreções são liberadas para atacar outros corais, sufocando-os ou até mesmo prendendo-os.
Como é o Esqueleto de um Coral?
Esse é uma pergunta que vem intrigando muitos estudiosos até os dias de hoje, pois a secreção produzida pelos corais possuem inúmeras proteínas que são capazes até mesmo de formar calcário. Uma publicação feita na revista Current Biology mostrou que pesquisadores identificaram mais de 30 proteínas específicas nas secreções dos pólipos.
Informações passíveis de observações para análise concluem que o coral não possui esqueleto, mas sim um exoesqueleto que é formado pela secreção de inúmeras substâncias.
Vale lembrar então que os corais são pequenas criaturas que vivem grudadas nos recifes, que já são restos de inúmeros corais que ali já viveram e morreram.
Os corais podem crescer de três formas, sendo uma delas chamadas de barreiras, outra de franjas e a outra forma chamada de atol. Acompanhe mais para entender melhor esses termos.
- Recife de Barreiras
Os recifes são berçários formados pela aglomeração de infindos corais, e a formação de barreira acontece com os corais que preferem temperaturas mais rasas com cerca de 400 metros adentrando a praia. Esses corais, devido à rebentações de ondas e outros fatores, principalmente o calor litorâneo, acabando morrendo e deixando seus exoesqueletos para assentamento de outros corais, e ao decorrer do ano esses corais formam uma barreira mar adentro.
O fato dos corais formarem uma barreira é para garantir a sobrevivência da maioria dos corais, separando as águas rasas do mar aberto e de seus predadores.
- Recife de Franjas
Esses recifes são os incipientes dos recifes de barreiras, onde parte dos corais fica alojado no começo das praias, sendo, inclusive, possível vê-los simplesmente ao caminhar pelas praias, e onde também se formam inúmeras pequenas piscinas naturais onde muitas pessoas pescam inúmeras espécies de seres que ali ficam presos.
- Recife de Atol
Os recifes de atol são formados ao decorrer de milhares de anos, quando inúmeros corais circundam uma ilha, que na verdade outrora foi a ponta de uma espécie de vulcão que possibilitou a fixação de corais que então se multiplicaram e circundaram esse vulcão que ao decorrer do tempo acabou ficando submerso. Dessa forma, é possível observar que os recifes formaram uma espécie de ilha.
Corais Não Possuem Esqueleto, Somente Exoesqueleto
Ao decorrer da vida de um coral, ele vai constantemente criando uma espécie de exoesqueleto através da secreção de minerais que podem vir até mesmo a criar calcário puro, e quando o coral morre a única coisa que sobra é um tipo de esqueleto branco que acaba servindo de substrato para outros corais.
Uma grande evidência em relação à formação dos esqueletos do corais é possível ser vista através do branqueamento de corais que tem ocorrido nos últimos tempos, que é a morte em massa de muitos corais devido às condições climáticas.
- Branqueamento dos Corais
Quando os pólipos que formam os recifes morrem, os mesmos entram em decomposição e a única coisa que sobra é o esqueleto que os mesmos formaram ao decorrer de suas vidas, que pelo fato de ser feito de calcário possui a coloração branca, por isso o termo possui o nome de branqueamento.
Informações Adicionais Sobre os Corais
Quando se fale sobre corais e recifes, é sempre bom ressaltar o maior recife que existe no mundo, que é o Grande Recife de Barreiras da Austrália, onde estima-se que o mesmo possua cerca de 10 mil anos, levando muito mais do que esse tempo para ser criado.
Os recifes são locais que muitos peixes e outras criaturas marítimas como os cavalos-marinhos escolhem para depositar seus ovos, pois são consideradas zonas seguras.
As algas, assim como os corais, também são animais, e não plantas, como dão a impressão de ser, e esses são extremamente importantes por promover oxigênio para a água através da filtragem de luz solar, por isso muitas algas vivem acima da superfície da água.
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