A superfície terrestre é vasta. Da mesma maneira que é vasta também os tipos de solos que encontramos nela. Sendo um dos nosso principais recursos naturais, os solos são o lugares de ondem provém muitos dos nossos alimentos, e (claro) das nossas moradias.
Conhecer mais a respeito do solo onde se vive, e de onde se tira as nossas principais subsistências, é muito importante para cuidar bem dele, e, por consequência, de nós mesmos.
Portanto, comecemos explicando o básico.
O Que São Solos?
Trata-se, a princípio, de um recurso natural (assim como as águas), que é parte integrante da nossa paisagem, e que é de onde tiramos os recursos básicos para a nossa sobrevivência, desde o nosso principal alimento, até a base de sustentação de nossa moradia.
Fora essa definição, podemos dizer que os solos são formados por partículas naturais, e estas, formadas a partir de determinados materiais de origem, que, nesse caso específico, são as rochas. Estas, por suas vez, são moldadas em vários formatos devido à ação de muitos fatores, como, por exemplo, o clima, e elementos atuantes na fragmentação dos materiais originários.E, da mesma maneira que o planeta é imenso, é imensa também a variedade de solos existentes na Terra, com cores e texturas muito diferenciadas. Até mesmo porque o solo não é apenas aquilo que vemos por cima, na superfície, e sim, uma sucesso infinita de camadas sobrepostas, muitas vezes, de materiais bem distintos.
Vamos conhecer mais sobre quais são os principais tipos de solos?
Os Tipos de Solos Existentes no Mundo
Cada tipo de solo é identificado de acordo com uma série de fatores, que vão da sua morfologia, até as suas propriedades químicas. No geral, podemos dizer que existem, no total, 5 tipos de solos em nosso planeta. São eles: Arenosos, Argilosos, Siltosos, Húmicos e Cársticos.
Vamos falar de cada um deles a partir de agora.
Solos Arenosos – características
Um solo arenoso tem essa denominação porque é feito de grãos, cujas dimensões podem variar entre 0,075 mm e 2 mm. Se esse tipo de solo estiver em uma região tropical, a grande maioria desses grãos é formada por minúsculos cristais de quartzo e óxido de ferro.
O teor de areia desse solo é de 70%, e por isso, é permeável, o que torna difícil o cultivo e a plantação nesse terreno. Isso porque ele perde umidade de maneira muito acelerada, tornando o lugar seco e pobre em nutrientes (um deles, o cálcio, inclusive). Trata-se de um solo bastante poroso, portanto, e suscetível à ação de chuvas e de lençóis freáticos. Sem contar ainda que ele também é bastante exposto a ações erosivas.
Nesse solo, existem três biomas bem destacados. O primeiro é o escrube, formado por vegetações arbustivas em pontos bem concentrados, e com uma fauna que se resume, principalmente, a aves migratórias. O segundo bioma é a floresta de baixa restinga, cuja vegetação é mais volumosa, com alguns espécimes de plantas chegando a 10 metros de altura, e cuja fauna também é marcada pela presença de aves migratórias. Por fim, o terceiro bioma é a floresta de alta restinga, cuja vegetação é imensa, onde o solo arenoso é de origem marinha, e cujos animais incluem aves e pequenos mamíferos.
Solos Argilosos – Características
Aqui, temos um solo com uma capacidade bem maior de armazenamento de água. Ele é pouco permeável, o que dificulta a passagem de água sobre ele, ficando, com isso, armazenada nesse tipo de solo. Bom destacar que esse solo possui uma grande concentração de óxidos de alumínio e de ferro.
O solo argiloso também é chamado de “solo pesado”, e em períodos de chuva, ele fica encharcado, ao passo que, durante uma seca, ele forma uma camada dura e pouco arejada do terreno, prejudicando, com isso, o desenvolvimento da vegetação do lugar.
E, dentro dessa denominação, existe um tipo de solo argiloso chamado de terra roxa, cuja coloração é vermelho-roxeada, e é considerada bastante fértil. Isso porque a terra roxa tem diversos minerais que facilitam o plantio nela, sendo muito indicada para a prática da agricultura.
Solos Siltosos – Características
Já, este solo aqui possui uma quantidade considerável de “poeira de pedra”, o que faz dele um solo bastante erosivo. Além disso, suas partículas são muito finas e leves, fazendo com que ele não se misture a outros materiais, como acontece com a argila.Há, nesse tipo de solo, uma quantidade grande de silte, que são fragmentos de rochas e minerais, cujo tamanho gira em tone de 0,05 mm a 0,002 mm. A produção desse silte ocorre devido ao esmigalhamento mecânico sofrido pelas rochas, cujos motivos vão da ação das geleiras à erosão em decorrência das águas.
Solos Húmicos – Características
Nesse caso, temos um dos solos mais férteis de todos. Nele, toda e qualquer vegetação encontra tudo o que precisa para sobreviver, pois se trata de um solo repleto de nutrientes. Ele, inclusive, é um solo típico de florestas, possuindo uma imensa quantidade de matéria orgânica proveniente de animais e plantas mortas. Um bom exemplo é a Amazônia, que possui uma quantidade considerável de humo.O grande problema, no entanto, é que, em geral, por debaixo da camada de humo, o solo é pobre, não possuindo uma quantidade suficiente de minerais que sustentem uma plantação. Portanto, tirando a cobertura vegetal de áreas assim, em pouco tempo, o humo acabará, mesmo que as primeiras colheitas seja ótimas. Com o passar do tempo, no entanto, o lugar se transformará num verdadeiro deserto.
Solos Cársticos – Características
Esse solo possui uma grande concentração de calcário, que é usado bastante na agricultura e na pecuária, sendo colocado diretamente no solo, com o intuito de fertilizá-lo. É esse solo, por sinal, que fornece a matéria-prima necessária para a produção de cimento e de cal.
Aqui, há a ausência de drenagem superficial, com, a água da chuva se infiltrando do solo para a rocha com muita rapidez. O escoamento que se dá sobre ou dentro do solo é sem muita importância, e é por isso que não se vê rios superficiais nesse tipo de ambiente. Nesse solo, a vegetação influencia diretamente na infiltração da água, e o clima é predominantemente temperado e úmido.