É um estratovuclão, ou seja, é um vulcão que tomou forma após várias erupções. Originalmente os vulcões não possuem forma, mas após o magma eclodir e redesenhar as rochas em formato de montanha, tais vulcões passam a ser chamados de estratovulcões.
O vulcão Sakurajima é um dos vulcões mais ativos de todo o continente asiático, soltando fumaça ínfimas e efêmeras erupções por dia. Apesar disso, o acesso a ilha de Sakurajima é permitido para fins de estudo e de turismo.
O vulcão Sakurajima é um vulcão ativo que, em tempos remotos, não era nada mais do que uma simples ilha nos arquipélagos asiáticos da costa sul do Japão. Essa ilha se chamava Sakurajima, e lá o vulcão tomou formato após suas erupções, que ocorrem, segundo estudiosos, desde 963 A.D. Essas erupções, inclusive, fizeram com que a ilha de Sakurajima se ligasse com a Península de Osumi. Esse evento ocorreu em 1914.
O vulcão Sakurajima se localiza no meio da ilha de mesmo nome e possui três picos. O mais alto deles possui nada mais e nada menos do que 1117 metros de altitude se chama Kitadake, e fica na região norte da montanha.
O vulcão Sakurajima, assim como outros vulcões, quando entra em erupção, redesenha as praias e costas da ilha de Sakurajima, além de despejar uma absurda quantidade de cinzas vulcânicas, que são altamente tóxicas para a saúde humana e animal, matando assim quase toda a vegetação existente na ilha a cada erupção. As praias, após o resfriamento e intempéries, passam a possuir uma areia branca, característica de ilhas vulcânicas.
Localização do Vulcão Sakurajima
O vulcão está, atualmente, ligado à Península de Osumi, que por sua vez, se ramifica até Kyushu, que a é uma das três maiores ilhas do arquipélago Japonês (lembrando que o Japão é um País formado por várias ilhas, e por isso é uma região com bastante vulcão devido a grande ação de placas tectônicas em movimento).
Em Kyushu há uma caldeira vulcânica chamada de Caldeira de Aira, e Sakurajima se localiza ao sul dessa caldeira, numa extensão de mais ou menos 8 quilômetros.
O vulcão Sakurajima é a principal atração turística da cidade de Kagoshima, sendo um ponto vital para a economia do País, já que muitas pessoas visitam a ilha de Sakurajima. Pode parecer estranho, mas apesar de toda a atividade vulcânica demonstrada pelo vulcão, ainda é possível que as pessoas cheguem perto do mesmo. No entanto, a tecnologia japonesa é uma das mais avançadas do mundo, e os mesmos sabem identificar com bastante precisão quando os vulcões entrarão em erupção, e quando isso está prestes a acontecer, o turismo é interrompido por determinados períodos.
A Vulcão Sakurajima é o Maior Atrativo Turístico do Sul do Japão
Como foi dito anteriormente, é possível fazer turismo ao redor do vulcão, pois o mesmo é um ponto turístico no extremo sul do Japão que impulsiona a economia do País.
O percurso que leva às estranhas do vulcão fornece ao turista algumas lojas de comércio local que vendem itens relativos ao vulcão, como algumas pequenas formações rochosas proporcionadas em algum período de erupção ou até mesmo algumas plantas, principalmente uma ameixa-amarela chamada de biwa.
Há, ainda, no percurso, várias formações rochosas de tamanhos variados para serem vistos, podendo assim estar diante do processo pelo qual a lava passa, além de ver os caminhos que a última erupção desenhou, sem contar que, em vários casos, é possível ver pequenas poças de lava ainda acesas.
Um dos atrativos mais chamativos da expedição pelo vulcão, é uma das suas antigas entradas, chamada de Portão de Kukokami Shinto, que sofreu com a erupção de 1914, ficando quase que completamente soterrada pela lava, que após resfriamento, deixou apenas a parte de cima do portão a vista.
O Vulcão Sakurajima é o Vulcão Mais Ativo do Mundo
Sim! Apesar do turismo, o vulcão é o mais ativo do mundo, e também, é válido lembrar que a ilha de Sakurajima deixou de ser independente municipalmente em novembro de 2004, se tornando parte de Kagojima (Kagoshima), que possui 605.855 habitantes.
Não há moradores vivendo na ilha de Kagoshima, pois isso não é permitido pelas autoridades, mas existe o comércio e turismo ao redor do mesmo.
Estudos apontam que há uma erupção do vulcão Sakurajima a cada 4 horas, e pelo fato dessa atividade vulcânica ser tão forte, há uma peremptória observação sobre o mesmo. Hos habitantes de Kagojima já se habituaram a se proteger das cinzas que frequentemente caem sobre a cidade.
O mais interessante é que quando há uma erupção de pequeno porte, o vulcão, que possui 17 x 23 quilômetros de extensão, consegue jogar sua fumaça a mais de 5 quilômetros de distância, sendo que a baía se localiza a 8 quilômetros, significando que a expansão pelo vento chega a cobrir quase a cidade toda.
Principais Atividades do Vulcão Sakurajima nas Últimas Décadas
O vulcão, pelo fato de ser extremamente ativo, possui um forte centro de observação que cataloga cada uma de suas atividades. Observe abaixo quais foram as principais atividades vulcânicas que ocorreram na ilha de Sakurajima.
Atividade Vulcânica em 1970
Na década de 70, era possível observar uma explosão por dia, sendo que o ápice dessas explosões era a sua fumaça que chegava a subir cerca de 4 quilômetros de altura.
Atividade Vulcânica em 1980
Nessa década, era comum presenciar de uma a duas explosões por dia. Porém, em 1986, algumas explosões foram tão grandes que lançaram projéteis incandescentes que obrigou as costas da cidade de Kagojima a evadirem o local.
Atividade Vulcânica em 1990
A década de 1990 foi a mais calma das três décadas, onde era possível ver uma explosão ocorrer no intervalo de semanas, porém, no ano de 1999, o vulcão atingiu um de seus recordes, garantindo uma fonte de lava que expelia rochas de fogo a 4 quilômetros de distância.
Atividade Vulcânica de 2000 em diante
Nenhuma erupção foi preocupante até setembro de 2000, quando enormes colunas de fumaça se ergueram, atingindo mais de 5 quilômetros de altura, levando poeira e cinzas por toda a cidade de Kagojima.
Atualmente, o vulcão não tem demonstrado nenhuma atividade relevante, exceto por pequenas explosões que fazem alguns resquícios de lava se acenderem sobre a superfície.