Em uma Cadeia Alimentar, os Consumidores, Produtores e Decompositores são seres vivos que garantem a troca de energia e de matéria necessária para a preservação das espécies e, consequentemente, de um ecossistema.
Nessas trocas, enquanto os chamados “Produtores” (as plantas, por exemplo) beneficiam-se dos recursos abióticos (sem vida), como o solo, a água, o oxigênio, etc., os “Consumidores” recorrem a fatores bióticos (com vida), que representam o conjunto dos seres vivos.
Esse sistema é conhecido em biologia como “Níveis Tróficos”, um termo bastante pomposo, mas que nada mais significa do que os degraus pelos quais se compõem essas Cadeias Alimentares.
Nelas, os Produtores são os organismos “autotróficos” (que produzem o alimento necessário para a sua sobrevivência), enquanto os Consumidores são os organismos heterotróficos, pois dependem dos autotróficos para sobreviverem.
Fechando esses Níveis Tróficos, surgem os seres Decompositores, que são os fungos, bactérias, protozoários e demais organismos microscópicos capazes de transformar a matéria orgânica (Produtores e Consumidores) em matéria inorgânica, e, com isso, devolver à terra os elementos básicos para a sua constituição.
Um vegetal, por meio da água, ar e nutrientes do solo, consegue sobreviver de forma independente (Eles são os seres Produtores ou Autótrofos), enquanto um gafanhoto, que alimenta-se justamente desse vegetal, são considerados seres Consumidores ou Heterótrofos.
Mas essa sequência não para por aí! Esse gafanhoto, por sua vez, irá servir de alimento para alguns tipos de lagartos, que servirão de alimento para alguns tipos de serpentes, enquanto estas servirão de alimento para águias, gaviões, etc.
E a esses outros Consumidores (a partir do gafanhoto) dá-se o nome (dentro de uma Cadeia Alimentar) de Consumidores Secundários, Terciários, Quaternários, etc.
Os Consumidores em uma Cadeia Alimentar
Como vimos, os Consumidores, dentro de uma Cadeia Alimentar, são indivíduos que consomem outros seres vivos, permitindo, com isso, que haja troca de energia e de matéria – que é o motor que faz com que um ecossistema sobreviva ao longo do tempo.
Esses consumidores são classificados como: Primários, Secundários, Terciários, etc…
Um Consumidor Primário irá alimentar-se diretamente de um organismo Autotrófico ou Produtor, como a pequena Ochlodes sylvanus, por exemplo – uma espécie de borboleta que encontra em gramíneas, plantas e demais ervas as suas principais fontes de sobrevivência.
Já os gafanhotos – o “Terror” das Lavouras –, irão encontrar numa excelente plantação de milho uma das suas iguarias favoritas.
O Consumidor Secundário irá alimentar-se justamente dessas espécies citadas acima – além de outras –, como é o caso de uma imensa variedade de carnívoros, como lagartos, tartarugas, cágados, pequenos roedores, entre outros mamíferos – geralmente de pequeno porte –, cujas modestas constituições físicas não lhes permitem avançar mais do que isso no que diz respeito à satisfação das suas necessidades alimentares.
Mas quando chegamos nos famigerados Consumidores Terciários, aí é que a coisa começa a ficar um pouco mais séria!
Agora estamos falando de uma legião de feras, entre as quais podemos citar diversos tipos de serpentes, aves aquáticas, cachorros-do-mato, corujas, águias, gaviões, entre outras inúmeras espécies – espécies que ainda não estão no topo da Cadeia Alimentar, e por isso pode fazê-la prosseguir até Consumidores quaternários, quinquenários, e assim por diante.
Tipos de Dietas dos Consumidores em uma Cadeia Alimentar
Como bons caçadores ou oportunistas, os Consumidores Secundários e Terciários podem ser:
Predadores – São aqueles que caçam e depois consomem as suas vítimas. Nesse caso, elas podem ser consumidas ainda vivas ou mortas.
Uma legião de espécies compõe esse nível trófico, entre as quais, diversas espécies de felinos, aves de grande porte, cobras, e demais mamíferos, como leões, jiboias, águias, gaviões, entre outros.
Parasitas – São os que hospedam-se em suas vítimas e, com isso, sugam o sangue e nutrientes do ser parasitado. Estes podem ser vermes intestinais, pulgas, carrapatos, moscas, mosquitos, protozoários, bactérias, etc.
Consumidores de cadáver – Os Consumidores de cadáveres são os seres “saprófagos” e “necrófagos”. São Consumidores que alimentam-se de animais mortos, antes ou depois de entrarem em estado de decomposição.
Os exemplos mais comuns são as as moscas, vermes, besouros, entre outros “saprófagos”, que transformam essa matéria orgânica em matéria inorgânica. Enquanto, por exemplo, espécies do gênero Sarcoramphus (dos urubus) e as Hyaenidae (o gênero das hienas) são “necrófagos”, pois alimentam-se de cadáveres que ainda não entraram em decomposição.
Mas em uma Cadeia Alimentar, os indivíduos Consumidores também são divididos pela variedade de alimentos que consomem diariamente. Existem espécies “Monófagas”, como algumas variedades de formigas, por exemplo, que costumam alimentar-se apenas de um tipo de alimento (folhas).
Existem os Consumidores “Heterófagos”, que possuem uma dieta variada, com base em algumas poucas espécies, como as corujas, traças, escorpiões, etc. E, por fim, os “Pantófagos”, que são os animais onívoros (que alimentam-se de quase tudo), como o homem, os lobos, ursos, raposas, alguns roedores, anseriformes, etc.
A origem dos alimentos dos seres Consumidores
Quanto à origem dos alimentos consumidos, os seres Consumidores podem ser divididos em:
1.Seres Fitófagos
Esses dão preferência a espécies do Reino Plantae. São animais “herbívoros”, como as lebres, insetos e alguns moluscos.
Mas podem ser também Algófagos, pois dão preferência às algas como fontes de alimentação. Ex: alguns peixes e crustáceos.
Dentro de uma Cadeia Alimentar, os Consumidores também podem ser Liquenófagos. Estes, como o seu nome nos leva a crer, preferem os líquens como fonte de nutrientes. Algumas espécies de besouros e renas preferem esse tipo de alimento.
Mas existem também os Consumidores Micetófagos (que alimentam-se de fungos), Xílófagos (madeira), entre outras espécies de Consumidores Secundários e Terciários.
2.Seres Zoófagos
Aqui temos os animais que utilizam-se de outros animais como fontes de alimentação. Essas são as espécies dos grandes mamíferos, que podem ser “Carnívoros Simples”, quando consomem a carne de outros seres vivos, como as larvas de moscas e alguns vermes.
Mas também podem ser “Carnívoros Predadores”, entre os quais, estão os grandes “flagelos da natureza”, como os leões, ursos, cobras, águias, falcões, gaviões, tigres, leopardos; mas também lagartos, moluscos, insetos, etc.
E, por fim, os “Canibais”. Eles também representam um nível trófico entre os Consumidores de uma Cadeia Alimentar.
E, como parece óbvio, eles dão preferência a indivíduos da mesma espécie. Como são os casos de algumas variedades de aranhas (como as temidas viúvas-negras), escorpiões, peixes, louva-a-deus, entre outras espécies, que ajudam a compor esse curioso e assustador degrau de uma Cadeia Alimentar.
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