O plantio de hortaliças para fornecer alimentos, ou para fins medicinais foi o principal desenvolvimento na ascensão da civilização humana sedentária, pois o lavourar criou excedentes de alimentos que permitiram que as pessoas vivessem nas cidades e passou a fornecer dados nutritivos ao homem que chamaram a atenção da ciência. O cultivo da terra é matéria da ciência agrícola, e assunto de nosso artigo.
Brassicaceae Hortaliças
Brassicaceae ou Cruciferae são plantas herbáceas de tamanho médio e economicamente importante vulgarmente conhecidos como a família do repolho . A maioria , alguns arbustos, com folhas simples, embora algumas vezes profundamente entalhadas, alternadamente fixadas sem estípulas ou em rosáceas foliares, com inflorescências terminais sem brácteas, contendo flores com quatro sépalas livres, quatro pétalas alternadas livres, dois estames curtos e quatro estames livres, invariáveis frutas com sementes em fileiras, divididas por um septo. A família contém 372 gêneros e 4060 espécies aceitas. Os maiores gêneros são draba (440 espécies), erysimum (261 espécies), lepidium (234 espécies), cardamine (233 espécies) e alyssum (207 espécies).
A família contém os vegetais crucíferos , incluindo espécies como brassica oleracea (por exemplo, brócolis, repolho, couve-flor, couve, couve), brassica rapa (por exemplo, nabo, couve chinesa), brassica napus (colza, etc.), raphanus sativus (rabanete comum), armoracia rusticana (rábano silvestre), mas também uma flor de corte matthiola (stock) e o organismo modelo arabidopsis thaliana (thale agrião).
Descrição e Distribuição
Espécies que pertencem à brassicaceae são principalmente anual , bienal , ou perenes plantas herbáceas , algumas são arbustos anões ou arbustos , e muito poucas vinhas . Embora geralmente terrestre, algumas espécies vivem submersas em água doce. Eles podem ter uma raiz principal ou um caudex às vezes lenhoso que pode ter poucos ou muitos ramos, alguns têm rizomas finos ou tuberosos. Poucas espécies possuem glândulas multicelulares. As flores podem ser dispostas em racemos , panículas ou corimbos , com pedicelos às vezes na axila de uma bráctea, e poucas espécies têm flores que se assentam individualmente em hastes florais. Cada flor tem quatro sépalas livres ou raramente mescladas, juntos formando um cálice em forma de tubo, sino ou urna. Cada flor tem quatro pétalas , alternadas com as sépalas, embora em algumas espécies estas sejam rudimentares ou ausentes.
Brassicaceae pode ser encontrada quase em toda a superfície terrestre do planeta, mas está ausente da Antártida e em algumas áreas dos trópicos. A área de origem da família é possivelmente a região iraniano-turaniana, onde aproximadamente 900 espécies ocorrem em 150 gêneros diferentes. Cerca de 530 deles são endêmicos . Em seguida vem em abundância na região do Mediterrâneo, com cerca de 630 espécies em 113 gêneros. A família é menos proeminente na região arábica e norte americana, ambas com cerca de 150 gêneros. A América do Sul possui 40 gêneros, a África do Sul 15 gêneros, a Austrália e a Nova Zelândia, 19 gêneros.
Brassicaceae Hortaliças no Brasil
Baseada em informação seletiva feita pela Embrapa Hortaliças e conferida com informações de mercado do Censo Agropecuário 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃstica (IBGE), da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), da Companhia Nacionalde Abastecimento (Conab) e das Centrais de Abastecimento de Minas Gerais (CeasaMinas) e do Rio de Janeiro (Ceasa/RJ), no Brasil, das espécies cultivadas como hortaliças, destacam-se o brócolis, a couve-flor, a couve de folhas e o repolho, todas da família brassica oleracea. Também são cultivadas, porém com menor expressividade, a couve-chinesa, por vezes conhecida como acelga, a rúcula, o rabanete, o agrião, a mostarda, o nabo, o chingensai ou pak-choi, uma couve-chinesa de morfologia distinta e menor tamanho e a couve-de-bruxelas.
A maior concentração de plantio fica em regiões serranas com inclinações ladeirosas. O uso constante e intenso de água nessas regiões, com revolvimento do solo para fertilização tem com efeito apresentado ocasionais erosões pela água, causando desequilíbrios no preparo nutricional da terra, dificuldades na administração adequada dos pesticidas e. consequentemente, aumentado os custos com essa produção. Meios inteligentes de estudo tem sido adotados para minimizar os problemas mencionados, com a utilização de uma técnica de manusear com sustentabilidade o solo e a água desses cultivares, resultando assim em um aperfeiçoamento tátil que preserve o potencial genético das plantas. A compreensão do problema levou a um complexo processo que integra três métodos simples porém fundamentais para a solução: revolver minimamente a terra, restringindo-se somente às covas ou aos sulcos do terreno; a rotação da diversidade, de acordo com a cultura das espécies; e o trato do solo, mantendo resíduos orgânicos e usando conhecimentos específicos para formação de palhada na superfície do solo.
Brassicaceae Hortaliças e a Saúde
A família curciferae tem apresentado diversas espécies importantes na alimentação funcional, saudável, atraente a ciência medicinal, com destaque para o brócolis (brassica oleracea variedade capitata), a couve flor (brassica oleracea variedade botrytis), a couve de folhas (brassica oleracea variedade acephala) e o repolho (brassica oleracea variedade italica). O consumo destas verduras, com maior destaque pra o brócolis, tem apresentados resultados expressivos na inibição de riscos cancerígenos na área da mastologia, receitando o consumo diário para mulheres entre os 35 e 50 anos de idade. Novas pesquisas na área médica tem reafirmado a tese de que o consumo dessas verduras ajuda no combate de doenças degenerativas. Também em Seattle, nos Estados Unidos, um teste com mais de 40.000 homens verificou a redução nos casos de câncer na bexiga e câncer de próstata no grupo que consumiu assiduamente brócolis, repolho e couve flor.
Aqui no Brasil existem várias iniciativas que procuram criar meios e suportes que incentivem o consumo e estudos mais aprofundados sobre o cultivo e a implantação desses insumos na medicina. Uma escola rural de Ubá, Minas Gerais, por exemplo, tem já há alguns anos incentivado a utilização de hortaliças na medicina, implantando hortas de brassicas convencionais e não convencionais em seu território, ministrando palestras e oficinas à comunidade escolar. Com a ajuda de professores da Universidade do Estado de Minas Gerais e botãnicos doutorados pela Universidade Federal do Rio de janeiro e pela Universidade Federal de Viçosa, várias atividades educacionais tem sido conduzidas, incentivando funcionários, alunos e a população regional a incluir essas hortaliças no cardápio diário, ensinando técnicas de cultivo e de manipulação homeopática das plantas e monitorando relatórios estatísticos cujos dados servirão para atestar os efeitos positivos dessas hortaliças na saúde e no bem estar. A coleção de hortaliças convencionais e não convencionais implantadas na escola foi composta por mais de 15 espécies diferentes e já se tem notado resultados positivos ao se resgatar a cultura e o conhecimento dessas plantas na comunidade local, resgatando a educação ambiental e, consequentemente, a importãncia de preservá-las como úteis à qualidade de vida.