Tudo o que puder ser dito sobre os orangotangos (nome científico, características, fotos, hábitos alimentares, etc.) deverá passar, necessariamente, pelo fato de ser esse um gênero de animais típicos das exóticas e misteriosas florestas da Malásia e Indonésia, divididos em três espécies: P. Pygmaeus, P. Abelii e P. tapanuliensis.
O animal é uma singularidade! Dentro do ambiente quase mítico das florestas tropicais da Sumatra e de Bornéu (de onde são endêmicos) os orangotangos surgem em três espécies pertencentes ao gênero Pongo: o “orangotango-de-pretenses”, o “orangotango-de-bornéu” e o “orango-tango-de-tapanuli”.
Mas essa é uma divisão recente (de meados dos anos 90), já que até essa data acreditava-se que os orangotangos pertenciam todos eles a uma mesma espécie, como apenas uma subdivisão da ordem Hominidae, que nos presenteou com esse gênero Pongo (ou subfamília Ponginae) e com a Homininae – de onde nós, os homens, surgimos.
Foi necessário lançar mão do que havia à época de mais moderno em sequenciamento genético e de análise de genoma para que se fizesse a correta distinção entre as espécies habitantes das florestas de Bornéu e de Sumatra.
Sabia-se, agora, que eles eram os únicos sobreviventes dessa implacável “seleção natural”, da qual só mesmo os orangotangos conseguiram sobreviver para representar essa original e singular subfamília Ponginae.
Deixando para trás verdadeiros monumentos ancestrais, como o gigantopithecus, o maior primata de que se tem notícia; mas que, por uma dessas ironias do destino, não possuía as características necessárias de adaptabilidade para sobreviver, procriar e garantir a perpetuação das suas espécies até os nossos dias.
Nome Cientifico, Características, Fotos E Outras Peculiaridades Dos Orangotangos
Os orangotangos caracterizam-se pela preferência por passar a maior parte do dia sobre as árvores das florestas tropicais e subtropicais desse trecho do continente asiático.
Já com relação às suas características físicas, o que podemos dizer é que todos eles apresentam uma pelagem marrom-ferruginosa, com os machos visivelmente maiores e mais robustos do que as fêmeas.
A altura média desses animais oscila entre 1,09 e 1,42 m e o peso entre 34 e 100kg – apesar de ser bastante comum encontrar orangotangos com quase 200 kg de peso; só superados pelo homem e pelos gorilas quando o assunto é estrutura física.
Sabe-se, também, que os gorilas, homens e orangotangos compartilham cerca de 97% de semelhanças genéticas. O que também os torna os primatas mais próximos do homem depois do chimpanzé, que apresenta impressionantes 99% de semelhança genética com o homem.
Outras curiosidades interessantíssimas sobre os orangotangos, além da variedade de nomes científicos, características comportamentais, entre outras peculiaridades que podemos ver nessas fotos, diz respeito ao fato de ser esse o primata mais solitário dessa extravagante comunidade de animais.
É com um poderoso grito que ele demarca o seu território, avisa que aquela terra ali já tem dono, e a partir daí vive a sua rotina de colher frutos e realizar os seus respectivos processos reprodutivos, sempre de forma solitária – com exceção das mães, que costumam ser avistadas com as suas crias durante os seus primeiros 24 meses de vida.
E tal é o apreço desse animal pela solidão, que até mesmo a sua fase reprodutiva resume-se a um encontro anual, geralmente na estação mais seca, quando então realizam os seus rituais de acasalamento não menos singulares do que a própria espécie em questão.
Comportamento
Tudo o que se sabe sobre o comportamento dos orangotangos (à parte o seu nome científico e as particularidades que vemos nessas fotos) é que as florestas de turfa, as Anisoptera, Dipterocarpus, Stemonoporus, Cotylelobium, entre outras espécies típicas das ilhas de Bornéu e da Sumatra são as suas espécies arborícolas preferidas.
Tais espécies podem ser encontradas em florestas densas, bem como em planícies, pântanos, montanhas, entre outros ecossistemas quase improváveis, muitas vezes em alturas superiores a 1000 ou 1500 metros – a altura máxima na qual esse gênero pode ser encontrado.
Também é possível observar esses orangotangos em áreas de pastos, florestas secundárias, áreas cultivadas, próximos a lagos e charcos; desde que possam encontrar a sua refeição favorita: diversas variedades de frutos.
Frutos que eles já começam a devorar antes mesmo do nascer do sol (por volta das 3 da manhã), para só descansarem mesmo durante um período entre o meio dia e 13:00, que é quando o sol a pino torna o ambiente menos convidativo para esses animais.
Mas, quando a noite se aproxima, é o sinal de que já deverão preocupar-se em construir os seus respectivos ninhos. Isso porque, durante esse período, também alguns dos seus principais predadores começam a espreitá-los insidiosamente; entre eles, os tigres, cães selvagens, leopardos, crocodilos, entre outras espécies que são o terror dos orangotangos em seu habitat natural.
Alimentação, Nome Científico, Fotos E Tudo Sobre as Características Reprodutiva Dos Orangotangos
Como foi dito até aqui, os orangotangos pertencem ao gênero Pongo, de onde surgiram as suas três espécies: O P.Pygmaeus, P. Abelii e P. tapanuliensis.
E elas concordam em praticamente tudo: São animais forrageiros, capazes de adaptar-se a uma grande variedade de dietas, apesar de fazerem questão de que as frutas sejam a base das suas dietas – entre 70 e 90%.
Ao que parece, os orangotangos têm uma predileção toda especial pelos frutos das espécies de Dipterocarpaceaes, talvez pela sua abundância e facilidade de serem encontradas.
Mas também por figos, folhas, brotos, cascas, sementes, ovos de pássaros, néctar, mel; e até mesmo alguns insetos e anfíbios – nesse caso, quando há falta das suas espécies mais apreciadas.
Apesar de serem típicos animais solitários, não é tão difícil assim encontrar aqui ali alguns pequenos grupos liderados por uma fêmea, que é quem comanda os processos de captura e reserva de alimentos – que geralmente são preservados para os mais jovens.
E quanto aos processos reprodutivos dos orangotangos, tudo o que se sabre sobre eles é que após uma gestação que geralmente dura entre 226 e 273 dias, a fêmea dará à luz um único filhote, que viverá por um bom tempo agarrado à pelagem da mãe, sendo alimentado pelas outras fêmeas do bando, em um dos eventos mais curiosos desse não menos singular e curioso universo dos primatas.
Por volta dos 9 anos eles tornam-se adultos, prontos para também participarem dessa luta pela preservação do gênero Pongo. E é justamente quando há o seu completo afastamento do grupo.
É quando ele pasará a viver de forma solitária até que o chamado para a vida também o convide à procriar e cuidar dos seus filhotes, que viverão até por volta dos 35 anos de idade em ambiente natural, e até os 50 anos quando criados com todos os cuidados típicos de um cativeiro.
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