O marreco é uma ave bastante conhecida em muitas partes do Brasil, seja pelo fato de o animal ser semelhante ao pato ou simplesmente pelo interesse das pessoas em comercializar um dos animais mais lucrativos do meio rural.
Assim, o marreco pode ser facilmente confundido com o pato, embora hajam diferenças claras entre esses animais e que podem ser notadas com o uso da atenção. Mais comum na parte Norte do planeta Terra, o marreco não é tão popular no Brasil quanto se mostra em países europeus ou até mesmo nos Estados Unidos. Ainda assim, porém, é possível encontrar fazendas que realizam a criação dos marrecos.
Em geral, esses locais não precisam de muito investimento para criar os animais, já que o modo de desenvolvimento do marreco exige poucos investimentos elevados. Uma ave desse tipo, por exemplo, precisa de apenas cerca de 1 metro quadrado para sobreviver e crescer bem, dando ovos ao longo de toda a sua fase de maturação, além de a carne do marreco ainda ser bastante apreciada em diversos locais do mundo.
Porém, para saber criar o marreco é preciso conhecer o animal a fundo, entendendo o modo como ele pode ser desenvolvido da melhor forma possível. Se você deseja saber mais sobre a forma de criação de um marreco, entendendo as características, aprendendo o nome científico e muitas outras questões a respeito do animal, veja todas as informações abaixo.
Nome Científico e Alimentação do Marreco
O marreco pode ter muitos nomes científicos, a depender da espécie, embora o mais comum seja mesmo que as pessoas chamem o animal pela nomenclatura popular. Com detalhes que podem ser semelhantes àqueles apresentados por outras aves, como patos, cisnes ou gansos, o marreco acaba por ser confundido em muitos momentos com esses outros animais.
Todavia, as diferenças são grandes e claras entre os animais, algo que pode ser visto ao realizar uma análise mais criteriosa. Todavia, há também questões em comum entre o marreco e o pato, por exemplo. Entre elas, dessa maneira, está a alimentação dessas aves tão comuns na vida de muitos brasileiros.
O marreco, quando criado em cativeiro, deve consumir ração, já que uma ração de qualidade pode fornecer todos os nutrientes necessários para o crescimento sustentado e adequado do animal. É importante ter em mente que um marreco costuma comer de 3 a 4 vezes por dia, número que pode até mesmo ser maior no caso de animais também maiores.
Em todo caso, é fundamental saber que a aves gostam de estar sempre comendo e, assim, fornecer todo o necessário para a sua alimentação. Uma dica é não deixar a comida perto da água, já que o marreco costuma comer e beber ao mesmo tempo.
Porém, caso o animal faça isso, desperdiçará grande parte da ração comprada por você. Portanto, para diminuir os gastos adicionais com ração, é fundamental manter a distância entre o bebedouro e o comedouro. Quando na natureza, o marreco costuma comer flores e folhas de plantas, além de algas que pode encontrar perto de rios ou lagos com menos correnteza. Assim, uma opção é oferecer ao animal doses de folhas entre as refeições, algo que irá diminuir o seu custo com a alimentação da ave e ainda fará com que o marreco siga se alimentando da maneira correta.
Quando em fase de reprodução, a ave deve comer menos, já que nesse momento o seu metabolismo atua de forma menos acelerada e, portanto, há menos consumo de energia. Logo, sobretudo a fêmea deve ter acesso restrito ao alimento quando estiver no momento da reprodução, algo que também diminuirá um pouco os seus custos com a alimentação.
Ambiente e Estrutura Para o Marreco
Na natureza, o marreco se mostra um animal bastante adaptável, podendo viver em locais dos mais variados tipos, desde que a oferta de água seja considerável. Não é muito diferente quando essa ave deve passar a viver em cativeiro, sendo que o animal não costuma apresentar maiores problemas com habitação.
Algo importante a lembrar é a presença de uma fonte de água, ainda que não seja um riacho ou um lago. Assim, até mesmo uma fonte artificial de água pode ajudar o marreco a se desenvolver corretamente, mas trate de não exagerar no número de animais em espaços reduzidos. A fonte de água citada deve ter, ao menos, cerca de 20 centímetros de profundidade, com mais ou menos 1 metro quadrado para cada dois marrecos.
Logo, é bastante viável realizar a instalação de um local com tais características. Além disso, o marreco ainda gosta de ter espaços com grama para caminhar e se expor ao sol, mas não há problema caso o solo em questão seja apenas de terra, pois o animal também se mostra capaz de se adaptar sem apresentar maiores problemas. Além disso, é preciso apenas que algumas medidas de higiene sejam tomadas para evitar problemas de saúde quanto aos marrecos.
O excesso de ração perdida pelo chão, por exemplo, pode atrair ratos, o que é muito negativo para o marreco e para a higienização do ambiente. Ademais, a água parada no tanque dos marrecos pode atrair mosquitos, como aquele que transmite a dengue. Portanto, é fundamental ter atenção aos detalhes quando se trata de cuidar de um marreco, algo que o animal já faz quando está livre na natureza. Dessa forma, o único grande problema para a ave quando livre na natureza está nos predadores, que podem realmente ser agressivos e tirar a paz da espécie.
É natural, por exemplo, que caçadores realizem perseguições ilegais a marrecos perto de riachos ou lagoas naturais, além de haver uma grande chance de um animal matar a ave. Em todo caso, se você tratar de alimentar bem o seu marreco, mantendo o animal longe de problemas de saúde a partir de uma boa higienização, além de oferecer uma fonte de água corrente e mais alguns detalhes básicos, é provável que nenhum problema chegue a incomodar a sua criação. Todavia, para atingir esse ponto é necessário algum esforço.
Marreco Carolina Canela
- Envergadura: cerca de 70 centímetros;
- Reprodução: 7 a 15 filhotes por vez;
- Comprimento: cerca de 50 centímetros.
Há uma série de tipos de marreco em todo o mundo, ainda que muitos imaginem esses animais como todos iguais. Dessa maneira, entre essas espécies está o marreco carolina canela, um tipo especial do animal que pode ser encontrado mais facilmente na América do Norte. Portanto, o marreco carolina canela aparece como uma das aves aquáticas mais coloridas da região, com o bico avermelhado e muitas possíveis variações de detalhes.
Um adulto da espécie costuma ter porte médio, variando entre os 47 e os 54 centímetros de comprimento. Já quando se fala em envergadura, ou seja, o tamanho do animal com as duas asas abertas, o marreco desse tipo passa a ter cerca de 70 centímetros. A ave costuma ter genes de patos e de marrecos ao mesmo tempo, já que nasce de cruzamentos dessas aves e, logo, vê seu código genético sofrer mutações.
Quando filhote, o mais normal é que o marreco carolina seja acinzentado, sem muita cor ou vida. Porém, com o passar do tempo, esse marreco logo se transforma em uma ave muito mais colorida e variada, cheia de detalhes belos. Os olhos vermelhos surgem como um charme a mais para o marreco, embora possa parecer assustador para algumas pessoas.
De qualquer forma, como marreco que é, a espécie não apresenta grandes toques de violência ou agressividade. Um detalhe interessante é que, quando deseja impressionar a fêmea, o macho realiza o som de um apito crescente, como se quisesse chamar a atenção e mostrar o quanto pode realizar o som de forma alta e forte. O marreco carolina canela gosta de viver em locais de pântano, onde encontra um ambiente adequado para o seu desenvolvimento.
Esse tipo de ave, portanto, deve ter uma lagoa um pouco mais suja à sua disposição, podendo ter até mesmo lama ao redor do lago. Em todo caso, o importante mesmo é que existam árvores próximos à fonte de água, já que o marreco em questão adora se proteger e descansar perto dessas árvores. Com garras afiadas, esse marreco se distingue um pouco dos outros, guardando mais características parecidas com o pato.
Em relação ao momento da reprodução, a fêmea costuma colocar de 7 a 15 ovos de uma só vez, permanecendo incubados por cerca de 1 mês. Assim, o mais natural é que uma fêmea possa colocar de 130 a 160 ovos por ano. É importante ter atenção à forma como essa espécie pode ser agressiva no trabalho de proteção aos seus filhotes, então não é aconselhável se aproximar de maneira sorrateira ou até mesmo pegar os ovos na frente da mãe.
O marreco carolina canela pode comer muitas folhas e flores ao redor dos lagos e rios, mas também gosta de consumir alguns insetos pequenos. Sementes e restos de outros animais, além disso, podem servir bem para a alimentação do animal. Em cativeiro, o mais comum é que o marreco em questão coma ração, auxiliando o seu processo de crescimento.
Marreco Pompom
- Peso: até 3,5 quilos;
- Expectativa de vida na natureza: 16 a 20 anos;
Seguindo com a lista de diferentes tipos de marrecos em todo o planeta, é necessário falar sobre o famoso marreco pompom. Mas, afinal, por que a ave recebe esse nome? Na verdade, isso é muito simples de explicar. Devido à forma como a pelagem do animal se agrupa em sua cabeça, parecendo um pompom, com o tempo o nome desse marreco ficou estabelecido assim. Há pessoas que também o chamam de pato-de-crista, embora não se trate de um pato, mas de um marreco.
Em todo caso, o marreco pompom costuma ter porte médio, não se destacando muito para cima ou para baixo em razão do seu peso ou da sua altura. Assim, a espécie apresenta cerca de 3,5 quilos quando macho e um pouco menos quando fêmea, ficando por volta dos 3 quilos. Na realidade, apenas pelo porte já é possível fazer a distinção entre os gêneros, já que machos são sempre maiores do que as fêmeas. O tipo de marreco em questão possui origem na América do Norte e na Europa, sem muita certeza de onde surgiu primeiro o animal.
O que se sabe é que os hábitos de alimentação do marreco pompom são muito semelhantes aos de qualquer outro marreco, com a espécie gostando de consumir itens como folhas saborosas ou, então, flores que estejam à disposição. Algas, nozes e sementes, insetos e plantas aquáticas ainda compõem a alimentação do marreco pompom, que costuma comer muito ao longo da sua vida, sempre com pouco intervalo entre as refeições.
O animal, na verdade, costuma se alimentar ao longo de todo o dia e ainda comer um pouco à noite, desde que haja oferta de comida o suficiente. Porém, caso você tenha um marreco pompom para criação em seu território, o mais aconselhável é apenas alimentar a espécie algumas vezes ao dia, mas não sempre que o anima pedir por comida.
Também não deixe comedouro ou bebedouro próximos, assim como se deve fazer com outros marrecos. Isso porque os marrecos em geral, independentemente da espécie, gostam de comer e beber ao mesmo tempo. Todavia, o problema é que, como resultado disso, tem-se um desperdício muito grande de alimentos. Quando se trata de filhotes, você pode oferecer ração amassada e quebrada em pedaços menores, facilitando o processo de digestão da ave.
Ou, então, você ainda pode cortar folhas ou flores em pedaços pequenos, o que também servirá muito bem para fazer com que o filhote consiga comer de maneira mais simples e facilitada. Um detalhe bastante curioso sobre o marreco pompom é que muitas fêmeas não apresentam grande talento para chocar os ovos que colocam, fazendo com que seja necessária a utilização de chocadeiras artificiais.
Não há muitas respostas convincentes para tal ação por parte das fêmeas dessa espécie, embora existam algumas especulações sem muito embasamento científico. O tempo de vida desse animal, em média, fica por volta dos 20 anos. Contudo, se alimentado da forma correta e com um modo de vida positivo, o marreco pode chegar aos 25 anos sem maiores problemas.
Marreco Mandarim
- Peso: cerca de 500 gramas;
- Tamanho: 40 a 56 centímetros de comprimento;
- Reprodução até 12 filhotes por vez.
O marreco mandarim está entre os mais conhecidos quando se trata dessa ave, sendo provável que você já conheça a espécie. Assim, esse tipo de marreco costuma ser bastante colorido, tendo, na região da cabeça, uma mistura muito grande de cores.
Portanto, branco, vermelho, azul e laranja se unem para dar um toque a mais no marreco mandarim, sobretudo quando se trata do trabalho de atração que o macho deve realizar em relação à fêmea. O animal vive em locais como lagos, rios ou pântanos, assim como outras espécies de marreco já fazem. É interessante que a vegetação ao redor do local seja vasta, pois isso facilita o modo de vida do marreco.
Ademais, sementes, nozes, outros grãos, folhas de plantas, flores e mais alguns itens naturais podem servir como alimento para esse animal quando na natureza. Quando em cativeiro, o marreco mandarim consome ração especializada. A fase de reprodução desse animal costuma ter início em abril, quando o verão já foi embora e o inverno está prestes a chegar. Por conseguinte, esse momento é tido como o ideal para que o marreco da espécie realize a sua reprodução adequadamente.
O animal coloca de 9 a 12 ovos a cada fase reprodutiva, com um período de incubação que pode variar entre 28 e 30 dias. O tempo para que o filhote possa atingir a sua maturidade sexual é de cerca de 1 ano e depois desse momento o animal costuma se afastar abruptamente da mãe, passando a buscar as fêmeas para o acasalamento. Quando em cativeiro, a reprodução é muito mais frequente e intensa, acontecendo de maneira contínua ao longo de todo o ano. Muito comum no Japão, o marreco mandarim tem sido cada vez menos comum na natureza.
Assim, encontrar esse animal livre no seu habitat já é uma tarefa das mais complicadas, algo que reforça o fato de que as fazendas de marrecos são fundamentais para toda a população mundial. Pois, enquanto o número de aves na natureza diminui de forma considerável, as fazendas especializadas mantêm um modo de vida relativamente positivo para os animais.
Como curiosidade, vale ressaltar que os filhotes do marreco mandarim, logo que nascem, já podem fazer inúmeras coisas, como pular, nadar e correr. O processo não é muito comum no mundo animal, considerando que geralmente é preciso que o indivíduo passe por um longo tempo de aprendizagem antes de começar a sua vida. Em relação ao comprimento, um marreco mandarim pode ter de 40 a 50 centímetros, além de pesar cerca de 500 gramas.
É possível realizar a distinção entre machos e fêmeas de algumas maneiras diferentes, estando entre elas a coloração. Nesse caso, a fêmea possui coloração menos forte, enquanto os machos têm uma vasta rede de cores perto da cabeça. O marreco mandarim é conhecido ainda pelo fato de ser muito agressivo e nervoso, mas isso é relativo e, no fim das contas, depende muito do que há ao redor da espécie. Muitas vezes, portanto, a espécie é levada ao estado de estresse por fatores externos e, dessa forma, acaba por se tornar um pouco mas agressiva.
Marreco de Laysan
- Expectativa de vida na natureza: 10 anos;
- Distribuição geográfica: Havaí;
- Reprodução: 10 filhotes por vez.
O marreco-de-laysan é um tipo de marreco endêmico da região do Havaí, que pertence aos Estados Unidos. Esse tipo de animal se mostra bastante conhecido na América do Norte, embora não mantenha a popularidade em outras regiões do mundo. Em péssimo estado de conservação, o marreco-de-laysan já esteve presente em toda a região do Havaí, mas atualmente se encontra apenas em algumas áreas isoladas do local, em geral nas partes menos visitadas pelos turistas. Marrom escuro em sua pelagem, o animal apresenta detalhes em verde, em branco e até mesmo em preto.
De qualquer modo, o marreco-de-laysan não está entre os marrecos mais coloridos do planeta, já que outras espécies podem ter mais cores. Quando em cativeiro, o marreco-de-laysan pode sobreviver por cerca de 18 anos, desde que alimentado e cuidado da forma correta. Porém, na natureza esse tempo de vida é muito menor, seja pela falta de habitat, de alimento ou até mesmo por conta dos predadores.
Assim, é raro que um marreco-de-laysan possa ultrapassar os 10 anos de vida quando livre na natureza, sendo mais comum que a ave morra antes disso. Em relação à sua fase de produção, em geral o animal começa a construir o ninho por volta da primavera, quando o verão já está quase chegando. Isso tudo para que, nos meses posteriores, macho e fêmea possam realizar o processo reprodutivo de maneira adequada, gerando os filhotes. O tempo de incubação fica ao redor dos 35 dias, com o nascimento de mais ou menos 10 filhotes por vez.
Uma curiosidade está no fato de que é a fêmea a realizar a construção do ninho, com folhas e outros itens naturais encontrados pelo caminho, enquanto o macho apenas possui a necessidade de atrair essa fêmea. Para tal, em geral há uma competição de sons entre os diferentes machos da região, para que a fêmea possa escolher um deles. Já em relação ao estado de conservação do animal, calcula-se que o declínio da espécie no Havaí tenha começado há cerca de mil anos.
Com o avanço da civilização sobre o local, o número de exemplares dessa ave foi apenas diminuindo, ao ponto de fazer com que grandes campanhas de conscientização fossem criadas. Todavia, o marreco-de-laysan segue com números cada vez mais baixos de exemplares. Ademais, o marreco em questão apresenta dificuldades para sobreviver a muitas outras áreas do planeta, sendo seletivo quanto ao seu habitat, o que torna tudo ainda mais complicado.
Caso os números sigam diminuindo no ritmo atual, o mais provável é que o marreco-de-laysan deixe de existir por completo dentro de 25 ou 35 anos. Assim, um animal tão característico do Havaí e também tão importante para o mundo, seja por conta das suas curiosidades ou pela fama na América do Norte, poderá ser extinto ao longo dos próximos anos.
Marrequinha-Comum
- Envergadura: cerca de 55 centímetros;
- Peso: cerca de 300 gramas;
- Temperatura de preferência: entre 5 e 20 graus Celsius.
A marrequinha-comum, como se pode imaginar a partir da leitura do seu nome popular, é bastante corriqueira em grande parte do mundo. O animal atende pelo nome científico de Anas crecca e possui enorme fama pela Europa, onde é ainda mais comum do que em outros lugares. Dessa forma, marrequinha-comum é o nome dado a machos e fêmeas, mas há variações entre os gêneros. No caso, os machos costumam ser mais coloridos do que as fêmeas, possuindo a cabeça vermelha e o corpo cinza. As fêmeas, por outro lado, têm uma cor que vai mais para o castanho e acabam por não serem tão coloridas nos detalhes.
O animal em questão gosta de locais mais frios para realizar a construção do seu ninho, sendo popular em países como a Finlândia, Rússia, Polônia e parte da Escócia. Todavia, a depender do local em que o animal seja criado no Brasil, é possível oferecer a ele um ambiente um pouco mais ameno do que a média nacional e, assim, desenvolver a marrequinha-comum como a espécie necessita.
Espécie pequena que é, a marrequinha-comum pesa cerca de 300 gramas, além de ter cerca de 55 centímetros de envergadura quando com as asas abertas. Esses dados, naturalmente, tratam dos adultos, já que os filhotes são ainda menores do que isso e podem repousar até mesmo na palma da mão de uma pessoa. Além de países da Europa, onde a marrequinha-comum é ainda mais comum, há outros países e regiões do mundo que abrigam muito bem a espécie.
No caso, a marrequinha-comum também se mostra muito apta a viver em locais como os Estados Unidos, Canadá, países do Norte da África em sua porção litorânea e até mesmo em algumas localidades da América Central. No Brasil, como já explicado, é preciso ter um ambiente de clima um pouco mais ameno para desenvolver bem a marrequinha-comum. Embora seja muito silencioso na maior parte do tempo, esse tipo de marreco por apresentar a sua voz para o público quando deseja convencer a fêmea de que é o macho ideal para a reprodução.
Ademais, é possível que o sinal sonoro da marrequinha-comum também seja ouvido quando a espécie precisa alertar os outros indivíduos ao redor de algum problema, servindo como sinal de alerta. Por fim, esse animal gosta de estar perto de porções de água, seja rios, lagos ou até mesmo piscinas naturais que se formam perto do mar. A sua dieta se baseia por completo nos itens oferecidos pelas áreas úmidas que habita, gostando de consumir alimentos como flores, folhas e mais alguns outros tipos de comida. Em geral, essa alimentação se dá na própria fonte de água, até mesmo para que o marreco possa comer e beber ao mesmo tempo.
Pato-Falcado
- Comprimento: 47 a 53 centímetros;
- Reprodução: 6 a 10 filhotes;
- Peso: 440 a 700 gramas.
Apesar do nome popular, o pato-falcado é um tipo de marreco, com nome científico de Mareca falcata. Dessa forma, para tornar mais simples o entendimento, essa espécie será chamada de marreco-falcado. Animal de muitos detalhes coloridos pelo seu corpo, o marreco-falcado possui tons de verde misturados a partes vermelhas em sua cabeça. Tudo isso interage muito bem com o cinza presente no corpo do animal, oferecendo uma imagem de beleza diferenciada em relação à maioria dos outros marrecos.
O marreco-falcado pode lembrar um pouco a marrequinha-comum, podendo facilmente confundir quem não possui muito conhecimento sobre a área. Uma forma de diferenciar o marreco-falcado da marrequinha-comum é o tamanho, já que o falcado se mostra muito maior e mais forte. Naturalmente, para quem deseja criar esse animal será necessário investir mais em alimentação e maior oferta de água.
Ademais, é preciso que o tanque para locomoção do marreco-falcado seja um pouco maior em comparação com outras espécies. Comum na Europa, o marreco-falcado se mostra ainda mais popular na Ásia, onde a espécie é comum em países como China e Japão.
Embora não seja possível ter acesso a registros muito claros em alguns desses países, ao que parece o marreco-falcado se mantém em bom estado de conservação, sem apresentar maiores problemas quanto a isso. Na verdade, segundo as autoridades internacionais, essa espécie de marreco é uma das mais conservadas na natureza. O marreco-falcado não apresenta nenhum tipo de subespécie, sendo uma espécie chamada monotípica. Dessa maneira, desde que você aprenda alguns detalhes básicos relacionados a essa ave, será muito complicado confundi-la com outra.
Em relação ao tamanho, machos e fêmeas costumam ser muito semelhantes, com ambos tendo entre 47 e 53 centímetros de comprimento. Já sobre o peso, ambos costumam ficar também próximos, entre 440 e 700 gramas. Para realizar a distinção entre machos e fêmeas, o tamanho acaba por não ser muito útil.
Dessa maneira, a melhor forma de fazer isso é observar a coloração das penas. No caso, as fêmeas costumam ter cores mais escuras em seu corpo, com o marrom sendo predominante. Já os machos estão mais para o cinza, além de terem tons coloridos perto da cabeça. Após a reprodução, o natural é que a fêmea coloque de 6 a 10 ovos de uma só vez, mantendo a fase de incubação por cerca de 24 ou 25 dias. Um detalhe a se levar em conta é que a espécie se torna agressiva quando na presença dos filhotes, então não é uma boa ideia se aproximar dos ovos quando a mãe estiver por perto.
O mais comum é que o local do ninho fique a menos de 100 metros do rio ou da fonte de água e questão, já que assim a fêmea poderá chegar ao local sem colocar os futuros filhotes em perigo. Na natureza, a fêmea faz uso de diversos materiais para a construção do ninho, como folhas, flores, restos de madeira das árvores ou qualquer outra coisa que sirva bem como proteção.
Marreco-do-Cabo
- Comprimento: 45 centímetros;
- Continente de preferência: África;
- Reprodução: 7 a 8 filhotes por vez.
O marreco-do-cabo possui cerca de 45 centímetros de comprimento, sendo mais um típico marreco de porte médio. Atendendo pelo nome científico de Anas capensis, essa ave se mostra mais comum na África, logo abaixo da região do Deserto do Saara. No caso, o animal vive em áreas mais úmidas, capazes de oferecer lagos e lagoas em abundância, além de a oferta de árvores ser muito considerável. A espécie não costuma realizar grandes migrações ao longo da sua vida, permanecendo próxima ao local em que foi gerada.
No máximo, pode ser que o marreco-do-cabo saia em busca de alimentos, mas sempre por perto. As diferenças entre o macho e a fêmea, assim como acontece com muitos marrecos da parte Sul do planeta, são sutis e quase imperceptíveis em um primeiro momento. O animal costuma ter o bico alaranjado, mas todo o restante do seu corpo é cinza, apenas com variações de tom de cinza. Ao todo, calcula-se que o marreco-do-cabo tenha cerca de 2 mil espécies em todo o continente africano, embora esse número possa estar longe da realidade.
Isso porque, como se pode imaginar, é impossível contar todos os marrecos do local, sendo que o número final se baseia em análise estatística e algumas mensurações. O modo de alimentação do marreco-do-cabo é simples, como animal gostando de consumir plantas aquáticas ou, então, pequenos animais que vivem também nos rios e lagos.
Quando criado em cativeiro, o marreco-do-cabo se alimenta de ração e costuma gostar bastante da comida industrializada, sobretudo quando o alimento é de qualidade. Porém, ainda assim é importante oferecer plantas e folhas para a espécie, mesmo quando criada por seres humanos. Quanto ao modo de reprodução, não há grandes distinções quando comparado àquele de outros animais. No caso, o marreco-do-cabo costuma gerar de 7 a 8 ovos por vez, sendo que esses ovos são mantidos por cerca de 25 dias em fase de incubação.
Para que os filhotes possam atingir o mínimo de controle sobre os seus atos e certa independência, são necessárias mais 6 semanas desde o momento em que nascem. Assim, a partir desse momento a mãe deixa de seguir os filhotes por todo canto. Todavia, apenas depois de mais alguns meses é que o marreco-do-cabo atinge a maturidade sexual e pode começar a se reproduzir.
Porém, é importante destacar que o índice de mortalidade da espécie ao longo das primeiras 6 semanas é muito elevado, o que obriga o criador a ter atenção redobrada nesse momento. Sobre o som gerado por essa espécie de marreco, as fêmeas costumam emitir um sinal sonoro mais nasal e os machos costumam ter o seu som menos agudo. A espécie se encontra em ótimo estado de conservação e, segundo fontes internacionais, se mostra apta a manter ou até mesmo dobrar o número de exemplares ao longo dos próximos anos.
Marreco-de-Bico-Vermelho
- Comprimento: cerca de 45 centímetros;
- Continente de preferência: África.
O marreco-de-bico-vermelho é mais um dos marrecos presentes no continente africano, sendo o grande diferencial dessa espécie o seu bico avermelhado. O animal se mostra bastante conhecido nos países da chamada África Subsaariana, aqueles logo abaixo do Deserto do Saara. Neles, o marreco-de-bico-vermelho aparece com mais frequência em ambientes úmidos e, às vezes, até mesmo encharcados.
Apesar de não ser um animal conhecido pelo fato de migrar muito entre ambientes, é possível que o marreco-de-bico-vermelho voe em busca de alimentos para regiões próximas. Todavia, também é esperado que a espécie retorne ao local de origem após algum tempo.
O animal possui cerca de 45 centímetros de comprimento, estando em ótima situação de conservação. Segundo dados de fontes especializadas no assunto, o marreco-de-bico-vermelho não possui nenhuma chance de extinção ao longo dos próximos 100 anos, a menos que algo muito anormal aconteça no ecossistema africano. É possível encontrar o marreco em algumas áreas de savana da África, sobretudo em sua porção central, mas o animal gosta mesmo é de ambientes mais úmidos.
Sua alimentação se assemelha muito àquela vista em outros marrecos, gostando de consumir plantas aquáticas, pequenos peixes e crustáceos. Ademais, a espécie não apresenta muito bem um período reprodutivo definido, ficando marcada pelo fato de realizar a reprodução ao longo de quase todo o ano. Todavia, quando em cativeiro, pela forma como há o estímulo à reprodução, esse marreco ainda se reproduz mais do que na natureza. Pois, por mais que o número seja alto para animais livres, a velocidade da reprodução é incomparável em cativeiro.
Investimento em Marrecos
A criação de marrecos, como já explicada, é uma opção muito rentável para o homem do campo que deseja aumentar as suas fontes de receita. Dessa maneira, a ave possui modo de vida relativamente barato e acessível, fazendo com que a criação do animal em larga escala seja uma ótima ideia. Calcula-se, assim, que o tempo médio de retorno do investimento inicial em marrecos seja de um ano, com o criador lucrando bastante a partir desse momento.
Porém, vale lembrar que o custo é considerável no começo do processo, quando se faz necessário comprar um tanque ou construir um lago, além de adquirir itens como bebedouro, comedouro e ambiente adequado para o marreco ficar. A criação mínima de marrecos pode começar com um casal, que será capaz de gerar filhotes e, com o tempo, começar a dar o retorno financeiro esperado. Em alguns casos, por exemplo, há espécies de marrecos que chegam a colocar cerca de 180 ovos ao longo de um ano.
Por mais que não seja comum um valor tão alto de ovos por ano, como mínimo uma fêmea costuma colocar cerca de 100 ovos a cada 12 meses – isso, é claro, no pior dos casos. Além do uso do marreco para o consumo da carne e para o fornecimento de ovos, esse tipo de ave anda pode servir para ofertar suas penas.
No caso, as penas podem ser usadas para a confecção de travesseiros, por exemplo. Portanto, está mais do que claro o quanto pode ser financeiramente positivo investir em marrecos, algo que também pode ajudar a crescer o número de animais do tipo no mundo. Pois, segundo as principais agências de análise do mundo, os marrecos estão cada vez menos numerosos no ambiente natural. Assim, a única forma de ainda ter esses animais no planeta é a partir das fazendas especializadas.