Tudo Sobre o Arganaz: Características, Nome Cientifico e Fotos

Hoje vamos falar sobre um animal bem curioso, se você curte animais fora do comum fique com a gente até o final para não perder nenhuma informação.

Tudo Sobre o Arganaz

Nome Científico

Conhecido cientificamente como Muscardinus avellanarius.

Popularmente chamado de arganaz, esse animal é um roedor pertencente à família Gliridae. Essa espécie de “ratinho” tem hábitos noturnos e habitam a Europa, a Ásia e a África e são bem famosos por hibernar por muito tempo.

Somente o arganaz de avelã é espécie nativa do Reino Unido, por esse motivo a expressão “dormouse” pode ser usada para se referir a essa espécie específica ou a todos.

Características do Arganaz

Esses são roedores de pequeno porte, medem cerca de 6 a 19 cm, eles pesam apenas cerca de 15 a 180g. São muito parecidos com um camundongo, por outro lado possuem caudas cheias de pelos.  Grande parte desses animais vivem em árvores, muito rápidos e com muita facilidade para escalar. Além disso, são animais de hábitos noturnos. Possuem a sua audição muito aguçada, tem a habilidade de se comunicar entre eles usando vocalizações.

O arganaz tem uma dieta em que comem um pouco de tudo, frutas, bagas, nozes e insetos estão entre as opções. Dentro todas as espécies de roedores, o arganaz é o único que não possui a bolsa de fundo cego que fica no início do intestino, os demais possuem esse órgão que serve para fermentar a matéria vegetal ingerida. Com relação a sua dentição, elas são similares às dos esquilos, no entanto é comum que não haja pré molar.

Saiba que eles têm o hábito de se reproduzir uma vez por ano, raramente 2 vezes ao ano, de cada parte nasce cerca de 4 filhotes, o período de gestação dura em torno de 22 a 24 dias. A expectativa de vida do arganaz é de 5 anos. Quando nascem, os filhotes não possuem pelagem, são frágeis, leva cerca de 18 dias para que abram os olhos. A maturidade sexual desses animais é atingida depois do primeiro período de hibernação. Os arganaz costumam viver dentro de pequenos grupos de família, mas a região habitada tende a variar bastante de acordo com a disponibilidade de comida por perto.

Hibernação do Arganaz

Uma das curiosidades sobre esse animal é a respeito de sua hibernação. O período de hibernação destes é de seis meses no ano, esse tempo pode aumentar em períodos mais frios, é possível que dentro desse tempo acordem para se alimentar da comida armazenada anteriormente e que está por perto. Durante os períodos mais quentes eles são capazes de armazenar gordura no corpo, dessa forma não ficam desnutridos durante a hibernação.

Arganaz x Homem

A espécie chamada Glis é comestível, na época da roma antiga era considerado um quitute, podia ser servido salgado ou como doce em sobremesas acompanhadas de mel e sementes de papoula. O povo romano usava um recipiente especial chamado de glirarium, feito de terracota onde criavam os arganazes para que engordasse. Em alguns países isso ainda é bem comum, como na Croácia e na Eslovênia.

No período Isabelino, o povo acreditava que essa iguaria ajudava no sono, já que esses animais engordavam antes de hibernação.

De alguns anos para cá esses animais começaram a ser inseridos no comércio de pets, embora ainda não seja tão comum e sejam considerados ainda animais exóticos de estimação.

As espécies mais utilizadas como pet são:

• Arganaz da floresta – Nome científico: Graphiurus murinus ( Esta é a espécie mais comum como pet);
• Arganaz de jardim asiático – Nome científico: Eliomys melanurus ( embora mais raro também pode ser comercializado como pet).

Evolução do Arganaz

A família Gliridae é conhecida como a mais antiga que existe quando se trata de roedores, com base em um registro fóssil da segunda época da era Cenozóica. 

Curiosidades Sobre o Arganaz

Agora vamos conhecer algumas curiosidades sobre esse animal tão diferente e curioso. Separamos algumas informações de pesquisa para você ficar por dentro de tudo.

Problemas com bebida alcoólica e relacionamento. Mas o que isso teria a ver com os arganazes? Um estudioso aluno da Oregon Health & Science University resolveu testar se esses roedores poderiam ter comportamento semelhante aos nossos quando envolvia bebida alcoólica e romance. Para surpresa de todos esse estudante chegou a conclusão que sim, esses animais têm comportamento semelhante ao nosso quando o assunto é bebida e casais. Em sua pesquisa ele agrupou alguns arganazes e os deixou à vontade para escolherem o seu par, simultaneamente ofereceu bebida alcoólica a eles. Esses animais bebiam em grande quantidade, foi calculado que em apenas um dia beberam o que seria equivalente a 15 garrafas de vinho para nós.

Surpreendentemente depois disso os casais começaram a entrar em discórdia. Foi registrado que para ⅓ desses pares ele ofereceu uma líquido que continham 10% de álcool para os arganazes machos, para as fêmeas somente água. Em outro grupo ofereceu álcool livremente para ambos, Para o último grupo todos tomaram somente água.

Ao final do open bar resolveram observar a fidelidade dos “ratinhos”. Para todos os animais machos eles os deixaram livres para ou ficar tranquilamente com seu par, ou procurar uma fêmea desconhecida. O resultado desse experimento foi que o primeiro grupo de machos que consumiram álcool sozinhos preferiram ficar mais tempo com as fêmeas desconhecidas. Nos outros grupos onde todos beberam e ficaram só na água aconteceu o inverso.

No fim da pesquisa foi observado que os arganazes machos que beberam álcool enquanto as fêmeas possuíam somente água sofreram uma alteração em parte do cérebro que se chama substância cinzenta central, enquanto o mesmo não acontecer com os animais que consumiram a mesma quantidade de álcool que seu par.

Essa parte do cérebro é cheia de ocitocina, ela é famosa por liberar um hormônio responsável pelo sentimento de amor. Dessa forma então conclui-se que que problemas relacionados a casais e álcool podem ser biológicos.

Curiosamente foi observado também que eles bebem uma quantidade maior quando o grupo é só formado por machos. Isso também acontece com os humanos, homens tendem a beber mais entre amigos do que quando acompanhados pela amada.