Não é tarefa das mais fáceis produzir um conteúdo sobre tudo o que diz respeito às chamadas aranhas “peçonhentas” e “não-peçonhentas”. São tantas e tão variadas as espécies – com a suas características e particularidades –, que seria necessário produzir uma verdadeira obra acadêmica só com esse tipo de conteúdo.
O veneno das aranhas é apenas uma entre as várias estratégias utilizadas por essas espécies para manter predadores bem distantes, além, obviamente, de ser um recurso muito bem vindo após a captura das suas presas, pois é com ele que elas as imobilizam, e fazem de inúmeras espécies de insetos e artrópodes iguarias apreciadíssimas.
Para os humanos, as toxinas que costumam produzir podem resultar em uma simples reação dolorosa, como ocorre com o contato direto com as temidas e horripilantes caranguejeiras ou tarântulas, mas também em graves transtornos, como acontece após uma picada de uma armadeira ou da singular aranha-teia-de-funil.
Essas últimas estão entre os verdadeiros “flagelos da natureza”. Suas picadas são capazes de injetar no infeliz uma poderosa neurotoxina, que de imediato atua provocando dor, inchaço, eczema e vermelhidão, até evoluir para a paralisa do músculo afetado, sudorese, taquicardia, necrose da região, entre outras consequências que, não tratadas, podem levar um indivíduo a óbito em pouco mais de 24 horas.
Logo, a melhor forma de evitar os transtornos resultantes do ataque dessas espécies é adquirir conhecimento sobre tudo o que for possível descobrir sobre as aranhas (peçonhentas e não peçonhentas).
Dessa forma, saberá onde verdadeiramente mora o perigo e como utilizar-se dos principais métodos de prevenção contra o ataque de animais venenosos em seu próprio benefício.
Tudo O Que É Possível Saber Sobre as Aranhas Peçonhentas E Não Peçonhentas
1.Aranhas Peçonhentas
Em certa medida podemos dizer que quase todas as aranhas possuem algum tipo de veneno. Mesmo que seja uma toxina com pouca agressividade, todas elas são capazes de inocular alguma substância danosa à vítima do seu assédio.
A temida aranha-marrom (ou aranhas-marrons), por exemplo, produz uma neurotoxina capaz de levar à necrose o local afetado. Mas o curioso é que, no momento da picada, nenhuma dor ou sensação é percebida. Somente no dia seguinte a vítima começa a sofrer com os terríveis e angustiantes sintomas.
O local começa a inchar, torna-se vermelho; logo poderão surgir bolhas, coceira, isquemia, entre outros transtornos que poderão levar à morte se não tratados.
Já as famigeradas “tarântulas”, ou simplesmente “caranguejeiras”, assustam mais pelas suas aparências do que propriamente pelo seu veneno.
Curiosamente, a sua peçonha quase nenhum dano causa em seres humanos; ela não passa de uma substância paralisante, o suficiente para tornar as suas presas mais suscetíveis.
Na verdade pode-se dizer que o problema com essas caranguejeiras está no contato com os seus pelos – os seus “pelos urticantes!”
Por mais incrível que isso possa parecer, são elas as suas verdadeiras “armas de combate!, pois ao sentirem-se acuadas, podem lançar uma verdadeira nuvem de pelos que, de tão minúsculos, podem penetrar em olhos, mucosas, vias aéreas, e com isso provocar graves danos.
2.Aranhas Não-Peçonhentas
Elas são minoria. Ao que tudo indica, as aranhas não venenosas representam exceções na natureza, e por isso mesmo costumam ser mais vítimas do que carrascos nesse extravagante e surpreendente reino selvagem.
As aranhas-de-jardim, por exemplo, nenhum risco são capazes de oferecer. Com não mais do que 5 cm, elas costumam ser confundidas com as terríveis “armadeiras”, mas essa comparação fica mesmo só nisso!
Pois o que as singelas aranhas-de-jardim preferem mesmo é uma boa fuga da presença dos humanos, ao invés de um embate do qual não poderão defender-se como as suas parente mais famosas.
Diretamente das selvas, matas abertas, cerrados e vegetações rasteiras da Colômbia, surge a Symphytongnathidae, ou simplesmente “Patu-digua”. Sobre essa espécie, tudo o que se sabe é que, ao contrário das peçonhentas, elas são vítimas fáceis de alguns dos seus principais predadores, entre os quais, lagartos, sapos, rãs, pequenos roedores, entre outras espécies de pequeno e médio porte.
Do alto dos seus “vertiginosos” 0,37 mm, elas são consideradas as menores aranhas do mundo, apesar das controvérsias sobre se elas realmente podem ocupar tal posto.
Como seria de se esperar – devido à desvantagem do seu tamanho ínfimo –, a Patu-digua costuma alimentar-se de restos de animais, larvas, ovos, entre outras iguarias que possam ser facilmente digeridas.
E uma outra coisa interessante sobre as aranhas não-peçonhentas – e que as diferencia bastante das peçonhentas – , é o seu curioso apreço pelo ambiente calmo e bucólico dos jardins; tanto é assim, que se quiser saber se uma aranha é perigosa ou não, basta investigar sobre o seu habitat natural, pois geralmente os parque e jardins costumam abrigar as menos letais e agressivas.
Curiosidades Sobre as Aranhas (peçonhentas E Não Peçonhentas)
10 entre 10 pessoas “normais” têm medo de aranhas. Talvez sejam as características, típicas dos artrópodes, de deslocarem-se, assustadoramente, sobre 5 ou 6 pares de patas, o que mais cause arrepio! Ou talvez as suas aparências, de um modo geral, negras ou em tons acastanhados – algumas até com detalhes que as tornam ainda mais horripilantes!
Ou talvez seja tudo isso junto! Mas o certo é que dentro desse imenso e quase lendário filo dos Artrópodes, as aranhas possuem um lugar todo especial – onde estão assentadas algumas das espécies mais rejeitadas e apavorantes do reino animal!
E pra terminar, algumas curiosidades ou características com as quais algumas delas foram brindadas pela natureza, a fim de torná-las ainda mais ameaçadoras.
A ciência descobriu, por exemplo, que as “armadeiras”, além de serem extremamente venenosas, ainda possuem presas incrementadas com átomos de zinco, cobre, ferro, entre outros metais; o que as tornam verdadeiras “armas brancas”, semelhantes a facas, capazes de atravessar a armadura de animais bem mais resistentes que elas.
E o que dizer da Cyclosa mulmeinensis, uma espécie nativa das distantes paragens da Indochina, e que possui o curioso hábito de criar “clones” delas próprias? Essa habilidade é uma espécie de estratagema, por meio da qual elas enganam os seus principais predadores.
A estratégia consiste em produzir uma aranha artificial, juntando pequenos insetos mortos envoltos em uma boa quantidade de teias.
E o mais engraçado é que essa aranha artificial consegue mesmo enganar os seus predadores, pois, de cada 10 investidas, eles atacam a aranha falsa pelo menos 6 ou 7 vezes, o que prova que, quando se trata do reino selvagem, nunca é possível dizer que já se sabe o suficiente.
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