Os animais podem passar impressões variadas às pessoas, algumas verdadeiras e outras completamente falsas. Assim, é muito comum que alguém tente compreender um animal e faça análises totalmente sem sentido. Isso acontece quando se pretende definir, por exemplo, qual a classe ou o filo de um ser vivo. Um belo caso disso é a salamandra, que, por ser parecida com o lagarto e com as iguanas, pode levar o ser humano a imaginar que se trata de um réptil.
Afinal, qual a grande diferença anatômica entre esses animais? Essa poderia ser uma pergunta válida no dia a dia. A verdade, contudo, é que a salamandra se trata de um anfíbio, ou seja, um animal capaz de viver tanto no ambiente aquático como também no ambiente terrestre. Em resumo, a salamandra é ainda mais adaptável que os répteis e pode fazer ainda mais coisas. Todavia, ela mostra como o olhar inicial sobre determinado ser vivo pode ser enganoso e criar confusão.
Comum da África, na Europa e em grande parte da Ásia, além de estar presente na América do Norte, as salamandras são menos populares na América do Sul, algo que aparentemente não possui relação com o clima, mas com os predadores existentes no continente, além da competição por alimentos. De qualquer maneira, entender mais a respeito da salamandra é importante para compreender como um animal tão pequeno pode ser capaz de realizar feitos tão consideráveis, tal qual ser capaz de sobreviver em água e terra ao mesmo tempo. Se você possui interesse em aprender mais sobre a vida da salamandra, veja tudo abaixo.
Salamandra-Norte-Africana
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Comprimento: cerca de 200 milímetros;
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Países de preferência: Marrocos e Argélia.
A salamandra-norte-africana é uma espécie de salamandras que, como o nome já indica, vive na parte Norte do continente africano. Esse tipo de animal é muito comum no Marrocos e na Argélia, além de estar também presente na Espanha – o país europeu em questão é muito próximo do Norte africano, o que faz com que sejam capazes de compartilhar uma série de animais exóticos.
Dessa maneira, a tal salamandra-norte-africana atende pelo nome científico de Salamandra algira, tendo corpo bastante amolecido e grudento. O animal possui o corpo na cor marrom ou mesmo em preto, além de apresentar certas manchas amarelas que não possuem nenhum tipo de padrão. Dessa forma, não é possível descobrir muito a respeito da espécie apenas pelas manchas pelo corpo, já que elas são variáveis e mudam de animal para animal. Vale citar que existem alguns animais completamente pretos na espécie em questão, mas o comum é que a salamandra-norte-africana possua as manchas amarelas.
Além disso, alguns exemplares da salamandra-norte-africana podem ter ainda manchas vermelhas pelo corpo ou na região da cabeça, em uma variação genética que ainda não foi explicada cientificamente. Em relação ao tamanho, machos e fêmeas são muito semelhantes, com a fêmea sendo maior em alguns casos e os machos em outros.
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Estado de conservação: vulnerável;
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Altitude preferencial: nível do mar até 2 mil metros.
O animal costuma ter cerca de 200 milímetros de comprimento, o que o torna uma das menores espécies de salamandra do mundo. Além do Marrocos e da Argélia, a Tunísia é outro país que possui a salamandra-norte-africana como um dos grandes símbolos. Em comum entre todos esses países, o calor é essencial para o modo de vida da salamandra-norte-africana.
Afinal, ainda que não se trate de um réptil, o animal apresenta certa dificuldade para realizar a regulação térmica do corpo, tornando mais complicado se manter sob temperaturas muito baixas. Mas, se é assim, porque a salamandra-norte-africana vive em locais extremamente quentes? Na realidade, chegar ao equilíbrio térmico interior é muito mais simples em locais quentes, já que basta ter uma fonte de água para ajudar no processo de diminuição da temperatura – depois, para aumentá-la, basta sair do local. Logo, não há qualquer problema para a salamandra-norte-africana em se manter no Norte da África, uma das regiões mais quentes de todo o planeta.
Sobre o habitat, vale dizer que a salamandra em questão não é capaz de sobreviver em cenários de deserto, pois necessita de uma fonte de água corrente para ajudar a reequilibrar a temperatura interna, então o animal costuma viver em bosques ou florestas. Troncos, pedras ou qualquer outra base sólida pode funcionar como abrigo para a salamandra-norte-africana, que faz uso do que encontra pelo caminho para se proteger contra os predadores que possui na região. O animal se encontra entre o nível do mar e os 2 mil metros de altitude, o que mostra uma certa capacidade de adaptação a novos ambientes.
Todavia, o frio realmente não faz parte dos planos da salamandra-norte-africana. Sobre as ameaças que existem ao animal, atualmente sua área de ocupação está fragmentada, já que a devastação de florestas tem sido comum no Norte da África, mas sobretudo no Marrocos. Logo, o resultado disso é a espécie de salamandra enfrentando problemas para manter os níveis gerais da sua população, que diminui a cada novo ano por conta do avanço urbano sobre o campo.
Salamandra-Preta
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Comprimento: até 14 centímetros;
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Altitude preferencial: acima dos 700 metros;
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Expectativa de vida: cerca de 10 anos.
A salamandra-preta também pode ser chamada de salamandra-alpina, já que esse animal vive nos alpes, ainda mais entre a Suíça e a Itália. Portanto, a salamandra-preta está longe de ser uma espécie adepta ao calor extremo, já que a sua região de preferência é fria, com ventos constantes. Na verdade, esse animal apenas pode ser encontrado acima dos 700 metros de altitude, o que torna a salamandra-preta uma espécie diferenciada quando se trata de anfíbios em geral. Os adultos da espécie costumam ter algo entre 10 e 14 centímetros de comprimento, em um porte até elevado para o nível médio das salamandras.
Além disso, até mesmo pelo fato de viver mais isolada das pessoas, a salamandra-preta é capaz de viver por até 10 ou 12 anos quando livre na natureza, um tempo de vida impressionante para um ser tão pequeno e frágil. Caso a área em que a salamandra em questão vive fosse objeto de interesse da construção civil, por exemplo, é provável que o animal não fosse capaz de viver por tanto tempo. Ademais, ao contrário da maioria das outras salamandras, a salamandra-preta não possui forte relação com a água.
Isso se deve muito ao fato de o animal viver em um ambiente frio por natureza, o que dificulta o acesso às fontes de água corrente. Porém, é possível notar que em alguns casos a salamandra-preta sequer se mostra capaz de entrar na água, sendo essa uma característica marcante da sua evolução. Pois, se esse tipo de anfíbio vivesse em outras áreas do mundo, é provável que passasse a fazer uso da água com frequência, pois essa habilidade continua inerente à espécie. Contudo, por uma questão de falta de uso ou ausência de necessidade, muitas vezes a salamandra-preta sequer entra no ambiente aquático. Outro ponto chave é que a fêmea produz os filhotes já formados e não girinos, como outros tipos de salamandra fazem.
Algo interessante é que essa gestação pode variar de acordo com a altitude em que a fêmea gera o seu filhote. Sob altitudes entre 1,4 mil e 1,7 mil metros, o mais natural é que o tempo de gestação gire ao redor de 3 anos; já sob altitudes entre 700 e mil metros, o mais comum é que a gravidez da salamandra-preta dure cerca de 2 anos. Tudo isso é muito curioso, pois marca bem a forma como o animal evoluiu e a maneira como foi necessário adaptar muitas questões relativas ao seu modo de vida.
Todo o cenário faz com que a salamandra-preta esteja em estado de conservação bastante positivo, distante de qualquer risco de extinção no momento. Os países que possuem o animal são, entre outros, Croácia, Itália, Suíça, Sérvia, Montenegro, Albânia, Alemanha e Bósnia. Assim, é comum que a salamandra-preta seja considerada um grande símbolo da região dos Alpes, que, por sua vez, também é um símbolo marcante da Europa Ocidental e costuma ser lembrado por muitos estrangeiros quando se pensa no continente.
Salamandra-de-Fogo
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Comprimento: entre 15 e 25 centímetros;
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Continente de preferência: Europa.
A salamandra-de-fogo pode ser também conhecida como salamandra-comum ou salamandra-amarela, já que possui pintas amarelas por todo o corpo. Algumas pessoas podem confundi-la com outros tipos de salamandra, mas essa é uma espécie única e, ademais, talvez a mais famosa do planeta. A salamandra-de-fogo atende pelo nome científico de Salamandra salamandra, podendo medir entre 15 e 25 centímetros de comprimento. Esse é um tipo de animal bastante comum na Europa, já que se adapta bem às mudanças de clima e, dessa maneira, se mostra capaz de viver em áreas mais frias, como a Polônia, ou em países mais quentes, como Espanha ou Portugal.
Em todo caso, no fim das contas a salamandra-de-fogo apresenta uma enorme capacidade de adaptação aos novos ambientes. A espécie até pode sobreviver na água, mas é raro ver a salamandra-de-fogo no ambiente aquático, sendo essa salamandra muito mais terrestre. Porém, o filhote do animal nasce com características aquáticas, incapaz de sobreviver na terra nos primeiros momentos de vida. Nas áreas urbanas, é comum ver a salamandra-de-fogo após uma forte chuva ou à noite, quando as temperaturas são menores e o animal ganha confiança para sair do seu protegido ninho – além disso, a ausência de pessoas nas ruas em tais condições faz com que a salamandra-de-fogo tenha mais facilidade para circular.
O mais comum é que esse animal viva em regiões com altitudes entre 400 e mil metros, consideradas médias para os padrões animais. Todavia, ainda assim é possível encontrar a salamandra-de-fogo em áreas mais próximas ao nível do mar, principalmente quando o anfíbio em questão encontra uma região litorânea chuvosa. O corpo da salamandra-de-fogo é bastante grudento, o que cria aparência esquisita para o animal. Dessa forma, é muito comum que as pessoas não tenham muita simpatia por esse tipo de salamandra, que apresenta também uma cauda bastante curta quando comparada a outras espécies.
As manchas amarelas são tão comuns e tão fortes pelo corpo da salamandra-de-fogo que é possível imaginar que existem manchas pretas em meio ao amarelo – quando, na realidade, é o contrário. Ademais, não há qualquer padrão estabelecido para as manchas, podendo mudar de lugar a depender de animal para animal. Algo curioso é que a coloração forte é usada pelos predadores para evitar atacar a salamandra-de-fogo, já que os animais maiores e mais fortes enxergam as cores intensas como um ponto de advertência – isso porque, em geral, animais de cores mais agudas costumam ser venenosos.
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Desenvolvimento da larva até transformação completa: de 2 a 6 meses;
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Habitat: bosques e florestas.
Na verdade, por mais que possa não parecer em um primeiro momento, a salamandra-de-fogo possui alta toxicidade, desde que queira fazer uso desse seu poder. Assim, as patas do anfíbio possuem substâncias muito tóxicas que podem causar irritação intensa aos olhos e boca dos predadores. Portanto, é muito comum que a salamandra-de-fogo sequer seja atacada pelos inimigos, mas, quando acontece, é provável que o predador em questão morra antes mesmo de devorar toda a salamandra. Sobre o seu comportamento, a salamandra-de-fogo é um animal de hábitos noturnos, já que as altas temperaturas podem ser um problema grande.
Ademais, pelo fato de conseguir espantar muitos predadores apenas pela sua coloração, não há tantos perigos em potencial para a salamandra-de-fogo. Assim, o animal apenas sai para buscar alimentos ou entrar em contato com a água durante o dia quando o tempo está mais fresco, em geral quando chove. A espécie, quanto ao seu modo de reprodução, pode colocar ovos para desenvolvê-los fora do seu corpo ou pode fazer o crescimento desses ovos no seu ventre, já que esses movimentos específicos dependem do tipo de subespécie que se tem.
Os partos costumam acontecer entre o outono e a primavera, épocas mais amenas quanto ao tempo, sem temperaturas muito elevadas. As larvas, uma vez que deixam o ovo, levam de 2 a 6 meses para crescer e chegar à fase de salamandra-de-fogo adulta. O período é bastante variável por depender do clima local, além do contato com a água. Já quanto ao habitat, o mais comum é que a salamandra-de-fogo viva em bosques e florestas pela Europa, sempre perto de fontes de água – entre outras coisas, a água é chave para o desenvolvimento dos ovos.
Salamandra-de-Lanza
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Comprimento: cerca de 15 centímetros;
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Altitude de preferência: entre 1,2 e 2,5 mil metros;
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País de preferência: Itália.
A salamandra-de-lanza possui esse nome em razão do zoólogo italiano Benedetto Lanza. Assim, o nome científico do animal é Salamandra lanzai. O animal é bastante comum na Itália e na Espanha, embora não possa ser encontrado com facilidade em muitos outros países. A salamandra-de-lanza costuma ter o corpo todo preto, sem marcas ou manchas de outras cores, o que serve muito bem para o trabalho de camuflagem feito por essa espécie. Portanto, é bastante comum que a salamandra-de-lanza deixe o seu ninho à noite e sequer seja percebida pelos predadores – além disso, a espécie é bastante veloz em sua movimentação.
Porém, apesar de ser toda preta como a salamndra-preta, a salamandra-de-lanza possui diferenças morfológicas, o que dá a distinção entre os animais. Logo, com o tempo foi possível ver que, na realidade, se tratam de dois animais completamente diferentes, apesar da mesma cor. Assim, a salamandra-de-lanza costuma ter cerca de 15 centímetros de comprimento, podendo chegar aos 20 centímetros quando um pouco maior. Sua cabeça é alongada, além de a cauda ser também muito grande.
O corpo do anfíbio, como acontece com outros tipos de salamandra, possui um tipo de gosma em sua superfície, o que acaba por afastar as pessoas desse animal. A espécie gosta de altas altitudes, já que nesses ambientes pode encontrar as temperaturas necessárias para o seu modo de vida, preservando algumas de suas características mais básicas. Logo, a salamandra-de-lanza vive entre 1,2 mil e 2,5 mil metros de altitude, em bosques ou florestas capazes de esconder o animal de possíveis predadores da região.
Como áreas mais altas como essa são afastadas das pessoas, sobretudo em alpes ou montes, a salamandra-de-lanza apresenta um razoável estado de conservação, sem muitas possibilidades de extinção no curto prazo a – apesar de ser taxada como vulnerável, a salamandra-de-lanza está distante de correr risco imediato de extinção. Vale citar que a salamandra-de-lanza é um dos grandes símbolos da zoologia italiana, já que a sua descoberta é um dos maiores marcos para os profissionais desse país. Em todo caso, o tempo passou e mesmo hoje a salamandra em questão ainda representa um símbolo muito forte para os habitantes do país, sobretudo aqueles do Norte da Itália, a região mais fria da nação.
Salamandra-Corsica
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Comprimento: até 17 centímetros;
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País de preferência: França.
A salamandra-corsica é mais uma espécie de salamandra típica da Europa, que encontra no continente o ambiente ideal para o seu crescimento. O animal é endêmico da região de Córsega, na França, onde vive em temperaturas relativamente altas.
Como a cidade fica próxima ao Mediterrâneo, o calor é mais excessivo na área, o que faz com que a salamandra-corsica seja um anfíbio capaz de suportar a elevação da temperatura de forma mais fácil. O animal é bastante pesado para os padrões de salamandras, além de ter um porte entre médio e grande – a salamandra-corsica apresenta entre 15 e 27 centímetros de comprimento. Sua estrutura corporal é muito forte e rígida, capaz de sustentar golpes pesados.
Portanto, é comum que a salamandra-corsica sobreviva a ataques de predadores da região, até mesmo pela velocidade acima da média. Pois, por não ser muito eficiente no ambiente aquático, a salamandra-corsica foi obrigada a desenvolver técnicas mais ligadas à terra. Dessa maneira, o animal se move com muita facilidade e agilidade no cenário terrestre. O corpo da salamandra-corsica é preto, mas com manchas em amarelo por toda a sua extensão.
Assim como acontece com as outras espécies, não há um padrão bem definido para as manchas, que apenas se sobrepõem ao corpo e mudam sempre entre os exemplares diferentes. A espécie gosta de sair apenas à noite, quando encontra mais facilidade para realizar o trabalho de movimentação sem ser vista ou atrair tanto a atenção. Desse modo, é natural que a salamandra-corsica saia para caçar quando o sol já se foi. A alimentação dessa salamandra é composta por insetos e outros invertebrados, embora também seja possível ver a salamandra-corsica comer vegetais quando em situação extrema.
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Altitude preferencial: entre o nível do mar e 1,2 mil metros;
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Estado de conservação: preocupação menor.
As larvas da espécie, ou seja, os filhotes, podem apresentar mais dificuldade para comer, mesmo quando a mãe leva os nutrientes até eles. Assim, o número de mortes é muito elevado nos primeiros 3 meses em que o filhote vive fora o ovo, já que a alimentação é complicada e, além disso, há grande fragilidade por parte da pequena salamandra-corsica. O animal vive em altitudes muito pequenas, entre o nível do mar e cerca de 1,2 mil metros, o que torna o modo de vida da salamandra-corsica muito menos livre. Pois, como vive em um local de forte turismo, a presença de pessoas é grande.
Nesse cenário, as chances do animal ser morto aumentam de maneira considerável, além de ser importante citar o quanto o habitat da salamandra-corsica está deteriorado. Ainda assim, por viver em zonas de florestas e sair apenas na parte da noite, além de ser ágil em seus movimentos, a salamandra-corsica consegue se manter razoavelmente estável em termos de estado de conservação, sem apresentar grande queda no número de exemplares – o que não significa que as salamandras da espécie não sejam cada vez menos frequentes nos últimos anos.
Segundo algumas pesquisas realizadas por zoólogos da área, o mais natural é que a expectativa de vida da salamandra-corsica varie de acordo com a altitude em que o animal vive. Logo, aqueles exemplares que habitam as partes mais próximas ao nível do mar tendem a sofrer muito mais com os ataques das pessoas, que diminuem conforme vai aumentando a altitude em que a espécie vive. Em todo caso, ao visitar os bosques e florestas úmidas da região de Córsega é possível encontrar a salamandra-corsica, principalmente perto de fontes de água, como rios ou lagos.
Salamandra Infraimmaculata
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Comprimento: cerca de 320 milímetros;
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Altitudes aceitáveis: entre o nível do mar e 2 mil metros.
A Salamandra infraimmaculata é uma espécie de salamandra comum na parte Norte da África, além de alguns países asiáticos. Assim, essa espécie de anfíbio se mostra muito comum em países como Irã, Líbano, Israel, Argélia, Marrocos e Turquia. A Salamandra infraimmaculata é parecida com outras versões de salamandra que existem pelo mundo, mas apresenta algumas pequenas diferenciações. A maior delas é a cor, já que a espécie não possui o preto como predominante, mas o verde-escuro.
Dessa maneira, o verde mais escurecido faz com que muitas pessoas pensem que a Salamandra infraimmaculata é realmente preta. Ademais, esse animal também apresenta tons de amarelo, a exemplo de outros tipos famosos de salamandra. As manchas podem aparecer em padrões variados, que mudam muito de animal para animal, o que faz com que não haja grande padronização nesse aspecto. As manchas em amarelo possuem a função de advertir os predadores da toxicidade da Salamandra infraimmaculata, fazendo com que o anfíbio possa se manter protegido contra uma série de perigos – em geral, os predadores sabem identificar animais venenosos, seja pela cor ou pelo cheiro.
Assim, é natural que a Salamandra infraimmaculata não sofra tantos ataques, ainda que opte por deixar o seu ninho na parte da noite com muita frequência. Essa é uma espécie que se caracteriza pelo fato de possuir grande facilidade em lidar com as altas temperaturas, algo que nem todos os tipos de salamandra conseguem. Dessa maneira, é comum que a Salamandra infraimmaculata goste também de estar em contato com a água, como uma maneira de manter o equilíbrio térmico do corpo.
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Alimentação: insetos e plantas;
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Países de preferência: Irã, Iraque e Argélia.
Quanto ao estado de conservação, apesar de se manter longe dos perigos de extinção até o momento, a destruição do habitat da Salamandra infraimmaculata tem feito com que o animal veja o número de exemplares cair de forma brusca com o tempo. Logo, é muito comum que esse tipo de salamandra recebe algumas campanhas de proteção. Em todo caso, apesar da diminuição frequente, a Salamandra infraimmaculata ainda se mantém muito mais estável que outros animais da região quando se trata de estado de conservação.
Nesse sentido, ajuda o fato de o anfíbio gostar de viver em áreas mais isoladas, já que o animal passa a conviver menos com as pessoas e, assim, sofre menos com as possíveis ameaças diretas. Sobre a alimentação, a Salamandra infraimmaculata se nutre de insetos e plantas, embora prefira comer os animais. Assim, é natural que a competição da Salamandra infraimmaculata se dê com lagartos da região, até mesmo pelo fato de a região do Oriente Médio possuir uma vasta população de répteis. A Salamandra infraimmaculata ainda pode viver tanto na água quanto em terra firme, mas o comum é que passe a maior parte do tempo em terra, até mesmo por não dominar tão bem a movimentação no ambiente aquático.
A fase de reprodução se dá entre maio e junho, com o macho tendo o papel de realizar a atração da fêmea, o que pode ser feito através de sinais sonoros. Além disso, o macho ainda pode defecar perto da fêmea, incentivando o contato entre ambos e demonstrando que possui interesse. Com base no tamanho das fezes do macho, a fêmea pode aceitar ou não a relação sexual, já que essa é a principal métrica usada pelas fêmeas para diferenciar os machos mais fortes daqueles mais fracos. Vale lembrar que, em qualquer situação de relação entre gêneros na natureza, a fêmea tende a escolher quem for mais capaz de gerar proteção.
A Salamandra infraimmaculata ainda é bastante pequeno e raramente passa dos 330 milímetros, embora as fêmeas sejam maiores na média. É possível que o animal viva em altitudes variáveis, já que pode se adaptar a ambientes entre o nível do mar e os 2 mil metros. Todavia, as melhores condições de vida para a Salamandra infraimmaculata, sobretudo pela oferta de alimentos em larga escala, pode ser vista nas zonas de altitudes mais baixas, até mesmo pela maior atividade da outros animais. Como se protege um pouco melhor devido ao seu corpo colorido, a Salamandra infraimmaculata pode desfrutar da movimentação entre animais na região para ter acesso a alimentos de maneira mais fácil.
Axolotle
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Comprimento: até 40 centímetros;
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País de preferência: México.
O axolotle é um tipo de salamandra. Na verdade, o axolotle é um tipo diferente de salamandra, já que o animal não se desenvolve além da fase de larva. Dessa maneira, o axolotle permanece para sempre como larva, o que faz com que seja capaz apenas de viver em ambiente aquático. Ademais, a fragilidade desse animal é muito considerável, o que faz com que o tempo de vida seja pequeno. Por esses detalhes e mais alguns outros, muitas pessoas sequer consideram o como um tipo real de salamandra, tanto que o nome científico do animal é Ambystoma mexicanum. Esse animal costuma ser bastante usado em laboratório, sob condições específicas, para testes.
Em geral, o que se analisa tem a ver com a capacidade de regeneração do axolotle, que é muito alta e acelera a velocidade com a qual os testes podem acontecer. Esse pequeno animal pode ter entre 15 e 40 centímetros de comprimento, embora seja mais comum se manter por volta dos 20 centímetros. O animal mantém algumas das principais características da fase larval de uma salamandra, como a presença de brânquias externas e barbatanas na cauda, que se prolongam desde o final da sua cabeça. Isso acontece como uma forma de minimizar o fato de o axolotle não ser capaz de produzir hormônios da tireoide, essenciais para a mudança de fase dos anfíbios.
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Estado de conservação: péssimo, quase extinto na natureza;
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Ambiente adequado: aquático.
Portanto, é por essa falta de hormônios tireoidianos que o axolotle não se mostra capaz de atingir as fases mais agudas do crescimento de uma salamandra comum. Além disso, o animal possui a cabeça muito grande e os olhos sem pálpebras, como se realmente ainda estivesse em fase de mudanças pelo corpo. Algo interessante é que, quando recebe doses de hormônios da tireoide, o axolotle se mostra capaz de evoluir até se tornar uma salamandra terrestre comum, até mesmo com pulmões – a versão em larva não apresenta sequer os pulmões. As diferenças entre machos e fêmeas são quase nulas e apenas podem ser identificadas na fase de reprodução, quando os machos apresentam cloacas muito mais aprofundadas.
Em relação ao habitat, os axolotles vivem na água por toda a sua vida, ao contrário dos anfíbios que concluem toda a sua fase de larva e mais tarde se tornam, de fato, seres anfíbios finalizados. Logo, é natural que o axolotle viva em lagos ou piscinas artificiais. Na realidade, o único local do mundo em que o axolotle pode ser encontrado na natureza é a Cidade do México, onde o animal vive em alguns rios locais. Mesmo assim, as populações são cada vez menores na natureza, já que os predadores costumam comer esse tipo de animal quando ele ainda está no ovo.
Ademais, a capacidade de regeneração do axolotle faz com que o animal seja bastante utilizado para testes medicinais, além de servir para a culinária de algumas regiões mexicanas. Tudo isso ajuda a diminuir a presença do axolotle na natureza, embora ainda seja possível encontrar diversos exemplares da espécie em ambientes artificiais. Assim, é possível dizer que o está perto de ser extinto da natureza, mas seria incorreto afirmar que o animal está próximo de ser exterminado do planeta. Logo, ao mesmo tempo em que está quase extinto na natureza, o animal se encontra muito presente em aquários e lagos artificiais, em geral voltados para a pesquisa científica.
Salamandra-Tigre
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Comprimento: cerca de 20 centímetros;
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Região de preferência: América do Norte.
A salamandra-tigre é comum na América do Norte, podendo ser encontrada nos três países da região: México, Canadá e Estados Unidos. O animal possui, em média, entre 15 e 20 centímetros de comprimento – mas pode chegar a tamanhos maiores, a depender do indivíduo em questão. Assim, a salamandra-tigre possui listras pelo corpo, que costumam ser verdes e podem variar para um tom de amarelo em alguns poucos casos. Seus olhos são grandes, o que acaba por não proporcionar um ganho muito considerável quando se trata de enxergar melhor. A salamandra-tigre ainda possui a boca pequena, o que não a impede de consumir alguns jovens ratos ao longo da sua vida.
Além disso, o animal também pode comer plantas, o que depende bastante da oferta de alimentos. Quando adultas, já passada a fase de larva, a salamandra-tigre é completamente terrestre; em fase de larva, o animal é mantido na água até que seja capaz de crescer o bastante para sair. Porém, quando as temperaturas estão muito altas, é possível ver a salamandra-tigre retornando ao ambiente aquático por poucos minutos, apenas para ajudar no processo de regulação térmica. Além disso, no momento da reprodução também é possível localizar a salamandra-tigre retornando à água.
A salamandra-tigre é muito leal ao seu local de nascimento, o que é uma característica marcante do animal. Portanto, é natural que a espécie viaje por longas distâncias, mas sempre retorne ao ambiente em que nasceu, sobretudo para a reprodução. Isso porque a fase de reprodução é única para a salamandra-tigre, que possui 50% de chance de apenas conseguir se reproduzir uma única vez em toda a vida. Logo, o marco é importante para os animais dessa espécie. Sobre o estado de conservação, ainda que se mantenha em muitos ambientes naturais da América do Norte, o número de exemplares da salamandra-tigre cai de maneira agressiva ao longo dos anos.
O grande problema é a mudança do seu habitat, que passa por frequentes alterações a cada vez que as pessoas decidem avançar sobre florestas, pântanos ou bosques. Como o animal tende a fazer sua reprodução em locais de rios ou lagos, se torna ainda mais complicado encontrar outro ambiente adequado para tal, o que pode diminuir uma população que já se multiplica sem tanta velocidade. Outro fator importante para a conservação da salamandra-tigre é o pH da água, pois o anfíbio da espécie não se reproduz quando o pH está abaixo de 4. Logo, a acidez da água é outro problema para o animal.
Salamandra-Lusitânica
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Comprimento: cerca de 15 centímetros;
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Países de preferência: Espanha e Portugal.
A salamandra-lusitânica é um tipo de salamandra que habita a Europa, mais precisamente a região entre Portugal e Espanha. A cauda do animal pode chegar a ter dois terços do corpo, o que faz com que a salamandra-lusitânica se assemelhe a uma serpente. O animal possui uma enorme capacidade de regeneração para a cauda, sendo capaz de soltar a acuda por completo caso haja perigo de vida. Além disso, a salamandra-lusitânica possui uma série de detalhes em seu modo de vida que facilitam viver perto de rios ou lagos, onde há alimentos em grande quantidade. O mais natural é que a espécie tenha cerca de 15 centímetros de comprimento, com corpo cilíndrico.
O animal é preto, com listras douradas e olhos “vidrados”. Por ter o corpo em formato de cilindro, é comum que a salamandra-lusitânica seja capaz de entrar em espaço reduzidos, o que é chave para a manutenção da sua vida. Isso porque os predadores podem ser muito agressivos nas proximidades de fontes de água, ainda que a salamandra tenha as listras douradas como marca de advertência em razão da toxicidade. Logo, ser capaz de entrar em buracos pequenos é um grande trunfo quando se trata de manter a vida. Machos costumam ter a cauda maior que as fêmeas, mas esse é o único modo de distinguir os animais fora da fase de reprodução.
Pois, quando reproduzindo, surgem alguns outros detalhes que ajudam nesse sentido. Moluscos e insetos costumam compor a alimentação de uma salamandra-lusitânica adulta, enquanto as larvas consomem apenas pequenos insetos aquáticos. O animal gosta de ambientes litorâneos, onde a oferta de fontes de água tende a ser muito maior. Assim, é comum que a salamandra-lusitânica seja vista no litoral de Espanha e Portugal. Por fim, seu estado de conservação é dado como vulnerável, indicando o quanto a salamandra tem sofrido recentemente.