Tudo o que podemos falar sobre a raça de cachorro pug é que ela é uma das mais exóticas dentre todas as que se conhece dentro dessa imensa comunidade dos canídeos.
Essa é uma daquelas raças conhecidas como braquicefálicas, que possuem uma espécie de deformação nos focinhos que acaba por restringir-lhes, significativamente, a capacidade de respiração.
O animal é um tipo atarracado, com pequeno porte, cauda pequena e enrolada; como um típico cão de companhia brincalhão, afável e nem um pouco agressivo.
Os pugs são cães originários da China, onde ajudavam a compor, por volta de 700a.C., os palácios da nobreza daquele país. Mas acredita-se que as suas origens estejam ainda mais distantes, em algum momento entre 800 e 1000 anos a.C; o que faz dessa uma das raças mais antigas de que se tem conhecimento em todo o mundo.
Com uma das trajetórias mais singulares entre os cães domésticos, os pugs chamam a atenção pelos mistérios e controvérsias que cercam a sua ancestralidade. Porém a versão mais aceita é a que diz que eles seriam o resultado da mistura entre os cães Mastife Francês e o Pequinês.
Ainda sobre as origens desses cães pugs, o que chama bastante a atenção também é o fato de eles terem imediatamente caído nas graças da realeza chinesa em épocas tão remotas, e, mais tarde, por volta do séc.XVI, de experientes e exigentes criadores holandeses.
O que se sabe é que foram esses criadores holandeses os responsáveis por exportar essa raça pug para outros países europeus, como a França, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Itália, e, finalmente, os Estados Unidos – nesse último caso, por volta de 1865 (ou meados de 1870), para só então serem finalmente reconhecidos pela American Kennel Club no ano de 1885.
O curioso é que em cada um desses países os pugs acabaram recebendo denominações diferentes e originalíssimas.
Na Itália, por exemplo, eles são os exóticos e espertos “Caganlinos”. Já na França eles receberam o sóbrio e discreto nome de “Carlin”. Enquanto isso, na Alemanha, eles não são pugs, e sim “Mops”. Assim como também não são na Espanha, pois lá eles são os “Dugollos”. Em uma das trajetórias mais insusitadas dentre as raças de cães conhecidas.
Um Percurso Bastante Original
Dentre as principais características dos pugs, como podemos observar nessas fotos, o que chama a atenção mesmo são os seus aspectos físicos, que quase não deixam dúvidas de que estamos realmente diante de um cão com origens chinesas.
E chega a ser curioso, também, como uma raça conseguiu ser apreciada por culturas tão diversas, como a chinesa e a europeia, a ponto de terem, assim como ocorreu no país oriental, angariado o apreço da nobreza do continente – como na França, por exemplo, onde eram um dos “queridinhos” da nobreza francesa à época de Napoleão.
Durante essa sua curiosa trajetória, os pugs – como aliás é bastante comum entre as raças exóticas – passaram por inúmeros e variados processos de cruzamentos e manipulações; e o resultado disso foi a constituição de uma raça de pequeno porte, geralmente pesando entre 6 e 8kg, discreta, brincalhona, carinhosa e com outras características de um típico cão de companhia.
Hoje os pugs pertencem à extravagante comunidade dos “cães toys”; e chamam bastante a atenção pelas suas estruturas, em que destacam-se um crânio singularmente quadrado, corpo maciço e compacto, um focinho achatado e negro, olhos arredondados e escuros, orelhas pretas e discretas, além de rugas bastante destacadas na face e no dorso.
Eles também chamam a atenção pela cauda discreta e enrolada, duas colorações básicas, fulvo e preto; e chamam a atenção também pela personalidade indolente, preguiçosa e pouco afeita a atividades físicas.
Como um típico “cão de apartamento”, se tiver um bom conjunto de almofadas, um sofá confortável, água em abundância e comida à vontade, eles não precisarão de mais nada para se considerarem os seres mais sortudos do planeta terra.
Tudo Sobre as Características Físicas de um Cão Pug
As características dos cães pugs, como essas que podemos observar nas fotos e imagens abaixo, revelam os aspectos típicos de um cão exótico e que pode perfeitamente constar na lista dos cães mais extravagantes dentro dessa família Canidae.
Basta notar esses seus inigualáveis olhos arredondados, onde destacam-se a parte escura; o que torna a expressão desses cães extremamente viva e penetrante.
Mas o seu rosto, arrendondado de frente, em contraste com um crânio quadrado e um focinho todo ele preto, não é menos exótico. E tudo o mais que se sabe sobre essas suas características, é que eles deverão, por exemplo, apresentar esse conjunto de dobras ou rugas em quase toda a extensão dos seus corpos.
A partir do rosto, elas deverão descer sinuosamente até metade do dorso, contribuindo para tornar esse animal ainda mais exótico e singular.
Já com relação à pelagem dos pugs, como um padrão, convencionou-se aceitar as colorações fulva (também chamada de “abricó” ou bege) e preta. E ela deverá ser totalmente fina, brilhante, curta e com uma maciez bastante característica.
Porém, não se espante se encontrar, aqui e ali, um pug com uma original pelagem tigrada, chocolate, prata, albina, ou mesmo toda ela branca. Isso é o resultado das “maravilhas” proporcionadas pelos processos de cruzamentos.
E apesar de não serem aceitas como pelagens de um cão pug autêntico, elas acabaram sendo aceitas (e com entusiasmo) por quem apenas possui o prazer de criar um cão pug como animal de estimação.
As Características Físicas de um Animal Exótico
Outra coisa importante a saber sobre as característias dessa raça de cachorro pug, é que um cão original deve possuir orelhas pequenas, com textura aveludada, dobrada para frente ou para trás, de forma que, em alguns casos, toda a abertura do canal auditivo seja recoberto.
Boa parte dessas características físicas dos cães pugs foram, como dissemos, aperfeiçoadas a partir de vários cruzamentos aos quais eles foram submetidos ao longo de suas trajetórias, em especial a partir do início do séc. XIX, quando a sua padronagem foi oficialmente aceita a partir dos trabalhos realizados na Inglaterra.
Consta que duas linhagens surgiram com base nesses cruzamentos. Uma, supostamente manipulada a partir de cães húngaros ou russos e produzida pela casa Willoughby d’Eresby na Inglaterra; e outra realizada pela casa do monarca Jorge III do Reino Unido.
Duas casas responsáveis por uma transformação radical nos aspectos físicos e biológicos desses animais; conferindo-lhes, definitivamente, as características que podemos observar nessas fotos; e também, definitivamente, constituindo-os como típicos “cães de companhia”.
O resultado também foi que eles tornaram-se animais totalmente avessos a uma vida agitada, com muito pouco apreço por atividades físicas, com poucas exigências por passeios diários, além de meigos, carinhosos, afáveis, brincalhões, nem um pouco agressivos, porém bastante exigentes quando o assunto são os cuidados com a saúde.
E a trajetória desses cães seguiu com o sucesso que acabaram fazendo nos Estads Unidos, lá pelo final do séc. XIX, quando tornaram-se cães bastante apreciados pelas classes mais abastadas como animais de companhia inigualáveis.
Tudo bem que eles perderam um pouco dos seus prestígios nas primeiras décadas do séc. XX. Mas isso foi logo recuperado por um desses acasos do destino; quando passaram a frequentar, curiosamente, e com ares de protagonistas, o universo cinemetográfico e dos desenhos animados.
O Prestígio Entre a Nobreza Europeia
Consta que os pugs teriam saído das distantes e extravagantes paragens da civilização chinesa, na remotíssima época entre 700 ou 800 a.C., para encantar a nobreza europeia a partir dos séc. XVII.
Na verdade, ao que parece, o seu destino era o de “hipnotizar” as classes mais privilegiadas por onde passasse, pois o que se sabe é que durante o tempo em que viveram na China somente a nobreza e alguns monges tinham autorização para criar esse animal.
E tudo isso que até aqui dissemos sobre as origens dessa raça de cachorro pug ainda não revelam, nem de longe, as singularidades que cercam a sua trajetória, pois o que diversas representações e pinturas de pugs em porcelana chinesa revelam é um apreço pouco comum por uma raça de cães não tão atraente assim fisicamente.
Matar um pug, nessa época, era um ato do qual o infeliz iria certamente arrepender-se amargamente. Se não fosse condenado à morte, não havia dúvidas de que uma prisão fria, isolada e escura passaria a ser a sua morada por um bom tempo.
Mas o prestígio desses cães não limitou-se apenas ao período em que viveram na China. O que se sabe é que, a partir da aquisição de criadores holandeses, por volta do séc. XVI, os pugs (nomeados por eles como “Mopshonds”) passaram a frequentar praticamente toda a nobreza europeia.
Eles serviram como fonte de inspiração para pintores, escultores, fotógrafos, e para quem quer que quisesse representar as características mais incomuns que podem ocorrer em uma raça de cães que, àquela altura, já era considerada o exemplar clássico de um cão de companhia.
E o resultado? Os pugs tornaram-se “cães oficiais” da corte de Guilherme I de Orange (Holanda), verdadeiros “xodós” da nobreza que cercava a corte de Maria Antonieta (da Fança), praticamente intocáveis na casa de Eduardo VIII do Reino Unido (Inglaterra), entre outras regalias que eles foram angariando ao longo de séculos e séculos de uma história singularíssima.
O Padrão da Raça de Cães Pug!
Hoje, a raça de cachorros pug é reconhecida como de cães de companhia pela American Kennel Club (Estados Unidos). Desde o final do séc. XIX, um conjunto de características físicas, biológicas e psicológicas define a sua padronagem oficial. E elas estão enumeradas logo abaixo:
1.APARÊNCIA: Um cão robusto, pequeno, atarracado e com um perfil quadrado. É um cão compacto (chamado “mutum in parvo”), com proporções justas e equilibradas, musculatura firme, corpo volumoso, pernas curtas, nunca magros e nem com pernas destacadas.
2.PROPORÇÕES IMPORTANTES: Como característica definitiva, os pugs são cães quadrados e musculosos.
3.TEMPERAMENTO: Um pug deve ser, necessariamente, um animal manso, nada agressivo, charmoso, elegante, com porte esbelto, altivo, inteligente, alegre e facilmente adestrável.
4.CABEÇA: A sua cabeça é larga, mas proporcional ao restante do corpo. Ela também deve ser arrendonda quando vista de frente e quadrada quando observada por outra perspectiva.
5.CRÂNIO: Crânio repleto de dobras e com rugas na testa.
6.FACE
Trufa: Negra, com narinas relativamente avantajadas e bastante amplas. Elas também devem ser encolhidas, mas rugas em excesso sobre a trufa desses cães costumam retirar a sua autenticidade diante dos analisadores.
Focinho: Como podemos observar nessas fotos, as principais características dos focinhos dos pugs são as suas constituições arrebitadas, vincadas, curtas e quadradas. Mas ele também não deve ser excessivamente carregado por rugas – o que, mais uma vez, retira a autenticidade desse animal.
Dentição e maxilares: Os pugs exibem um dentição inferior levemente prognata (dentes inferiores proeminentes). Os seus incisivos quase formam uma linha contínua, sendo fixos em uma mandíbula consideravelmente ampla.
Eles também não podem apresentar língua e dentes para fora; algo que geralmente penaliza, gravemente, esses animais em uma análise da sua padronagem.
Olhos: Os olhos de um pug devem ser meigos, afetuosos e com um brilho bastante acentuado. E eles também devem ser grandes e arredondados (não salientes); e os cães não podem exibir, em maior quantidade, a parte branca dos olhos quando olham fixamente para um objeto.
Outra coisa importante a saber sobre essa característica da raça de cachorro pug, é que eles também não podem apresentar distúrbios congênitos de visão; tais transtornos só devem ocorrer com o avançar da idade, especialmente ligadas a distúrbios das conjuntivas.
Orelhas: Orelhas diminutas, finas, curvadas para frente ou para trás, bastante macias e suaves ao toque (semelhantes a um veludo).
Elas recebem a denominação de “Orelhas em botão” (quando descaem para frente, cobrindo o canal auditivo), e “Orelhas em rosa” (quando arqueadas para trás, deixando o canal auditivo descoberto.
7.PESCOÇO: O pescoço de um cão pug autêntico deverá ser musculoso, robusto, grosso, levemente arqueado (semelhante a uma crista), além de comprido o suficiente para manter a sua cabeça em um porte altivo e esbelto.
8.TRONCO:Tronco pequeno, compacto, musculoso, em que se destaca a parte superior reta e suficientemente plana para caracterizar a raça.
O tronco dos pugs também deve abrigar um peitoral amplo, com costelas consideravelmente arqueadas e lançadas para trás, de forma a que o cão possa exibir uma elegância e desenvoltura bastante características.
9.CAUDA: Tudo o que se sabe sobre esse aspecto da raça de cachorro pug, é que a sua padronagem autêntica exige que ela seja inserida de forma arrebitada, enrolada na parte de cima do quadril, e muitas vezes com enrolamento de forma dupla – o que lhes garante até maior autenticidade.
10.MEMBROS ANTERIORES
De um modo geral, as pernas dos pugs apresentam-se em uma linha bastante sóbria e correta sob o corpo do animal. Elas deverão constituir-se em linhas retas e paralelas, conferindo-lhes um porte bastante elegante e equlibrado. Enquanto isso, os joelhos devem formar ângulos bastante visíveis e da mesma forma equilibrados.
Os ombros de um pug são bastante inclinados, terminando em antebraços vigorosos, retos, com comprimento razoável e elegantemente postados sob os seus corpos.
Já com relação às patas, podemos determinar, como uma padronagem oficial, que elas sejam discretas (nem largas e nem curtas demais), não muito arredondas (não semelhantes a patas de gato), com dedos afastados e unhas de cor escura.
11.MOVIMENTAÇÃO: As pernas anteriores de um cão pug autêntico, quando os observamos caminhar em nossa direção, devem movimentar-se bem debaixo dos seus ombros. E as patas, da mesma forma, devem posicionar-se frontalmente, sem jamais direcionarem-se para fora ou para dentro.
Quando observamos esses cães pela parte de trás, a sua movimentação também deverá ser equilibrada e as patas anteriores devem movimentar-se com grande força, de forma a que posicionem-se bem mais à frente do que as posteriores durante uma corrida.
12.PELAGEM: As características da pelagem de um cão pug, como já dissemos – e podemos observar nessas fotos – , deverão ser de sobriedade e discrição. Ela geralmente apresenta-se lisa, curta, fina, macia, reluzente, sem aspereza e como se até tocássemos na textura de uma lã.
A cor deverá variar entre ou fulvo, prata, abricó e preto; e outras apresentações geralmente descaracterizam o animal.
Além disso, essa coloração sóbria deverá diferenciar claramente cada indivíduo, tanto com relação à cor dos pelos quanto à máscara e o seu traçado (um traço preto entre a occipital e a cauda).
13.PESO: O peso desses cães geralmente oscila entre 6,3 e 8,1kg. Isso caracteriza um animal forte, robusto e musculoso; mas que, porém, não deverá ser obeso, pois isso descaracteriza, terminantemente, a autenticidade da raça.
14.FALTAS: Importante saber que a ausência de algumas dessas características devem ser submetidas a penalizações, de acordo com a gravidade de cada uma delas.
E essa gravidade, também é importante salientar, pode muito bem estar relacionada com o seu impacto na saúde e no bem estar do animal; o que faz com que a atenção às suas necessidades seja um fator determinante para que eles mantenham as características que tanto os valorizam.
15.FALTAS DESQUALIFICANTES Os cães pugs não podem apresentar timidez ou agressividade exageradas – algo que também lhes atribui faltas capazes de desqualificá-los como cães autênticos.
Um pug também não pode apresentar defeitos físicos ou comportamentais bastante visíveis – o que, inclusive, os desqualificam para fins de reprodução.
Um cão pug deverá apresentar um aspecto saudável nos seus órgãos sexuais; e aqui os machos são geralmente mais exigidos; basta saber que deformidades em seus testículos podem ser considerados faltas graves e que impeçam a reprodução desse animal para a manutenção da raça.
Tudo Sobre o Temperamento da Raça de Cachorro Pug
A raça de cães pug é popular em todo o mundo pelas características de docilidade, amabilidade, fidelidade, sociabilidade, entre outras que fazem deles típicos cães de companhia.
Por isso mesmo, não é recomendado mantê-los durante muito tempo em uma completa solidão, sob pena de ter que socorrê-los doentes ou com diversos transtornos de comportamento.
Para muitos, os cães pug não seriam mais do que buldogues franceses que tentam ser originais, mas, para um bom conhecedor das raças, fica fácil perceber, por meio das suas características físicas, que estamos falando de animais totalmente diferentes.
Diferentemente dos buldogues, os pugs possuem um focinho mais achatado, orelhas menores e caídas, além de olhos bem menores.
No entanto, quando o assunto são características de comportamento, ambas as raças concordam mais do que discordam.
Basta saber, por exemplo, que o pug é considerado um fiel parceiro do seu dono; sempre disposto a segui-lo em qualquer situação.
E mais: são fáceis de adestrar, atendem bem a comandos, convivem bem com outros animais domésticos, são calmos, equilibrados, alegres e bastante inteligentes.
Uma vantagem que conta bem a favor do pug, em relação a outras raças, é o fato de ele adaptar-se bem à personalidade dos seus donos quando são adquiridos ainda filhotes. Isso quer dizer que, se o seu negócio for o silêncio, calma e a paz de um ambiente tranquilo, eles se comportarão adequadamente a isso.
No entanto, caso queira ter um companheiro mais disposto, apesar de chamarem bastante a atenção pela preguiça e indisposição, é possível que você consiga treiná-los para entrar em seu ritmo; e assim garantir que a convivência seja ainda mais agradável entre cão e membros da família.
Um Cão Inteligente e Bastante Sociável
Como podemos observar nessas fotos, os pugs têm como principal característica a fidelidade e companheirismo – como, aliás, deve ser típico de um cão de companhia.
Atualmente eles estão listados na 57ª posição no Livro de Satanley Coren, “A Inteligência dos Cães”, que lista cerca de 133 raças em 79 posições diferentes.
E essa sua posição nos leva a crer que eles não estão, de forma alguma, entre os mais hábeis e inteligentes dentro dessa família Canidae; mas não há dúvidas de que o adestrador certo poderá realizar maravilhas com esses cães, especialmente no que diz respeito às suas necessidades básicas e diárias.
Os cães pug são, como dissemos, típicos “cães de apartamento”; eles estão entre os mais apreciados por indivíduos com pouco espaço, que não querem ter grandes transtornos com a criação de um animal, mas também não abrem mão da companhia, amabilidade e atenção que só mesmo um cãozinho doméstico pode oferecer.
Porém é preciso ter em mente que os pugs não são, de forma alguma, aquilo que poderíamos chamar de “cães esportivos”.
Definitivamente, eles não irão acompanhá-lo em trilhas desafiadoras, corridas disputadas e não terão a menor paciência em correr atrás de um objeto na praia – no que eles são bons mesmo é como cães de companhia, cuja especialidade é uma doce e agradável tarde de descanso em um sofá confortável e macio.
Como uma companhia agradável para todas as horas. Daquelas que estão sempre ali, na hora que bate aquela solidão. Ou quando então as coisas não vão muito bem para você por algum motivo.
Porém, como uma reminiscência do seu passado ancestral, saiba que eles estarão sempre atentos e alertas a todo e qualquer movimento que pareça suspeito.
E que nenhum estranho ache que essa personalidade discreta e pacata o impedirá de fazer um belíssimo estardalhaço para deixar alerta a casa inteira; como uma das características mais singulares que podem ser observadas numa raça que já é a própria expressão e exemplar clássico de toda a singularidade que pode ser encontrada nessa comunidade dos canídeos.
A Saúde dos Cães Pug
Os cães pugs pertencem àquela categoria de animais “braquicefálicos”, ou seja, nascem com uma deformidade no focinho que lhes dificulta a respiração.
Esse transtorno, entre outras coisas, impede a correta ventilação do organismo, o que faz com que esses cães geralmente apresentem distúrbios como a hipertermia, que consiste no aumento da temperatura corporal com consequências danosas para a sua saúde.
A braquicefalia, por questões óbvias, também faz com que esses animais sofram constantemente com distúrbios respiratórios, que levam a roncos bastante intensos, respiração ofegante, entre outras complicações.
Isso é o resultado de uma série de manipulações e cruzamentos que fizeram com que a raça apresentasse um maxilar superior consideravelmente menor que a inferior, e uma outra consequência disso é o desenvolvimento da famigerada Síndrome Braquicefália.
Com relação a essa doença, podemos defini-la como uma série de complicações ou anomalias das vias respiratórias, como o desenvolvimento incompleto da traqueia, estreitamento dos orifícios nasais, palato mole prolongado, entre outros desvios que tornam o simples ato de respirar algo bem mais custoso nesses animais.
Por isso, para esses cães, o recomendado é evitar os passeios nos horários mais quentes, manter sempre água fresca e limpa em várias partes da casa e observar a necessidade de colocar em seu dorso, de vez em quando, uma compressa com água fria com o objetivo de aliviar-lhes o calor.
Além disso, mantenha-os sempre tosados, evite exigi-los demais com exercícios e atividades físicas e faça das visitas regulares ao veterinário parte indispensável das suas rotinas.
Uma Raça e Seus Cuidados
Caso queira garantir que o seu pug desenvolva-se com todas as singulares características que podemos observar nessas fotos, é preciso fazer com que a higiene, alimentação e exercícios formem uma espécie de “tríade” dos principais cuidados necessários para o bem estar do animal.
E tudo o que se sabe sobre os cuidados exigidos por esses cães pugs, é que a sua constituição física, resultado de uma trajetória de cruzamentos e manipulações genéticas, faz com que eles estejam entre as raças de cães que mais exigem atenção com relação à saúde.
Como podemos observar por meio dessas fotos, eles caracterizam-se por possuírem boa parte dos seus corpos cobertos por rugas ou pequenas dobras; e a região interna dessas dobras precisa ser constantemente higienizada (1 vez por semana, pelo menos), a fim de que não se torne um ambiente ideal para a proliferação de fungos e bactérias.
E essa limpeza consiste apenas e tão somente no uso de um pano umedecido com um produto de higiene canina, secundado por uma outra sessão agora com um pano seco; e dessa forma, você ainda evita até mesmo que elas tornem-se um ambiente agradável para pulgas e carrapatos.
E dentre as principais afecções que costumam afetar os pugs, podemos destacar aqui a Ceratoconjuntivite seca e a úlcera de córnea, como o resultado de deformidades nas pálpebras, que podem desenvolver-se voltada para fora ou para dentro, e com o avançar da idade do animal produzir esses transtornos.
Os pugs também são bastante propensos a desenvolver obesidade, dermatites, estenose nasal, displasia coxofemoral, luxação de patela, entre outras doenças que também são o resultado do avançar da idade, mas que podem ser minimizadas a partir de cuidados simples desde a fase de filhotes desses cachorros.
Sessões semanais de atividades físicas específicas, rigor na alimentação, visitas semestrais a um bom veterinário e higiene diária são algumas dessas providências que deverão fazer parte da rotina desses pugs, a fim de que desenvolvam-se fortes e saudáveis e com todas as características físicas e psicológicas que são tão apreciadas.
Algumas Curiosidades Sobre Esses Cães Pugs
1.A polêmica lei holandesa
O seu aspecto físico, por si só, já configura-se como uma das principais curiosidades que podem ser observadas numa raça de cães.
O animal é uma excentricidade! Para muitos, um “cão alienígena!” Uma espécie de “elo perdido” entre cães e seres de outros planetas! Porém, para os admiradores da raça, eles são belíssimos! São animaizinhos formidáveis e repletos de características não encontradas em nenhuma outra raça de cães.
Por isso mesmo, obviamente, eles também estão entre aquelas raças repletas de curiosidades, muitas delas relacionadas com as suas origens, aspectos biológicos, singularidades psicológicas, entre outras dimensões de uma raça que é a própria expressão da excentricidade.
Em uma delas, conta-se que já existe na Holanda uma lei que proíbe, terminantemente, a criação de cães com focinhos exageradamente curtos ou achatados em demasia; e a lei determina até mesmo a porcentagem do tamanho desse focinho em relação ao crânio do animal em ão menos do que 33%.
E mais: os donos dos cães deverão comprovar que eles possuem os requisitos mínimos exigidos com relação à abertura das suas narinas e alcance interno do focinho.
Mas a coisa não fica só nisso, pois eles devem comprovar também que os cães apresentam níveis aceitáveis de roncos durante o sono e sons durante a respiração, adequada produção de lágrimas, pálpebras corretamente constituídas e até mesmo capacidade física suficiente para os processos reprodutivos.
Na Holanda os cães pugs tornaram-se símbolos dessa luta contra os excessos de cruzamentos irresponsáveis que muitas vezes resultam em deformidades caninas capazes de comprometer gravemente a saúde e o bem estar desses animais de forma irreversível.
Por isso, já existem inúmeros criadores realizando novos cruzamentos com o objetivo de reverter essa característica de cães braquicefálicos nos pugs. E desde 2014 os indivíduos que não se adequam à lei estão sujeitos à multa com possibilidade de prisão em caso de não cumprimento dessa determinação legal.
2.O seu curioso problema com aviões
Além de tudo o que falamos até aqui sobre as peculiaridades dessa raça de cachorro pug, chama a atenção também a dificuldade desses animais com relação a viagens aéreas.
E estamos falando aqui da dificuldade que eles apresentam com relação às altas temperaturas dos compartimentos disponibilizados aos cães nos aviões, muito por conta da tendência natural dessa raça de elevar a temperatura dos seus corpos.
E para que se tenha uma ideia do transtorno que isso representa para as companhias (inclusive com alguns casos registrados de mortes de cães), tal característica até tem feito com que muitas delas simplesmente recusem receber esses cães pugs (ou qualquer outra raça de cães braquicefálicos) nos seus voos; o que configura-se como uma das peculiaridades que só mesmo nessa comunidade de cães podem ser observadas.
3.As origens dos cães pugs
Como dissemos, dentre as principais características dessa raça de cachorro pug, e que infelizmente não podemos observar por meio dessas fotos e imagens, podemos destacar as suas origens e a sua trajetória entre a China, o continente europeu e os Estados Unidos.
Em uma dessas curiosidades, consta que foi um pug o animal escolhido pela imperatriz Josephine, mulher de Napoleão, para levar-lhe, constantemente, mensagens importantes de forma totalmente confidencial durante a prisão do marido.
De acordo com a lenda, inúmeros segredos inconfessáveis feitas por Napoleão teriam acompanhado o animal (bastante privilegiado) até a sua morte, como uma dos fatos mais curiosos acerca da trajetória desses cães pugs em terras europeias.
Já em uma outra lenda, o que se diz-se é que Guilherme I, príncipe de Orange, só conseguiu evitar a sua morte sob o assédio das tropas espanholas porque foi avisado, efusivamente, pelo seu pug sobre a aproximação do inimigo.
Não se sabe da real veracidade da história, porém o que as versões mais “fidedignas” nos contam é que, verdadeiramente, uma tentativa de capturar o governante foi, por alguma razão desconhecida, frustrada no distante séc. XVI na Holanda.
4.Um astro do showbiz
Outra curiosidade acerca dos cães pugs são as suas diversas aparições no universo do entretenimento, nas produções cinematográficas e no mundo encantado dos desenhos animados.
Não tem jeito, toda vez que se quer exibir toda a exoticidade dessa já naturalmente exótica família Canidae, os pugs aparecem como uma das raças preferidas, muito por conta dos seus aspectos físicos, digamos, extravagantes e não comparados aos de nenhuma outra raça.
Em uma dessas aparições, um pug roubou uma das cenas do clássico da cultura pop “Man In Black” ou “MIB: Homens de Preto”, dirigido por Barry Sonnenfeld, lançado no ano de 1997, com uma continuação em 2002.
Nele, um alienígena disfarçado de um cão pug dá um pequeno show à parte, com direito a até mesmo uma cena em que cantarola o clássico “I Will Survive” de uma forma, digamos, bastante original.
Mas a participação dos pugs no universo do entretenimento não se resume a isso.
Eles também tornaram-se célebres em aparições inusitadas, como no The Nut Job ou “O que será de Nozes” (de 2014), “O Hobbit”: A desolação de smaug (2013), “Marley & Eu 2: Filhote encrenqueiro”, “Dr. Dolittle 5” (2009), “Sex and the city”, o filme (2008), “Norbit” (2007), “King Kong” (2005), “Homens de Honra” (2000), “Como cães & gatos (1999)…
E poderíamos ficar aqui por uma tarde inteira enumerando as diversas produções que contaram com a participação luxuosa de um pug, com o objetivo de conferir ainda mais exoticidade, charme, singularidade e extravagância às produções.
5.Uma raça preciosa
Outra característica dos pugs, que infelizmente não podemos apreciar por meio dessas fotos e imagens, é o seu prestígio alcançado há séculos em terras orientais, especialmente na China e demais regiões da Ásia Central.
Exemplos disso temos na citação que é feita aos cães pugs no “dicionário de símbolos chineses”, produzido pelo Imperador Kang Hsi (1654-1722). Mas também em outra feita no livro “Cães da China e Japão”, que trata de enumerar as diferenças entre os pugs e o seu suposto ancestral direto, o pequinês.
Mas como curiosidade pouca é bobagem na trajetória desses cães, existe uma que diz que, no passado, aquelas rugas que tomam todo o seu rosto costumavam ser analisadas para fins de detecção de mensagens, que poderiam formar-se a partir de uma quantidade de dobras no rosto, do seu formato ou a forma como distribuíam-se nele.
Era possível, segundo os que acreditavam nessa técnica, encontrar mensagens secretas, uma suposta condição de superioridade do animal, símbolos que caracterizassem a sua personalidade, entre outras mensagens que só mesmo a criatividade humana poderia ser capaz de considerar.
6.Uma fonte de inspiração sem igual
E a tudo isso que até aqui revelamos sobre essas singularidades da raça de cachorro pug deverá ser acrescentado o fato de que eles também serviram de modelo e fonte de inspiração para alguns momentos marcantes na história da arte.
Em porcelanas chinesas antigas, por exemplo, é possível encontrar vários desenhos desses animais, que à época eram considerados “cães preciosos” e praticamente intocáveis, chegando ao ponto de se condenar à morte quem quer que ousasse tirar a vida de um deles.
Consta que alguns monumentos da arte, como Goya e William Hogarth, por exemplo, utilizaram-se em algum momento das características exóticas, inusitadas e incomuns dos pugs como modelos para algumas das suas mais belas composições.
Curiosidades e fatos que revelam as características de uma raça única dentro dessa comunidade, repleta de especificidades e que exige bem mais do que amor e carinho por parte dos seus donos.
Pois exigem atenção às suas necessidades básicas de saúde, higiene e alimentação. Entre outros cuidados que não fazem parte da rotina de nenhuma outra comunidade de cães
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Pug
https://www.petz.com.br/cachorro/racas/pug/ https://www.petz.com.br/cachorro/racas/pug/
https://love.doghero.com.br/racas/pug/
https://www.petlove.com.br/pug/r
https://www.cachorrogato.com.br/racas-caes/pug/
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