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Tudo Sobre A Mariposa: Características, Nome Científico E Fotos

Dentro da ordem dos Lepidópteros (aquela mesma das borboletas), na comunidade dos Heteróceros, existe um grupo de insetos que convencionou-se chamar de “Mariposas”.

Mas também é possível encontrá-las com os sugestivos apelidos de “traças”, “bruxas”, “gringos”, entre outras denominações de uma espécie com hábitos noturnos, com colorações que variam entre o cinza e o preto, antenas que também variam dentro de uma característica filiforme (com o aspecto delgado de um fio), entre outras características consideradas únicas.

O termo “mariposa” tem, supostamente, uma origem castelhana, pela junção de “Mari” ou “Maria” + “posa” ou “pousar”; o que nos leva a crer que esse seria um apelido carinhoso que essa espécie tão injustamente confundida com as borboletas acabou conquistando em um determinado momento da sua trajetória.

Mas essa comunidade também chama a atenção pelas controvérsias que envolvem as suas origens.

Basta saber, por exemplo, que, no Brasil, as mais diversas espécies do gênero Tineola e Phereoeca são consideradas mariposas.

Como é o caso da “traça-das-paredes”(Phereoeca uterella), ou mesmo da “traça-de-roupas” (Tineola uterella); espécies mais facilmente encontradas em casulos, e que antes disso desenvolvem-se na forma de lagartas em busca de alimentos geralmente à base de celulose.

Já em Portugal, o termo mariposa é utilizado para referir-se tão somente às borboletas; e em todos esses casos estamos falando de uma espécie que desenvolve-se nos estágios de larvas, pupas e adulto; e assim como as borboletas, precisam sair dos seus casulos para ganhar vida como típicos membros da comunidade dos insetos.

Tudo Sobre a Mariposa: Características, Nomes Científicos, Aspectos Físicos, Fotos, Etc

As mariposas pertencem àquela comunidade de insetos que, digamos, não sofrem com o desprezo e repugnância dos indivíduos.

Estes são quase que totalmente indiferentes a elas; e por isso mesmo as mariposas costumam executar sossegadamente os seus respectivos processos biológicos.

Na verdade elas costumam ser vistas como “borboletas sociáveis”, pois, diferentemente destas, costumam ser presenças garantidas no interior das residências, com o seu singular apreço por um belo foco de luz, como talvez seja a sua principal singularidade.

As mariposas costumam ser também bastante apreciadas por uma comunidade de lagartos e lagartixas, que têm nessa comunidade algumas das suas principais fontes de alimentos; a ponto de fazerem uma verdadeira farra quando as encontram; tal a abundância com que elas distribuem-se na natureza.

Já os seus hábitos alimentares consistem, basicamente, na busca por néctar e pólen – que elas buscam avidamente durante o dia – ; e por isso acabaram tornando-se algumas das principais polinizadores da natureza, juntamente com as próprias borboletas, morcegos, abelhas, vespas, entre outras espécies não menos importantes para o equilíbrio da biosfera terrestre.

As mariposas, como dissemos, caracterizam-se pelo fato de, em sua maioria, preferirem o período noturno, além de possuírem asas bastante delgadas, abdômen filiforme, entre outras características.

Mas não é tarefa das mais fáceis caracterizá-las de um modo único, já que elas distribuem-se em mais de 1.460 espécies, presentes em todos os continentes (com exceção da Antártida), com cerca de 300 distribuídas só na América do Sul; sendo que, destas, cerca de 180 habitam os ecossistemas brasileiros.

E juntam-se a essas mais de 180 espécies diversas outras pertencentes às família Saturniidae, Pyralidae e Tineidae; e mesmo não havendo consenso sobre se elas são ou não famílias dessa ordem dos Lepidópteros, acabaram sendo enternizadas como membros dessa comunidades das mariposas

A Curiosa Atração Pela Luz

Mariposas na Luz
Mariposas na Luz

Aqui está, sem dúvida, a principal singularidade desse gênero. E tudo o que se sabe sobre esse hábito das mariposas, à parte as suas demais características, nomes científicos, fotos, imagens e outras singularidades, é que esse é um hábito ainda cercado por um grande mistério.

O nome técnico para esse comportamento é “fototaxia”. É uma busca pela luminosidade (geralmente artificial) caracterizada por círculos em volta de um foco luminoso, até que se forme um verdadeiro exército em torno dessa espécie de “deus” para as mariposas.

As hipóteses para esse fenômeno são várias. Há uma, por exemplo, que diz que esse atração seria uma forma de tomar um foco de luz como uma referência, e assim poder orientar-se a partir de uma relação angular com este referencial.

Fototaxia
Fototaxia

Isso lhes permitiria manter voos em linha reta, sem praticamente alterar o seu ângulo em relação a um foco de luz como a lua, que seria como a principal referência de navegação dessas espécies durante voos por longas distâncias.

Mas o que acontece é que, dentro de uma residência, durante um voo executado muito próximo a uma fonte de luz – como uma lâmpada, por exemplo – , essa técnica de navegação continuará, naturalmente, sendo posta em prática.

E o problema para essas mariposas é que elas acabam tendo que o tempo todo corrigir essa sua posição em relação ao foco de luz (quando ele é artificial); o que faz com que permaneçam durante muito tempo se vendo obrigadas a não desgrudar dele; sempre em uma movimentação espiralada que confere a essa espécie o status de um dos gêneros de insetos mais singulares da natureza.

Um Fenômeno Dos Mais Inusitados Na Comunidade Dos Insetos

A atração das mariposas por focos de luz é um fenômeno desde há muito cercado por mitos, lendas e invencionices.

Isso porque essa é uma espécie de “atração suicida”, em que esses curiosos serezinhos surgem do nada e começam a circular em volta de um foco artificial de luminosidade, até que, não se sabe bem por quê, elas acabem voando em disparada em direção ao foco, em linha reta, até serem completamente tostadas.

E esse é um dos fenômenos mais excêntricos entre os que podem ser registrados no seio dessa não menos excêntrica e extravagante comunidade dos insetos.

Tudo indica que esse hábito é uma característica que remonta há milhões de anos, como parte da evolução desses seres, que no passado utilizavam focos de luz mais distantes (o sol, as estrelas e a lua, basicamente) para uma orientação chamada “transversal” – aquela em que um inseto habitua-se a voar em um ângulo sempre constante em relação ao foco de luz.

Mas o que essas mariposas não contavam é que a iluminação natural do sol, da lua e das estrelas deixasse de ser a principal protagonista quando o assunto é a orientação dos seres vivos na natureza, e que no futuro teríamos luzes artificiais que nos orientassem.

E o problema com essa nova realidade, para as mariposas, é que o ângulo da sua posição em relação à iluminação artificial muda constantemente para os insetos que se aproximam dela.

E é justamente isso que faz com que as mariposas desistam de seguir os seus caminhos para permanecerem constantemente tentando corrigir esse ângulo modificado em relação ao foco de luminosidade.

O que, de acordo com os apoiadores dessa teoria, faria cair por terra a crença de uma espécie de “deslumbramento” dessas mariposas diante do efeito mágico e místico dos focos de luz.

Uma Teoria Controversa

Mas como toda teoria, essa da orientação transversal das mariposas também tem os seus problemas.

E uma dos questionamentos que se faz acerca dela diz respeito ao fato de que as mariposas também são atraídas por focos de luz que não são artificiais – como no caso de pequenos incêndios, por exemplo, em que grandes labaredas também as atraem.

E como seria possível que a “seleção natural”, tão implacável quando o assunto é escolher as espécies que se perpetuarão na natureza, deixasse passar uma comunidade que é constantemente atraída por focos de luz como o das fogueiras? – chegando ao ponto de levá-las a uma espécie de suicídio coletivo.

Mariposas na luz no Poste
Mariposas na luz no Poste

Outra questão bastante controversa sobre tudo o que diz respeito a essa atração das mariposas por focos de luz é que essa orientação transversal é típica de comunidades que praticam longas e exaustivas migrações.

Mas essa é uma característica que pode ser notada em não mais do que 30 ou 40% das mariposas atualmente descritas. Restando um verdadeiro exército que não teria razões para desenvolver esse tipo de ferramenta de orientação.

São problemas e dificuldades que nos levam a considerar outras razões para esse fenômeno.

Como o proposto pelo entomologista americano Philip Callahan, que nos anos 50 lançou a sua tese de que essa atração das mariposas por focos de luz seria o resultado da similaridade entre as frequências dos raios infravermelhos dessas luzes artificiais com a dos ferormônios das fêmeas.

Logo, aquele verdadeiro exército de mariposas em torno de uma lâmpada, por exemplo, seria, segundo ele, nada mais nada menos do que uma comunidade de machos atraídos pelas luzes radiantes dos ferormônios das fêmeas convidando-os para o tão aguardado acasalamento.

Além Das Suas Características, Fotos, Imagens E Nomes Científicos, as Controvérsias Sobre Essa Atração

E tudo o mais que pode ser dito sobre essa teoria da atração das mariposas por focos de luz é que ela, obviamente, também deveria apresentar os seus problemas.

E uma delas nos diz que os infravermelhos não são assim tão atraentes para os insetos; nem mesmo em períodos de reprodução.

Talvez se fosse o caso de raios ultravioletas; mas, mesmo assim, nem mesmo esses possuem os mesmos comprimentos de ondas dos ferormônios das fêmeas.

Logo, as razões passam a ser apontadas na relação desses insetos com a lua! Sim, o que parece é que ela possui algum tipo de influência (bem maior) sobre os hábitos desses insetos.

Basta saber, por exemplo, que, durante a lua cheia, as luzes artificiais atraem muito menos as mariposas.

E ao que parece, nem mesmo as lâmpadas UV conseguem atrai-las durante esse período; embevecidas que, supostamente, ficam diante da presença imponente do nosso satélite natural.

Mariposa na Flor
Mariposa na Flor

Mas como seguir embevecidas diante do nosso satélite e ao mesmo tempo conseguir executar os seus respectivos processos biológicos? Isso não parece fazer sentido algum.

Por isso, seguem, portanto, as inúmeras teorias, mitos, crenças e invencionices acerca dessa atração que os focos de luz costumam produzir sobre as mariposas. Um fenômeno que torna-se bem mais comum durante os períodos mais quentes do ano – especialmente no período primavera/verão.

Mas será que isso não seria o resultado de milhões de anos de evolução, que fizeram com que as mariposas que possuíam espécies de telescópicos intraoculares acabassem recebendo essas luzes artificiais de forma bem mais intensa?

Ferramentas que produziriam, nelas, um deslumbramento diante de um pequeno foco de luz potencializado por esses “telescópios” internos capazes de fazê-lo adquirir o esplendor da luz da lua?

Teorias, suspeitas, opiniões…mas nada de concreto ainda se sabe sobre esse potencial de atração da luminosidade artifical em relação às mariposas.

Um dos “grandes mistérios da humanidade!” E que, ao que tudo indica, permanecerá por ainda um bom tempo sem solução. Como uma das principais curiosidades que podem ser apreciadas no seio dessa imensa e quase vertiginosa comunidade dos insetos.

As Mariposas São Borboletas?

Esse é outro dilema que as mariposas também precisam enfrentar no seu dia a dia: Serem injustamente confundidas com as borboletas, as suas parentes relativamente próximas, e também membros dessa singela e apreciada comunidade dos Lepidópteros.

Tudo bem que ambas possuem espécies de rugosidades multicoloridas nas asas, um aspecto delgado, corpo segmentado em 3 divisões (cabeça, tronco e abdômen), 1 par de antenas filimormes (em forma de fios), dois olhos compostos por algumas lentes e uma boca com o formato de um bico sugador.

Tudo bem que ambos os gêneros possuem 3 pares de patas, 2 asas de cada lado, órgãos reprodutivos que em muito se assemelham, estrutura vegetativa também muito semelhante, e que também desenvolvem-se a partir de ovos, larva, pupa (crisálida) e fase adulta.

Mas, apesar de tudo isso, elas, as mariposas, insistem que não são borboletas. Elas são espécies à parte!

Entre outros motivos, pelo fato de que, diferentemente daquelas, elas possuem hábitos noturnos, são bem mais afeitas ao interior das residências, não possuem aquelas pequenas esferas na ponta das antenas (que caracterizam as borboletas), preferem manter as asas abertas mesmo durante o repouso, além de serem mais facilmente encontradas em tonalidades escuras.

Sem contar o fato de que muitas espécies de mariposas apresentam um corpo todo ele coberto com algumas penugens e são mais robustas; enquanto as borboletas, além de serem mais discretas fisicamente (com exceção do seu conjunto de asas), são bem mais extravagantes e chamativas que as mariposas.

As borboletas costumam ser alvo de colecionadores. A sua variedade de cores e de formas tornou-se famosa no mundo todo. Enquanto as mariposas, por seu turno, nenhuma impressão causam; apesar de serem tão importantes quanto as abelhas e borboletas quando o assunto são os seus papéis ecológicos desempenhados na natureza.

Mas tais características, de acordo com alguns especialistas, de forma alguma são suficientes para diferenciar ambas as espécies. Já que mariposas e borboletas compartilham de inúmeros hábitos e aspectos biológicos capazes de praticamente transformá-las em uma só comunidade.

Coleção de Borboletas
Coleção de Borboletas

As Dificuldades De Diferenciação

Mas tudo o que foi dito até aqui sobre essa diferenciação entre mariposas e borboletas ainda é insuficiente para caracterizá-las adequadamente. Até mesmo a crença de ser as mariposas espécies noturnas e as borboletas supostamente diurnas não é uma unanimidade entre os cientistas.

São várias as espécies (de ambas as comunidades) que parecem desdenhar dessas regras que lhes são impostas; o que faz com que a diferenciação entre borboletas e mariposas seja algo considerado de certa forma problemático; e que deve, necessariamente, chamar em socorro outros aspectos dessas comunidades.

São aspectos como, por exemplo, os relacionados às suas características físicas e biológicas.

Sabe-se que as borboletas costumam manter as suas asas eretas durante o repouso, enquanto as mariposas preferem mantê-las abertas e recostadas nos seus corpos.

Mas há aqui outra dificuldade com relação a isso. E ela diz respeito à constituição dessas asas em ambos os gêneros.

Convencionou-se acreditar que as borboletas eram as que possuíam as maiores variações de cores e de formas, enquanto as mariposas – as pobres mariposas – tinham que se contentar com um conjunto de asas sóbrias e com cores escuras e bastante modestas.

Mas nada é tão longe da verdade quanto isso! Pois o que dizer da extravagante Attacus atlas, por exemplo; com asas que beiram os 30 cm de envergadura e considerada a maior mariposa do planeta?

Ela está presente nos ecossistemas das florestas tropicais do Sudeste Asiático, bem como no arquipélago malaio, no sul da China, Índia, Indonésias, entre outras regiões não menos extravagantes do planeta.

E com uma constituição de asas em forma de um mapa (uma das razões para o seu apelido), ela exibe as suas belíssimas colorações que misturam o amarelo-ouro, castanho, ferrugem, lilás, entre outras variações que a tornam quase um ente fantástico no seio da natureza.

Por outro lado, quem deveria ser um espetáculo de cores e de formas pode apresentar-se, quase que de forma surreal, com um aspecto todo ele negro e sombrio. Como é o caso, por exemplo, da borboleta recentemente descoberta Cristalinaia vitória.

A espécie foi descoberta em uma reserva ecológica na região de Alta Floresta, Cuiabá-MT; e chama a atenção pelo seu tamanho diminuto, além de padrões de cores tão ou mais sóbrios quanto o das mariposas – não passam de variações de um cinza bastante discreto.

E além destes poderíamos dar vários outros exemplos de quão surpreendentes podem ser essas comunidades dos Lepidópteros; e o quão difícil pode ser diferenciá-las nos seus respectivos ecossistemas.

Restando apenas considerar nelas alguns aspectos mais particulares, como o apreço das mariposas pelo ambiente residencial e urbano, diferentemente das borboletas, que parecem não apreciar tanto assim esse tipo de convívio.

Alguns Dos Tipos Mais Singulares De Mariposas

Apesar de discreta, essa comunidade, como pudemos perceber até aqui, possui as suas singularidades; e elas cabem perfeitamente aqui nesse artigo com tudo o que se sabe sobre o universo das mariposas.

À parte os seus nomes científicos, características, fotos, imagens, entre outras singularidades, essas espécies chamam a atenção também pelos seus aspectos físicos, considerados incomuns dentro dessa comunidade conhecida pela sobriedade das suas cores e formas.

1.Actias Luna

Actias Luna
Actias Luna

E esse é um dos exemplos, a “Mariposa lua”. Uma espécie capaz de atingir entre 10 e 12 cm de comprimento e entre 14 e 16 cm de envergadura de asas, como uma habitante típica da América do Norte, onde distribui-se nas florestas temperadas do Canadá e Estados Unidos exibindo a sua belíssima tonalidade que mescla o verde-azulado e o verde-claro.

A espécie também chama a atenção por possuir um prolongamento de asas que assume as características de uma verdadeira cauda.

Mas ela chama a atenção também por alguns dos seus aspectos biológicos, como o fato de machos e fêmeas se encontrarem a partir dos ferormônios emitidos por estas últimas, detectados de forma impressionante a quilômetros de distância por esses machos.

Mas e o que dizer, também, do fato de elas não possuírem boca e por isso terem se tornado exímias sugadoras ao longo das suas evoluções? E também do fato de elas permanecerem em um casulo construído com a seda que produzem da mesma forma como faz o bicho-da-seda?

São, sem dúvida, características singularíssimas! De uma das maiores espécies de mariposas da natureza! E uma das mais extravagantes e mais incomuns que podem ser encontradas dentro dessa original comunidade das Lepidópteras.

2. Attacus Atlas

Attacus Atlas
Attacus Atlas

A Attacus atlas (ou Mariposas atlas), como vimos acima, é considerada a maior (ou mais robusta) entre as espécies de mariposas atualmente descritas.

O animal é um ser à parte dentro dessa família! Um assombro! Uma exuberância com uma envergadura de asas que pode atingir entre 25 e 30 cm! O que faz dela uma das preferidas por colecionadores de insetos exóticos de todo o mundo.

Nas frias e originais florestas temperadas dos Estados Unidos e Canadá, a Attacus atlas sobrevive à custa de ervas, brotos, folhas; mas também do néctar de inúmeras espécies; o que a torna uma excelente polinizadora, capaz de transportar uma quantidade de pólen impensável para outras espécies dessa comunidade.

3. Deilephila Elpenor

Tudo o que se pode dizer sobre essa espécie de mariposa (a “mariposa elefante”), à parte as características do seu nome científico, aspectos biológicos, entre outras particularidades que infelizmente não podemos observar por meio dessas fotos, é que estamos falando de uma das mais extraordinárias variedades atualmente descritas pela ciência no seio das Lepidópteras.

E uma das razões para assim a definirmos é que, em pleno voo, podemos perceber em sua estrutura uma inusitada coloração reluzente entre o vermelho e o esverdeado, que lhe confere um aspecto bastante distinto das demais espécies de mariposas conhecidas.

Deilephila Elpenor
Deilephila Elpenor

Isso sem contar o seu apreço por uma alimentação composta basicamente por néctar das Solanaceaes, como as petúnias, as marianinhas, o meimendro, o tomate-arbóreo, e até mesmo por madressilvas.

O que mostra que quando o assunto é originalidade (até mesmo na alimentação) a mariposa-elefante é imbatível dentro dessa comunidade.

E, no mais, sabemos que elas geralmente apresentam uma envergadura entre 5 e 7 cm entre as asas; e podem ser mais facilmente encontradas nos continentes asiático, africano e europeu; mais especificamente nos territórios do oeste e noroeste da Europa.

Mas a sua abrangência pode estender-se pela Eurásia, atravessar o Cáucaso e a Sibéria, em meio aos quase fantásticos ecossistemas da Rússia, China e Mongólia; exibindo toda a sua singularidade no subcontinente indiano; em meios às florestas arbustivas do Japão; e até mesmo, em menor quantidade, em alguns territórios do Canadá.

4. Grapholita Molesta

Nessa pequena lista com algumas das espécies mais singulares dentro dessa comunidade das mariposas, devemos reservar um espaço para tratar da Mariposa-oriental (como ela também é conhecida), uma espécie que, entre outras características, é conhecida por ser uma das terríveis pragas naturais das lavouras de algumas regiões do país.

Grapholita Molesta
Grapholita Molesta

Elas podem ser mais facilmente encontradas nos estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. E como características físicas, podemos destacar uma envergadura de asas que não ultrapassa os 12 ou 13mm, uma coloração toda ela cinzenta, algumas manchas discretas nas asas, entre outras características marcantes.

Uma fêmea dessa espécie costuma por entre 40 e 70 ovos a partir do início do inverno. Mas o problema é que esse verdadeiro exército é estrategicamente acondicionado na parte inferior das folhas de espécies como as ameixeiras, macieiras, pereiras, pessegueiros, entre outras variedades comerciais.

Mas não se sabe exatamente o porquê de tal refinamento na hora de garantir as suas sobrevivências. Só o que se sabe é que essa característica da Grapholita molesta de depositar os seus ovos em determinadas espécies frutíferas faz com que ela figure entre as mais ferrenhas inimigas dos agricultores do sul do país.

E não poderia ser diferente porque, ao nascer, as lagartas demonstram uma fome e avidez insaciáveis. Elas são capazes de simplesmente devastar uma lavoura inteira de espécies frutíferas (com a ajuda de outras pragas, obviamente), caso não sejam combatidas de forma eficaz e o mais rapidamente possível.

Tudo Sobre O Significado Místico Das Mariposas

Dentre tantas características que podem ser observadas no seio dessa comunidade, esta chama a atenção pelo seu caráter místico e exótico.

Sim, as mariposas possuem os seus significados místicos!

E esses significados em muito estão associados aos hábitos de vida das mariposas, bem como à forma como elas desempenham os seus respectivos nichos ecológicos na natureza.

As mariposas possuem diversos significados espirituais, como dissemos. E a sua relação com a morte e com as transformações pelas quais um indivíduo tem que passar ao longo da vida é um desses.

Mariposa Voando
Mariposa Voando

Como se sabe, assim como as borboletas, as mariposas também precisam atravessar um período no qual viverão reclusas sob a forma de crisálidas, até que amadureçam o suficiente para atingirem a fase de um animal adulto.

Logo, tal característica faz com que as mariposas representem um estado em que o indivíduo vive, digamos, uma experiência quase mística; em uma espécie de “hibernação” que antecede a existência numa versão mais aprimorada de si mesmo no futuro.

Mas sabe-se, também, que as mariposas podem representar mudanças radicais e quase dramáticas em um estilo de vida quando, por exemplo, um indivíduo enfrenta e vence uma doença, avança intelectualmente, torna-se melhor em sua espiritualidade, entre outras situações que fazem com que surja um novo ser destituído de qualquer semelhança com o que foi no passado.

A Simbologia Em Torno Das Mariposas

No universo exotérico, ou simplesmente espiritualista, a mariposa costuma representar as várias fases de que compõem-se a existência de um indivíduo.

Nos seus estágios iniciais, como uma centelha divina, ele é uma larva ou ovo, simples e ignorante; apenas como uma promessa que poderá ou não tornar-se concreta.

Quando encarna em planetas como o nosso, ele supostamente viverá a típica existência em um casulo ou crisálida, enxergando apenas a aparência das coisas, fechado-se em torno de si mesmo, satisfazendo necessidades grosseiras e banais; até que possa, como uma mariposa adulta (o ser espiritual desencarnado), seguir em direção a experiências superiores.

E tudo o mais que pode ser dito sobre essa simbologia da busca pela luz por parte das mariposas, é que, ainda para os exotéricos, ela pode relacionar-se com algo bem maior do que simples fenômenos biológicos.

Como se sabe, tal característica das mariposas hoje é atribuída a um mecanismo interno de orientação por meio da luz, que se torna desregulado quando esses insetos deparam-se com luzes artificiais.

Isso faz com que elas não consigam seguir em suas trajetórias; em vez disso procuram o tempo todo corrigir o ângulo que deveriam formar em relação ao foco de luz; girando atabalhoadamente em volta dele.

Mas para a simbologia mística ou espiritualista esse fenômeno pode representar bem mais que isso!

Ele seria algo como a representação de uma fase em que um indivíduo, mesmo já liberto das correntes e das algemas impostas pelo corpo físico, ainda não pode ser considerado um “ser de luz” ou “iluminado”; e por isso permanece à caça de todo o foco de luminosidade que possa encontrar – e que possa transformar-se na sua nova morada.

Constantemente voltado para algum foco, ele descobre que as reencarnações podem configurar-se como excelentes ferramentas em busca da perfeição. E por isso mesmo aceita novas experiências, até que, finalmente, atinja a tão sonhada perfeição.

E todo esse processo pode ser representado no universo exotérico por diversos seres da natureza; e um deles são as mariposas; como uma dessas incontáveis singularidades que podemos encontrar nessa gigantesca comunidade Lepidóptera.

Além Das Características, Nomes Científicos E Fotos, Mais Sobre as Simbologias Em Torno Das Mariposas

Mariposa na Folha
Mariposa na Folha

As fases pelas quais passam as mariposas (e outras espécies), que envolvem a postura de ovos, desenvolvimento de larvas, abrigo em forma de casulos ou crisálidas e renascimento como um animal adulto, sem dúvida, trazem uma força simbólica espiritual que atravessa fronteiras há milênios.

Essa sua característica faz com que, por exemplo, para os que creem nas simbologias e nas intenções ocultas em cada evento, a entrada de uma mariposa em uma residência possa significar a “morte que transforma”.

Mas não essa morte a qual a maioria de nós tememos, e sim a “morte” de antigos hábitos, desejos, expectativas e ambições, para um renascimento de novas esperanças, objetivos e aspirações.

Essa morte também pode ser simplesmente a mudança de energia de um ambiente, quando, por exemplo, chega o momento inevitável de desapegar-se de velhas lembranças, objetos antigos, representações de um passado doloroso, entre outras mudanças que a entrada de uma mariposa em um ambiente pode querer denunciar.

Já para alguns povos quase míticos, como os astecas, por exemplo, as mariposas eram formidáveis mensageiros dos mundos subterrâneos. E cruzar com um desses insetos no caminho era a certeza de que se estava diante de um ser que poderia ter acabado de mergulhar nas sombras de mundos inferiores, e que por isso mesmo traria energias bastante controversas.

Elas eram o “Sol Negro!”. Mensageiras dos mundos inferiores na escala da evolução! Mas que não seriam responsáveis, necessariamente, por trazer energias negativas, conflitos e má sorte. Elas seriam apenas e tão somente viajantes de outras dimensões; seres repletos de energias controversas; e por isso capazes de serem utilizadas ou interpretadas das mais diversas formas.

O Aprendizado Na Observação Das Mariposas

A observação das características das mariposas também pode servir como aprendizado, especialmente no que concerne à subjugação dos nossos desejos, controle das ambições, moderação das paixões do dia a dia e prudência em nossos atos.

Mariposa Branca na Folha
Mariposa Branca na Folha

A sua característica de, segundo o que se crê, extasiar-se diante da luz, pode nos servir como uma simbologia relacionada com os riscos de nos iludirmos diante dos prazeres e solicitações da vida, que não raro transformam-se em frustrações e amargas decepções.

Logo, as mariposas podem simbolizar a necessidade de cautela, contenção das nossas ambições, diminuição de expectativas, entre outros desejos geralmente incapacitantes e geradores dos mais diversos tipos de traumas e desilusões.

E tudo isso que falamos acerca das mariposas e das suas simbologias também pode ser aplicado aos sonhos.

Sonhar com mariposas pode ser um evento repleto de significados, principalmente para os indivíduos que possuem alguma afinidade com os conceitos e simbologias místicas.

É possível, por exemplo, que você tenha sonhos constantes com mariposas.

E esse é um evento que pode ter inúmeros significados. Como o desejo de transformar-se intimamente, ou uma importante transformação que se avizinha, ou mesmo o medo da morte, um aprisionamento do qual deseja livrar-se, vícios e hábitos danosos, entre outras inúmeras simbologias.

Sonhar com uma mariposa que se coloca ao seu lado (principalmente quando você passa por momentos difíceis) pode significar o seu inconsciente o convidando à mudança.

Mas também pode ser a necessidade de adquirir coragem para enfrentar um novo desafio que talvez exija que você abra mão de certas convicções e convenções sociais.

Mariposas: Curiosidades

Sem dúvida, estamos falando aqui de uma espécie que é a própria representação das singularidades que podem ser observadas no seio da natureza selvagem.

À parte as suas características físicas e biológicas, nomes científicos, entre outras peculiaridades que infelizmente não podemos observar nessas fotos, sabemos que as mariposas, há milênios, vêm sendo alvos da curiosidade de inúmeras civilizações ao logo do tempo devido aos seus aspectos místicos e simbólicos.

Sabe-se, por exemplo, que em algumas culturas elas são associadas à má sorte, azar, e até mesmo ligadas à morte.

É o caso do México, onde em algumas regiões elas são as “Mariposas de la Muerte”; talvez pelo fato de serem costumeiras viajantes dos mundos subterrâneos.

Mariposas de la Muerte
Mariposas de la Muerte

Já nos Estados Unidos elas são as “Black Witch”, ou “Mariposas Bruxas”, ou mesmo as Ascalaphas odoratas.

Enquanto em alguns países da América Central ela é a “Mariposa Fantasma” – uma espécie assustadora! Cuja entrada em uma residência certamente terá o significado de que a morte está à espreita.

Mas nem só de aspectos simbólicos constituem-se as principais curiosidades acerca das mariposas. Sabemos, também, que algumas espécies nem sequer precisam alimentar-se durante as suas vidas.

Tudo bem que são espécies que não vivem mais do que 10 ou 15 dias; mas não deixa de ser uma curiosidade saber que, por exemplo, elas só necessitam de alimentação durante as suas fases de lagartas.

Nesse período, elas impressionam pela voracidade com que simplesmente destroem uma lavoura inteira ou qualquer outra espécie vegetal onde estejam desenvolvendo-se.

Já as demais espécies (as que alimentam-se) são apreciadoras de um banquete à base de néctar, sangue, restos vegetais, excrementos de outros insetos, entre outras delícias que elas sugam avidamente, como uma das principais extravagâncias que podemos observar no ambiente dessa família de insetos.

Uma Comunidade E as Suas Singularidades!

Dentre as demais curiosidades acerca das mariposas, também podemos destacar o fato de que elas, assim como outras espécies, utilizam-se da singular ferramenta conhecida como “Homocromia” para aproveitar-se da semelhança da sua coloração com a do ambiente à sua volta.

Homocromia de uma Mariposa
Homocromia de uma Mariposa

Dessa forma, elas protegem-se melhor dos seus predadores, espreitam com mais discrição as suas presas, executam os seus processos reprodutivos, entre outras vantagens de contar com um tipo tão singular de ferramenta.

Também chama a atenção nas mariposas o fato de que uma boa parte delas não possui olhos e nem narinas.

Elas só podem contar mesmo é com um bico sugador dos mais eficientes e um par de antenas que lhes permitem “cheirar” (isso mesmo, “cheirar!”) um objeto que esteja 9 ou 10km distante delas.

Muitos não sabem, mas, no mundo, exitem quase 10 vezes mais mariposas do que borboletas. E, apesar de estas últimas serem consideradas as grandes representantes dessa comunidade dos Lepidópteros (também pela sua capacidade de polinização), são as mariposas que mais contribuem para espalhar os mais diversos tipos de espécies florais na natureza.

E como não poderia ser diferente, elas, as mariposas, também apresentam as suas curiosidades, digamos, bizarras – ou pelo menos dignas de figurar na lista das principais extravagâncias que podem ser observadas dentro dessa comunidade de insetos.

Uma delas, por exemplo, dá conta de que as mariposas seriam grandes apreciadoras de cerveja. E essa preferência foi, inclusive, comprovada por biólogos da The Nature Conservancy; uma ONG sem fins lucrativos que tem como um dos seus principais objetivos proteger a biodiversidade do planeta.

The Nature Conservancy
The Nature Conservancy

Em um dos testes realizados para comprovar tal fenômeno, os biólogos produziram uma mistura que tinha como base um tipo de cerveja e aplicaram-na na superfície de diversas árvores em seus habitats naturais.

E qual não foi a surpresa quando, alguns minutos depois, elas estavam repletas de mariposas ávidas por sugar o “néctar precioso”, como um dos eventos mais curiosos que podem ser observados na rotina desses insetos na natureza.

Outra curiosidade acerca das mariposas diz respeito ao fato de que é uma delas – a Thysania agrippina, membro dos ecossistemas brasileiros – o animal com o faro mais apurado entre as espécies conhecidas.

Apelidada de “Mariposa Imperador”, ela é considerada o maior membro desse gênero (em envergadura de asas).

E dentre as incontáveis singularidades que ela possui, está o fato de ser capaz de perceber os ferormônios emitidos pelas fêmeas a uma distância superior a 10 km, graças a um par de antenas que possuem a exótica função de captar os aromas à sua volta.

E poderíamos ficar aqui um dia inteiro descrevendo as inúmeras curiosidades acerca dessa comunidade. Uma família cercada por controvérsias e inúmeros mistérios acerca do seu papel ecológico no seio da natureza.

Uma típica representante da fauna de praticamente todos os continentes. E, juntamente com as borboletas, abelhas, vespas, morcegos, entre outras espécies não menos exóticas, uma das mais importantes polinizadoras dessa nossa tão singular biosfera terrestre.

Fontes:

http://www.ninha.bio.br/biologia/mariposas.html

http://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/4908-sphingideos-mariposa

https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/71861-5-curiosidades-bizarras-sobre-as-mariposas.htm

http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2015/08/qual-diferenca-entre-borboletas-e-mariposas

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/terra-da-gente/noticia/2019/03/19/borboletas-e-mariposas-se-diferenciam-por-repouso-das-asas-e-antenas.ghtml

https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/mariposas-borboletas.htm

https://hypescience.com/por-que-as-mariposas-sao-atraidas-pela-luz-artificial/

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