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Tritão-Alpino: Características, Nome Cientifico e Fotos

Os tritões pertencem à linhagem das salamandras, mas diferentemente das suas parentas, eles são semiaquáticos, pois se revezam entre locais terrestres e aquáticos. Vale lembrar que nem todas as salamandras podem ser chamadas de tritões. Pertencentes à subfamília Pleurodelinae e a família Salamandridae, existem mais de cem espécies desses animais espalhadas por todos os continentes do planeta, com exceção da Oceania.

Os tritões costumam passar por três fases diferentes ao longo de sua vida: são larvas aquáticas quando filhotes, vivem um processo de adolescência e, por fim, atingem a fase adulta. Quando estão maturados, seus corpos ficam parecidos com os dos lagartos e eles são obrigados a sair de seu ambiente aquático. No entanto, eles retornam para a água pelo menos uma vez por ano para a procriação. Por causa de problemas como a poluição e a destruição de habitats, esses animais correm risco de extinção, inclusive alguns deles já foram extintos.

História do Nome

Nos tempos antigos, o tritão era chamado de “efeta” (“efte” em inglês), mas com o passar do tempo, a palavra foi adaptada várias vezes até se transformar em ewt. No começo do século XV, a letra “n” foi adicionada a palavra “ewt” gerando a palavra “newt” (“tritão” em inglês).

Características Gerais

Os tritões possuem muitas características que são semelhantes as das salamandras, o que inclui uma pele semipermeável, todos os quatro membros com a mesma medida e uma cauda peculiar. Entretanto, as salamandras têm uma pele mais lisa que a dos tritões. As larvas dos tritões possuem dentes nas duas mandíbulas, além de apresentarem brânquias externas.

Um fato interessante sobre os tritões é que eles conseguem reconstruir várias partes de seu corpo, incluindo coisas como a medula óssea, o coração, os dois maxilares, o intestino e até mesmo os olhos. Existem tritões que são capazes de refazer os seus olhos até 18 vezes durante um espaço de 16 anos, sempre com a mesma eficiência e habilidade funcional dos olhos originais.

Isso tudo acontece porque as células que existem no corpo de um tritão são capazes de se multiplicar rapidamente, o que faz com que eles criem um novo membro ou órgão no local em que uma lesão acontece. Acredita-se que isso está ligado as células tumorais, pois ao invés de gerarem tumores, como fazem em outros animais, elas causam um efeito de regeneração nos tritões.

Filhote de Tritões
Filhote de Tritões

Como são anfíbios semiaquáticos, eles ficam um período do ano na água para procriar e depois passam o restante do ano em locais terrestres. Apesar de muitos tritões gostarem de locais aquáticos que não apresentam movimento (lagoas, lagos entre outros), existem alguns deles que podem se reproduzir em rios que apresentam certa lentidão em suas águas.

Os tritões dos riachos da Europa têm mais facilidade para viver em águas frias e cheias de oxigênio. Em seu período terrestre, eles costumam ficar em lugares úmidos e abundantes tais como buracos de terra, pedras e até mesmo toras.

Autodefesa

Alguns desses animais são capazes de produzir toxinas em sua pele que servem para se proteger de ataques inimigos. Por exemplo, os tritões do oeste norte-americano são altamente venenosos. O tritão Taricha granulosa gera uma substância chamada tetrodotoxina, que é letal o bastante para matar uma pessoa adulta. Entretanto, o veneno expelido por esse animal só é perigoso se for ingerido.

É justamente por causa dessas toxinas que os tritões conseguem viver em segurança ao lado de sapos e outros anfíbios. Os únicos animais que realmente oferecem perigo ao tritão são as cobras, pois algumas delas são imunes às toxinas vindas desses anfíbios. Contanto que as substâncias de sua pele não sejam engolidas e também não entrem em contato com regiões sensíveis (olhos, narinas, entre outras) é possível lidar com tritões sem grandes problemas.

Tritão-Alpino

O tritão-alpino (Mesotriton alpestris ou Ichthyosaura alpestris) faz parte das espécies anfíbias de águas doces e pertence à linhagem das salamandras. Esse animal aquático pode ser achado em terras albanesas, austríacas, belgas, russas, húngaras, croatas, checas, dinamarquesas, francesas, bósnias, polonesas, italianas, holandesas, ucranianas, suíças e gregas. Recentemente, esse tritão também foi visto na Nova Zelândia e no Reino Unido.

Descrição Física

Em seus períodos de reprodução, os tritões machos apresentam um tom azul escuro em suas costas, com as suas laterais tendo manchas pretas e o seu abdome exibindo um tom alaranjado brilhante.

As fêmeas, por sua vez, possuem manchas marrons e apresentam algumas manchas um pouco mais claras em suas costas. Os machos maiores costumam ter nove centímetros, enquanto as fêmeas possuem doze centímetros. Após o período de relações sexuais, os tritões voltam a sua coloração padrão, que é mais próxima de um marrom cheio de manchas.

Tritão-Alpino na Grama
Tritão-Alpino na Grama

Locais de Habitação

Os tritões podem ser achados em todos os continentes do planeta, com exceção da Oceania. Tanto os tritões do Pacífico, chamados de Taricha granulosa, quanto os do leste, conhecidos como Notophthalmus, moram na América do Norte aliados com mais sete espécies desses animais. Grande parte dos tritões que existem atualmente está presente no Velho Mundo (Eurásia e África).

Acredita-se que a família dos tritões tenha se originado no Velho Mundo, pois lá existem 30 espécies divididas em oito gêneros, incluindo algumas espécies que se propagaram para o norte africano. Sobre locais como o leste asiático, o leste indiano e uma parte do Japão, estima-se que existam 40 espécies divididas em cinco gêneros.

Com relação aos tritões-alpinos, acredita-se que eles tenham sua origem ligada ao centro europeu e a parte sul da região montanhosa do velho continente. Além disso, também existem alguns grupos isolados desses animais em terras italianas e na Península Ibérica.

Taricha Granulosa
Taricha Granulosa

Os tritões chegaram ao território britânico na década de 1930, mais especificamente em terras inglesas. Depois disso, esses animais estabeleceram vários pequenos grupos na região norte de Edimburgo. O tritão-alpino também pode ser encontrado na capital espanhola Madri.

Eterna Infância

Normalmente, grande parte dos tritões-alpinos sofrem muito em sua passagem da infância para a vida adulta. Uma metamorfose transforma suas guelras em pulmões, o que lhes obriga a sair da água e rastejar para a terra. Além disso, eles são obrigados a se alimentar de insetos após deixarem o lago.

No entanto, existe um pequeno grupo que não passa por essa transformação e continua em sua região aquática durante toda a vida. Os tritões-alpinos que se recusam a amadurecer, chamados de pedomorfos, ainda aumentam de tamanho e conseguem se reproduzir, mas a sua aparência continua sendo a de uma larva.

As salamandras que se recusam a abandonar a infância arriscam a própria vida, pois estão à mercê de espécies invasoras e podem sofrer com as mudanças climáticas naturais. Esses animais podem ser comparados ao Peter Pan, pois resolveram viver como crianças pelo resto de suas vidas.

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