Os tigres são felinos tão imponentes quanto os leões ou leopardos, por exemplo, e possuem, além disso, vários tipos (ou, como queira, subespécies) tão interessantes que merecem ser conhecidos mais a fundo.
E, é justamente essa variedade de tigres que vamos mostrar a seguir.
Espécies e Subespécies de Tigres: o Que a Ciência Já Sabe?
Recentemente, pesquisadores fizeram um estudo onde analisaram os genomas completos de pelo menos 32 espécimes de tigres bastante representativos, e a conclusão foi de que esses animais se encaixam, exatamente, em seis grupos geneticamente diferentes: o tigre de Bengala, o tigre de Amur, o tigre do Sul da China, o tigre da Sumatra, o tigre da Indochina e o tigre da Malásia.
Atualmente, existem em torno de 4 mil tigres espalhados em ambientes naturais, e que cobrem apenas 7% do que um dia foi o seu território total. Inclusive, devido à falta de consenso sobre a quantidade de subespécies de tigres é que tem sido difícil (até os dias de hoje) formular ações eficazes de preservação da espécie. Saber, em linhas gerais, os tipos ou subespécies de tigres é essencial para fazer um levantamento correto, e salvar esse animal, que vem diminuindo a seu contingente populacional ao longo desses últimos anos.
Ainda de acordo com os pesquisadores responsáveis por esse estudo que determinou os grupos atuais de tigres, esses animais, apesar da baixa diversidade genética, possuem um padrão entre esses mesmos grupos que é bastante estruturado. Isso indica que cada subespécie desse felino deve possuir uma história evolutiva distinta, o que é raro entre os grandes felinos.
Tudo isso comprova porque as subespécies de tigres possuem características tão distintas.
E, falando nisso, vamos falar de cada um desses tipos.
Tigre de Bengala
De nome científico Panthera tigris tigris, o tigre de Bengala é também chamado de tigre-indiano, e é a segunda maios das subespécies de tigre, podendo medir até 3,10 m de comprimento e a pesar cerca até 266 kg. E, é justamente uma das mais ameaçadas de extinção, devido a dois fatores principais: a caça ilegal e a destruição do seu habitat natural.
Com pelos curtos e alaranjados, e listras pretas, o tigre de Bengala tem um porte físico tão forte, que isso confere a ele ótimas habilidades. Por exemplo: ele consegue saltar até 6 metros na horizontal, e pode correr até 60 km/h. Já, entre os animais carnívoros que vivem em terra, ele é quem possui as maiores presas e garras, cada uma podendo chegar a 10 cm de comprimento.
O tigre de Bengala vive nas florestas indianas, mas também pode habitar certas regiões do Nepal, do Butão e até mesmo nos pântanos do Golfo de Bengala.
Ele, por sinal, tem uma característica bem peculiar em se tratando das demais subespécies: é o único que possui dois tipos variantes dele, que são o tigre dourado e o tigre branco (encontrados apenas em cativeiro, diga-se).
Tigre de Amur
Também conhecido como tigre Siberiano, este felino é o maior das subespécies de tigres existentes, podendo chegar a 3,20 m, e a pesar mais de 310 kg. Inclusive, desde 2017, tanto ele quanto as outras subespécies asiáticas foram inseridas numa única nomenclatura científica, o Panthera tigris tigris.
Se comparado com outros tigres, o Siberiano possui uma pelagem bem mais grossa e mais clara (uma vantagem para um animal como ele, que vive em regiões de frio extremo). Caçador solitário e de hábitos noturnos, esse felino tem como habitat florestas de coníferas (as chamadas taigas), e suas presas se resumem a alces, javalis, renas e cervos.
Podendo alcançar uma velocidade que chega a 80 km/h e saltar a uma altura de até 6 metros, o tigre Siberiano é capaz até mesmo de escalar árvores que sejam fortes e robustas.
Tigre do Sul da China
Também pertencente à nomenclatura Panthera tigris tigris (a mesma dos tigres de Bengala e Siberiano), o tigre do Sul da China vive nas regiões de Fujian, Guangdong, Hunan e Jiangxi, além, é claro, no sul da China.
Morfologicamente, é a subespécie mais diferente entre todos os tigres, tendo, por exemplo, dentes carnais e molares menores do que os do tigre de Bengala, e possuindo também uma região craniana mais curta. Podem chegar a 2,65 m, e a pesar até 175 kg, sendo, portanto,m a menos subespécie de tigre da Ásia continental.
Assim, como todas as outras subespécies, esta aqui também está criticamente ameaçada de extinção, com a maior parte dos espécimes, hoje em dia, sendo encontrados somente em cativeiro.
Tigre da Sumatra
Vivendo na ilha indonésia de Sumatra, e de nome científico Panthera tigris sumatrae, o tigre de Sumatra é o único sobrevivente de um grupo desses felinos das ilhas de Sonda, que incluía os tigres de Bali e de Javan (hoje em dia, totalmente extintos).
Sendo a menor subespécie da atualidade, o tigre de Sumatra pode atingir até 2,55 m, e a pesar 140 kg. Visualmente, há outra diferenciação em relação aos demais: as suas listras negras são bem mais escuras e largas, além do seu tom alaranjado ser bem mais forte, quase marrom.
Há alguns casos de pessoas mortas por esse tipo de tigre (até porque a força de sua mordida pode chegar a 450 kg), mas, evidentemente, a mortandade desses tigres provocada pelos seres humanos é bem maior.
Tigre da Indochina
Vivendo em Myanmar, Tailândia, Laos, Vietnã, Camboja e também no sudeste da China, esses tigres possuem um tamanho “mediano”, se comparado aos tigres em geral, podendo chegar a 2,85 m de comprimento, e a pesar cerca de 195 kg.
Uma diferenciação em relação às outras subespécies, é que as listras desse tigre são mais estreitas, além de um tom alaranjado mais profundo e vibrante em sua pelagem.
Sendo um animal muito solitário, é uma das subespécies de tigre mais difíceis de serem estudadas.
Tigre da Malásia
Sendo encontrado nas regiões da península de Málaca, na Malásia e na Tailândia, esse tigre possui, em média, 2,40 m, e pesa em torno de 130 kg. Possui uma dieta um pouco variada, incluindo cervos Sambars, javalis, porcos barbudos, Muntjacs, Serows, e, ocasionalmente, caçando também ursos-do-sol e filhotes de elefantes e rinocerontes asiáticos.
Esse animal é o símbolo nacional da Malásia, e está bastante presente no folclore desse país.
Agora, é esperar que essa variedade de tigres possa ser salva da extinção, e, quem sabe, futuramente, gerarem outras subespécies, e esses animais fascinantes poderem viver tranquilamente na natureza.