O ambiente marinho pode ter muitas questões e detalhes interessantes para o aprendizado das pessoas. Assim, até mesmo pelo fato de haver um certo mistério em relação ao mar, a grande verdade é que as pessoas não entendem por completo o que se passa abaixo da superfície dos oceanos. Mesmo com tanta vida em abundância, por vezes há um distanciamento em relação ao local.
Esse tipo de relação negativa com o mar pode ser vista de muitas formas, mas há um ponto que costuma unir quase todas as pessoas quando se fala no ambiente marinho: os frutos do mar. Dessa maneira, são muitos os frutos do mar que fazem parte da culinária brasileira, com inúmeros tipos. Entre eles estão as famosas ostras, que podem ser consumidas de algumas maneiras diferentes.
Existem no mundo, ao todo, cerca de 200 espécies de ostras, um número realmente grande e impactante. Todavia, a verdade é que provavelmente apenas 4 ou 5 espécies de ostras poderão ser consumidas no Brasil, já que as outras são muito menos comuns para o consumo. Portanto, se você deseja conhecer melhor os tipos de ostras que existem no Brasil e como elas podem ser consumidas, veja tudo sobre isso logo abaixo.
Cassostrea Virginica
A Cassostrea virginica é um tipo de ostra que pode ser consumida, estando na lista das poucas ostras que poderão ser encontradas no Brasil para o consumo humano. Esse tipo de ostra é bastante comum no Oceano Pacífico, onde acontece toda a sua fase de desenvolvimento, desde que nasce até o momento em que sofre a captura para servir de alimento mais tarde.
Na verdade, por conta da fácil e rápida capacidade de multiplicação por parte da Cassostrea virginica, essa ostra pode ser tornar uma espécie ameaçadora em pouco tempo. Isso porque a espécie pode rapidamente se transformar em uma superpopulação, algo negativo para os outros seres vivos do ambiente marinho. Ademais, a ostra em questão costuma ter um sabor bastante salgado, como se fosse realmente o sabor do mar.
Uma razão para isso é o fato de que as ostras, em geral, realizam o processo de filtragem da água e, assim, acabam por absorver bastante a água do mar. Em todo caso, a concha da Cassostrea é em forma crescente, além de ser mais fina que outras conchas do Oceano Pacífico. Se você deseja consumir uma ostra de qualidade, conhecendo o sabor real do oceano, essa é uma boa opção.
Ostrea Edulis
A Ostrea edulis é mais uma espécie comestível de ostra, sendo esse tipo bastante comum na Europa. A ostra também pode ser chamada de “ostra plana europeia”, dada a sua superfície lisa.
Em todo caso, a Ostrea vive do Marrocos, na costa da África, até a região da Noruega, onde as águas são muito mais frias, o que faz com que esse tipo de ostra tenha um desenvolvimento mais prolongado na região. Isso porque, em razão do frio extremo nas águas do local, a ostra acaba por ter o seu metabolismo desacelerado, consumindo menos nutrientes e gastando menos energia ao longo do tempo.
Quanto ao seu sabor, a Ostrea edulis se faz conhecida em grande parte do mundo pelo fato de não ser muito apetitosa, sendo rejeitada por diversos especialistas no assunto. Porém, sempre é recomendável que a pessoa aproveite a sua oportunidade e consuma a ostra, pois gostos são sempre muito diferentes. De qualquer maneira, a Ostrea edulis possui cor amarelada, em um tom bastante marcante e que pode ser visto ao longe. Essa ostra, assim, não costuma ser muito confundida com outras da região.
Ostrea Lurida
A Ostrea lurida também é chamada de Olympia pelas pessoas, justamente por estar presente nessa região dos Estados Unidos. A ostra gosta de ambientes com clima ameno, sem estar muito frio e também sem se fazer muito quente. Nesse caso, a temperatura média das águas nas quais está inserida a Olympia varia entre os 6 e os 19 graus Celsius.
Essa ostra pode viver em ambientes de água salgada ou em locais de água doce, o que por muito tempo foi uma questão para os cultivadores da ostra. De qualquer forma, foi possível notar que a única diferença entre uma ostra desse tipo criada no mar e outra desenvolvida em um rio, é o sabor. Assim, o sabor da ostra marinha se mostra muito mais agudo, como uma espécie de sabor metálico e forte.
Já quando a Ostrea lurida é criada em água doce, o seu sabor se torna muito mais simples e menos agressivo, embora a maior parte dos especialistas gostem mais da versão marinha. A ostra é conhecida em grande parte do mundo pelo fato de apresentar poucas reservas de carne, algo que torna o trabalho de manutenção da Olympia para a venda muito mais complicado e menos lucrativo.
Crassostea Gigas
A Crassostea gigas é uma ostra original do Japão, mas que se fez conhecida em todo o mundo, sendo cultivada, atualmente, em grande parte do planeta. Esse tipo de ostra costuma crescer perto de fitoplânctons, que ajudam a ostra a conseguir os nutrientes necessários para a manutenção da sua vida. O sabor da ostra é muito variável, pois depende muito do local no qual ela está inserida. Em todo caso, a verdade é que esse sabor costuma ser forte e adocicado, sendo geralmente bom.
A Crassostrea gigas possui grande valor econômico para o mundo, pois se mostra responsável por grande fatia da circulação de riqueza de todo o planeta relacionada às ostras. Esse tipo de ostra possui carne preta, em um tom bastante escuro e que pode gerar confusão em que consome a ostra pela primeira vez. Contudo, essa é a sua aparência normal e saiba que não há qualquer problema no fato de a Crassostrea gigas estar muito escurecida.
A oferta de carne presente em uma ostra desse tipo costuma ser considerável, o que faz com que esse tipo de animal seja frequentemente buscado pelos principais especialistas do mundo. Assim, essa é apenas mais uma versão de ostra comestível, embora, para muitos, seja a melhor delas.