São quase 3.000 espécies de serpentes registradas, com as mais diversas características físicas e biológicas, os mais variados hábitos alimentares, processos reprodutivos (que variam até mesmo dentro das espécies), entre outras características, que fazem de alguns tipos de cobras verdadeiros modelos vivos para fotos e pinturas que retratam o ambiente selvagem.
Além disso, elas apresentam potenciais de agressividade tão diversos, que fazem de algumas delas doces e meigos animais de estimação, enquanto outras, inimigas quase mortais dos seres humanos.
Por isso mesmo, algumas representam verdadeiras obras de artes da natureza, tal é a beleza das suas cores, a imponência do seu porte ou mesmo o caráter misterioso das suas origens e hábitos de vida.
E o objetivo desse artigo é exatamente fazer uma lista com 10 tipos de cobras que são quase fotografias vivas dentro da natureza. Algumas delas sendo, inclusive, famosas no mundo todo como verdadeiros cartões-postais dos biomas onde vivem.
1.Jiboia-Arco-Íris
Isso mesmo!, tonalidades de vermelho, azul, violeta, amarelo, laranja, entre outras cores desse fantástico fenômeno da natureza, dão o apelido de uma curiosa espécie típica das florestas densas da Amazônia.
De acordo com os estudiosos, a natureza, em toda a sua sabedoria, dotou a pele escura da curiosa Epicrates cenchria com microfuros capazes de refletirem a luz e, como um verdadeiro prisma, torná-la quase que um arco-íris vivo em meio à selva fechada.
2.Serpente-Verde-do-Sri-Lanka
O Sri-Lanka é um país insular, localizado ao sul da Índia, banhado pelo Oceano Índico e com pouco mais de 20 milhões de habitantes. Sua fama está mais ligada à beleza das suas paisagens montanhosas e pela sua forte tradição budista.
Mas lá também é a terra da curiosíssima serpente-verde-do-sri-lanka. Um belíssimo exemplar do gênero Trimeresurus. Ela é considerada um verdadeiro enigma, já que não é comum que as espécies desse gênero apresentem essa cor.
Ela é pequena, não é venenosa (apesar de relativamente agressiva) e só encontrada em árvores do gênero Trimeresurus — daí o nome do gênero a que pertencem.
3.Serpente-Asiática-das-Videiras (Ahaetulla Nasuta)
Outra espécie ou tipo de cobra que certamente daria uma bela foto, é a serpente-asiática-da-videira — um verdadeiro espetáculo da natureza!
Como não poderia deixar de ser, o seu nome vem do fato de ela ser típica das videiras de algumas regiões da Índia, Bangladesh, Tailândia, Vietnã, Sri-Lanka, entre outras regiões mais ao sul da Índia.
O curioso é que as cores da Ahaetulla mesclam o preto, branco e verde. No entanto, em situações de estresse, ela tende a inchar o seu corpo e, dessa forma, a cor verde acaba se destacando e funcionando como uma excelente camuflagem entre as folhas de videira.
5.Serpente-Krait-Listrada-do-Mar
Apesar da beleza exótica da Krait-listrada, não se enganem!, elas, na verdade, são parentes, não tão distantes, de algumas espécies da temível família Elapidae — uma comunidade que tem como alguns dos seus membros mais ilustres, as temidas taipans, a ameaçadora mamba-negra, a terrível cobra-real, entre outras feras da natureza.
Mas ela também é um tipo de cobra que daria uma bela foto, graças ao seu padrão de cor entre o preto, azul e branco que, no fundo dos oceanos Pacífico e Índico, fazem um belíssimo contraste com o ambiente à sua volta.
6.Píton Albina
A Píton Albina ou Python bivitattus é um colosso da natureza!, com quase 8 m de comprimento e um peso que pode variar entre 70 e 80kg.
Ela é originária do sul da Ásia, e caracteriza-se pela preferência por florestas úmidas e regiões alagadiças perto de rios e lagos.
Na verdade, o mais correto seria classificá-la como uma Píton Leucística (e não albina), já que enquanto a cor branca do albinismo é o resultado da inexistência de pigmentos, no leucismo alguns tons podem levar a um belíssimo contraste.
7.Cobra-Escavadeira-de-Taiwan
Um outro tipo de serpente que bem que poderia ser confundida com uma fotografia, é a Achalinus formosanus.
Suas cores entre o marrom, vermelho e azul são o resultado de um efeito semelhante ao da jiboia-arco-íris. Alguns microfuros produzidos geneticamente fazem com que a luz distribua-se pelo seu corpo. Nesse caso, eles funcionam como um prisma, que resulta em um verdadeiro show de cores e de brilho.
Elas são inofensivas e passam os seus dias caçando as suas presas, geralmente rãs, moluscos, sapos, entre outras presas de pequeno porte.
8.Cobra-do-Milho-Sem-Escamas
A cobra-do-milho é uma espécie bastante singular e, dentre as suas principais características, está o fato de não possuir escamas na parte de cima do seu corpo — por isso é bastante agradável ao toque.
O seu curioso nome vem de uma antiga característica sua de funcionar como uma verdadeira devastadora dos ratos que infestavam os celeiros de milho dos Estados Unidos.
A Pantherophis guttatus (seu nome científico) possui uma história bastante singular. Diz a lenda, que ela era, de certa forma, idolatrada por algumas tribos indígenas norte-americanas, por, supostamente, brotar magicamente dos imensos milharais que compunham a paisagem dos Estados Unidos antes da sua colonização.
9.Cobra-de-Pestana
A Bothriechis schlegeli também é uma serpente originária das florestas densas que percorrem as Américas Central e Sul, especificamente de trechos ente o México e a Venezuela.
Essa é outra exuberância da natureza, com a sua inconfundível cor amarela com detalhes brancos em seu ventre. Ela ganhou esse apelido devido a um grupo de escamas localizado bem acima dos seus olhos, e que têm um aspecto semelhante ao de uma pestana.
A cobra-de-pestana é uma serpente venenosa e, quando ameaçada, é capaz de inocular uma hemotoxina que pode comprometer gravemente a circulação sanguínea e, até mesmo, levar à amputação de um membro.
10.Cobra do Mar da Barriga Amarela (Pelamis Platura)
Essa é uma outra cobra que pode muito bem ser confundida com uma fotografia, tal a exuberância da sua constituição física. No entanto, ela está entre as cobras mais venenosas do mundo!
Para se ter uma ideia do seu potencial de agressividade, ela consegue produzir um veneno mais potente do que o da temida Naja haje, com a diferença de que ele é inoculado em bem menor quantidade.
A boa notícia é que ela dificilmente está disposta ao ataque, pois prefere fugir sempre que é importunada em seu habitat natural.
O curioso dessa espécie é que ela guarda características próprias dos seres aquáticos, como um exemplo vivo da habilidade da natureza em fazer passar, todas as espécies, por uma competitiva, agressiva, minuciosa e eficiente seleção natural.
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