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Tipos de Arraias do Mar

Parentes bem próximas dos tubarões, as arraias são peixes fascinantes que habitam tanto as águas doces de rios (a que pertence à ordem Potamotrygonidae), quanto as águas salgadas do mar. A variedade desses animais é, realmente, imensa.

Pra demonstrar isso, a seguir, vamos conhecer os tipos de arrais que vivem no mar, além de conhecer mais algumas coisas desses incríveis peixes.

Características Gerais das Arraias do Mar

As arraias pertencem ao mesmo grupo que os tubarões, possuindo, via de regra, corpo achatado dorsiventralmente. Consequentemente, as brânquias das arraias se encontram na parte de baixo de suas cabeças. Vivem, normalmente, no fundo dos mares, e, por isso, são chamadas de demersais.

As arraias chamadas de “típicas” são aquelas que possuem as barbatanas peitorais como uma extensão do próprio corpo. fazendo com que ele fique ou em formato arredondado, ou em formato de losango. Nesse grupo, podemos incluir não somente as arraias “verdadeiras”, como também os peixes-serra, os uges ou ratões, as raias elétricas e os tubarões anjo.

As arraias são muito próximas dos tubarões em um sentido filogenético, o que faz com que sejam, incluídos na mesma subclasse. É por isso, inclusive, que a divisão entre arraias e tubarões é meramente morfológica.

Além dos mares, existe uma única família de arraias que habitam águas doces. Trata-se da Potamotrygonidae, que vive, entre outros lugares, nos rios do Pantanal.

A seguir, vamos mostrar vários tipos de arraias classificadas em famílias, e cujas características principais são as mesmas, só se diferenciando em um ou outro ponto mais específico.

Anacanthobatidae

Anacanthobatidae
Anacanthobatidae

Aqui, trata-se de pequenas arraias, cuja característica mais proeminente é ter um filamento na extremidade do focinho. Além disso, ela não possui barbatanas dorsais, a pele é lisa e sem dentículos, e a cauda é fina e curta. Habitam o talude continental (porção dos fundos marinhos) de águas tropicais e subtropicais da região indo-pacífica.

Dasyatidae

Esse tipo de arraia reside em águas tropicais e subtropicais de todos os oceanos, mas pode, eventualmente, entrar em estuários. É conhecida pelos espinhos venenosos em sua cauda, que além de muita dor em um ser humano, podem causar certos sintomas, como náusea, vômito, febre, calafrios, paralisia, desmaio, taquicardia e hipotensão (dependendo da espécie de arraia). As toxinas de algumas podem ser fatais para as pessoas.

Gymnuridae

Gymnuridae Fotografada no Fundo do Mar
Gymnuridae Fotografada no Fundo do Mar

Essa família de arraias é bastante caracterizada por barbatanas peitorais muito largas, além da ausência de barbatanas dorsais, e uma cauda fina e curta, sem espinhos. São localizadas, especificamente, em águas tropicais e subtropicais de praticamente todos os mares, mas é raramente encontrada em estuários.

Hexatrygonidae

Hexatrygonidae
Hexatrygonidae

Esse tipo de arraia tem uma peculiaridade: tem seis fendas branquiais (todas as demais têm cinco). Dessa família, só existe uma única espécie válida conhecida, que é a Hexatrygon bickelli. Ela tem um focinho longo e carnudo, quase como se fosse uma espécie de tromba, e pode ser encontrada no talude continental no Indo-Pacífico, desde a África do Sul até ao Japão.

Myliobatidae

É nessa família aqui que encontramos as maiores arraias existentes, incluindo a famosa e gigantesca arraia jamanta, e a menos conhecida arraia-águia. São animais que possuem espinhos venenosos, e, por isso mesmo, são bem perigosas caso se sintam ameaçadas.

Plesiobatidae

Plesiobatidae
Plesiobatidae

Dessa família aqui, só é conhecida uma única espécie: a Plesiobatis daviesi. Trata-se de uma arraia que habita bastante as profundezas dos oceanos, e, por causa disso, são animais que chegam a grandes dimensões (a maior arraia dessa espécie registrada tinha 2,7 m). Possui cauda com espinho, e pode ser encontrada no Indo-Pacífico.

Rajidae

Uma das famílias de arraias que possuem a maior quantidade de espécies. Aqui, já foram registradas mais de 200 espécies diferentes, agrupadas em 14 gêneros. São animais presentes em todos os oceanos, desde o Ártico à Antártica, desde águas costeiras até regiões abissais. A cauda é bem fina, mas apresenta pregas laterais e uma barbatana reduzida. Como peculiaridade em relação às outras arraias, estas aqui possuem órgãos elétricos nos músculos caudais. Já a pele apresenta dentículos, em geral, em uma linha ao longo da linha média do dorso.

Rhinobatidae

Rhinobatidae
Rhinobatidae

Família de arraias vulgarmente conhecidas como peixes guitarra ou peixes-viola. Encontram-se em águas tropicais de todos os oceanos, em especial, em águas costeiras. Raramente entram em estuários. O corpo desses animais é, no mínimo, curioso: é um intermédio entre os tubarões e as arraias. As barbatanas peitorais dão à cabeça um formato de coração, com o restante do corpo sendo alongado. A cauda não possui espinhos. Podem atingir tamanhos consideráveis (até 3 m), mas não representam perigo algum para o homem, pois, ao contrário de outras arraias, não possui ferrão na cauda. A sua única estratégia para se defender de predadores é se camuflar no fundo dos oceanos, assim como o linguado faz.

Urolophidae

Urolophidae
Urolophidae

Já esta daqui é uma família de arraias que engloba cerca de 35 espécies, agrupadas em dois gêneros. Ocupam os três principais oceanos, e é a única família de arraias que é exclusivamente marinha. Grande parte das espécies possui um ou dois espinhos em suas caudas.

Principais Cuidados com as Arraias

Tanto as arraias de água doce, como as do mar, são muito mansas, e só atacam quando se sentem ameaçadas. O problema é que o ataque de uma arraia pode causa sérios danos a uma pessoa. No total, são em torno de 39 espécies de arraias com ferrão.

Quem sofre uma ferruada desse animal sente uma dor muito aguda e intensa, além da cicatrização do ferimento ser bem difícil. Às vezes, pode ocorrer necroses (morte dos tecidos) ou até mesmo problemas cardiorrespiratórios.

Mesmo que possa parecer terrível, raramente uma pessoa morre em decorrência de uma ferruada de arraia. Seria preciso que o ataque atingisse algum órgão vital, ou que a pessoa fosse extremamente sensível à peçonha do animal.

Para evitar se atacado por uma arraia, tente não nadar quando a maré estiver muito baixa, pois lugares com lama e com poucas ondas são os lugares preferidos delas ficarem. Pescadores e ribeirinhos são as vítimas mais comuns desses animais, e por isso mesmo, dão mais uma dica para evitar ataques: dentro d’água, não dê passos muito largos, e vá arrastando o pé para avistar se, por acaso, existe alguma arraia por perto.

Com o cuidado necessário, ninguém sairá ferido.

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