As arraias são animais muito curiosos e peculiares. Discreta, ela pode se esconder em diversos cantos do mar, na camada de areia nos rios e até nos aquários.
Sim, isso mesmo, elas podem ser criadas em aquários, pois existem muitos tipos de arraias de água doce. Inclusive muitas habitam os rios brasileiros.
As pessoas geralmente colocam-nas em aquários para fins ornamentais e cuidados, isso se deve pela sua beleza ímpar.
Neste artigo vamos lhe mostrar as características das raias, os tipos de raias de água doce e os cuidados essenciais, caso você deseja tê-la em um aquário.
As Raias
As raias podem estar tanto em rios, quanto em mares, ou seja, sua família é muito grande. Existem cerca de 456 espécies de raias, divididas entre 14 famílias e cerca de 60 gêneros.
Elas possuem o corpo achatado, redondo e podem ter diferentes colorações; o seu rabo é fino e comprido, e é lá onde localizado o ferrão.
Algumas espécies apresentam o ferrão e são venenosas – cerca de 40 –, são muito perigosas e capazes de ferir qualquer animal, inclusive humanos.
Elas possuem o esqueleto cartilaginoso, juntamente com duas nadadeiras laterais. Os olhos ficam a parte superior do corpo, e a boca no vente.
Raias de Água Doce
As raias de água doce pertencem à família Potamotrygonidae. A qual é dividida em 3 gêneros: Potamotrygon, Paratrygon, Pleisiotrygon – onde existem cerca de 20 espécies.
Elas estão presentes principalmente nos rios do Brasil e da América do Sul. Na maioria pelo menos, não estão apenas nos que desaguam no Pacífico. Mas estão em abundância na Floresta Amazônica, onde se desenvolveram muito bem e tiveram ótima adaptabilidade.
Elas se alimentam basicamente de outros peixes e moluscos, ou seja, são carnívoras. Mas isso não faz dela uma exímia caçadora, ela come apenas pequenos animais.
Elas adoram viver “escondidas” ou “disfarçadas” em meio ao solo arenoso, onde se camuflam e podem capturar suas presas com mais facilidade.
Seu corpo é constituído por manchas e listras, algumas brancas, outras pretas ou acinzentadas, diferente da raia de água salgada, a qual o corpo é composto apenas de uma coloração.
Elas são ativas na pesca da região, muitas vezes são capturadas para fins comerciais. Existem muitos lugares onde você pode encontrar raias de água doce em aquários.
Desta forma, elas podem sim ser criadas em cativeiro, mas é fundamental o devido cuidado e a atenção necessária, para que o animal não sofra e muito menos seja prejudicado.
Mas o ideal é que vivam livre, em um ambiente preservado, límpido e longe de poluições. Elas também constituem o ferrão e consequentemente são venenosas.
Se tiver uma raia de água doce na sua casa, se atente para isso, pois elas podem ser perigosas. Ao trocar a água do aquário, dos manejos com elas, cuidado para não picado.
Seu veneno pode levar a convulsões, vômitos, taquicardia e se não for tratado e cuidado rapidamente, pode até ocorrer a morte.
Mas fique tranquilo! Elas só picam quando se sentem ameaçadas. Fique atento para não acontecer um acidente e sem querer, você encostar o braço no ferrão.
Tipos de Raias de Água Doce
Elas são dividas em 3 principais grupos. Que as diferencia, basicamente é de raios e listras que possuem no peito. Potamotrygon, Paratrygon, Pleisiotrygon, porém onde existem mais espécies é no gênero Potamotrygon – cerca de 20 espécies.
Potamotrygon Wallacei: A Raia-Cururu
A raia cururu ganhou seu nome cientifico depois de muito tempo, ela sempre foi conhecida nas águas do Rio Negro, este que está presente na Amazônia e foi descrita pela primeira vez há 160 anos, porém, apenas muito tempo depois, foi reconhecida oficialmente pelo nome cientifico de Potamotrygon Wallacei, devido ao cientista e explorar que a descobriu.
Ela é a menor do gênero Potamotrygon, seu corpo pode chegar apenas até 30 centímetros. Muito diferente de outras espécies, que possuem a largura do disco corporal bem maior.
Potamotrygon Histrix
Esta espécie é oriunda e habita principalmente as águas do rio Paraguai e Paraná. É uma espécie muito bela e bastante comercializada entre os admiradores e vendedores de aquários e raias de água de doce.
Popularmente elas são conhecidas como arraia manchada, arraia porco-espinho.
Podem alcançar os 40 centímetros e uma alta expectativa de vida se bem cuidada, em torno de 20 anos. Por ser daqui, ela é muito comercializada e pode ser facilmente encontrada.
Potamotrygon Falkneri
Também conhecidas como raia pintada, esta espécie é distribuída em grande parte do Brasil. Gosta de habitar áreas fundas e esconder-se em solo arenoso e lamacento.
Desta maneira, elas alcançam até os 60 centímetros e necessitam de um amplo espaço para viverem com qualidade, fato que as fazem ser menos comercializadas que a Histrix por exemplo, mas mesmo assim ocorre.
Se conseguirem se adaptar ao local onde vivem naturalmente, como o fundo dos rios, ela é capaz de viver em torno de 20 anos.
Potamotrygon Rex
A espécie está presente principalmente no Rio Tocantins. É um dos animais mais curiosos do nosso país. Trata-se de uma raia “gigante”, que pesa cerca de 20 kg e pode chegar até 1 metro de comprimento.
Seu corpo é constituído pela coloração marrom e possui manchas amareladas e alaranjadas. É um animal muito belo.
O nome “rex”, em latim significa Rei, e ela recebe esse nome devidamente por causa do seu tamanho e de sua coloração, é praticamente o Rei das águas doces do Rio Tocantins.
Cuidados Essências
Se Você está pensando ou tem o desejo de criar raia de água doce. É fundamental que você se atente em alguns detalhes que fazem toda a diferença.
- pH da água: A raia de água doce está acostumada a viver em águas com alto nível de acidez. Então se atente ao pH da água, o ideal é que seja entre 5.5 e 7.0; mas claro, pode variar no período reprodutivo e para cada espécie
- Tamanho do aquário: Disponibilize para sua raia um espaço com profundidade de pelo menos 50 centímetros e 40 cm-100 cm de diâmetro. O aquário deve conter, no mínimo, 400 litros.
- Cuidados: Lembre-se, é importantíssima trocar e filtrar a água, além da temperatura, e da iluminação adequada. Lembre-se de alimenta-la todos os dias com pequenos peixes e rações.