O Tigre-do-Cáspio, ou Panthera tigris virgata (seu nome científico), foi uma exuberante espécie da família Felídae, que, como podemos ver nas fotos e imagens abaixo, era uma verdadeira exuberância, com características únicas, e que o diferenciavam dos demais membros dessa comunidade.
A espécie foi dada como extinta ainda na década de 60, apesar de algumas supostas aparições nas regiões em torno do Mar Cáspio.
Ele era considerado um parente próximo do Tigre Siberiano (inclusive do ponto de vista do seu sequenciamento genético), e somava-se aos Tigres Insulares e aos Tigres Asiáticos para compor uma família que possui os maiores felinos da natureza, considerados caçadores implacáveis, com visão e olfato quase incomparáveis, entre outras qualidades que os permitem identificar uma presa a centenas de metros de distância.
Foi em 2017 que o Tigre do Cáspio foi oficialmente dado como extinto, após décadas de buscas por algum exemplar nas distantes e excêntricas paragens entorno do Mar Cáspio.
Essa espécie habitava as regiões mais ao oriente do mar, em um trecho bastante considerável do Turcomenistão, Leste da Turquia, Norte do Irã, e também em um território razoável da China e da Mongólia.
Eles também distribuíam-se pelas extravagantes planícies do Azerbaijão, Geórgia e Casaquistão. Espalhavam-se pelas regiões misteriosas (e para nós, ocidentais, insondáveis) do Daguestão, Afeganistão, Ásia Central, Quirguistão, Chechênia, entre outras regiões com características mais áridas e desoladas.
Também existem investigações, bastante confiáveis, que apontam a existência (em tempos imemoriais) dos Tigres do Cáspio em regiões da Ucrânia, Romênia, no litoral do Mar de Azov, na região fria e hostil do oeste da Sibéria, além de algumas aparições, não totalmente comprovadas, em territórios da Bielorrúsia.
Aliás, como vemos nessas fotos, os Tigres-do-Cáspio possuíam algumas características (além de um nome científico) que demonstravam, claramente, a sua capacidade de habitar aquelas regiões geladas do vasto “continente” russo, que caracterizam-se, justamente, por abrigar algumas das espécies mais incomuns da natureza.
Fotos, Características e Nome Cientifico do Tigre do Cáspio
Juntamente com o tigre-de-bengala e o siberiano, o tigre-do-cáspio compunha uma das três maiores populações de tigres do planeta.
Essa espécie ainda foi capaz de nos presentear com um monumento com mais de 230 kg e cerca de 2,71m de comprimento – uma verdadeira “força da natureza”, poucas vezes comparada no ambiente selvagem.
Os tigres-do-cáspio – com exceção do seu nome científico, obviamente – possuíam características bastante similares às de outras espécies, como podemos ver nessas fotos: Uma pelagem amarelo-ouro; ventre e áreas do rosto de cor branca; listras amarronzadas e que distribuíam-se em algumas tonalidades diferentes – geralmente entre o castanho e o ferrugem; pelagem robusta (como uma das suas principais características), entre outras peculiaridades.
Com relação a essa sua pelagem, é curioso notar como ela se desenvolvia surpreendentemente nas estações mais frias do ano (especialmente a da região do rosto e do ventre), como forma de fazê-los suportar melhor os invernos rigorosos de algumas regiões da Ásia Central, como a Sibéria, China, Mongólia, entre outros trechos do continente.
Na verdade o que se diz é que, quando o assunto era impressionar pela aparência, os tigres-do-cáspio quase não tinham rivais, pois eram verdadeiros monumentos – espécies de colossos da natureza! – , com as suas garras terrivelmente assustadoras, um tronco da mesma forma intimidador, patas que mais pareciam um conjunto de pás mecânicas, entre outros detalhes da sua estrutura, que ajudaram a aumentar, ainda mais, a sua fama por aquelas paragens.
Os tigres-do-cáspio ainda cultivavam o hábito de emigrar em imensos bandos, uma vez por ano, como forma de encontrar novas presas; ou mesmo seguir os rastros das suas vítimas favoritas; que até pareciam fugir do seu encalço.
Por isso mesmo eles eram os “tigres viajantes”, para os nativos do entorno do Mar Cáspio. Uma característica que se juntava a inúmeras outras para batizá-los como uma das mais extravagantes e incomuns espécies dessa não menos singular família Felidae.
A Extinção dos Tigres-do-Cáspio
Essas imagens e fotos do tigre-do-cáspio mostram uma espécie com as características de um “superpredador” – aliás, como o seu nome científico, Panthera tigris virgata, por si só já deixa bem claro.
Em meio aos densos matagais do entorno do Mar Cáspio, ou embrenhando-se nas matas ciliares de trechos do Turcomenistão e do norte do Irã, ou mesmo ao esgueirar-se por entre os bosques e florestas fluviais da Turquia, China e de trechos da Rússia, eles estavam lá, como verdadeiras feras, do alto dos seus mais de 90kg, ajudando a compor a paisagem de uma das regiões mais exóticas do planeta.
Nessas regiões, eles utilizavam-se, com maestria, das características dessa vegetação, onde camuflavam-se de forma magnífica, mantendo-se, dessa forma, nas melhores condições possíveis para espreitar e atacar as suas principais presas.
Eram presas como os bisões, alces, cervos, veados, búfalos, javalis, asnos selvagens, uruz, saigas, entre outras espécies que não conseguiam opor a menor resistência ao poder devastador das suas garras, perfeitamente dispostas em um conjunto de patas, que não se sabe bem se eram membros de um animal ou um verdadeiro instrumento feito para a guerra.
Os tigres-do-cáspio só não contavam com o expansionismo russo do final do séc. XIX, que foi decisivo para o seu extermínio, terminando por destruir os seus principais habitats naturais, e fazendo com que a espécie tivesse que ceder o seu lar para a fúria avassaladora do progresso.
A Engenharia Genética Estuda Ressuscitar o Tigre-do-Cáspio
Enormes trechos, onde até então viviam comodamente os tigres-do-cáspio, tiveram que dar lugar a inúmeras plantações, além da criação de gado e outras formas de utilização de boa parte das florestas alagadas, bosques, charnecas e matas ciliares que tinham as características ideais para abrigá-los.
O resultado foi a extinção dos tigres-do-cáspio ainda nos anos 60; mas para dar lugar a uma série de lendas ou depoimentos sobre a sua existência em alguns trechos do entorno do Mar Cáspio, como o norte do Irã, algumas regiões da Turquia e do Casaquistão, entre outras regiões.
Ainda pululam suspeitas sobre o assassinato deliberado de inúmeros exemplares do tigre-do-cáspio na região do Golestão (no Irã), assim como no leste da Turquia (na província de Uludere), bem como no Afeganistão, Chechênia, Ucrânia, entre outras regiões.
Mas a novidade é que um grupo de cientistas internacionais concluiu que, sim, é possível trazer de volta à vida o tigre-do-cáspio por meio do que há de mais moderno em engenharia genética na atualidade.
Isso porque essa espécie, segundo os cientistas, é na verdade uma subespécie dos famosos tigres-siberianos; e é justamente por isso que é possível obter uma nova variedade autêntica de tigres-do-cáspio por meio do seu DNA.
Tal é o otimismo da equipe, que a novidade já foi até publicada na revista Biological Conservation – e já obteve, inclusive, um financiamento da World Wildlife Fund, que garantiu que em breve a espécie do Cáspio será trazida de volta à vida, para a alegria dos principais órgãos ambientais da região, e também da população, que só conhece do tigre-do-cáspio algumas lendas e mitos sobre a sua passagem pela região.
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