A harpia é uma das aves de rapina mais imponentes e majestosas que existem, ao mesmo tempo que é uma das mais fortes e vorazes. Vive aqui na América do Sul, e também no Brasil. Então, vamos saber onde encontrar este lindo pássaro por aí?
Também chamada de gavião-real, a harpia é a maior ave de rapina do continente sul-americano, sendo a represente mais forte encontrada aqui no Brasil.
Esse animal habita, geralmente, florestas tropicais altas e densas. Sua distribuição geográfica vai desde o México até a Bolívia, passando pela Argentina, e, claro, pelo Brasil.
Em nosso país, inclusive, essa ave está em declínio na região da Mata Atlântica, enquanto que na Amazônia sua ocorrência é um pouco maior. De um modo geral, a harpia pode ser encontrada em alguns estados do Nordeste e do Sul, além de Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
Pelo fato de ocorre em boa parte do Brasil, essa ave recebe muitos nomes regionais, como águia-real, gavião-de-penacho e denominações indígenas, uiraçu e canoho.
Historicamente falando, ela já foi registrada em praticamente todos os estados brasileiros, tendo sua população drasticamente reduzida ao longo dos anoa, tanto devido à caça predatória, quanto à perca de seus habitats naturais.
Esses habitats incluem florestas de planícies e altitudes de até 2.000 metros do nível do mar. Mas, também pode viver em pequenos fragmentos isolados nas matas, contanto que haja presas suficientes para ela se alimentar.
E, muito embora seja uma ave de grande porte, trata-se de um animal bastante discreto, preferindo pousar entre a vegetação de onde habita, e não nas copas das árvores, de onde sobrevoa a maior parte do tempo, planando.
As Principais Ameaças para as Harpias e a Conservação da Espécie
De um modo geral, não apenas aqui no Brasil, mas em toda a América do Sul, essas aves foram cobiçadas, seja por tribos indígenas, seja por caçadores em geral.
Em algumas aldeias do Xingu, por exemplo, esses pássaros eram mantido sem gaiolas desde filhotes para que suas asas fossem usadas em ornamentos.
O mesmo pode ser dito quanto aos caçadores de um modo mais amplo, já que as penas dessas aves sempre foram bastante apreciadas no que se refere a confeccionar ornamentos, quanto para serem empalhadas e servirem como uma espécie de “troféu”.
Fora isso, ainda existe a questão do desmatamento, e a fragmentação de seus habitats e aqui no Brasil e nos países da América Latina. Sem contar ainda que harpias que vivem próximas a fazendas tendem a ser abatidas para que não façam dos animais nesses locais as suas presas.
Perda Considerável de seus Habitats
De acordo com estudo recente publicado na revista internacional PLOS ONE, a harpia já perdeu cerca de 40% de seus habitats naturais, incluindo, claro, as regiões onde mora aqui no Brasil.
A coleta de dados sobre a extensão da perda de moradia natural desses pássaros foi possível graças a dados fornecidos aos pesquisadores pelos chamados observadores de aves, que veem, na prática, o quanto a quantidade de harpias tem diminuído ao longo dos anos.
As áreas na América do Sul e no Brasil como um todo onde as harpias foram mais localizadas são justamente as regiões como menores índices populacionais humanos, e onde se tem alta densidade florestal. É por isso, por exemplo, que o lugar onde se pode encontrar harpias com mais facilidade por aqui é na Amazônia.
Pra se ter uma ideia, cerca de 93% da atual distribuição geográfica da harpia se encontra justamente na Amazônia. Contudo, ainda assim, essa ave tem sérias dificuldades nessa região, como a degradação do habitat devido à extração de madeira, além de tribos indígenas que ainda caçam esses animais.
Já os outros ínfimos 7% de distribuição geográfica da ave estão concentrados em alguns pontos da América do Sula, além de alguns enclaves florestais no Cerrado e na Mata Atlântica, o que é muito pouco dado a quantidade de habitats que essas aves viviam tempos atrás.
Os mesmo pesquisadores que registraram essas questões, também propuseram soluções para o problema. Existe, por exemplo, uma área na serra do mar no Estado de São Paulo onde não há mais a presença de harpias, porém, está cheio de suas habituais presas. Portanto, seria uma região de reintrodução dessa ave.
Outras Enormes Aves de Rapina Além da Harpia
Condor Andino (nome científico: Vultur gryphus)
Esse daqui é considerado a maior ave de rapina do mundo, junto com o próximo exemplo que daremos logo mais. Pode medir uma inacreditável envergadura de asas de 3 metros de comprimento, e pesar cerca de 15 kg.
Seu habitat natural são regiões montanhosas onde haja ventos fortes o suficiente para fazer o animal voar com mais facilidade. Sua alimentação se restringe a roedores e outros pequenos animais, apesar de seu tamanho avantajado.
Condor-da-Califórnia (nome científico: Gymnogyps californianus)
Junto com o condor andino, esta aqui é a maior ave de rapina de todas, medindo também 3 m de envergadura das asas e ´pesando cerca de 12 kg.
Também é considerado o maior pássaro da América do Norte, e sua alimentação consiste em carcaça de animais mortos, além de gados, ovelhas, coelhos e roedores de um modo geral.
Abutre-real (nome científico: Torgos tracheliotos)
Sua envergadura de asas chega a quase 3 m de comprimento e pode pesar quase 14 kg. Pode ser encontrado nas savanas africana e também na Arábia.
Sua alimentação é feita à base de gazelas, antílopes e flamengos. Fora isso, também é uma ave conhecida por roubar ovos e filhotes de outros pássaros.
Por conta de seu enorme tamanho, essa espécie de abutre, quase sempre, é a primeira a conseguir comer primeiro as carcaças que encontram por aí, até mesmo atacando chacais e outros abutres menores que ousarem se aproximar.
Abutre-barbudo (nome científico: Gypaetus barbatus)
Com uma envergadura de quase 3 metros de comprimento e um peso de 8 kg, essa ave pode ser encontrada na Ásia, na África e na Europa como um todo.
Em termos de alimentação, essas aves, na maior parte das vezes, rejeita carcaças, o que a distingue de outros abutres. Prefere pegar ossos de animais mortos e soltá-los de grandes alturas, e quando estes se quebram no chão, comem a nutritiva medula que estava dentro deles.
Também fazem esse processo peculiar com tartarugas, a fim de quebrar a carapaça delas.