Sabemos que um dos animais mais antigos que vive entre nós são as tartarugas. É uma espécie que viveu por séculos e seus descendentes vivem até hoje. Há relatos de que as tartarugas estavam presentes até na época dos dinossauros. Uma das tartarugas mais surpreendentes do reino animal é a tartaruga gigante ou tartaruga de couro. Essa espécie é muito diferente das outras, apesar de ser semelhante em sua aparência, ela possui detalhes que somente essa espécie tem.
No geral, as tartarugas são animais que estudamos enquanto estamos na escola, são representadas na cultura popular e são muito importantes para o equilíbrio da fauna. Você provavelmente já viu uma em zoológicos, ou já teve tartarugas domésticas ou espécie semelhantes. As tartarugas gigantes são realmente mais difíceis de serem encontradas, porém é muito importante conhecer e entender mais sobre esse animal que é tão diferente e tão inusitado. Vamos conhecer mais sobre as tartarugas de Couro.
Características das Tartarugas de Couro ou Tartarugas Gigantes
Um dos primeiros aspectos peculiares é que elas são as maiores tartarugas de todas as espécies. Elas podem chegar até 2 metros de comprimento e podem pesar até me meia tonelada.
As tartarugas de couro, assim como qualquer outra tartaruga, fazem parte do grupo dos répteis, um grupo específico que possui características que os tornam animais diferentes. O nome réptil vem uma característica em comum que todos eles têm, o fato de se arrastarem com o abdômen no chão. Dentro desse grupo de répteis estão também as cobras, jacarés, crocodilos, camaleões, entre outros. São grupo de animais com algumas habilidades que outros não tem.
Um dos aspectos mais interessantes é a sua carapaça, a parte enrijecida que cobre todo o seu corpo. Esse casco é formado, na verdade, por estruturas ósseas, apesar do nome ser couro. Além dessa estrutura, ela é coberta por uma fina camada de pele. Se formos comparar o tamanho do seu corpo para o tamanho da sua cabeça veremos que é desproporcional. As tartarugas gigantes têm uma cabeça realmente pequena em relação ao seu tamanho total.
Além de ser uma espécie que vive entre na terra a muito tempo, as tartarugas são os animais que realmente mais vivem em questão de longevidade. Agora, não se tratando da espécie, mas de cada tartaruga gigante especificamente, elas podem viver até 300 anos. Portanto, se você achar um dia uma tartaruga de couro adulta, você pode ter certeza que ela já vive a muito tempo.
Elas se alimentam basicamente de plâncton e salpas, elas comem muito por dia, comem uma quantidade equivalente ao seu próprio peso. Elas não podem se alimentar de outra coisa pois podem morrer entoxicadas. Se comem carne por exemplo, rapidamente vão a óbito, pois sua dieta é muito restrita.
Informações Sobre Tartaruga Gigante
Essa espécie de tartaruga tem coloração predominantemente preta e com alguns pontos e manchas brancas ou amarelas. Elas são animais marinhos, portanto elas não possuem patas terrestres, mas sim nadadeiras. Elas possuem duas nadadeiras frontais e duas nadadeiras traseiras. Essas nadadeiras possuem uma força que permite que elas viagem cruzando oceanos com muita velocidade. Elas sempre vivem no alto mar.
Considerando que são animais viajantes é difícil pontuar exatamente quais são os locais em que elas vivem, mas é possível pontuar onde as fêmeas desovam seus ovos. Desse modo, podemos dizer que as fêmeas normalmente desovam em litorais brasileiros como o Espírito Santo, praias da Malásia, África do Sul, Madagáscar, Costa Rica entre outros locais por perto desses.
Os ninhos das tartarugas de couro são uns dos mais profundos entre todas as tartarugas, suas nadadeiras fortes permitem que ela possa cavar ninhos de até 1 metro de profundidade. Ao terminar a desova ela joga areia em cima do buraco cavado e faz manchas na areia em volta de seu ninho para confundir possíveis predadores que estejam esperando que ela saia para atacar os ovos.
Reprodução e Curiosidades
Um fato diferente dessa tartarugas é que elas não podem retrair sua cabeça e nadadeiras como outras espécies fazem. Provavelmente você já viu alguma tartaruga doméstica ou silvestre retraindo sua cabeça e patas para dentro de seu casco quando se sentem ameaçadas. Esse mecanismo, as tartarugas gigante não tem.
Outro fato interessante é que, apesar de ser um réptil, elas conseguem manter sua temperatura corporal de forma metabólica. Esse tipo de anomalia é chamado de réptil endotérmico. Isso porque a maioria dos répteis são conhecidos por não conseguirem controlar a temperatura do seu corpo. Por isso os crocodilos, por exemplo, passam seus dias alternando entre sol e água para que alcancem o equilíbrio de sua temperatura corporal.
A reprodução ocorre a cada três anos, em cada época de reprodução elas podem desovar até oito vezes e cada desova pode gerar até cem ovos. Portanto podemos calcular que em uma época de reprodução elas podem gerar até 800 filhotes.
A temperatura da areia é o que vai definir o sexo dos filhotes. Normalmente, acima de 25° nascem fêmeas e abaixo de 25° nascem machos.
Ameaças e Extinção
Hoje em dia, praticamente todos os animais sofrem com o descaso com o meio ambiente. As tartarugas já são consideradas uma espécie altamente atacada pelas mudanças climáticas, poluição e degradação. No Brasil, a tartarugas gigantes são consideradas praticamente em alto risco de extinção. Existem vários fatores que fazem com que elas sejam a cada dia diminuídas, entre eles estão a captura de seus ovos, a pesca ilegal e a poluição dos oceanos. Repetidamente é possível encontrar notícias de tartarugas que aparecem nas costas já mortas por ingerir plásticos, resíduos e confundir com alimentos ou morrerem enforcadas por lixo.
Além da presença do lixo, ultimamente diversas indústrias já foram multadas e processadas pelo tanto de resíduos industriais que lançam ao oceano. Ultimamente também no Brasil houve casos de derramamento de óleo em praias importantes acabando com a fauna de diversos litorais.
Existe grande chances ainda de recuperarmos diversas espécies de animais que estão sumindo do planeta para isso precisamos de conscientização sobre as pequenas atitudes no dia a dia que afetam direta ou indiretamente diversas espécies que admiramos.