Muita gente pode até pensar que não existe variedade de espécies de tarântulas, e que todas são rigorosamente iguais: grandes e com muitos pelos. Mas, não é bem assim. Na verdade, existem muitas classificações inferiores desses aracnídeos, com uma gama até boa de espécies existentes ao redor do mundo.
Vamos conhecê-las?
Classificações Inferiores Das Tarântulas
De acordo com o Sistema de Informação Integrado Taxonômico (cuja abreviatura é ITIS), a classificação das tarântulas se dá nessa ordem: reino -> Animalia; subreino -> Bilateria; filo -> Arthropoda; subfilo -> Chelicerata; classe -> Arachnida; ordem -> Araneae e família -> Theraphosidae.
Já no subgênero, que podemos dizem que faz parte da classificação inferior desses bichos, podemos citar alguns deles, como, por exemplo, o Grammostola, o Haplopelma, o Avicularia, o Theraphosa, o Poecilotheria e o Poecilotheria. No total, são 116 gêneros, englobando muitos tipos diferentes de tarântulas, tanto em termos de tamanho, como de aparência, e até mesmo de temperamento.
Vamos, a seguir, mostrar algumas espécies relacionadas a alguns desses gêneros para que vocês vejam a diversidade desse tipo de aranha,e suas peculiaridades.
Tarântula Rosa Chilena (Grammostola Rosea)
Do subgênero Grammostola, essa tarântula tem como principal peculiaridade a coloração dos seus pelos, que vão do castanho ao rosa, e cujo tórax tem uma cor rosa bem brilhante. Por ser dócil em comparação a outras aranhas do tipo, essa é uma das espécies ideais para se começar a ter o hobbie de criar tarântulas.
Com as fêmeas vivendo até os 20 anos de idade, e os machos até os 4 anos, a tarântula rosa chilena, apesar do nome, não se encontra apenas no Chile, mas também na Bolívia e na Argentina, especificamente em zonas áridas e semiáridas. Vivem, basicamente, em tocas, ou que cavam no chão, ou que já encontram abandonadas.
Tarântula Azul Cobalto (Haplopelma Lividum)
Pertencente ao subgênero Haplopelma, o que a rosa chilena tem de dócil, essa aqui tem agressiva. Com uma pelagem de um azul bem forte, essa aranha mede em tono de 18 cm de comprimento com as pernas esticadas, e tem uma expectativa de vida que pode chegar aos 20 anos de idade.
Sua origem é asiática, vivendo principalmente em regiões da Tailândia e da China. É o tipo de aranha que gosta de bastante umidade e uma temperatura ambiente razoável, de mais ou menos uns 25°C. E, por conta de seu temperamento, não é, nem de longe, a espécie mais indicada para quem quer começar a criar tarântulas em casa.
Tarântula Macaco Ou Tarântula De Dedos Rosa (Avicularia Avicularia)
Do subgênero Avicularia, e originária do norte da América do Sul (mais precisamente, da Costa Rica ao Brasil), essa aranha, assim como a rosa chilena, é bastante dócil. Outra característica dela é que, ao contrário da maioria das tarântulas, esta aqui não é tão adepta do canibalismo, e, com isso, mais de um exemplar dessa espécie pode ser criado em um viveiro sem maiores problemas.
Outra peculiaridade dessa aranha é que, a partir do momento em que é manipulada, ela dá pequenos pulos (daí o seu nome popular ser de tarântula macaco). É bom salientar também que a picada desse aracnídeo não representa risco de morte para as pessoas, já que o seu veneno é bem fraco para o ser humano, mas pode ser bastante dolorosa, em contrapartida.
Dessa espécie, as fêmeas podem chegar aos 30 anos, e os machos, aos 5 anos. Já o tamanho é de até 15 cm de comprimento.
Aranha Golias Comedora De Pássaros (Theraphosa Blondi)
Do subgênero Theraphosa, até pelo nome, dá pra perceber que se trata de uma tarântula gigante, não é mesmo? E, de fato, em se tratando de massa corporal, essa aranha é considerada o maior aracnídeo do mundo. Endêmica da Floresta Amazônica, mas também podendo ser encontrada na Guiana, no Suriname e na Venezuela, ela possui cerca de 30 cm de envergadura de uma pata à outra.
E, não se engane: o nome popular dela não é mera figura de linguagem; ela realmente pode abater e devorar um pássaro. Porém, suas presas usuais são pequenos roedores, répteis e anfíbios. É bom deixar claro também a manipulação dela só deve ser feita por criadores experientes, pois se trata de uma espécie agressiva, com pelos muito urticantes.
Seu veneno, apesar de não ser mortal para nós, pode causar incômodos indescritíveis, como náuseas, transpiração excessiva e uma dor bem intensa no local. Não é pra menos: suas quelíceras (pares de presas) possuem 3 cm de comprimento.
Aranha Tiger (Poecilotheria rajaei)
Pertencente ao subgênero Poecilotheria, essa espécie aqui foi descoberta recentemente no Sri Lanka. O espécime encontrado tinha 20 cm de comprimento e manchas amareladas em suas pernas, além de uma tarja rosada que passava seu corpo.
Seu veneno não é necessariamente letal para as pessoas, mas causa estragos consideráveis em, suas presas, como, por exemplo, ratos, pássaros e lagartos. No entanto, ainda se sabe pouco a respeito dos hábitos desse animal.
São aranhas arborícolas, que vivem em ticas nos troncos ocos de árvores. Porém, devido ao desmatamento de seus habitats, trata-se de um animal que corre risco em seu meio natural. O nome dela, inclusive, foi dado em homenagem Michael Rajakumar Purajah, inspetor da polícia que auxiliou a equipe de pesquisadores, enquanto procuravam por espécimes vivos dessa aranha.
Tarântula Metálica (Poecilotheria Metallica)
Essa daqui, cujo subgênero é o Poecilotheria, trata-se de uma tarântula visualmente belíssima, com um azul bem brilhante. Vive na Índia, tendo sindo descoberta, primeiramente, na cidade de Gooty, o que inspirou alguns dos seus nomes populares, como, por exemplo, gooty safira.
Essa espécie, porém, encontra-se ameaçada de extinção, e atualmente é encontrada numa pequena região de apenas 100 quilômetros quadrados, que fica localizada em uma reserva florestal, mais precisamente na Floresta Estacional Decidual em Andhra Pradesh, que fica localizada ao sul da Índia.
Os seus costumes são bem típicos dos de outras aranhas que sejam arborícolas, vivendo em buracos nos troncos das árvores. Sua alimentação se restringe a insetos que, porventura, passem perto de suas tocas nessas árvores. E, caso as moradias estejam escassas no local, pequenas comunidades dessas aranhas podem viver numa toca só (a depender do tamanho dela, evidentemente).