Será que podemos dar a um cachorro sushi, sashimi, nabemono, temaki, entre outras iguarias japonesas que têm como base o peixe cru, arroz, caldos, entre outras sugestões que fazem parte dessa original e quase incomparável culinária japonesa?
Aparentemente a resposta é sim. Isso é possível. Não há comprovações científicas de que o peixe cru possa ser prejudicial à saúde dos cães.
Sem contar o fato de que eles possuem um sistema digestivo muito mais vigoroso do que o dos humanos – além de bem mais ácido, justamente para ser capaz de digerir fibras e proteínas quase impossíveis de serem digeridas pelos humanos.
Mas não podemos esquecer, também, que os cães ainda possuem cerca de 99% de similaridade genética com os lobos, o que os torna carnívoros bastante vorazes, com sistema digestivo adaptado à escassez de alimentos e também às iguarias mais inusitadas.
E entre essas iguarias, podemos citar animais em decomposição, que os lobos conseguem digerir com facilidade quando não há mais com que garantir as suas sobrevivências nesse desafiador ambiente da natureza selvagem.
E se o sistema digestivo dos cães é capaz de tamanha façanha na hora de digerir os mais diversos tipos de alimentos, porque não seria quando o assunto são os peixes? Estes, como sabemos, são fontes inigualáveis de Ômega 3, um ácido graxo incomparável quando o assunto é o fortalecimento do sistema imunológico.
Sem contar a sua importante ação anti-inflamatória, para a preservação de doenças crônico-degenerativas, o fortalecimento das membranas celulares, entre outros incontáveis benefícios que exigiriam aqui um verdadeiro manual para descrever, de forma adequada, todas as suas incontáveis propriedades.
Será que é Possível dar Sushi, uma Comida à Base de Peixe Cru, para os Cachorros?
O sushi é um alimento à base de arroz cozido e peixe cru. Dessa forma, antes de oferecer ao seu cachorro essa iguaria, é necessário submeter o peixe a um processo de preparação semelhante ao que é realizado pelos mais bem avaliados restaurantes que servem o prato em praticamente todo o mundo.
Tal preparação é importante pois é o que irá livrar o fruto do mar de determinados parasitas causadores de terríveis infecções por verminoses.
Como o Diphyllobothrium latum, um parasita também conhecido como a “tênia do peixe”, e que é capaz de levar cães e humanos a um quadro de difilobotríase ou esparganose, que produz distúrbios como dor epigástrica, vômitos, náuseas, diarreia, perda de peso, astenia, entre outros transtornos da mesma forma agressivos.
Mas a coisa não fica só nisso!
Dar sushi para os cachorros sem a devida preparação também pode levá-los a desenvolver um quadro de “anisaquíase”, que consiste em uma parasitose que instala-se no intestino dos cães, por meio da ação de vermes nematoides da família Anisakinae, que geralmente manifesta-se por meio de processos alérgicos ou danos aos tecidos gastrointestinais.
Esses danos gastrointestinais ocorre por conta das tentativas do parasita de penetrar na mucosa do aparelho digestivo (sem conseguir).
Porém as consequências dessas tentativas são praticamente certas. E elas caracterizam-se por abscessos gastrointestinais, diarreias, dores abdominais, fraqueza, indisposição, entre outros sintomas que se não forem combatidos a tempo podem levar o animal a óbito em pouquíssimas semanas.
O Processo de Preparação do Peixe
O mais importante a saber quando se tem dúvidas sobre se pode ou não dar sushi ou outras iguarias japonesas ao seu cachorro, é que o congelamento do peixe pode ser o suficiente para eliminar parasitas como esse causador da anisaquíase.
O salmão, por exemplo, é o mais exigente nesse assunto. Ele precisa ser congelado por pelo menos 1 semana.
E para os demais tipos, o recomendado são 2 ou 3 dias de congelamento – o suficiente para a eliminação de praticamente todos os tipos de larvas e ovos dos mais diversos tipos de parasitas que costumam infestar os frutos do mar.
Mas também é possível iniciar esse combate aos parasitas que infestam os peixes, utilizados na preparação dessas iguarias, já durante o processo de criação das espécies.
Já existem, por exemplo, técnicas como a aplicação de metronidazol (e outros compostos) diretamente no estômago dos peixes, a fim de livrá-los, previamente, dos mais diversos tipos de pragas e parasitas que acometem a maioria dos frutos do mar atualmente utilizados na gastronomia de praticamente todos os países.
Alimentos Proibidos para Cães
Agora que já sabemos se é possível ou não dar sushi (e outras iguarias semelhantes) aos cachorros, não custa também chamarmos a atenção para algumas das iguarias considerada proibidas na dieta de toda e qualquer raça de cães no mundo.
Apesar de eles serem famosos pela resistência às mais variadas agressões aos seus organismos (água suja, matéria em decomposição, restos de comida…como será que eles sobrevivem a isso?), o que os especialistas recomendam é o cuidado com relação ao excesso e à variedade dos alimentos que lhes são oferecidos diariamente.
As massas e demais iguarias que levam fermento, por exemplo, são praticamente proibidas! E aqui estamos falando até mesmo dos inofensivos pãezinhos, biscoitos, pizzas, lasanhas, entre outras iguarias que, consumidas com moderação, nenhum mal podem nos causar.
No entanto, no sistema gastrointestinal dos cães (dada a dificuldade de digeri-los), esses alimentos transformam-se em um verdadeiro tormento, e podem causar gases, inchaços, dores abdominais, entre diversos outros distúrbios geralmente relacionados com a irritação das mucosas que recobrem esses aparelhos.
Mas tudo bem que as massas devam ser terminantemente eliminadas da dieta desses cãezinhos (caso realmente queira manter ao seu lado um parceiro verdadeiramente forte e saudável), porém não há nada demais em presenteá-los com doces, bolos, chocolates, sorvetes, entre outras delícias como essas que tanto apreciamos, certo? Errado!
Esses também são considerados venenos perigosíssimos para a saúde desses animais, muito por conta da sua capacidade de ajudá-los a desenvolver obesidade, diabetes canina, problemas dentários, além de diversos outros transtornos que são típicos de uma dieta pouco nutritiva.
Completam algumas das iguarias consideradas proibidas para os cães, a cafeína, bebidas alcoólicas, laticínios, frutas ácidas, entre outras delícias que, para nós, são verdadeiros oásis de satisfação e bem estar em nossas rotinas.
Mas que, na rotina dos cães, estão entre os principais responsáveis pelos mais diversos tipos de distúrbios caninos; distúrbios, estes, relacionados, principalmente, com a incapacidade dos cães de digerir adequadamente os alimentos processados ou industrializados.
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